Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 42
Natal longe de casa


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capitulo, esse é especial pois deidco a Rachel Black Lestrange, por ser a maior fã de Lilysander ( nome que criei para o shipper Lysander e Lily) e para o Duki que recomendou a historia, desculpe por não ter agradecido antes cara...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196210/chapter/42

O quarteto sonserino ia para o ultimo ensaio antes da apresentação que ocorreria no grande salão principal de Beauxbatons. Scorpius estava animado com a apresentação e havia insistido para que todos ensaiassem até o ultimo instante possível para que tudo saísse perfeito, Alvo entendia a empolgação do amigo mesmo que sentisse que já estavam mais do que prontos para aquela noite.

Já era o cair da tarde quando eles chegaram a sala de musica, ao passarem pela porta os quatro amigos se depararam com algo que realmente não esperavam e seus olhos deslizaram por cada detalhe daquele lugar enquanto suas caras eram de completa descrença enfrente do que havia ali.

Pelas paredes do lugar desciam e circulavam e se prendiam no teto, em uma rede de fios luminosos de pequenas lâmpadas que piscavam nas diversas cores possíveis e iluminavam os instrumentos metálicos espalhados, havia ramos verdes de pinheiro trançados que pendiam pelas paredes em ondas e onde estavam penduradas bolas brilhantes de gelo que não derretia, mas que brilhavam magnificamente com chamas rochas e laranjas em seu interior.

Ainda havia o principal motivo de estarem surpresos, uma bela arvore com grandes e volumosos ramos verdejantes se encontrava no local onde deveriam estar as coisas dos rapazes e o palco, ela havia sido enfeitada com as mesmas bolas de gelo assim como também outros enfeites mais tradicionais como velas flutuantes, pinhas de cristal e estrelas cadentes, pequenas fadas brilhantes como vaga-lumes estavam presas em pequenos potes de livro que se encontravam em alguns galhos mais baixos.  No alto havia para surpresa deles com exceção de Alvo, um gnomo vestido de anjo preso no alto da arvore enquanto segura uma varinha de brinquedo de onde saia faíscas. Por aquele simples detalhe o Potter soube quem fora o autor de tudo aquilo, e sorriu com isso.

_ Oh Merlin – disse alguém atrás de Alvo, e ele voltou seus olhos para encarar uma Alice surpresa e ao mesmo tempo admirada com tudo e ao seu lado estava Chloe e Rose.

_ é, eu sei – disse Alvo sorrindo para a namorada que caminhara até ele ainda sem entender o que acontecera – incrível não é?

_ o que vocês fizeram Malfoy? – disse Rose encarando Scorpius que ainda olhava para uma das bolas de gelo da decoração, ela brilhava roxa contra o rosto pálido do rapaz que desviara os olhos para a ruiva de braços cruzados ao seu lado para então após um olhar serio voltar novamente a atenção para o que observava antes.

_ sabe, dizem essas coisas estão cheias de Naguiles – disse Lorcan olhando para um visgo pendurado na borda da porta e depois sorriu para Chloe. 

_ o que são Naguiles? – disse Chloe para o gêmeo enquanto Lysander se distanciava do irmão e da garota, balançando a cabeça para as coisas que o irmão dizia, a muito tempo ele já havia decidido para não contrariar Lorcan sobre as coisas nas quais ele acreditava.

_ eu não sei o que elas tem, mas segundo a tradição vocês dois devem se beijar – disse uma voz do outro lado da sala fazendo todos voltarem seus olhares para quem havia acabado de chegar – do contrario, não vão poder sair daí tão cedo. 

Pela outra porta surgiu Teddy Lupin, ele vestia uma jaqueta de couro de dragão por sobre a camiseta do Nirvana e jeans escuro com seus velhos tênis e algo que eles realmente não estavam acostumados a ver, o professor de transfiguração trazia os cabelos vermelhos como um dos Weasleys e uma pequena camada leve de barba no rosto. Ao lado dele vinham Roxanne puxando pela mão seu namorado Krum e mais atrás do grupo vinha Louis parecendo confuso com tudo que via ao lado de uma Dominique que tentava se fazer de surpresa, mesmo que fosse péssima em fingir que não sabia de nada quando naturalmente estava envolvida nisso. 

_ você sabe quem fez isso professor Lupin? – disse Lysander.

_ primeiramente, nada de professor Lupin, por favor, Lysander é difícil para você me chamar apenas de Teddy? – disse o metamorfomago e o gêmeo ficara sem graça.

_ desculpe professor – disse Lysander – quero dizer, Teddy.

_ tudo bem rapaz, você vai se acostumar – disse Teddy batendo no ombro do sonserino e sorrindo amigavelmente para então se aproximar da arvore de natal - é, eles fizeram um bom trabalho não acha? – e se voltara para Alvo que concordara com a cabeça.

_ quem fez? – disse Rose se aproximando, podia se ver notável em sua voz um pouco do tom mandão que ela herdara da mãe.

_ você ainda não sabe Weasley, por Merlin, você já foi mais esperta – disse Scorpius atrás dela e a garota o dirigiu um olhar severo.

_ quem mais você acha que faria algo assim Rose? – disse Roxanne – lógico que foi meu irmão e o Tiago, mas algo me diz que eles tiveram ajuda, estou certa Teddy?

_ culpado – disse Teddy rindo e erguendo as mãos em sinal de rendição. 

_ certo, mas cadê eles? – disse Alice, mas sua resposta não foi respondida, pois vieram ruídos do lado de fora e todos se aproximaram das janelas para encarar.

Ao se aproximar das janelas eles puderam ver algo se aproximando em direção do trem pelos céus, os ruídos que transmitia era algo semelhante ao ruído de um dragão e as pessoas ali presentes puderam notar com clareza ao aproximar do estranho objeto voador o que realmente era. Alvo sorriu ao identificar a velha moto de seu irmão novamente em seu melhor estado, ao que parecia havia sido consertada finalmente após o acidente em Paris.

A motocicleta trazia consigo dois ocupantes, ambos se vestiam de vermelho com as vestes tão tradicionais daquela época do ano, o veiculo sumira por alguns segundos do ponto de vista deles para então todos escutarem um grande baque no teto do vagão que foi forte o bastante para fazer os enfeites balançarem e as luzes piscarem. Logo eles escutaram o ruído de algo metálico, e ao olharem para cima puderam ver um par de mãos abrindo e arrastando uma pequena escotilha localizada ali no alto de onde surgiram duas figuras que saltaram para dentro e caíram um sobre o outro com nenhum pingo de conforto. Os dois indivíduos estavam igualmente trajados com as vestes de Papai Noel.

_ francamente, é vergonhoso demais – disse Dominique rindo enquanto as outras pessoas ainda encaravam a cena com faces de pontos de interrogação – mas é bem feito para vocês dois que não quiseram que eu fosse vestida de mamãe Noel – e fizera um grande bico de criança mimada.

_ nos te oferecemos as vestes de elfo, você que não aceitou – disse a voz de um dos papais noeis que havia despencado do teto, o que estava por baixo do outro. 

_ só porque eu sou ruiva, vocês iam me colocar vestida com uma roupa que parecia do Peter Pan, da um tempo Potter – disse Dominique revirando os olhos em desgosto enquanto Alice se recuperava do choque e começava a rir enquanto pegava a câmera  – você só queria era ver minhas curvas naquele colan, acha que não sei?


_ você queria isso mesmo Tiago, grande melhor amigo esse que eu tenho – disse o outro Papai Noel que estava em cima – cobiçar a mulher dos outros é pecado, e você faz isso em pleno natal, francamente, que decepção...o que eles vão pensar disso.

_ cala a boca Fred, eu já até namorei sua garota, acha que eu não... Certo, é melhor não terminar a frase – disse o Papai Noel ao notar o olhar do outro – e dá para sair de cima, isso esta bastante comprometedora... E a minha cunhadinha esta fotografando tudo.

_ Fred e Tiago? – disse Rose surpresa sem acreditar no que via.

_ não, é Papai Noel e seu irmão gêmeo não está vendo? – disse Scorpius sarcástico recebendo outro olhar serio da ruiva.

_ É, eu deveria suspeitar dos dois – disse Rose cruzando os braços enquanto os dois rapazes se erguiam do chão e removiam as barbas do rosto. 

_ cara, na boa essa coisa pinica – disse Fred arrancando a grande barba de uma vez e lançando para longe enquanto endireitava o gorro sobre a cabeça.

_ como Dumbledore conseguia agüentar isso? – disse Tiago removendo a barba branca e pegando seu gorro do chão enquanto arrastava um grande saco vermelho de presentes pelo chão.

Ninguém esperava por ver algo daquele tipo, apesar de que era algo que os dois realmente estavam acostumado a fazer, mas certamente aquilo iria entrar para a lista de atos inesquecíveis. Todos se aproximaram de Fred e Tiago. Sem falar que fora a primeira coisa que fizeram que podia se considerar algo realmente solidário para com os outros, já que haviam planejado tudo aquilo sem pensar somente em seu beneficio próprio.

_ cara, que droga que vocês tomaram? – disse Louis e Fred riu colocando os braços ao redor dos ombros do rapaz.

_ isso, meu amigo é a droga do espírito natalino – disse Fred dando pequenos tapas no ombro do loiro – ainda bem que só aparece uma vez por ano, minhas costas agradecem muito por isso – e levara as mãos a base da coluna.

_ vocês dois são muito doidos – disse Alice se aproximando de Tiago e tirando uma foto do rapaz que sorrira travesso para ela enquanto puxava Alvo para que aparecesse junto.

_ são os doidos que fazem a diferença no mundo gata, afinal de contas qual é a graça de ser normal? – disse Tiago enquanto se dirigia a uma das poltronas que estava ali próxima da arvore.

_ agora, sentem esses traseiros na droga das almofadas e façam um circulo – disse Fred se sentando em outra poltrona enquanto fazia um movimento com a varinha e algumas almofadas vermelhas e verdes surgiam de dentro de um trombone.

Todos os outros se sentaram naquele espaço que havia ao lado da arvore de natal e alguns instrumentos musicais muito grandes e Alvo pode notar os que pertenciam à banda ali ao lado. Então, Tiago abriu o saco vermelho e começou a distribuir os presentes.

_ bem, como devem ter notado nos planejamos uma pequena demonstração de algo que parece talvez, um pedaço das nossas casas – disse Tiago – não aquilo que teremos mais a tarde com todo aquele jantar no castelo, não, é algo mais formal e intimo.

_ é, nos agradecemos pelo carinho que estão demonstrando pelo que fizemos – disse Fred fazendo uma pequena saudação – e bem, ai estão os presentes de todos, tanto os que vocês iriam receber quanto dar uns para os outros.

_ vocês invadiram os quartos então? – disse Krum sorrindo de canto.

_ primeiramente o que diabos você está fazendo aqui? – disse Fred encarando o ex-sonserino seriamente – você não é da família...

_ mas é como se fosse, ele é meu namorado Fred – disse Roxanne seriamente – dá um tempo no ciúme e responda a pergunta.

_ mas... – disse Fred, no entanto Roxanne ainda o olhava seria e ele suspirou – certo... Foi a Dominique que fez na verdade – e a ruiva ao seu lado lhe dera um tapa no ombro – certo, eu arrombei as portas, mas foi ela que recolheu e mandou os bilhetes para que se reunissem aqui...

_ não recebemos nada – disse Lysander.

_ vocês iriam vir para cá de qualquer forma – disse Tiago – não perdemos nosso tempo escrevendo para vocês...

_ muita consideração – disse Alvo, mas foi ignorado pelo irmão que continuara.

_ Teddy também ajudou – disse Tiago – ele conseguiu a arvore e transfigurou os enfeites, sem ele não conseguiríamos deixar essa sala do jeito que esta e a Dominique também conseguiu a comida.

_ é isso ai, se fosse por esses dois – disse Dominique apontando para o namorado e para o primo – nos teríamos vindo aqui apenas trocar os presentes.

E eles começaram a abrir os presentes, pela sala se enchendo rapidamente de pedaços de papel colorido e fitas alem de sons de rasgos e expressões de surpresa. 

Alvo recebera de Tiago um canivete mágico capaz de abrir qualquer fechadura e tranca, dos pais um kit para manutenção de vassouras, de Rose ele ganhara uma agenda falante que mantinha-o informado de suas obrigações, Lysander lhe dera um abrigo com o emblema dos Chudley Cannons que era o time pelo qual o moreno torcia.

Ele logo vestiu o agasalho laranja após agradecer o gêmeo que apenas sorriu voltando-se para o kit de alquimia básica que ganhara de Rose, ambos haviam combinado de cursar a matéria no próximo ano quando voltassem para Hogwarts, o que fez Alvo lembrar de que a ruiva não iria fazer isso.

Rose agradecia a Roxanne pelo livro sobre Runas Antigas que ganhara, enquanto a morena desembrulhava o que parecia uma vassoura nova que era certamente o presente de seu namorado já que esse sorria ao seu lado. Teddy se deliciava com uma das caixas de caldeirões de chocolate trufados que recebera da avó, enquanto desembrulhava uma caixa de livros sobre transfiguração que ele ganhara de McGonagall e em seu colo repousava os discos raros que colecionava e pode ver um deles um cartão dos padrinhos do metamorfomago, ou seja Harry e Ginny.

Alvo decidiu continuar abrir os presentes, de Fred ganhara um anel mágico igual ao que havia sido destruído durante a primeira prova do torneio, de seus tios Percy e Audrey ganhou livros que mais tarde iria se dar ao trabalho de olhar para as capas e se saber do que se tratava, de George recebera uma pequena amostra dos novos fogos de artifício das Gemialidades Weasley e de Alice um grande porta retrato que continua uma foto dos dois que fora tirada no baile de Halloween onde ambos começaram a namorar, para falar a verdade nem se lembrava de ter tirado algo daquele tipo naquela noite.  

_ não me lembrava disso – disse Alvo se voltando para Alice e supreendeu ao encontra-la com um vaso no colo e uma estranha planta nele que parecia um pâncreas mas que certamente era alguma planta – o que é isso?

_ presente da minha madrinha Luna, ela disse que meu pai possuía igual quando eles se conheceram – disse Alice um pouco sem graça – é uma mimbulus mimbeltonia.

_ me lembre de agradecer a sua mãe pelo presente Lorcan – disse Chloe e Alvo se voltou para encarar a loira segurando uma pequena caixa e de dela pegando cuidadosamente um par de brincos de beterraba.

_ mamãe tem um parecido, ela mesma que faz – disse Lorcan enquanto colocava na cabeça seu novo boné do Puddlemere United – ah, e ai Al, recebeu presentes legais?  - ele falou ao perceber que o moreno o olhava – valeu pelo Almanaque dos Dragões – ele erguera um livro bastante grosso que havia em seu colo – o Hagrid me deu um esse livro – ele mostrara um livro que se debatia amarrado por um cinto e rapidamente reconheceu – é o livro monstruoso dos monstros volume único, bastante raro de se achar...

_ bem legal Lorcan – disse Alice mas deu um pouco de distancia do rapaz ao ver o livro se mexer novamente – essa coisa não corre o risco de fugir não é?


_ oh, claro que não – disse Lorcan jogando o livro por cima do ombro e ele acertou por pouco Sir Todd, o gato de Chloe estava comendo uma tortinha de abóbora dera um salto pro lado ao ver seu doce ser esmagado pela capa dura daquela enciclopédia - o boné foi um presente do Scorpius e olha o que meu pai mandou para mim – e mostrara algo parecido com a garra de algum animal – legal não é? É a garra de um fóssil de um Dragão Ucraniano, lógico que deve ser um filhote pelo tamanho, mas mesmo assim... Não é incrível?

_ é Lorcan, muito incrível – disse Alvo sorrindo para o amigo que lhe estendera um presente.

_ é um presente meu e da mamãe para você – disse Lorcan e o rapaz abrira puxando de dentro um pequeno circulo de madeira onde havia uma espécie de rede traçada em seu centro quase como uma teia de aranha e alguns fios pendiam onde havia penas de alguma ave emaranhados e contas também.

_ bastante gentil da parte da sua mãe e de você Lorcan – disse Alvo mesmo que não entendesse muito bem o que era aquilo – mas o que é?

_ é um aparador de sonhos, ele filtra os sonhos ruins os impedindo de passar – disse Lorcan e Alvo olhou novamente para o objeto – eu sei que você às vezes tem pesadelos, talvez fosse útil.

_ hei Alvo, encontramos os suéteres Weasleys – disse Tiago virando o saco todo de uma vez no chão – estava lá no fundo, daí estava difícil de tirar.

_ feitiço de expansão indetectável? – disse Rose enquanto buscava seu presente entre os vários embrulhos.

_ sim, de outra forma não caberiam todos – disse Fred enquanto desembrulhava o primeiro embrulho, revelando um suéter azul marinho com um grande F laranja tricotado no centro – o meu parece ter sido feito pela tia Hermione, conheço os pontos dela...

_ é, a vovó não conseguiria fazer tantos suéteres sem a ajuda da mamãe, das tias Audrey e Fleur – disse Rose vestindo o seu que era vermelho e possuía um R em amarelo no centro – ficou bom?

_ cores da grifinoria, quanta originalidade – disse Scorpius caçoando – eu nem sei mais onde acaba deu cabelo e começa o suéter Weasley...

_ cala boca Malfoy, e aposto que o seu são das cores da Sonserina – disse Rose pegando um embrulho e jogando na cara do loiro.

 Era realmente verdade, o de Scorpius foi verde com um S serpentino no peito da mesma cor do que Alvo ganhou só que com suas iniciais ASP em vermelho do lado esquerdo. Há alguns anos os amigos mais próximos de Alvo ganhavam o suéter Weasley, não apenas Scorpius como também os gêmeos que já vestiam os seus. O de Lorcan era verde água com a letra em preto, enquanto o de Lysander era preto só que com a letra na cor verde. O de Tiago e Dominique foi sem duvida os mais bem trabalhados, o do rapaz era vermelho sangue e trazia bordado no lugar de sua inicial a silhueta amarela de um grifo, enquanto a da garota era cinza e trazia em branco o que deveria ser uma esfinge.

_ é, nada como mimar os campeões não é mesmo? – disse Louis que já vestia seu suéter marrom com a letra em branco.

_ lógico, mon cher frère (meu querido irmão) – disse Dominique se sentando no braço da poltrona de Fred – nos somos os heróis da família, nada mais justo do que sermos um pouco mimados não acha?

_ nada mais justo mesmo, e me escute aqui garotinha – disse Fred para a ruiva que o encarara seriamente – diga ao papai noel aqui, você se comportou bem durante esse ano? – e soltara um sorriso malicioso.

_oh, não tenho sido Papai Noel, eu fui uma garota bem malvada esse ano – disse Dominique numa voz falsamente inocente enquanto se deixava escorregar para o colo do moreno e apoiou a cabeça em seu ombro – sabe? Mas, estou arrependida do que fiz...

_ ah, eu acredito em você – disse Fred brincalhão dando um beijo na garota – mentira, não acredito em você Dommy, sei que nunca se arrependeu de nada que fez...

_ é, tem razão – disse Dominique sorrindo e o beijando novamente.

_ dá para vocês pararem, não quero que as crianças fiquem traumatizadas com dois pervertidos, feito os dois se agarrando assim na frente deles – disse Tiago com uma voz falsamente autoritária enquanto os outros riam da cena – controlem os hormônios ou procurem um quarto e você Frederick honre as vestes do bom velhinho que você está usando, por Merlin...

_ o senhor revoltadinho deu um tempo no show? – disse Fred de sobrancelha arqueada – espero que no próximo natal você ganhe uma garota e pare de pegar no meu pé, sai para lá Potter e me deixa ser feliz com a minha garota...

_ cara, é tão estranho vocês dois namorando – disse Roxanne rindo – nem quero imaginar os filhos que vão sair da união dessas duas criaturas...

_ espera ai, quem falou em filhos? – disse Dominique – nem pensar, sou muito nova ainda para ser mãe, nem ouse em pensar em me engravidar ouviu bem Weasley?

_ claro, de maneira alguma, mas pensa só Dommy – disse Fred com uma voz sonhadora certamente falsa – cinco ou seis criancinhas correndo pelas praias do Chalé das Conchas, algumas delas ruivinhas que nem você e outras de cabelos pretos e rebeldes como os meus?

_ cinco ou seis? – disse Louis e Dominique ao mesmo tempo.

_ é, ou então podemos tentar o fantástico e mágico numero sete – disse Fred e as pessoas ainda o encaravam surpresas e atônitas com a aquela historia toda – e claro que o mais velho vai se chamar Freddie Junior.

_ que nome horrível – disse Dominique seriamente.

_ é um belo nome – disse Fred ofendido. 

_ certo, você não é meu irmão, não mesmo... – disse Roxanne incrédula – o Fred que eu conhecia nem sonhava em casar e ter filhos...

_ as coisas mudam maninha – disse Fred.

_ e como – disse Roxanne - tipo, eu conheço os dois desde que me conheço por gente e é realmente inusitado imaginar-los como um casal.

_ eu também não curto o seu namoro com o Krum e nem por isso fui contra – disse Fred seriamente e todos riram.

_ ah, você reagiu muito bem – disse Rose irônica e todos olharam para ela – que foi?

_ você sendo irônica, é algo muito estranho – disse Lysander e as pessoas riram.

_ devo concordar com o gêmeo Nerd, mas de toda a forma eu reagi bem sim – disse Fred – claro, não gostei, mas decidi ignorar.

_ se me lembro, você me desafiou para um duelo Weasley, pela honra da sua irmã – disse Krum e Fred coçou a cabeça envergonhado.

_ da um tempo, esta legal? Eu estava surpreso e falei besteira... Até parece que eu ia duelar com você – disse Fred.

_ e não ia? – disse Krum com a sombra de um sorriso nos lábios.

_ não – disse Fred surpreso pela pergunta - E fique quieto o Bonitão idiota que eu não estava falando com você.

_ o que ele quer dizer cara, é que ele sabia que você ia acabar com ele e daí amarelou – disse Tiago entre uma risada.

_ não está ajudando Potter – disse Fred emburrado.

Eles permaneceram mais um tempo desembrulhando os presentes após ter sido posto um fim na conversa com Fred. Scorpius ganhara um livro do pai, intitulado “A arte dos duelos”, Draco devia saber dos duelos que o filho enfrentava na escola e parecia apoiar aquilo, ou talvez fosse tudo coincidência, mas nada disso importava frente à primeira obra prima literária de Filius Fliwick, ex-professor de feitiços de Hogwarts. Alvo pode ver os olhos de cobiça de Rose para cima daquela raridade.

_ o Al, meu presente para você – disse Scorpius entregando um grande embrulho para o moreno que precisou pega-lo com as duas mãos devido ao tamanho.

Alvo se surpreendeu bastante com o embrulho verde gigantesco que ganhara de Scorpius e ao abrir pode ver que se tratava de uma guitarra nova, ele agradeceu varias vezes o amigo por aquilo. O Potter do meio nem tinha palavras para dizer depois daquele presente.

_ hei Chloe, tem um para você – disse Lorcan para a garota que Alvo até esquecera que estava ali, o que não era nenhuma surpresa já que ela sempre ficava tão quieta nos lugares ao ponto de ser imperceptível – tome, é para você da vovó Weasley.

_ mas eu nem a conheço – disse Chloe sem jeito enquanto pegava hesitante o pacote.

_ a Lily deve ter falado de você – disse Alvo ajudando Lorcan – e isso foi o bastante para a vovó fazer algo especial – e sorriu para a garota que puxava um suéter rosa de dentro do embrulho com um C em violeta bordado no peito – ficou bom...

_ obrigada, olhe eu fiz alguma coisa para vocês – disse Chloe tirando alguns envelopes e entregando para Alvo – não é muito, mas é para que se lembre de mim... Desculpe se não ficou tão bom assim.

Alvo pegou um envelope endereçado para ele e o abriu, dentro havia um desenho seu feito muito bem detalhado e havia ainda uma pequena referencia a sua forma animaga com silhueta de um cervo e seus chifres ao fundo. Ele agradeceu a loira e Lorcan pediu os outros para entregar, o que o moreno fez.

Alvo sorriu para o amigo passando os envelopes para as mãos dele e se voltou para Alice para ver os presentes da namorada, alem da estranha planta e do Suéter amarelo canário com o bordado de um A preto no centro que recebera da vovó Weasley, ela ganhara do irmão uma cesta de chocolate da Dedos de Mel, da irmã um bisbilhoscopio, de Neville uma caixinha de musica e de Hannah ganhara um colar com o brasão da Lufa-lufa. Ainda faltava um pequeno embrulho para abrir, e de lá retirara uma esfera de vidro do tamanho de uma laranja, Alvo não teve certeza do que era, mas a garota bufara certamente sabendo do que se tratava.

_ aquela velha decrépita da minha bisavó – disse Alice com raiva – vive me mandando isso todo o natal, assim como também manda para o Frank e para a Augusta.

_ e o que seria? – disse Alvo surpreso pegando o objeto nas mãos.

_ é um lembrol, serve para te avisar caso você se esqueça de alguma coisa – disse Alice com a voz automática e cansada – eram bastante populares no passado, tipo quando meu avô ainda freqüentava Hogwarts, ela também mandava a mesma coisa para meu pai, o que eu realmente entendo, afinal de contas você o conhece e sabe o quanto o professor Longbottom é esquecido.

_ é, isso é verdade – disse Alvo até que a bola de vidro começou a se encher de uma fumaça vermelha o que fez o rapaz olhar estranho para o objeto como se ele fosse explodir em sua mão – ele está...

_ vermelho, é eu vi – disse Alice – ele faz isso quando você se esquece de algo, e só volta ao normal quando você se lembrar do que é.

_ sim, mas eu não me lembro – disse Alvo confuso e sem jeito.

_ galera, onde está a Lily? – disse Rose procurando a prima – os últimos presentes que se falta para abrir pertencem a ela.

_ mas que droga, me lembrei do que esqueci – disse Alvo com uma expressão que mostrava o quanto se achava estúpido aquele momento – a Lily veio me pedir para ver o ultimo ensaio da banda, e eu falei que era para ela nos esperar no grande salão principal do castelo para onde nos iríamos após pegar os instrumentos.

Lily caminhava pelos corredores do castelo, não havia muita gente aquela hora por ai, todos estavam curtindo os campos desertos e cobertos de neve da escola, o que deixava seu caminho livre para o salão principal sem encontrar com ninguém conhecido afinal. Não havia avisado as garotas para onde ia, mas sabiam muito bem que haviam ido patinar no lago novamente e mesmo que fosse tentador ver Rose tentando ensinar uma Alice desajeitada tentar se equilibrar sobre os patins e rir ao lado de Chloe disso, aquele era um momento que poderia ter mais tarde com as amigas.

Bem diferente do que estava prestes a fazer, ainda não sabia o que diria para ele quando o visse, talvez não precisasse dizer nada e simplesmente beija-lo, mas isso parecia tão errado, afinal de contas ela sabia dos sentimentos do rapaz, e sabia que sentia a mesma coisa por ele, não podia ser impulsiva e simplesmente agir, precisava tentar encontrar as palavras antes para se declarar.

Palavras, era tão ridículo como ela ficara sem elas tão de repente, era tão irônico que uma das pessoas que possuía sempre algo para dizer como era aquela ruiva se deixar calar daquela forma de tão surpresa para não dizer abalada e assustada com tudo aquilo.

_ o que estou fazendo, eu não sei se posso, se vou conseguir – disse a ruiva parando de frente para a porta do salão principal fortemente fechada enquanto os olhos da ruiva encaravam a madeira negra – ridículo, eu nem sei o que estava pensando... Eu vou voltar para o quarto – “Mas você veio até aqui não foi Lily?” Ela pode escutar a voz de sua própria consciência falando, e ela estranhamente soava como a de Rose.

Ela caminhara até ali, mas isso não significava que estivesse tão preparada para o que estava para ocorrer. Mesmo que tentasse ser forte na maior parte das vezes, ela sabia que tinha suas recaídas e uma vez ou outra deixava de ser aquela muralha que aparentava ser para se revelar uma garota como outra qualquer de sua idade repleta de inseguranças, como era Chloe. Ela e a loira podiam não ser iguais em tudo, mas aquilo possuíam em comum, mesmo que Lily conseguisse dominar a insegurança, esconde-la e ignora-la, ainda estava ali e as vezes vinha fazer uma visita para a garota.

 – sim eu vim... – disse Lily -  só que... – “não fale mais nada, olhe para você como esta agindo, tão covarde que chega a me dar pena” a voz de Rose soara novamente e ela sentira um pouco de raiva - caramba, o que estou fazendo agindo feito uma covarde? Eu nunca fui assim, coragem ruiva – ela falara para si mesma – seus pais enfrentaram coisas piores do que isso quando tinham sua idade... Você devia ser grata pela coisa mais grave para você nesse momento ser falar com um garoto no lugar de enfrentar um trasgo montanhês – ela suspirara e fechara os olhos – tudo vai dar certo... 

Ela tentara adquirir confiança, mas de onde viria era difícil de saber. Fora então que pela mente da ruiva passara a cabeça do rapaz, Lysander e ela na sacada do castelo naquela noite da festa de Halloween. Ele estava lindo de uma forma que não havia nunca reparado antes, e os dois conversaram e então eles deram as mãos e se aproximaram um do outro, era para terem se beijado, mas não ocorreu mesmo que faltassem só pouco mais de um centímetro que fosse para que unissem os seus lábios um com o outro.

Lily sabia disso, sabia que se não tivessem sido interrompidos o beijo teria ocorrido, e que provavelmente estariam juntos desde aquele dia como ocorrera com Alvo e Alice. E isso a irritava profundamente, ela queria estar com o loiro, mas parecia que tudo parecia conspirar para que eles ficassem longe um do outro, sempre havia alguém entre eles.

A corvina não tinha muitas oportunidades de ficar sozinho com o sonserino restando a ela ter que criar a chance. E era por isso que estava ali, para não desperdiçar tudo que havia sido jogado de lado, para atender ao que sentia e ser feliz junto de Lysander que certamente podia ser o motivo de sua felicidade afinal de contas. Ela suspirou novamente, suas mãos se ergueram e deslizaram pela madeira da porta então ainda com a imagem de Lysander sorrindo em sua mente a ruiva empurrou.

As portas do grande salão principal de Beauxbatons se abriram de uma forma estrondosa e a luz correu pela longa escadaria que ali se estendia enquanto uma sombra se estendeu fina e esguia até o ultimo degrau, conforme a sua proprietária descia. Ao chegar ao final, à ruiva olhou para os lados e pode notar todo o lugar coberto pelo breu da escuridão o que era certamente muito estranho se tratando de que os rapazes deveriam estar ali resolvendo os últimos toques da apresentação, mas não estavam.

Ela encarou novamente a porta por sobre o ombro e pode ver o momento em que se fechou lentamente até finalmente bater e se encerrar por completo com um grande ruído. Então ela pode ouvir, um barulho bastante estranho de se escutar naquele lugar, era algo como água em queda que permaneceu assim por alguns segundos até de repente ela poder ver o que acontecia.

O chão começou a se iluminar de uma cor clara conforme o barulho de água se intensificava, ela pode notar que o piso parecia feito de vidro, mas algo lhe dizia que era gelo de verdade assim como a escadaria também. Do teto vinha uma serie de cachoeiras que se caiam nas beiradas das paredes e enquanto o liquido se espalhava por debaixo do piso transparente, não parecia ser simplesmente água por conta de que ela brilhava levemente.

A garota começara a andar e pode notar que as mesas pareciam ser feitas de cristal e possuíam exuberantes decorações no centro feitas com flores fosforescentes que brilhavam em tons azulados e violetas, havia estatuas de gelo espalhadas pelo salão, ao passar por algumas que representavam veelas pode sentir-las virando as cabeças para fita-la, mas quando tornou a encarar-las todas haviam retornado a antiga posição.

Uma das cachoeiras parara de despejar água ficando totalmente seca, e o sol das outras parecia ter sido abafado ou silenciado, e por de trás dela surgira um palco de tamanho aceitável e onde deveriam estar os instrumentos dos rapazes e eles ensaiando, mas não estava o que realmente chamou bastante à atenção da ruiva.

 Próximo do palco, havia uma área toda do salão feita para a orquestra francesa da escola, nela podia se ver muitos instrumentos musicais sendo que todos eram feitos de materiais transparentes quase invisíveis, incluindo um que a garota era bastante familiarizada para o qual se dirigiu logo em seguida se sentando no assento que ficava de frente para o piano.

_ por que ainda não chegaram? – disse Lily suspirando enquanto sua voz mesmo sem intenção ecoava pelo salão vazio.

Alvo pode os olhos de descrença da maioria das pessoas ali, todos não ousavam falar, mas o sonserino sabia o quanto eles o culpavam por ter esquecido de algo tão importante como sua irmãzinha caçula que naquele momento devia estar dentro daquele salão vazio aguardando por eles.

Todos na verdade eram culpados não apenas e exclusivamente ele, pensou Alvo, só naquele momento foram sentir a falta de Lily no lugar de perguntar onde ela estava antes, mas ninguém entendia isso, não perto do que o rapaz havia feito.

_ cara, eu sinto pena de você – disse Tiago para o irmão – você vai ter que ir lá agora e enfrentar a Lily e explicar o porquê de sua demora e de como se esqueceu dela.

_ foi bom te conhecer Al – disse Scorpius tocando o ombro do melhor amigo – algo me diz que você não sai vivo dessa.

_ eu não sabia que eles iam aprontar uma dessas, para mim a gente ia para nosso ultimo ensaio daqui – disse Alvo tentando se justificar – vocês são tão culpados quanto eu... – ele apontara para Tiago e Fred que o olharam com caras de ponto de interrogação.

_ espera ai, deixe-me ver se entendi – disse Tiago – você combina com a nossa irmã de encontrá-la na droga do salão e nos que somos culpados? Por Merlin, isso sim que é cinismo.

_ dá um tempo para o Al, vocês não estão vendo que ele está assustado – disse Alice tentando proteger o namorado.

_ não me ajude Alice – disse Alvo entre dentes.

_ ela está certa, eu também estaria se tivesse que enfrentar a ira de Lily – disse Tiago seriamente – é natural, ela tem o gênio da mamãe e mesmo que a gente consiga dobra-la de vez em quando, é meio difícil fazer isso quando somos os causadores de sua explosão.

_ e agora, eu terei que ir atrás dela e explicar as coisas? – disse Alvo e todos ficaram em silencio, o que ele deve ter entendido como positivamente – maravilha, serei morto em pleno natal.

_ larga de drama Potter, não precisa ser necessariamente você – disse Scorpius.

_ não está se oferecendo está Malfoy? – disse Louis.

_ não Weasley, não estou – disse Scorpius – só estou dizendo que pode ser outra pessoa, agora a questão é quem vai – todos os olhos se voltaram em direção a Chloe que ficou surpresa com aquilo e se encolheu em seu canto como se quisesse sumir dali.

_ p-por que estão me olhando? – disse Chloe num tom de voz baixo e assustado.

_ esta brincando, não – disse Lorcan chamando a atenção de todos para ele – ela nunca viu a Lily com raiva, é melhor mandar alguém mais experiente – ele encarou Lysander pelo canto dos olhos pedido ajuda.

_ eu vou – disse Lysander e todos o encararam.

_ por que esta se oferecendo para falar com a minha irmã Scamander? – disse Tiago cerrando as sobrancelhas transformando seu rosto em uma expressão séria para não dizer incomodada.

_ eu acho uma ótima idéia – disse Alvo e seu irmão mais velho o encarou.

_ por quê? – disse Tiago questionador.

_ talvez por ele ser o que mais tem jeito com as palavras... – disse Alvo, mas foi interrompido.

_ a Rose tem jeito com as palavras, porque não vai ela? – disse Tiago seriamente.

_ e com toda a certeza é bem paciente também, coisa que não podemos dizer o mesmo da Weasley – disse Scorpius e a ruiva lhe encarou pelo canto dos olhos – ouviram o que eu falei? Observem esse olhar, ela já esta quase prestes a discutir comigo.

_ olha só, o Malfoy consegue perceber as coisas obvias – disse Rose – dá para notar que começou a colocar o cérebro para funcionar, ou ganhou um novo de natal dos seus pais?

_ seu sarcasmo é tão doce que chega a me causar enjôo, não espere acho que isso não é efeito de suas palavras e sim de você esta perto de mim – disse Scorpius sorrindo maroto.

_ cara, essa doeu até em mim – disse Fred em um sussurro para Dominique com quem estava abraçado.

_ os dois fiquem calados, é natal, por Merlin – disse Alice se pondo entre Rose e Scorpius – não devemos discutir ou brigar numa data assim, agora deixem o Al terminar o que ele tinha a dizer.

_ bem, eu ia dizer é que o Lysander é a pessoa certa para falar com a Lily – disse Alvo encarando o amigo – pelo menos eu acho...

_ certo, mas assim que resolver as coisas a traga para cá, ela ainda tem presentes para abrir – disse Tiago enquanto o gêmeo seguia para o lado da porta – e Scamander... – o rapaz parou antes de sair e encarou o ruivo por sobre o ombro – espero que não tente nada.

Lysander saiu pela porta a fechando atrás de si sem nem mesmo se prestar a dar uma resposta para o grifinorio que ainda encarava o ponto onde o loiro estava anteriormente como se ele fosse retornar ou ainda estivesse ali.

O rapaz seguiu pelos corredores do trem que se encontravam sem quase qualquer iluminação por conta da ausência de luz solar que entrava pelas janelas e foi assim até encontrar uma das saídas e continuar andando pelos jardins cobertos de neve.

Ele ajeitara o moletom verde que usava por sobre o suéter Weasley que ganhara, fazia bastante frio e ventava muito do lado de fora mesmo que não houvesse qualquer indicio de neve caindo dos céus que naquela hora da tarde se encontravam cinzentos como era típico da estação.

Lysander estava de frente para a porta do salão principal quando escutara algo, parecia o som de algo que mesmo abafado pode identificar como o som de uma melodia tocada ao piano.

Ele tremeu antes de abrir a porta e entrar, não sabia o porquê de estar tão nervoso de repente afinal era apenas uma musica que ela estava tocando ao piano. Talvez fosse pelo som que ele ouvia indicar que realmente Lily estava ali esperando, ou quem sabe fosse por conta de que aquela musica parecia tão parecida com aquela que ele cantara no baile de Halloween.

Com tal pensamento em mente, Lysander encerrara a porta atrás de si e começara a descer os degraus com cuidado procurando seguir o som das teclas do piano que chegavam até si pelo eco do salão vazio. Seus olhos começaram a deslizar pelo salão e podia ter certeza de que nunca vira algo tão bem feito como era aquela decoração tão espantosa mesmo que não parecesse tão bela quanto o que escutava.

Ele começara a caminhar na direção do palco, e pode ver próxima a ele no lugar onde reservado para os instrumentos da orquestra uma cabeleira ruiva que caia pelas costas da pianista que parecia bastante concentrada para perceber a presença do rapaz que se aproximava. Lysander por uma estranha razão começou a diminuir os passos, pois parecia que qualquer ruído que fizesse poderia destruir a beleza que era aquela, não apenas a musica como tambem a garota que tocava. 

Os ouvidos de Lily escutaram passos de alguém se aproximava dela, ela prosseguiu tocando piano sem se prestar a pensar quem poderia estar ou mesmo se voltar para encarar quem tivesse entrado no grande salão principal, talvez finalmente a banda tivesse vindo para o ensaio. Tal pensamento fez Lily vacilar durante as notas finais, mas reverteu o problema rapidamente terminando o ato com maestria.

Com as ultimas notas a musica se encerrou e a garota fechou os olhos enquanto seus dedos deslizavam pela proteção das teclas e seus pés abandonavam os pedais enquanto ela suspirava tristemente. Foi quando o silencio foi rompido novamente, mas dessa vez não pela musica de Lily, mas sim por palmas solitárias que pareciam bastante animadas e rápidas o que fez a ruiva buscar de onde vinha esse som encontrando um pouco a frente de si próximo do palco aquele que ela estava esperando realmente. Lysander estava ali, aplaudindo sua musica enquanto exibia um sorriso discreto nos lábios que ela tanto amava, quando percebeu que havia sido visto o loiro começou a se aproximar dela andando entre os instrumentos musicais e assentos até chegar à ruiva que ainda o encarava surpresa.

Lily se levantou rapidamente acabando por esbarrar no piano e no banco se não fosse pelo loiro a ter ajudado e a agarrado antes que atingisse o chão teria alem de sido uma queda bastante idiota e provavelmente se machucasse, tambem seria motivo para que ela sentisse bastante envergonhada coisa que já estava se sentindo, uma verdadeira desajeitada e lhe lançou alguns xingamentos mentalmente. 

_ cuidado – disse Lysander cuidadoso enquanto ajudava a ruiva a se sentar novamente no banco do piano – desculpe se assustei, não era minha intenção fazer isso, só que você é bastante talentosa e eu realmente me senti bastante tocado com a musica e bem... Nunca antes a havia visto tocar e eu adorei ver, de verdade.

_ que bom que gostou – disse Lily sorrindo - quando eu cheguei não havia ninguém, resolvi esperar por vocês e quando vi esse piano – ela indicara o instrumento com a cabeça – não pude deixar de tocá-lo, sabe não é sempre que faço isso é só quando... Sinto algo muito forte, não sei dizer, um sentimento que me mova a tocar consegue me entender?

_ sim, eu consigo – disse Lysander se sentando ao seu lado – essa musica foi à mesma que toquei no baile de Halloween e isso realmente me surpreendeu, pois não tinha visto ela antes sendo tocado em um instrumento como o piano é a primeira vez.

_ espero não ter decepcionado – disse Lily um pouco sem jeito – pelo menos você me escutou, pois acho que não teria coragem que nem você, meu irmão e os outros tem de se apresentar em publico.

_ você tem medo do palco? – disse Lysander sem acreditar.

_ algum problema nisso? – disse Lily desviando o olhar do loiro.

_ é, realmente você é uma garota com bastantes surpresas não é? – disse Lysander – quem diria, uma garota como você é uma grande surpresa sabe? – ela o encarou confusa – quero dizer, você é tão segura de si, tão extrovertida, às vezes irônica e sarcástica,  sempre sabe o que falar para os outros e com tanta personalidade forte.

_ e você, tem as suas surpresinhas tambem que eu sei Scamander – disse Lily num tom brincalhão enquanto colocava uma mecha do cabelo para trás da orelha.

_ por que diz isso? – disse Lysander erguendo uma sobrancelha num tom inquisidor que acabou por se desmanchar em risos já que ele não conseguira mantê-lo por muito tempo – você acha que eu posso esconder algo? – ela pegara em sua mão que estava sobre o banco a unindo com a sua.

_ ah, eu acho – disse Lily com um tom inocente – digo, você é muito mais do que os olhos conseguem ver, eu tenho certeza disso, sei que por trás de toda essa sua face seria e intelectual pode existir um coração.

_ todos temos um coração, isso não é segredo Lily – disse Lysander sem jeito.


_ mas o que ele esconde, isso é um segredo ou estou errada? – disse Lily.

_ não sei aonde quer chegar com isso – disse Lysander encarando a garota nos olhos.

_ é, achei que você poderia ficar meio confuso mesmo – disse Lily sorrindo simples – mas eu não sei mais o que falar, quer dizer...talvez você tenha.

_ dizer o que? – disse Lysander confuso.

_ o que você escreveu por tanto tempo – disse Lily pegando de sua mochila um livro e entregando ao gêmeo que olhou para a capa enquanto pelo seu rosto a cor parecia ir fugindo – é o seu diário.

_ sim... É ele – disse Lysander deslizando os dedos  seu sobrenome que havia escrito na capa enquanto tentava evitar o olhar da ruiva que mantinha os olhos nele – o-onde o conseguiu? Pensei que o tivesse perdido, a mais de três semanas que senti sua falta, até procurei pelo quarto, mas não havia qualquer sinal dele.

_ isso porque Lorcan o pegou e me deu no dia da festa na praia – disse Lily simplesmente e Lysander amaldiçoou mentalmente o irmão – ele queria que eu conhecesse você melhor, que soubesse mais sobre o que sentia...

_ ele não tinha esse direito, não podia se meter em minhas coisas – disse Lysander serio e cortante e a ruiva pode sentir a acidez de suas palavras enquanto apertava fortemente o diário com os dedos – Lorcan é muito imprudente, sonhador,  não sabe o que faz, ele acredita que pode resolver tudo...

_ ele te ama muito Lysander, você é uma das pessoas mais importantes para ele – disse Lily o interrompendo – Lorcan apenas quer te ver feliz, e eu não o culparia em seu lugar pelo que fez alias você deve agradecê-lo.

_ pelo que? Por me expor dessa forma a você, meus sentimentos – disse Lysander – nem sei como posso te encarar assim, deve me achar um tolo, tenho certeza disso.

_ tolo? Não, você não é tolo – disse Lily – esta longe disso, eu tenho certeza, até porque se fosse um acho que tambem seria, afinal eu... – ela pode vê-lo erguendo os olhos em sua direção e se sentiu tensa ao encarar aquelas duas grandes orbes azuis que a fizeram parar alguns segundos para observá-las, tão atento era aquele olhar que chegava a intimidar o que fez com que continuasse - acho que estou apaixonada por você.

_ você o que? – disse Lysander não conseguindo acreditar no que ouvia, fazendo com que ela corasse, uma grande vermelhidão vinha em suas bochechas o que realmente fez o rapaz sorrir ao vê-la assim – você está... 

_ apaixonada – disse Lily quase num sussurro.

_ desde quando? – disse Lysander no mesmo tom. 

_ não sei ao certo, acho que foi aos poucos – disse Lily – eu acho que me interessei por você sem nem perceber o que sentia, você sempre foi tão cavalheiro comigo, carinhoso e atencioso, nunca ninguém fora da minha família foi assim antes... Mas tudo pareceu mudar quando senti ciúmes no momento que soube que a Chloe tinha te beijado e a única coisa que queria era ter sido ela por aquele momento, para poder aproveitar um pouco.

_ no baile, você... Nos... Quase nos beijamos – disse Lysander.

_ sim, e eu queria ter feito, se não tivéssemos sido interrompidos talvez estivéssemos como Chloe e Lorcan ou Alvo e Alice – disse Lily acariciando o rosto de Lysander com uma das mãos – mas parecia que tudo ia contra nos, como se não quisessem que ficássemos juntos.

_ é que apenas tudo vem ao seu tempo Lily, e nossa hora chegou – disse Lysander sorrindo levemente e a garota tambem fez o mesmo – eu acho que você já sabe tudo que sinto por você – ele mostrara o diário. 

_ é, sei... Mas adoraria ouvir da sua voz – disse Lily – que lesse para mim.

_ não preciso ler, acho que me lembro bem do que sinto – disse Lysander – desde antes de conhecer você pessoalmente, eu me senti atraído por uma estranha razão que não soube direito o que era na época, digo, eu era um garoto quando li aquela matéria do Profeta Diário sobre o ataque a sua família e quando vi a foto sua me senti tão... Não sei dizer, talvez encantado por você, por sua aparência tão frágil e insegura naquela imagem, aquele olhar que me fazia querer cuidar de você e lhe dizer que tudo ia ficar bem, depois que a conheci pessoalmente pude fazer isso, eu tentei me aproximar, mas você só...

_ eu me lembro, mas você não deve me culpar pelo que fiz, afinal mal te conhecia e eu estava em uma fase difícil – disse Lily e o rapaz concordou – mas continue...

_ eu não desisti de você Lily, porque meu sentimento era mais forte e me dizia para não fazer – disse Lysander – mesmo que tenha sentido vontade muitas vezes, não o fiz... havia uma voz dentro de mim que falava para persistir que um dia teria minha oportunidade, e bem aqui estou...

_ desculpe por ter demorado tanto – disse Lily – tão lerda, eu cheguei a pensar que gostava do Scorpius, sendo que tudo que possuía por ele era admiração e amizade.

_ não fale nada certo? – disse Lysander colocando um dedo na frente de seus lábios – agora que estamos juntos, não quero me desculpar nem que você o faça por mais nada que não vale – ela sorriu novamente enquanto se inclinava para beijar sua bochecha, mas seus lábios acabaram por pegar um canto da boca do rapaz.

Então ela ficou em silencio assim como ele, a ruiva buscou novamente a mão do rapaz sobre o banco e a pegou novamente ato que não passou despercebido pelo sonserino que entrelaçou os dedos de ambos de forma delicada enquanto olhava pelo para a garota que com a outra mão ajeitava novamente o cabelo atrás da orelha, talvez fosse uma mania dela quando estava encabulada ou talvez envergonhada com algo e ele sabia o que era.

Ela estava esperando sua atitude, disse uma voz dentro da cabeça de Lysander, droga Scamander aja como um homem pelo menos uma vez, deixe a droga da timidez para trás e se deixe levar pela emoção como tem feito até agora. O rapaz voltou novamente o olhar para ela, a garota mantinha os olhos fixos nele como se tentasse sondar sua mente ou algo do tipo, mesmo que não fosse essa a intenção o loiro conseguia sentir a profundidade daqueles olhos.

Fora então que começou a se aproximar do rapaz, Lysander se sentiu nervoso e surpreso com aquela atitude da mais nova dos Potters, mas decidiu ajuda-la a encurtar o caminho entre eles e começou a se aproximar também, ele cerrara os olhos enquanto fazia isso, podia sentir seu coração bater forte enquanto a garota lhe tocava o rosto com suas mãos pequenas e delicadas fazendo o rosto dele se aproximar mais do seu. Lysander pode sentir seus narizes se tocarem e roçarem um no outro, assim a respiração da garota que se assemelhava a uma brisa quente de vento contra seus lábios, aquilo denunciava o quanto estava tensa e nervosa, talvez estivesse arrependida, mas esse pensamento fugiu da cabeça do loiro no momento em que ela lhe surpreendeu finalmente tocando seus lábios com os dele.

Foi um beijo simples no inicio, um pouco mais de um selinho, mas o suficiente para fazer ambos perderem toda a insegurança sem sentido que possuíam. Logo após eles tornaram a se beijar, dessa vez foi mais longo e profundo, ela pode sentir os lábios frios do rapaz que começaram a se esquentar com o calor dos seus aos poucos, com sua autorização o beijo foi aprofundado,  ele lhe puxara para mais perto envolvendo um de seus braços em sua cintura enquanto o outro se prendia em sua nuca.

 Lysander sentira as mãos da ruiva deslizar para seu cabelo e se perderem nele enquanto brincavam com as mechas loiras, o beijo as vezes dava pequenas pausas e retornava mas isso não fazia com que perdesse a intensidade. Eles puderam ouvir o momento em que o jovem esbarrara sem querer no teclado do piano, mas isso não fez se separarem, apenas fez ambos sorrirem em meio a uma pequena pausa de alguns segundos.

O casal se separou após sentir o fôlego lhe faltar, o rapaz se distanciou lentamente dela enquanto sentia sua respiração cansada e buscando ar, ele sorriu levemente enquanto ela abria os olhos e o encarava com o mesmo sorriso no rosto ambos ainda estavam unidos um com o outro, pois o Lysander não soltara a ruiva, mantendo suas mãos ainda em sua cintura e nuca.

Lily removera as mãos do rosto de Lysander enquanto encarava aqueles olhos que pareciam possuir um novo brilho que antes não havia ali. A corvina se aproximou então e deitou sua cabeça sobre o ombro do sonserino, parecia que o ombro dele havia sido criado para ela esconder seu rosto e se apoiar. Parecia tão perfeito o encaixe ao ver da garota mesmo que fosse apenas impressão sentia incrivelmente feliz que parecia que nunca outro sorriso como aquele ia aparecer em seus lábios, e aquele cheiro que emanava do rapaz, algo como um cheiro de erva doce ou lavanda não podia dizer ao certo mais era algo que realmente lhe trazia paz. Lysander a beijara na testa e em seguida apertou mais o abraço como se não quisesse perdê-la, o que era realmente verdade.

Lily se soltou do abraço e o encarou enquanto se levantava do banco do piano e estendia a mão para ele que aceitara e juntos saíram dali indo para os jardins cobertos de neve e onde o casal pode notar para surpresa deles alguns flocos de neve que caiam do céu na direção deles.

_ é lindo – disse Lily tentando pegar um floco de neve mas este derreteu com o contato com sua mão – queria pegar um que não derretesse, que durasse para sempre – ela pode perceber o sorriso de Lysander – o que foi?

_ nada, apenas que... Eu não acredito que isso seja real – disse Lysander arrumando o moletom que usava e em seguida colocando as mãos nos bolsos – parece um sonho, eu e você... Não quero que acabe quando eu acordar, não como aconteceu tantas vezes.

Lily saltou sobre ele o fazendo cair com ela por cima, o rapaz caiu sobre a neve e afundou um pouco, ela lhe encarava de cima com aquele rosto um pouco corado pelo frio e um sorriso tão quente que seria capaz de derreter tudo ao redor.

_ não é, posso te assegurar isso – disse Lily rindo.

_ espero que não – disse Lysander sorrindo, mas então o sorriso se desfez quando se lembrou dos outros que os esperavam e ele voltou a olhar para a ruiva que parecia ter notado seu olhar preocupado.

_ você esta pensando nas outras pessoas – disse Lily e Lysander realmente queria saber se ela conseguia ler seus pensamentos ou se ele era tão fácil de entender assim – em como vão reagir quando chegarmos juntos lá... – e o rapaz agora realmente possuía uma expressão preocupada.

_ bem, na verdade eu estava pensando  na festa que nos aguarda – disse Lysander e ela o encarou confusa – por isso não fomos para o ensaio, o seu irmão e o Fred prepararam uma surpresa para todos, e esqueceram de te chamar...

_ então você foi atrás de mim – disse Lily pensativa para então voltar para uma expressão normal, não parecia estar chateada por ter sido esquecida, na verdade estava agradecendo aos outros por isso.

_ Tiago não vai gostar nem um pouco de saber que nos... – disse Lysander, ele realmente não queria ter que tomar aquela atitude, mas parecia preciso e esperava que Lily entendesse, mas antes que terminasse a frase a ruiva a terminou por ele.

_ esta querendo manter as coisas em segredo? – disse Lily, seu tom era calmo diferente do que o loiro esperava, na verdade ela compreendia aquela atitude afinal era a mais esperta no momento para se tomar – por mim tudo bem.

_ se quiser eu enfrento o seu irmão, posso sair ferido, mas... – disse Lysander, não queria que ela pensasse que era um covarde ou um fraco que temesse Tiago.

_ não, tudo bem – disse Lily – eu quero você vivo, não me importo de esperar para revelar aos outros que estamos juntos.

_ não precisa fazer isso – disse Lysander.

_ eu sei, mas quero fazer – disse Lily e os dois se beijaram.

Tiago estava impaciente com a demora da irmã, aquele amigo do seu irmão mais novo deveria ter chegado logo com ela, mas isso não ocorrera, parecia que ambos tinham se perdido no caminho, talvez estivesse tendo dificuldades em encontrar a ruiva que com toda a certeza não havia ficado todo aquele tempo no salão principal e havia ido para outro lugar. Realmente, era isso que o grifinorio esperava e não a maldita idéia que vinha em sua mente sempre que via aquele rapaz perto da sua irmãzinha caçula.

O ruivo caminhava de um lado para o outro da sala de musica ainda encarando a janela como se isso fosse ajudar a diminuir sua ansiedade, o que com era uma péssima idéia que só estava piorando as coisas.

_ eles estão demorando – disse Tiago mais para si mesmo do que para os outros, quando vira a neve que começara a cair novamente do lado de fora.

_ a Lily deve tê-lo matado no lugar do Alvo, azarado ou lançado algum feitiço e não vieram porque ele esta na enfermaria – disse Fred deitado de qualquer jeito numa poltrona, seu tom e face denunciavam seu tédio já que pela ultima meia hora, ou talvez mais o único assunto fora a sua pequena prima ruiva que fora esquecida pelos outros.

_ espero que sim, isso me faria feliz – disse Tiago numa voz seria que estava fazendo todos estranharem – eu não gosto da maneira como ele olha para Lily, é um jeito tão... Apaixonado?!

_ e qual é o problema disso Tiago? – disse Rose sem entender – o Lysander é um garoto legal, estudioso e inteligente, o que há de mais nele se interessar pela Lily?

_ mas continua sendo um garoto, é minha função de irmão preservar a integridade e a honra da família – disse Tiago.

_ apoiado – disse Fred com entusiasmo.

 – já que o Al não me apóia nisso – disse Tiago se voltando para o irmão - alias Alvo Severo, você tem se mostrado um péssimo irmão mais velho, mas um ótimo amigo não é mesmo?

_ ah, vai se ferrar Tiago – disse Alvo deitado no colo de Alice que brincava com seus cabelos – me diga onde está escrito que todo o irmão tem que ter ciúmes da irmã?

_ não precisa esta escrito, todos sabem disso – disse Tiago incrédulo – francamente, você deveria me apoiar, mas não... Só porque é seu amigo você faz de conta que não vê as reais intenções desse cara para cima da nossa irmãzinha.

_ que seriam? – disse Alvo.

_ eu vou saber, não entendo a mente dos sonserinos – disse Tiago – por sorte eu não pertenço à casa de vocês...

_ por sorte da sonserina você quer dizer – disse Scorpius e o ruivo o encarou.

_ alem é claro, que é mais velho – disse Tiago terminando o discurso enquanto se encostava contra o vidro da janela.

_ você não tem nada melhor para falar não? – disse Roxanne para Tiago – essa conversa esta me cansando... Francamente esse ciúme idiota que os irmãos possuem chega a ser tão incomodo.

_ mas nem todos o tem Rox, você não me vê criticando o Teddy ou o Fred por estarem com as minhas irmãs não é? – disse Louis indicando com a cabeça os cunhados.

_ isso porque sabe que nos somos mais fortes que você, e mais velhos e experientes – disse Fred – para não dizer que, você conhece muito bem as irmãs que tem e aposto que a Dommy não gostaria muito se você me tratasse mal...  

_ eu não gosto do modo como ele olha para a Lily, como age com ela – disse Tiago voltando a falar as mesmas coisas de antes como se Roxanne não tivesse entendido da primeira vez – me incomoda, por Merlin, ela é minha irmãzinha e saber que há um cara mais velho interessado nela...

_ dois anos não é tanta diferença de idade – disse Teddy com a voz cansada de toda aquela conversa, ele ainda se mantinha sentado em uma das almofadas próximas da arvore de natal – é a minha diferença de idade com a Victoire.

Ninguém mais falou depois daquilo, Tiago ainda encarava a janela serio, ele sabia que podia estar exagerando afinal ele conhecia Lily o suficiente para tentar confiar nela, mas isso não significava o mesmo sobre o garoto da sonserina.

O grifinorio estava quase concordando com Fred e Dominique sobre ele precisar de uma garota para melhorar seu humor, mas isso se mostrava difícil quando a única que lhe interessava o havia desprezado e o humilhado mais de uma vez.

Ter o coração partido fazia as pessoas ficarem amargas e insuportáveis, realmente ele começava a sentir isso, Tiago começava a perceber isso e como estava o fazendo enlouquecer, quer dizer, de onde afinal ele tirara que podia ser que sua irmãzinha se interessasse pelo Lysander, sendo que ambos não possuíam qualquer coisa em comum. Devia ser apenas seu lado protetor fraternal exagerado. 

A porta do vagão se abriu e o rapaz retirou rapidamente os olhos da janela após fitar o reflexo de sua irmã no vidro, ele agora encarava Lily que começara a cumprimentar todos carinhosamente incluindo Alvo, o que fora bastante estranho já que todos esperavam que ela fosse bater nele ou chama-lo por nomes certamente inadequados de serem usados por uma garota da idade dela. Mas ela parecia não estar querendo explodir a cabeça de ninguém com a varinha, na verdade estava até bastante sorridente e alegre o que se podia considerar parte do espírito de natal agindo sobre a ruiva.

Tiago se aproximou de Lily que saltou sobre seu pescoço o abraçando fortemente com um grande sorriso nos lábios, mas antes mesmo do ruivo desejar para a caçula feliz natal, esta já era arrastada por Alice e Rose para abrir os presentes que haviam ganhado.

Logo após ela entrar na sala foi à vez de Lysander que parecia o mesmo de sempre se não fosse pelo estranho fato de estar mais quieto que o normal, ele não cumprimentou ninguém na sala, apenas deu um aceno de cabeça para Alvo que encarava o amigo embasbacado tentando entender o que havia feito para que Lily ficasse tão calma daquele jeito.

Lysander não parou para conversar com o moreno, pois após chegar pegara um dos caldeirões de chocolate que estavam sobre a mesa e começara a mastigar enquanto se encostara a uma das paredes ao lado do irmão e de Scorpius e começou a observar Lily a certa distancia enquanto a ruiva recebia os presentes e começava a abri-los ao lado das garotas que a ajudavam.

Lorcan viera até o irmão que o encarara com uma expressão confusa quando notou um sorriso infantil no rosto do gêmeo. Lysander ajeitara o moletom incomodado com aquele olhar que recebia e tentou desviar o olhar e voltar a se concentrar em Lily que acabara de abrir o presente em que estava o suéter Weasley e o vestia, era azul marinho com a letra num tom meio que bronze como manda as cores da Corvinal.

_ então, parece que você finalmente se acertou com a Lily – disse Lorcan se encostando ao lado do irmão e observando a mesma cena que ele, Scorpius havia saído dali e ido falar com Alvo sobre alguma coisa qualquer.

_ por que diz isso? – disse Lysander questionador.

_ por conta do diário que esta quase despencando do bolso da sua blusa, talvez – disse Lorcan e o outro gêmeo pode ver metade do livro aparecendo e o ajeitou melhor dentro do casaco.

_ é, talvez tenha razão – disse Lysander seriamente e Lorcan abrira um sorriso maior ainda – você parece feliz quando devia estar com medo da minha reação por descubrir quem foi que mexeu nas minhas coisas e pegou o meu diário.

_ esta com raiva? – disse Lorcan desfazendo o sorriso e parecendo preocupado – mas eu só fiz o que achei certo, você não pode me culpar por querer te ver feliz Andy... – antes que continuasse Lysander sorrira, desfazendo a cara seria e abraçando o irmão pelos ombros o trazendo para mais perto de si para em seguida fazer um cafuné nele que começou a rir – você não vai brigar comigo?

_ ah, acho que não, não quando tenho o melhor irmão de todos – disse Lysander soltando Lorcan e dando pequenos tapinhas em sua bochecha – obrigado.

_ não precisa agradecer – disse Lorcan – vê você sorrindo é agradecimento suficiente, oh Merlin espera só todos saberem que você e a Lily finalmente estão... – Lysander tampara a boca do irmão a tempo.

_ é segredo, ninguém pode saber – disse Lysander baixo – agora, você deve guardá-lo e não dizer a ninguém.

_ nem mesmo a Al e Scorp?  - disse Lorcan confuso – eles são seus melhores amigos assim como eu, não acho que deveríamos...

_ eu vou dizer a eles, assim como a Lily vai dizer para as garotas – disse Lysander indicando a ruiva com um aceno de cabeça – mas achamos que fora vocês ninguém deve saber, pois se algo do tipo chegar aos ouvidos do senhor campeão de Hogwarts pode gerar uma grande confusão.

_ se refere ao Tiago? É, pode ter certeza – disse Lorcan concordando – o cara morre de ciúmes da Lily, quase que surtou aqui com a demora de vocês, alias ela beija bem? – e o gêmeo revirou os olhos enquanto bufava – o que foi você ainda não a beijou? Nossa, que demora hein... 

_ Lorcan, isso não é pergunta que se faça – disse Lysander sentindo as bochechas ficarem um pouco rosadas – eu não perguntei isso quando você e a Chloe começaram a andar juntos, ou por acaso...

_ você beijou a Chloe antes de mim, nem deveria perguntar afinal você já sabe como ela beija – disse Lorcan dando de ombros.

_ certo, mas não me lembre disso – disse Lysander – saber que ela me beijou achando que foi você não é algo que me orgulhe, até porque foi meu primeiro beijo e... Ah, por que estou falando isso?

_ hei, vocês dois – disse Alvo se aproximando com Scorpius – o Fred e o Tiago querem falar com a gente – os gêmeos se encararam, Lysander parecia um pouco confuso para não dizer preocupado por ter sido chamado pelo ruivo para uma conversa, mas não deveria ser nada de mais afinal era com os quatro não apenas com ele – o que foi?

_ você parece estranho – completou Scorpius.

_ nada, vamos logo – disse Lysander            e os quatro seguiram para próximo dos dois grifinorios que os aguardavam num canto distante da sala.

_ estamos nos quatro aqui, podem dizer o que querem com a gente agora – disse Scorpius cruzando os braços em frente ao peito.

_ sigam-nos – disseram em uníssono e o quarteto se encarou enquanto os dois rapazes se retiravam da sala por uma das portas.

Mesmo que suspeitando de algo, os quatro sonserinos fizeram o mesmo caminho que os grifinorios pelos corredores do trem até pararem em frente a uma porta que ao ser aberta revelou se tratar do vagão restaurante. Tiago e Fred fizeram sinal para que o seguissem até uma das mesas e se sentassem. Os rapazes mais velhos tomaram os lugares a frente de Alvo e Scorpius que se sentaram enquanto os gêmeos se sentaram sobre uma mesa atrás dos amigos de onde podiam ver os outros quatro e participarem da conversa.

_ bem, devem se perguntar porque tiramos todos da sala de musica para termos essa conversa particular – disse Fred começando a falar e pode ver Alvo balançando a cabeça enquanto Scorpius murmurava algo como “ eu perguntei isso agora pouco”.

_ nos conversamos muito sobre o que faríamos após nossa formatura, e bem descobrimos que muitas das coisas que nos ajudaram em Hogwarts não serão a mesma coisa fora dela – disse Tiago – o que queremos dizer é que, vocês rapazes receberão algo bastante especial de nos...

_ não que eu ache que sonserinos mereçam algo tão poderoso e bem feito... – disse Fred mas foi interrompido por Tiago.

_ podíamos dá-lo para a Rose, mas o que diabos alguém tão cumpridora das regras faria com nosso tesouro? – disse Tiago – certamente o usaria, sei lá para que fins acadêmicos, o que seria uma vergonha enorme para os antigos donos. Podíamos deixar com Hugo também, mas ele acabaria sendo pego ou perdendo ou destruindo e claro, temos Lily, mas... Não sei... Não quero incentivá-la a fazer coisas erradas. 

_ convenhamos, não há ninguém naquela escola de nossa confiança suficiente para ganhar isso – disse Fred – e como deve permanecer dentro da família, e Alvo é da família achamos que ele e vocês – ele fez um gesto apontando para os outros três – farão bom uso.

_ do que realmente vocês estão falando? – disse Lorcan sem entender.

_ eu acho que sei – sussurrou Alvo e um sorriso começou a se formar aos poucos sobre a face do rapaz.

_ sabe é? – disse Tiago – pois bem, vamos acabar com o suspense então – ele se voltou para o primo ao seu lado que retirara do seu casaco vermelho de Papai Noel um pedaço de pergaminho velho – senhores, eu vos apresento a maior maravilha já criada para o uso de bruxos malfeitores e de quem devo me orgulhar de dizer foi criado por duas pessoas tão legais que são de quem eu compartilho meus nomes.

_ ele é único, cuidem bem dele – disse Fred estendendo para Alvo – não queríamos desfazer dele, mas conversamos entre nos dois juntamente com Frank e percebemos no final que ia ser um desperdício o manter guardado em uma gaveta até nos próprios termos nossos filhos e passar para eles como herança quando entrassem em Hogwarts, levamos em conta também que como é o nosso ultimo ano e vocês têm mais quatro anos pela frente saberão usa-lo muito bem – ele estendera para Alvo que o pegou sem acreditar naquilo, finalmente era seu afinal.

_ é ele mesmo Al? – disse Scorpius sem acreditar.

_ e-eu não sei – disse Alvo procurando as varinhas nas vestes, mas parecia não acha-la – vocês poderiam me emprestar... – ele começou dirigindo o olhar para Scorpius e em seguida para os gêmeos, mas ele foi interrompido por Fred.

_ deixe-nos fazer as honras pela ultima vez – disse Fred que olhou para Tiago e juntos puxaram as varinhas e tocaram o pergaminho – “Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom” – e o pergaminho tomou sua verdadeira forma, traçados, letras e desenhos surgiram concluindo a copia fiel da planta de Hogwarts e Hogsmeade e os delineares dos arredores do terreno e povoado, o nome dos criadores do mapa surgiu.

_ Os Srs. Monny, Wormtail, Padfoot e Prongs – disse Lysander lendo as palavras do mapa por sobre o ombro de Alvo, o apelido do segundo criador havia sido devidamente riscado ao meio, mas a rasura não tornava o objeto menos impressionante - Fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores têm a honra de apresentar o Mapa do Maroto.

Alvo começou a desdobrar o mapa do maroto revelando toda a Hogwarts e as pessoas dentro do castelo, ele pode ver apenas o velho zelador vagando pelos corredores solitários assim como em outro ponto o professor Slughorn reunido com alguns alunos em mais uma reunião do clube, talvez a tão famosa festa de natal estivesse acontecendo.

_ sempre me impressiono com toda essa magia – disse Lorcan sonhador enquanto encarava o mapa.

_ não é o único – disse Alvo deslizando os dedos pelo mapa bem onde estavam as masmorras e o salão comunal da sonserina, onde se encontravam alguns alunos da casa verde e prata incluindo Zack Zabini e seus comparsas.

_ ele é nosso? – disse Scorpius e Tiago assentiu – legal, nos já o usamos antes, mas apenas tínhamos pegado emprestado com vocês, isso significa agora que ele é nosso e não vamos precisar.

_ é, mas pegue leve na animação Malfoy, vocês tem que tomar cuidado – disse Tiago – nosso avô e pai foram bastante sigilosos sobre o mapa Al, não seja o Potter a estragar tudo na família.

_ é, lembrando que meu pai e o tio Fred também o usaram, por isso você tem o dever duplo de zelar pela segurança dele – disse o Weasley – mas claro, sem pressão alguma.

_ vocês são tão gentis e animadores – disse Alvo irônico enquanto tocava o mapa com a própria varinha e dizia – “Malfeito feito” – e o pergaminho voltava a ficar branco.

_ deviam ter um pouco mais de fé em nos – disse Scorpius – nos sabemos muito bem lidar com segredos – ele olhara para os outros três sonserinos que assentiram.

_ bem, acho que devemos ir – disse Fred se espreguissando – não gosto de deixar a Dommy sozinha – e o ruivo revirara os olhos.

_ deixa de ser um namorado grude, ou acha que a nossa prima gosta disso? – disse Tiago o encarando – e outra você que deveria ter pena de deixar os outros sozinhos com ela.

_ não sei se ela gosta, mas sei que gosta de mim – disse Fred sorrindo maroto – e você bem que sabe que ela gosta de atenção, já que namorou ela também.

_ nem me lembre – disse Tiago bufando – é estranho pensar isso, quer dizer ela é sua atual e minha prima e... Ah, que seja vamos sair daqui e voltar para a festa.

_ exatamente – disse Fred se levantando – curtam um pouco o mapa rapazes, sei que vão gostar de usa-lo – ele falou enquanto caminhava andando para trás.

_ eles entenderam, agora anda logo antes que sua namorada acabe com os doces – disse Tiago empurrando o moreno enquanto os sonserinos riam.

Sozinhos, o quarteto ativou novamente o mapa e passaram muitos minutos o analisando. Era realmente incrível, mesmo que já o tivessem visto varias vezes anteriores saber que agora aquele objeto era deles os deixavam realmente animados, para não dizer, orgulhosos de terem sido escolhidos para guardá-lo e com aquela imensa vontade de poder usá-lo nos próximos anos.

_ é, realmente foi usado um bocado de magia – disse Lysander descendo seus dedos pelos corredores – claro que não mostra a sala precisa nem a câmara secreta de Slytherin, mas mesmo assim...

_ acho até bom não mostrar a sala precisa – disse Scorpius – essa sala é melhor continuar secreta até mesmo para o mapa, já pensou se cai nas mãos de alguem que possa fazer mau uso? Não mesmo...

_ tem razão Scorp, e essas passagens secretas – disse Alvo – eles mantiveram a sete originais na reconstrução de Hogwarts, mas colocaram mais outras sete, sendo que uma não é mapeada por estar na sala precisa.

_ está tentado a explorá-las não é? – disse Scorpius sorrindo maroto.

_ um pouco, quem sabe – disse Alvo.

_ hei, vocês notaram que são quatro os criadores, claro se contarmos aquele que foi riscado – disse Lorcan – e eles tinham apelidos.

_ é, nos percebemos Lork – disse Scorpius – mas por que esta dizendo isso?

_ e se usássemos tambem – disse Lorcan e todos os outros o olharam confusos – nos temos muita coisa em comum com eles... Quer dizer eles eram animagos como nos e bem os apelidos são sobre suas transformações e eram quatro amigos que viviam suas aventuras em Hogwarts.

_ a historia deles não foi tão legal no final Lork, meu avô foi morto por Voldemort, pois foi traído por um de seus amigos, enquanto o padrinho do meu pai foi para Azkaban por doze anos – disse Alvo se lembrando da historia deles – o pai do Teddy foi discriminado por ser um lobisomem e morreu na batalha de Hogwarts.

_ isso não quer dizer que nos vamos acabar mortos se usarmos apelidos Al – disse Scorpius apoiando a idéia de Lorcan – nem traídos, afinal você acha que algum de nos poderia trair você? Ou trair um ao outro? Eu realmente acho difícil disso acontecer...

_ esta dizendo para adotarmos o manto dos Marotos? – disse Lysander.

_ estamos dizendo para nos sermos os marotos, os novos – disse Scorpius sorrindo marotamente – sermos os novos quatro amigos inseparáveis de Hogwarts e alem dela e para que nossos nomes fiquem marcados para sempre como os de nossos avós e pais.

_ quem concorda? – disse Lorcan erguendo a mão sendo seguido por Scorpius e Alvo, os três encararam Lysander que ainda encarava o mapa, mas que desviou o olhar para eles.

_ não vamos aprontar tanto quanto eles... Não é? Eu não gosto de detenções – disse Lysander e os outros reviraram os olhos

_ não, e mesmo que ganhemos detenções vai fazer alguma diferença? – disse Scorpius – vamos estar juntos cara, os quatro como sempre estivemos até agora.

_ não podemos fazer sem você Andy – disse Lorcan encarando o irmão com os olhos brilhando e o gêmeo bufou.

_ isso é um sim? – disse Alvo arqueando a sobrancelha.

_ desde que me dêem um apelido legal – disse Lysander e todos começaram a comemorar o novo acordo deles, a partir daquele momento seriam os novos marotos de Hogwarts.

_ Marotos Sonserinos – disse Alvo erguendo em uma das mãos o mapa e na outra uma garrafa de cerveja amanteigada que haviam achado debaixo do balcão do restaurante.

_ Marotos Sonserinos - e os outros três brandiram em uníssono, brindando com suas próprias garrafas de cerveja  ao lado de Alvo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, agora o proximo cap. vai dar um grande salto e estaremos finalmente na ultima prova do torneio, então finalmente a fic esta chegando ao fim... pelo menos essa temporada, ok?
Eu planejei desde o inicio fazer-los se tornarem marotos, alias eles possuem algumas caracteristicas dos originais não é? Ah, e eu achei que Lily e Lysander mereciam ficar juntos, e eu tinha planejado isso tambem desde o baile de inverno, algo especial. Só deles...
Então, deixem reviews, recomendações e MPs... seja lá o que quiser, só espero sinais dos meus leitores.