Palavras da autora: Bleach não me pertence, eu apenas peguei emprestado.

TRILHA SONORA DISPONÍVEL NO EMAIL: quandofuturovemdosceus@gmail.com

SENHA: tialyelberserk

Abertura da Fanfic

http://www.youtube.com/watch?v=czhk6z1k_xk&feature=youtu.be

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{Erdenstern: The Map}

Hisana estava acabada, seu corpo não tinha mais espaço para receber mais ferimentos, Mayuri não tinha liberado o selo que havia prometido, embora ela tivesse dado tudo de si, matar Mélicos tinha sido seu último esforço.

Kaliver cai dos céus como um meteoro no chão abrindo uma enorme cratera e causando uma grande explosão, Hisana observava a reiatsu de Inoue se afastando e quando percebe que ela não estava mais por perto se deixa cair no chão puxando golfadas de ar desesperados.

– Fique lá mesmo! Fique lá mesmo! Hisana diz exaurida se referindo a Kaliver.

– Hisana!

Hiryu aparece outra vez, a dragonesa parecia desesperada agora, ela pega a cabeça de Hisana do chão e ao ver todas aquelas feridas fica sem saber por onde começar.

– Pernas e braços Hiryu, é só deles que preciso para continuar a lutar!

Hisana dá a sugestão a sua zampakutou que após ouvir a voz da mestra não perde mais um segundo.

– Regenere o máximo que puder, ele vai demorar um pouco para levantar daquele buraco.

– O... O que foi que você fez?

– Eu refleti o golpe dele, mas o impacto foi tão grande que eu acabei voando junto, pelo menos eu ajudei a Inoue por um instante. Hisana ri e geme ao mesmo tempo.

– Como você é imprudente Hisana, toda hora você se esforça demais, fica extrapolando os seus limites, colocando sua vida em risco, eu odeio isso em você!

A dragonesa grita com raiva apenas por estar muito preocupada.

– Foi mal é de família, não dá para mudar isso em mim a essa altura do campeonato, além do mais, o que eu faço sempre deu certo ou vai dizer que você não se passa por mim?

As veias de Hiryu saltam e ela aperta a perna de Hisana que estava sendo curada.

– UuUuAAAaaaaaHhhHH! Na perna não, na perna não! Tá doendo, tá doendo! Desculpa! Desculpa! Ela grita se contorcendo e fazendo careta.

Hiryu continua a curar, mas ambas sentem que Kaliver havia acordado.

– Hisana... Não vai dar tempo... A zampakutou olha para trás.

– Tudo bem, obrigada mesmo assim, quantas vezes mais você consegue usar a regeneração?

– Só mais uma... Sem meu irmão não consigo fazer melhor que isso... Desculpe.

– Pelo menos você tenta e isso para mim já é o suficiente.

Hisana se levanta apertando o botão de comunicação do relógio outra vez, sua expressão se tornando severa.

– Ei seu capitão de merda, tá tirando uma com a minha cara? Eu estou morrendo aqui e você ainda quer esperar o que para liberar esse maldito selo?

– Já disse, preciso de mais tempo, o selo ainda não foi decodificado por completo, aguente mais trinta minutos...

– Trinta minutos? Por que tem que ser sempre trinta minutos? Eu não aguento mais nem dez Mayuri!

– Então você falhou em sua missão.

A expressão de Hisana fica enraivecida a ponto de deixa-la vermelha, ela olha para seu relógio e começa a tentar arrancá-lo.

– Eu vou quebrar essa merda e sair explodindo tudo!

– Não faça isso sua idiota, quer nos matar?!

Hiryu pula nas costas de Hisana segurando o braço de sua mestra que tentava fazer uma loucura.

– É a mesma coisa sem o selo, eu vou explodir tudo com Bankai!

– Se você liberar o Bankai sem o selo seu corpo pode não aguentar!

Hisana pára de se mexer, ela parecia ter entendido.

Hiryu desce das costas da jovem e suspira.

– Deixa de ser boba e tenta fazer alguma coisa, não é você que faz as coisas darem certo?

Hisana espreme a visão pensativa e olha outra vez para o relógio apertando novamente o botão.

– Ei capitão de merda tá ouvindo?

–...

– Bem eu sei que está, olha só, eu quero que você libere o selo em no máximo vinte minutos, dá para ficar enrolando por aqui enquanto isso, sem mais nem menos, caso contrário... Se eu falhar em minha missão... Hisana sorri. – Eles vão levar meu corpo embora ai você vai ter que dizer “bye, bye”, corpinho magnífico de Kurosaki Hisana.

Alguns segundo em silêncio se passam até que Hisana ouve a voz de Mayuri.

– Vinte minutos, nem mais nem menos.

Hisana sorri cinicamente.

– Sabia que podia contar com o senhor querido capitão.

Hisana encerra a comunicação e olha para sua zampakutou falando em tom sarcástico.

– Ei, você sabe que não aguento nem ficar de pé né?

–... É eu já sabia... A dragonesa abre os braços. – Então, qual é o grande plano?

– O melhor de todos que pensei até agora.

– Qual é?

– “Enrolation”.

Hisana leva um cascudo e cai de testa no chão.

– Vai ficar enrolando!? Hiryu grita enraivecida.

– Não vou enrolar... Hisana resmunga com lágrima nos olhos. – Vou fingir que estou enrolando, bater um papo daqui, conversar sobre o passado de lá, um convite para tomar sorvete talvez... Bate nele um pouco também... Fugir um pouco... E por ai vai... Afinal, eu sou tão carismática.

Hiryu continuava com a mesma expressão.

– Hisana isso não vai dar certo! Aquele homem te conhece como ninguém, afinal foi ele que te treinou esqueceu? Aquele cara foi teu mestre desde que se conheceram e também vocês...!

– Pode ir parando por ai, a gente já conversou sobre isso.

Hisana levanta do chão massageando a cabeça.

– Já disse que quem fez essa escolha foi ele, eu estou apenas me adaptando ao que ele deseja.

Hiryu sabia que Hisana mentia, ela olha triste para sua mestra.

– Tem que existir alguma solução Hisana, isso não pode terminar assim...

–... Se existisse... Hisana também olha triste para ela. – Não estaríamos tentando nos matar...

Elas sentem Kaliver se aproximando, Hisana recobra a compostura.

– Hiryu, eu vou tentar sobreviver os próximos dez minutos sem sua ajuda, mas a partir dai, quero que use seu poder apenas para me regenerar.

– Entendi... Ei Hisana...?

A jovem olha para sua zampakutou.

– Aguente firme tá? Ela começa a se desmaterializar.

– Amém...

Hisana fita na direção de Kaliver que se aproximava e já era possível vê-lo chegar cheio de escoriações.

{Brand X Music: Mythos}

– Olha só quem diria que depois de mais de duas horas apanhando eu conseguiria finalmente arranhar ele... Hisana suspira.

Kaliver fica de frente para Hisana, a expressão dele era a mesma de antes, imparcial, ele olha ao redor e percebe que seus servos já estavam mortos.

– Parece que seus amigos conseguiram destruir meus servos.

– Nossa! Olha só ele fala! Já tinha até me esquecido como era sua voz.

Hisana finge surpresa.

– Deveria agradecer por eu deixar você respirar por alguns momentos.

Hisana olha ao redor da cidade e enxerga apenas escombros.

– Se não tivéssemos destruído quase toda a restrição eu te levava para tomar um sorvete e bater mais papo, acho que a gente chegou a fazer isso uma vez lembra?

Kaliver continua em silêncio.

Hisana coça a cabeça.

– Não precisa ficar tímido, deve ter sido realmente difícil para um abissal sem emoções como você sentir alguma coisa por uma garota tola que nem eu.

– Realmente é tolice uma garota humana acreditar que alguém como eu poderia ter sentimentos, não fui criado para compartilhar emoções, apenas para concluir meus objetivos que era aprender tudo sobre você e seus amigos. Kaliver não demonstra nenhuma reação enquanto fala. – Graças a isso, eu sou entre todos os abissais aquele que mais conhece tudo sobre você.

– Sério? Hisana ri. – Você só esqueceu um detalhe, eu sou a maior mentirosa que existe por isso sei reconhecer uma mentira quando ouço uma e você meu caro, mesmo com essa cara dura que tem, está mentindo, além do mais... Hisana sorri. – O tempo que você conviveu comigo foi o mesmo que convivi com você, não pense que não o conheço também Kaliver.

– O que sabe sobre mim é irrelevante, não há nada que saiba a meu respeito que me comprometa nesta batalha.

– Mesmo quando mente dizendo que não sente nada por mim? Hisana fala séria.

A expressão de Kaliver treme e Hisana some da visão do abissal que leva um soco na cara e cai a alguns metros de distância no chão, ele senta colocando a mão onde Hisana havia atingido e começa a encará-la.

Hisana olha para seu punho e sopra como se estivesse esfriando a mão após o soco desferido:

– Não disse? Eu também te conheço.

Kaliver se levanta e fica em silêncio.

Hisana olha para o chão.

– Kaliver, eu não sei o que está acontecendo, mas isso que estamos fazendo não está certo, tem que haver alguma alternativa, o que quer que tenham posto na balança pode ser trocado por outra coisa de valor, pare com isso, por favor, chega dessa loucura! Ela grita.

Mal termina de falar Hisana leva um soco no estômago que a faz levantar do chão e cuspir sangue, ela ainda leva outro soco violento no rosto que a faz voar e cair no chão tossindo.

– Não há nada para ser trocado.

Hisana levanta a cabeça.

– Apenas a sua vida que terá fim.

Ela levanta cambaleante.

– Sempre existe alguma alternativa... Eu sei o como você é obsessivo por alguma coisa quando a quer... Mas eu preciso saber da verdade, senão como vou poder ajudar?!?

– “Guerra psicológica, se não tem forças para vencer, então vença o inimigo pelo cansaço, deixar-se atingir para golpeá-lo efetivamente, conhecer os seus limites para impor limites ao seu adversário”. Tudo isso eu lhe ensinei e você aprendeu muito bem, contudo, eu sou o seu mestre e tudo o que sabe fazer, eu faço melhor.

– Seu grande idiota! Eu não comecei essa guerra, Magnus e Solomon começaram, eles me criaram para ser algo que nunca quis e agora quer jogar tudo o que vivemos contra mim?! Isso é covardia!

– Covardia? Então você esqueceu a mais importante lição que ensinei: “Em uma luta valendo a vida, a vontade de viver sobrepuja a covardia”.

– Eu não quero saber dessas besteiras, eu estou falando de nós...!

– “Minha criança”, você está alucinando ao pensar que existe alguma coisa entre nós, amor, afeto, amizade, nada disso existe, mas em uma coisa você tem razão, eu sou obsessivo quando desejo alguma coisa e não há nada que eu deseje mais neste instante que acabar com tudo isso.

Hisana sabia que Kaliver não a chamava de “minha criança”, mas a maneira como ele havia falado era extremamente ofensivo, ele sabia o quanto ela detestava ser chamada daquele jeito, pois já o tinha explicado por que, ela fica em dúvida, será que ele falava a verdade?

– Se... Ela o encara forçando uma expressão de raiva. – Se o seu objetivo fosse apenas me derrotar, você já teria feito isso... Todo o ódio que diz nutrir por mim já o teria tornado invencível, por isso eu sei que você mente senão...!

Kaliver gira sua lâmina e a posiciona em pé diante de sua expressão desprovida de emoções:

– “Meu ódio queima e afunda suas esperanças no vazio de meu coração... Aterrorize... Tenebrae...”. (nota: lê-se Tenebrê)

Enquanto ouve Kaliver falar a expressão de Hisana murcha e ela sente seu coração se tornar vazio, ela olha triste para aquele homem diante de si e baixa a cabeça fechando os olhos.

Ela sabia... Não havia mais volta.

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{Thomas Bergersen - Rada}

Ichigo, Sado, Ishida e Inoue haviam acabado de encontrar Rukia inconsciente, a jovem começava a curar os ferimentos da pequena shinigami sob os olhos atentos dos outros, repentinamente uma pressão espiritual fora de série cai sobre eles fazendo-os voltar-se para a direção em que Hisana lutava.

– O que é essa pressão espiritual assustadora? Sado comenta tão perplexo quanto os outros.

– Kaliver... Sem dúvidas ele fez alguma coisa... Ishida cerra os punhos.

Inoue não deixava de se preocupar, mas não comenta nada, pois uma coisa tirava sua concentração no momento, sua energia, se ela tivesse o suficiente para curar Rukia seria um milagre.

Ichigo percebe que Inoue suava, mas não era de preocupação, ele toca gentilmente o ombro de Inoue que sorri para o amigo, Ichigo então desvia o olhar para a pressão espiritual que sentia:

– Hisa...

Todos viram testemunhas quando uma enorme redoma negra engole metade do domínio quase chegando onde estavam.

– O que? Aquilo é? Ichigo grita surpreso.

– Um domínio... Ishida responde.

– ... Hisa... Sado se cala novamente.

A energia que sentiam repentinamente desaparece fazendo todos olharem preocupados.

– Sumiu... Sado diz.

Apenas Inoue conseguia sentir o que acontecia ali dentro.

– Hisa-chan... Está em grande perigo... O poder de Kaliver aumentou de uma maneira que oprime minha sensibilidade espiritual...

Seus amigos se viram para ela que sem deixar de se concentrar em curar Rukia continua:

– Se não fizermos nada Hisa-chan pode morrer.

Agora Inoue estava tremendo de nervosismo.

Ichigo fecha os punhos e lembra o que Hisana havia dito, aquela batalha era dela, uma pendência entre os dois do qual ninguém tinha o direito de intervir, contudo, ele também sabia que Hisana não estava preparada psicologicamente para isso e seu poder estava selado por causa da interferência que sua energia poderia causar àquele plano temporal se ela o liberasse sem aviso, além do mais...

– Eu vou.

Os amigos de Ichigo olham para ele que devolve o olhar.

– Ela vai morrer se não fizermos nada, desde o início ela não estava pronta para isso, lembra que ela disse que não podia usar todo o poder, pois estava selado? Ichigo olha para a grande redoma negra. – Se o capitão Mayuri tivesse conseguido fazer alguma coisa, Hisa já estaria lutando mais a sério, mas não sei se perceberam tudo que ela tem feito desde o início da luta foi ganhar tempo.

Era verdade, todos haviam de fato percebido isso.

– O capitão deve estar com algum problema para ajuda-la e por isso ela não conseguiu fazer nada até agora.

– Mas Hisa-chan disse para não atrapalharmos... Inoue lembra.

– Eu sei o que ela disse, mas não me lembro de ter concordado com isso em momento algum.

– Kurosaki nós não temos poder para ajuda-la também e se agirmos de maneira errada vamos acabar atrapalhando e pondo a vida dela em um risco maior ainda. Ishida diz com os braços cruzados.

– Eu sei disso, mas eu não sou o tipo de homem que vê um companheiro em perigo e fica parado sem fazer nada e já fiquei parado tempo demais aqui assistindo a tudo. Ele estava bastante sério.

– Como vamos entrar no domínio? Sado pergunta. Não podemos entrar uma vez que ele se fecha.

– Eu posso passar por ele e criar uma barreira para que entrem junto comigo.

Todos olham para Inoue surpresos pela sua iniciativa, ela estava de costas, mas vira a cabeça sorrindo para seus amigos.

– Mas só depois que a Kuchiki-san acordar.

– Claro! Ichigo sorri falando alto e fechando os punhos. – Quando Rukia acordar nós iremos agir!

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{Two Steps from Hell: The Last Stand}

Hisana estava de cabeça baixa e olhos fechados, mas por fim levanta o rosto para com tristeza encarar aquela criatura que ela imaginava que nunca mais veria, ela no fundo temia aquilo, pois de alguma forma ela sentia que ele se tornava outra coisa, outra pessoa... “pessoa” talvez Hisana fosse a única que o considerasse “humano” e talvez por isso tivesse medo do que ele se tornava naquela forma.

A pele de Kaliver fica totalmente negra e racha mostrando pequenas fendas douradas que pulsavam da cor de veias, seus cabelos outrora castanhos brilhantes se tornam uma espécie de névoa em chamas, sua expressão morre junto com seu coração que se torna vazio, seus olhos ficam amarelos e inexpressivos e de suas costas asas angelicais surgem, porém negras e tenebrosas, sua lâmina se torna uma junção etérea do corpo, ele parecia humano, mas também parecia diabólico.

O tempo parecia passar devagar enquanto Hisana assistia tudo aquilo acontecer, ela olha para o relógio, segundos haviam se passado, aquilo ela não esperava, seria impossível Mayuri conseguir fazer alguma coisa a tempo, ela estava sem energia, cansada física e mentalmente, sabia que iria morrer, mas no fundo. - Hisana sorri- A jovem sabia que não conseguiria desistir.

Kaliver se contempla por um momento, fazia tempo que não ficava naquela forma ele encara Hisana que devolvia um olhar triste e de alguma forma ele encontrava decepção naquele olhar, mas ela sorri enigmaticamente para ele.

– Isso logo terminará.

– Sim. É tudo o que ela diz.

Kaliver abre a mão e uma pequena esfera negra sobe aos céus, quando chega a certa altura ela explode e uma redoma negra começa a descer sobre o campo de batalha abrindo uma dimensão separando Hisana e Kaliver dos outros.

O domínio de Kaliver paralisava o tempo e tornava tudo ao redor uma sombra daquilo o que realmente era Hisana se sentia no “lado negro” da cidade, as construções, as árvores, os seres vivos todos em tons cinza e paralisados deles saiam partículas negras que subiam e desapareciam constantemente.

– Nada mudou aqui, continua sem cor e sem vida.

– Assim é o inferno.

– Você fala como se o conhece. Hisana vira a cara. – Você não viveu no inferno e nem viveu um inferno, você “fez” o inferno na vida das pessoas junto daqueles desgraçados. Ela volta seu olhar para ele outra vez. – Não fale o nome do inferno em vão “Tenebrae”.

Pela primeira vez Kaliver sorri. Cinicamente, mas sorri.

– Finalmente está conseguindo entender, esse confronto era inevitável o destino do seu mundo era inevitável, sua morte também será.

– Todos morrem caro Tenebrae, mas não hoje. Hisana fica em posição de luta. – NÃO HOJE!

Hisana corre na direção de Kaliver com a espada em riste, o abissal defende com facilidade e contra ataca com um chute, Hisana perde o folego quando sente o pé de Kaliver quebrando alguma coisa dentro do seu corpo, mas ela larga a espada e segura o pé do seu adversário e o gira no ar arremessando-o longe, Kaliver gira o corpo no ar e pega impulso enrijecendo as partículas espirituais e volta em voo rasante na direção de Hisana que pega a espada no chão e defende o golpe de Kaliver que a arremessa para bem mais longe, ela grita com a pressão do ar sobre o seu corpo, naquele instante até respirar lhe dava vontade de gritar, três prédios desabam, mas o ultimo cai sobre ela que tem a cabeça atingida por alguns escombros e começa a sangrar, ela corta o ar com sua espada para abrir uma brecha e sair, Hisana cai no chão rolando e não perde tempo para se apoiar na espada outra vez e desferir outro corte no ar que divide o cero de Kaliver em dois, mas ao fazer isso as energias divididas explodem muito perto dela como se fossem granadas e Hisana fica tonta, sua cabeça gira e um zumbido terrível a fazia perder o equilíbrio, ela mal consegue enxergar a silhueta de Kaliver chegar e pegar sua cabeça arrastando seu corpo pelo chão, sua espada cai da mão e ela tenta segurar os braços de Kaliver para tentar se soltar, mas ele era bem mais forte e violento, ela cospe e começa a se afogar no próprio sangue, seu corpo estava amolecendo e seus olhos perdendo o brilho.

– Hi... Hir...Hisana puxa seu folego desesperado. – Hiryu, regenera...!

As feridas dos braços, das pernas e da coluna de Hisana começam a regenerar, ela crava suas pernas e braços no chão fazendo Kaliver perder velocidade e morde com toda a força a palma de sua mão. Kaliver fecha a cara quando sente a dor da mordida e joga Hisana enterrando-a no chão, para espanto dele a espada de Hisana já estava na sua mão e ela não perde tempo:

– Ainda bem que você abriu esse domínio... Uma reiatsu negra cobre o corpo da jovem. – Por que assim... Ela posiciona a espada. - Ichigo não vai me ver. Hisana sorri: – Getsuga Tenshou!

A densidade espiritual da presa lunar atinge Kaliver a queima roupa que não tem tempo de reação e pega todo o golpe em cheio, ele é jogado aos céus como um foguete sendo impulsionado por toda aquela energia e explode no céu junto dela.

Hiryuken aparece.

– Hisana!

Hisana estava jogada no chão sem conseguir mexer um músculo, mas não deixava de sorrir com seu adorável cinismo.

– Eu disse não disse? Sempre tenho uma surpresinha na manga...

– Então a manga dessa roupa acabou de rasgar com o resto do seu corpo... Hiryu se ajoelha e analisa em silêncio o estado de Hisana.

– Tá não precisa falar, já sei, eu estou igual a um queijo suíço! Hisana infla as bochechas.

– Na verdade eu estava aqui pensando... Qual dos buracos eu começo a tapar primeiro...

– Braços e pernas mulher!

– Se você não ficar quieta eu vou tapar é o buraco dessa sua boca!

– Tenta sua lagartixa!

Os olhos de Hiryu tremem.

– Me chamou de quê? A zampakutou cutuca uma das feridas de Hisana de propósito.

– Ai mamãe, não toca ai não! Ai, ai, ai diabo! Mas mesmo na brincadeira dolorosa, a expressão de Hisana muda e ela começa a cuspir sangue descontroladamente.

– Hisana! Hiryu pára de brincar.

– Eu... Acho que ele quebrou as minhas costelas com aquele chute e elas perfuraram os pulmões...

– Vou usar minhas ultimas energias para recuperar isso então!

– Não... Só estanca a hemorragia interna e regenera minhas pernas e braços de novo por que aquele solavanco que eu dei nele me quebrou toda de novo.

– Mas Hisana suas costelas, você nem vai conseguir respirar!

– Tá perdendo tempo Hiryu. Hisana já não prestava atenção na sua zampakutou, ela olhava de certa forma aflita para Kaliver que vinha caindo.

– Hisana depois que eu fizer isso não vou mais conseguir lhe ajudar, como você vai fazer para continuar viva? Como pretende derrota-lo?

– Não faço idéia, depois eu penso nisso.

– Depois!? Idiota! Pare de brincar com sua vida desse jeito! Já chega dessa bobagem! Toda hora você é a única que se sacrifica pelos outros, a única que sofre e carrega todo o peso sozinha pare com isso! Não consegue ver Hisana?

Hisana olha para Hiryu surpresa com as palavras e expressão de sua zampakutou.

– Não consegue ver que quanto mais peso você tenta carregar sozinha, mais as pessoas a sua volta sofrem? Hiryuken chorava.

– ... Desculpe, mas eu sou assim, não dá mais para mudar esse meu jeito, pelo menos agora você entende mais ou menos por que seu irmão me odeia tanto.

– Meu irmão não te odeia Hisana... Ele... Ele só...!

A pressão espiritual de Kaliver interrompe a conversa das duas.

Hisana senta.

– Ele tá vindo morto de raiva por que é a segunda vez que eu quase fiz ele alcançar a lua, dessa vez chega a ser até irônico ter feito isso com o Getsuga Tenshou.

– Hisana...

A jovem olha para sua zampakutou.

– Desculpa não conseguir fazer mais nada... Ela estava triste. – Me perdoe eu queria poder fazer muito mais por você.

– Você fez o que eu precisava que fizesse, fico grata pela ajuda Hiryu, agora descanse.

– Meu poder ainda reside no fio de sua espada, estarei sempre ao seu lado não importa o que aconteça...

– Como sempre esteve...

– “Desde o ventre de nossas mães”.

As duas acabam falando ao mesmo tempo e por isso sorriem.

Hiryu some.

– Bem agora eu... Hisana pára de andar por um momento e toca na região das costelas e se deixa sorrir. – Aquela idiota fala de mim, mas também deve ter feito mais do que podia para recuperar minhas costelas.

{Two Steps From Hell - Tristan}

Hisana havia acertado em seu palpite, Kaliver andava com uma expressão que não era nem um pouco vazia, ele estava furioso e o corte que tinha no peito mal se regenerava, a reiatsu dele estava bastante agressiva e ele vinha pronto para definir aquela luta de uma vez por todas.

– Sua teimosia sempre foi uma arma imprevisível e perigosa, não é a toa que nunca me acostumei com isso.

– Vivendo e aprendendo.

Kaliver nota uma coisa:

– A presença de sua zampakutou enfraqueceu bastante, presumo que ela não deve ter muita energia para ajuda-la no momento.

– Se o que você fala fosse verdade, a espada em minhas mãos não estaria mais aqui pronta para lutar.

– Entendo então se é assim. Kaliver se prepara para atacar. – Vejamos por quanto tempo vocês resistem!

Hisana ergue sua espada e a choca contra a de Kaliver, faíscas saem por todos os lados e ambos somem usando passo rápido, eles pulam aos céus e de lá começam a trocar golpes rápidos e concentrados, mesmo em desvantagem de poder, Hisana consegue se esquivar a milímetros de distância das investidas mortais de Kaliver, ele por sua vez ao notar como ela conseguia fazer isso não deixa de pensar:

– “É incrível como mesmo em total desvantagem ela consegue escapar de meus golpes em órgãos vitais, seu instinto de batalha não enfraqueceu nem um pouco”.

Kaliver desfere uma cabeçada em Hisana e a cabeça da jovem é quase arrancada do pescoço quando seu corpo entorta para trás, ela cospe sangue, mas mesmo zonza desenvoca Hiryu e segura Kaliver pelos braços usando o impacto sobre o seu corpo como o impulso necessário para desferir o mesmo tipo de golpe no abissal que cospe uma massa negra no ar, eles ficam testa a testa se encarando com furor enquanto suas mãos tremiam em confronto, suas reiatsus faiscavam no céu, mas depois de pouco tempo neste embate, o corpo de Hisana enfraquece e Kaliver começa a oprimi-la com seu poder, ela geme de dor enquanto se ajoelha e Kaliver aperta suas mãos.

– AARRGH!!! Ela grita quando sente suas mãos serem quebradas.

– Como o ser humano é frágil, mesmo sendo capaz de realizar proezas além de suas capacidades ainda assim, não passam de um frágil recipiente de carne e sangue.

Hisana tremia e gemia a dor fazia ela perder ainda mais suas forças.

– Carne... Ossos... Ela olha para Kaliver. – E determinação!

Hisana levanta dando uma cabeçada que atinge o mento de Kaliver que perde o equilíbrio do corpo, ele solta as mãos de Hisana, mas rapidamente se recupera desferindo um soco no rosto da jovem, Hisana desvia por um tris, mas o impacto do soco deixa uma trilha de sangue na maçã do rosto, ela suava ofegava e tremia, seu corpo estava pesado e começava a não lhe obedecer mais.

Kaliver some com shunpo e Hisana já sem reflexo não tem tempo de reagir apropriadamente, mas mesmo assim deixa seu corpo cair para não ter suas costelas atingidas de novo, Kaliver chuta e quebra o ombro direito de Hisana que aproveita a oportunidade e mesmo com o ombro quebrado segura sua perna, ela prepara uma cotovelada com o outro braço pronta para quebrar a perna do abissal que pensa mais rápido e salta desferindo um chute que atinge violentamente o pescoço de Hisana.

A jovem voa com um olhar opaco em direção ao chão e cai da pior maneira possível ficando imóvel e inconsciente Kaliver desce e a segura por um dos braços.

– Você nunca derrotaria um abissal com tão pouco poder como tem agora... Mas por que...? Kaliver observa Hisana inconsciente por um momento – Por que você está tão fraca?

Mas ela não se mexia mais.

– Se isso é tudo o que pode fazer, não vale a pena perder tempo com você. Kaliver a pega pelo pescoço e prepara para desferir o golpe final no coração. – Adeus Hisana... Nunca esquecerei você.

Kaliver desfere o golpe em Hisana.

Que é aparado pela mão esquerda da menina.

{Sonic Symphony - Executioner}

– “Comovente”.

Hisana levanta a cabeça e Kaliver olha surpreso para os olhos amarelos e afiados da jovem.

A reiatsu de Hisana se eleva e ela começa a apertar a mão de Kaliver que faz expressão de dor ele tenta se soltar, mas não consegue e na frente dele Hisana se transforma seus cabelos ficam brancos e marcas tribais aparecem em sua pele o relógio no pulso de Hisana começa a produzir interferência.

– Você é...!

Hisana concentra uma esfera dourada em seu punho direito e desfere um soco na boca do estomago de Kaliver que além de cuspir sangue negro tem sua mão arrancada quando seu corpo voa com violência em direção a chão.

Hisana começa a rir quando vê a mão de Kaliver arrancada e joga no chão como lixo.

O abissal por outro lado se levanta cambaleante e se recompõe como pode, ele olha surpreso por um momento ignorando sua dor para Hisana a sua frente, aquela não era mais ela, ele sabia muito bem quem era aquela criatura, pois sentia seu ódio emanando dela como um animal selvagem pronto para dilacerá-lo:

– Seiken... Ele lembra.

Seiken limpa a poeira do corpo e suas feridas se fecham, ele estala as mãos e o pescoço.

– Eu lhe agradeço.

Kaliver olha atento para ele.

– Lhe agradeço por enfraquecer a minha irmã e deixar Hisana inconsciente. Os olhos amarelos dele brilham. – Graças a isso, vou poder me divertir sozinho.

– Como você consegue controlar o corpo de Hisana? Nunca vi você fazer isso antes.

– Não é óbvio? Ele sorri cinicamente.

Kaliver talvez já soubesse a resposta.

Seiken pára de sorrir e fecha a expressão:

– Por que eu sou mais poderoso que ela agora.

Os dois se encaram por um minuto que parecia uma eternidade.

– Parece que você deixou de ser aquele gato mimado que vivia atrás de Hisana. Kaliver sorri com certo cinismo estampado no rosto. – Quem diria... Mas embora diga que esteja mais forte, não me compare com Hisana, eu sou um dos grandes guerreiros de Magnus.

Seiken olha para os lados como se não tivesse ouvido Kaliver, mas ele logo desvia o olhar novamente para ele.

– Engraçado, não me lembro de você ser tão falador, na verdade até quando lutou com Hisana você quase não abriu a boca para falar... Ele exala o ar ao redor e sorri. – Entendi... Seiken ri. – Você está com medo

Kaliver muda de expressão.

– Não precisa ficar com medo, até parece que você viu um monstro, mas... Seiken estica os braços se alongando. – Não tenho tempo a perder. O jovem fica de quatro no chão em posição de corrida e sorri maliciosamente, sua voz muda ficando mais rígida e sombria. – Antes de Hisana acordar prometo que darei a você o monstro que procura.

Kaliver arregala os olhos Seiken já estava na sua frente com expressão completamente diferente.

– E quando ela acordar, não terá sobrado muito de você para ela amar!

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Cenas do próximo Capítulo!

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– Impossível! Minha espada não é capaz de absorver tanto ódio! Não é possível que exista alguém que sinta uma emoção tão forte a ponto de minha zampakutou não conseguir absorver!

Seiken gargalhava enquanto sua reiatsu agressiva demolia e evaporava tudo ao redor.

– Kaliver vou fazer você pagar em dobro tudo o que nos fez passar e não há nada neste mundo capaz de me impedir!

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– Essa reiatsu! Inoue leva as mãos ao peito e se ajoelha sufocando.

– Inoue-san! Ishida grita assustado.

– Inoue! Gritam Ichigo e Rukia.

– Hisa-chan... Hisa-chan!... Lágrimas começam a descer de seus olhos... - Eu consigo sentir... As emoções dela me sufocando e invadindo meu coração como navalhas...

– O que está acontecendo lá dentro! Ichigo grita tão preocupado que sua voz abafa o tom de pergunta.

Inoue com suas emoções incontidas parecia falar sozinha ao invés de responder:

– Hisa-chan... Por favor... Não se entregue ao ódio...

Seus amigos ficam sem reação.

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Continua...

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