Halloween: A New Vampire escrita por AzeVix


Capítulo 2
Cap 2'


Notas iniciais do capítulo

Nossa!!
Tô super magoada!
Faz quase dez dias que eu postei o primeiro cap e só tenho 1 review.
Sabiam que isso me faz postar cada vez mais tarde?
Bom... agora sabem.
Alias, obrigada pelo review tah Luiz, voce foi o único. BUBU
anfim... ate la embaixo.



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Levou cerca de uns quarenta e cinco minutos ate a campainha finalmente tocar.

– Deve ser o Dany. – disse ela praticamente saindo de dentro do armário.

– Deixa que eu vou. – falei me levantando e indo para o corredor em direção a porta de entrada.

Quando abri a porta dei de cara com o Dany, mas ele não olhava pra mim, olhava para o chão e parecia nervoso com alguma coisa. Tem mais é que estar nervoso mesmo! Atrasou a gente quase uma hora!

Cruzei os braços no peito e esperei ele olhar pra mim, mas ele não o fez, quando fingi tossir ele finalmente levantou a cabeça, ao olhar em meu rosto, mais precisamente em meus olhos e minha boca entreaberta, ele tomou um enorme susto.

– Que isso minha filha? Se quiser me matar do coração, avisa primeiro! – disse ele assustado por me ver.

– Deixa de drama e entra logo! Você já nos atrasou bastante. – falei puxando seu braço. Ele estrou e eu fechei a porta logo em seguida. Andamos em silêncio até o quarto da Any no final do corredor, Dany foi à frente e eu logo atrás.

– Oi Dany. – disse Any assim que a parecemos na porta. Ele estacou enquanto olhava pra ela, o contornei e parei um pouco a sua frente, ele continuou mantendo seus olhos fixados nela, percebi que ele nem piscava.

Passei uma mão na frente dos seus olhos, mas ele não se moveu, passei a mão novamente e ele continuou parado. Quando eu entrei totalmente em seu campo de visão ele se assustou comigo novamente.

– Que droga Stella! Para de me assustar! – reclamou ele, mas eu o ignorei. Estreitei os olhos em sua direção e em seguida olhei para a Any que nos olhava confusa, voltei a olhar o Dany e quando o vi ruborizar antes de virar o rosto entendi a situação, sorri. Ele me olhou desconfiado.

– Dany, você vai vestido de que? – perguntei em voz alta.

– Não sei, não pensei em nada ainda. Eu esperava que você pudesse me ajudar. – disse ele ainda envergonhado.

– Any, você ainda tem aquele sobre tudo branco? – perguntei me virando pra ela.

– Tenho sim.

– Se você me empresta-lo eu vou poder cortar ele todo?

– Pode, já está velho mesmo.

–Legal, então pega ele pra mim, por favor. – pedi mudando minha atenção para a minha mochila. – Veja se você também consegue uma calça branca e uma blusa azul clara. – falei antes que ela saísse do quarto.

– E que também possam ser rasgadas não é? – ela completou pra mim.

– Exatamente. – confirmei e ela sorriu antes de sair do quarto. – Então a ficha finalmente caiu? – falei baixo enquanto colocava as tintas novamente em cima da escrivaninha.

– Do que você esta falando? – perguntou Dany confuso e vindo em minha direção.

– Não sou boba Dany. Eu já sabia que você gosta dela e depois dessa secada que você deu nela... – falei me virando pra ele e indicando a cadeira para ele se sentar.

– Foi tão na cara assim?

– Não, imagina! Eu é que sou muito perceptiva. – respondi com cada palavra cheia de sarcasmo, ele me olhou perdido em pensamentos enquanto se sentava na cadeira. – Tire a blusa, vai facilitar as coisas pra mim. – disse puxando uma cadeira para eu me sentar.

– Eu não acredito que eu levei tanto tempo pra perceber uma coisa que estava bem na minha cara. – disse ele de repente e olhando para o nada, sorri.

– O amor às vezes leva tempo. – sussurrei, mas não sei se ele me ouviu. Peguei seu braço e comecei a pinta-lo.

– Mas e se ela não sentir por mim o mesmo que eu sinto por ela? – perguntou ele dessa vez olhando diretamente para mim.

– Isso é uma coisa que apenas você poderá descobrir. – respondi desviando meus olhos e voltando ao trabalho. – Só me mantenha fora de qualquer plano seu. – acrescentei rapidamente, escutei ele bufar o que me fez rir.

Alguns minutos depois Any apareceu com os braços cheios.

– Achei tudo o que você me pediu. – disse ela colocando as roupas em cima da cama.

– Obrigada Any. –falei e ela se virou pra mim, mas seus olhos ficaram fixados no Dany sem camisa do meu lado. Ainda bem que ele estava de costas pra ela, pois quando ela viu que eu a olhava ruborizou totalmente constrangida. – Você pode fazer mais um favor pra mim? – perguntei e ela assentiu rapidamente.

Remexi dentro da minha mochila e lhe joguei um vidro transparente e que continha um liquido vermelho dentro.

– É sangue falso. Use-o para sujar um pouco essas peças de roupa, concentre o sangue mais no pescoço, nas mangas da blusa e do sobre tudo e na região da barriga.

– Tudo bem, mas você vai fantasiar o Dany de que exatamente? – ela perguntou curiosa.

– Depois eu falo. – eu disse simplesmente e voltando a pinta-lo.

Na fantasia do Dany eu não inventei de fazer muita coisa, fiz apenas algumas pinturas de cortes e algumas de feridas abertas por toda a extensão dos seus braços, no pescoço, na barriga e só um pouco no rosto, fiz uma ferida aberta em uma das bochechas, fiz uma maquiagem que fizesse com que ele parecesse estar cansado ou até mesmo doente e baguncei seus cabelos pretos que não eram exatamente grandes.

Quando terminei de pinta-lo passei minha atenção as suas roupas, usei o estilete para fazer vários cortes nas mangas e na parte da frente da blusa, rasguei as pernas da calça, sujei seu tênis com sangue falso e rasguei apenas as mangas do sobre tudo. Durante todo esse tempo ele permaneceu quieto e com o olhar fixo a sua frente.

– Dany, vá ao banheiro e troque essa calça. Quando acabar volte para nós te ajudarmos a colocar a blusa. – falei e ele assentiu ao se levantar e ir em direção ao banheiro.

– O que vocês conversaram enquanto eu estive fora àquela hora? – perguntou Any completamente curiosa.

– Nada demais, estávamos decidindo como fazer a fantasia. – respondi dando de ombros, ela estreitou os olhos em minha direção, mas não insistiu.

Quando Dany saiu do banheiro ela o secou com os olhos novamente e ele tornou a não ver. Essa noite promete!

– Ficou muito bom. – falei e peguei sua blusa. O ajudei a coloca-la e fiz de tudo para que ele não olhasse em direção a Any que ainda o secava com cara de boba, o ajudei a colocar o sobre tudo logo em seguida e o coloquei de frente ao espelho.

– Perfeito, mas ainda não entendi o que eu sou. – disse ele olhando curioso a própria imagem no espelho.

– Fala sério! É a coisa mais obvia do mundo. – falei puxando Any e a colocando do lado dele. Eles me olharam confusos antes de eu me virar e começar a mexer em minha mochila.

Depois de revirar praticamente tudo que tinha lá, finalmente encontrei o que precisava. Uma tesoura que tinha uma aparência assustadora, uma serra de osso, um talhador de costelas, um cinzel de crânio e um medidor de tensão arterial. Quando me virei com os instrumentos nos braços ambos me olharam aterrorizados.

– Deixem de serem medrosos. São de mentira, fiz com plástico lá em casa. – esclareci revirando os olhos.

Coloquei o medidor em volta do pescoço do Dany, a tesoura pequena eu coloquei em um bolso de fora na parte de cima do sobre tudo, a serra de osso eu coloquei em um bolso dentro do casaco, o cinzel e o talhador eu pus nos bolsos de fora e na parte de baixo, com um pouco de cola fixei os instrumentos para não caírem. Tive que fazer isso já que o Dany não para quieto!

– Você é o Cientista Louco e você é a infeliz Paciente dele. – falei sinalizando os dois. É claro que eu já tinha planejado isso, fazer as fantasias deles combinarem foi um jeito que eu encontrei de tentar aproximar os dois nesse Halloween. Eles sorriram do jeito mais bobo possível uma para o outro, sorri desviando meu olhar e sem querer olhei o relógio que estava na parede ao nosso lado.

– Essa não! Já são nove horas! A festa começou as sete! – gritei assustada com o horário. Opa! Cortei o clima! Droga! Mas a culpa não é minha se já estamos atrasados.

– Calma Stell, a festa vai durar ate o amanhecer. – disse Dany calmo demais pro meu gosto.

– Eu sei disso, mas o ultimo ônibus que passa aqui e que vai para o meu bairro passa em exatamente cinco minutos! E não deixam ninguém entrar na festa depois das nove e meia! – quase gritei. Eles não veem que eu estou falando serio?

Os dois se olharam rapidamente e em menos de dois minutos nós trancamos a casa da Any e disparamos rua acima. Para o nosso azar, assim que o ponto de ônibus entrou em nosso campo de visão, o ônibus tinha acabado de arrancar do ponto.

– Ei, motor! Espera a gente! – gritou Any disparando a correr atrás do ônibus.

–Perae! Que merda sô! A gente vai pagar droga! – o Dany, como sempre, é o mais educado entre nós. Não gritei, apenas me concentrei para não ficar pra trás, já que entre nós três eu era a menor.

– Isso não vai adiantar em nada. Se ele não parou ate agora, ele não para mais. – falei alto o bastante para os dois me ouvirem e parei de correr logo depois.

– Tem razão. Que saco! Não podemos perder essa festa! – disse Dany também parando de correr assim como a Any.

– Eu sei. Mas nós vamos ter que dar um jeito nisso então. – falei me apoiando em meus joelhos para recuperar o folego, Any fez o mesmo enquanto o Dany se deitou esparramado na calçada.

– Se conseguíssemos qualquer tipo de veiculo, nem que seja um pedaço de madeira com rodas, nós conseguiríamos chegar lá. Não tem subida no caminho. – disse Any depois de um tempo.

– Até que é uma boa ideia. Mas nós não temos madeiras com rodas! – disse Dany frustrado.

– Calma Dany, foi só uma observação. Nós pensaremos em algo. – falei me sentando no meio fio perto dele, Any se sentou ao meu lado. – Vejamos... perdemos o ultimo ônibus e carona esta fora de cogitação já que parece não haver nenhuma alma viva por aqui... – meditei rapidamente olhando em volta. Todas as casas estavam completamente fechadas.

– É, a nossa situação realmente não esta boa. – falou Any encostando a cabeça em meu ombro.

– E se fossemos a pé? – propôs Dany.

– Não daria tempo nem se fossemos correndo, tem que ser algo bem mais rápido. – falei suspirando.

– Bom... não vamos conseguir nada parados aqui. Vamos andando mesmo, no caminho nós damos um jeito. – disse Any ficando ereta novamente.

– Apoiado. – disse Dany se levantando assim como nós duas. Logo começamos a caminhar, o único som que ouvíamos além dos nossos passos era o vento soprando e balançando a copa das árvores a nossa volta. Assim que o vento fez um som um pouco mais alto, Any se agarrou no braço direito do Dany com medo. Sorri, mas antes de eu fazer qualquer comentário sobre a sua reação escutei uma risada vinda de trás de nós. Parei abruptamente e me virei.

Observei cada objeto que pude ver, mas não tinha nenhum sinal de movimento. As casas continuavam fechadas, a rua deserta e o vento pareceu soprar mais forte. Quando eu estava quase desistindo de procurar a origem da risada vi um vulto se mover a uma casa não muito longe de nós, arfei assustada.


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Notas finais do capítulo

Parei aki pra deixar vcs curiosos! Muhahaha (se é que tem alguem lendo isso aki)
enfim...
Quanto mais reviews eu receber, mais rapido eu posto.
Dependendo da quantidade de reviews, talvez eu posto mais um cap ainda hoje. O que me dizem?
beijos