Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 32
Festa do Pijama & Noite do Poker


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês, está um pouco grande e tem varias coisas que talvez vocês gostem ou não. É meio que um capitulo para descontrair um pouco.
Boa leitura a todos.



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A semana passara rapidamente, Tiago havia se afastado de Eduard e mal olhava para Narcisa, desviando inclusive de seu caminho quando se encontravam, ainda não podia acreditar que ela brincara com seus sentimentos daquela forma, a garota estava noiva de Eduard Zabini e ambos se casariam no final do Torneio logo após o termino do ano letivo. Apesar de ainda não poder acreditar naquilo e rezar para que tudo aquilo fosse mentira, e logo ela voltaria a si do feitiço que o sonserino lhe lançara e voltaria para ele, era um dos pensamentos que rondavam a cabeça do ruivo. Mas isso nunca aconteceria, e suas esperanças diminuíram a quase nulas quando num dos jantares de Beauxbatons, quando todos estavam reunidos as mesas, o casal anunciou a todos o noivado, não havia volta a partir daí.


Tiago não terminara com Dominique, mesmo que ambos houvessem parado de se tratarem como um casal e tornassem a serem como eram antes, verdadeiros amigos. Para todos os outros ainda eram o mesmo casal que se formara desde o mês que se passara, e Fred, apesar de não admitir não gostava daquilo, mesmo não sentindo mais ciúmes do melhor amigo, ainda lhe incomodava os comentários que ouvia de como os dois campeões formavam um belo par, e saber que ele a levaria ao baile era algo que o decepcionara muito, mas o que ele podia esperar de Tiago? Que o primo levasse outra garota que não fosse a suposta namorada? Iria ficar muito estranho e o Potter não queria se rebaixar frente à Narcisa, fazendo-a pensar que fora a causadora do termino de seu namoro com Dominique.


Restara então a Fred a correr em busca de uma garota para o baile, coisa que seria fácil para ele se não fosse o fato de toda a população feminina de Beauxbatons o considerar um pervertido por conta de um dos truques de Louis que ele lhe armara há algum tempo atrás, onde recebera vários tapas de um grupo de garotas francesas, as estudantes de Durmstrang eram do tipo duronas e robustas como verdadeiras amazonas e guerreiras, o que incomodava e causava arrepios no moreno, que mesmo tendo recebido o convite de uma delas, acabara por recusar, definitivamente as garotas das duas escolas competidoras estavam fora de cogitação. Restavam as poucas e disputadas garotas de Hogwarts, que quase todas já possuíam seus pares formados, então, lhe veio a mente a noite em que beijara Raven Skeeter, e um pensamento repentino lhe veio a cabeça. Procurara a garota no campo de quadribol, praticamente era onde a garota passava a maior parte do tempo livre, pois mesmo que muitos houvessem desistido de praticar o esporte, por conta do torneio, isso não impedia a loira de fazê-lo, ele voara a seu encontro aquela tarde e fizera o pedido, que fora aceito. Não iriam como um casal, foi deixado bem claro por ambas as partes, e sim como amigos.


Tiago ia estudando sobre Esfinges e seus Enigmas que variavam de acordo com o grau de anos que a criatura possuía, quanto mais antiga mais sábia seria e suas charadas mais impossíveis de se resolver. Rose tentava a todo o custo encontrar materiais que pudessem ajudar na segunda tarefa, algo quase impossível em vista de que não havia muito sobre a antiga criadora de adivinhações nos livros, e o pouco que se encontrava estava em línguas estrangeiras, que com o auxílio de Chloe eram facilmente traduzidas. Mas não dependia apenas do esforço da ruiva, isso também deveria partir do Campeão, no entanto Tiago não estava interessado nem aplicando como se devia aquela que seria a segunda tarefa. Nada mais havia sido falado sobre o beijo que ocorrera entre os dois, e fora melhor assim. A ruiva sentia a necessidade de romper com Louis, só não sabia a forma certa de fazer isso sem magoar os sentimentos do primo.


Scorpio havia brigado com Narcisa na noite em que descobrira seu noivado com Eduard, mas havia percebido algo de diferente na irmã no tom que usara e no modo como falara com ele, era quase como se não fosse a mesma Grifinoria que ele tão bem conhecia, era fria e tinha um ar arrogante, que lhe lembrava muito sua irmã mais velha, ao falar isso para os seus amigos, ambos pareceram ficar com aquilo na cabeça, mas logo vieram a esquecer levando-se em conta que era impossível e, mesmo que Luciana fosse alguém com um temperamento insuportável e uma pessoa do pior tipo, eles duvidavam que a garota pudesse fazer algo contra sua própria família, a ideia da garota tendo sequestrado Narcisa era tão absurda em sem sentido, o que ela poderia ganhar fazendo isso? Mesmo com todos dizendo que estava errado, o loiro ainda sentia que algo estava fora do lugar.


E assim, os dias foram se passando com a aproximação inevitável do baile que estava incrivelmente próximo, faltando apenas pouco mais de duas semanas para que ele ocorresse. E, para variar, o quarteto vinha às voltas com a situação de encontrar pares para cada um de seus membros. Alvo não queria ir ao baile, mas teria de fazê-lo por conta da apresentação da banda, que aliás, lhe haviam ocupado grande parte de seu tempo livre, já que Scorpio fizera com que todos ensaiassem mais de duas vezes na semana, tinham que escolher o melhor repertório, eram apenas três músicas e isso lhes davam muitas opções, que faziam com que várias vezes discordassem da musica que seria apresentada, ele e Scorpio se revezavam para ver quem iria cantar qual. Mas o motivo que levou o moreno a não querer participar era o fato de ter que ver Alice Longbottom, a garota de quem gostava, dançar com outro bem a sua frente, ele não sabia qual poderia ser sua reação e o que sentiria naquele momento. Scorpio dizia que acharia um par, não precisava ter pressa para isso, o que poucos duvidavam, muitos achavam que por trás daquele sorriso arrogante que sempre lançava e o olhar convencido e seguro, ele estava tão desesperado quanto o moreno.



Lily e as garotas caminhavam em direção ao Salão Comunal, conversando alegremente sobre aquele belo dia. Era dia dezoito de outubro, aniversário de Lily e a garota estava um tanto animada com a ideia que havia tido na noite anterior, e só agora contava as amigas. Os garotos não estavam por perto, o que era bom, não queria que soubessem por enquanto o que tinha para contar.


_ Estava planejando uma festa do pijama para hoje, o que acham? – disse Lily às garotas – Sabe, uma reunião para comemorar meu aniversario...


_ Gosto da idéia – disse Alice – É interessante, nunca compareci a uma, tenho curiosidade para saber como pode ser.


_ Os garotos nesse caso não iriam, não é? – disse Chloe pensando se Lily estaria planejando faze-la ficar apenas de camisola em frente aos rapazes.


_ Não – disse Lily – A menos que queira que o Lorcan te veja com as roupas de dormir, apesar de que ele já viu, não é? – a ruiva sorrira marota enquanto as outras duas dirigiam olhares confusos e questionadores a pequena loira que corava.


_ Ele te viu? – disse Rose incrédula.


_ Sim – disse Chloe – Há alguns dias atrás.


_ Uau, vocês dois, hein... – disse Alice brincando – já estão nesse nível de relacionamento?


_ Nós somos apenas amigos, e ele entrou em meu quarto para falar comigo, me ajudar, pois eu estava muito triste pelo que... Soube na noite anterior – disse Chloe e os risos de Alice e Rose morreram, elas não sabiam o que acontecera com os pais da garota, mas sabiam que era algo sério que não se podia brincar.


_ Ele gosta muito de você, nunca vi Lorcan desse modo – disse Alice – Nossas famílias são bem próximas e mesmo eu sempre tendo convivido com os dois nunca o vi dessa maneira, ele cuida de você de uma forma única e se preocupa com você, é algo como se você fosse especial para ele...


_ Como se fosse? – disse Lily – Ela é especial para ele, o garoto está apaixonado, e ela também... São mais um dos casais que devo dizer...


_ Por favor Lily, não se meta – disse Chloe para a garota que sorrira.


_ Me meter em quê? – disse Lily.


_ Você sabe muito bem – disse Chloe - Não quero que se meta entre mim e Lorcan, por favor...


_ Ora, se eu fosse me meter entre um casal e me atrever ajudar alguém, não seria você e Lorcan - disse Lily - Seria alguém que realmente precisa, como meu irmão e a Alice - a ruivinha encarara a morena e soltara um leve sorrisinho, fazendo a garota revirar os olhos.


_ Também não quero que se meta - disse Alice e Lily fez cara falsa de choro.


_ Estamos combinadas, então? - disse Lily e as outras concordaram - Ótimo, vou cuidar para que os elfos domésticos nos deem tudo do que necessitamos.


_ Só quero ver o que os meninos vão pensar de tudo isso - disse Rose - Não acha que eles vão se sentir um pouco ofendidos com toda essa história?


_ Sinceramente? Sim, mas não posso fazer nada - disse Lily - Eu quero uma noite do pijama com as minhas amigas, e não se é permitido garotos nela...


_ Mas... - disse Rose tentando argumentar - e seus irmãos?


_ Alvo teve uma festa inteira só com homens no Duende Irlandês - disse Lily - Não pode reclamar de eu querer que em minha festa só vá vocês, se eles não nos chamaram, nos que não vamos chamá-los.


_ Como queira - disse Rose - a festa é sua.


_ Vocês vão ver garotas, vai ser uma noite e tanto.


_ Ei garotas - Gritou uma voz no final do corredor do castelo, e todas se viraram para encararem o quarteto Sonserino que corria para alcança-las, fora Alvo que gritara e corria para perto delas ao lado dos amigos, quando as alcançaram a primeira coisa que fizera fora abraçar Lily - parabéns irmãzinha, por mais esse ano de vida.


_ Por favor Alvo, você está me fazendo ficar sem ar - disse Lily se livrando do abraço apertado - Assim está melhor, e isso é por me chamar de irmãzinha - ela pegara um livro que Rose trazia com ela e batera em Alvo com força, arrancando risos dos amigos e uma cara de dor do sonserino.


_ Parabéns Lily - disse Scorpio sorrindo fracamente.


_ Feliz aniversário - disse Lorcan e Andy Jr. sobre sua cabeça coaxara, como se cumprimentasse também a ruiva por seu dia, ela sorriu para o loirinho e encarara o outro gêmeo que se mantinha um pouco distante dela.


_ Lysander? - disse Lily e o loiro parecera despertar dos seus devaneios - não vai me desejar feliz aniversario? - ele sorrira timidamente, fora quando Lorcan lhe puxara pela manga até mais perto da garota.


_ Parabéns - disse Lysander estendendo a mão que fora aceita pela ruiva, mas acabou que Chloe a empurrou, jogando-a para mais próximo dele, agora não havia qualquer distancia entre ambos e, para apoiá-la para que não caísse, o loiro colocou o braço ao redor da sua cintura.


_ Desculpe Lily, foi um acidente - disse Chloe num tom baixo e envergonhado, mas algo dizia a ruiva que não havia sido sem querer - Sir Tood tentou fugir e eu tive que pegá-lo antes que... - mas Lily levantara uma mão pedindo que se calasse, e tornou a encarar Lysander.


_ Me desculpe - disse Lily tentando se afastar mas ele continuava a mantê-la próxima, o olhar da ruiva foi de seus olhos de um celeste intenso, para a mão do rapaz ao redor de sua cintura, tão macia sem nenhum esforço, ela sentiu algo estranho dentro dela, algo se mexer, como se seu coração fosse saltar do peito com tamanha proximidade com o sonserino.


_ Tudo bem... - disse Lysander encarando o rosto de Lily, e seus olhos desceram próximos de seus lábios, como ele queria poder beijá-los, era algo que desejava imensamente, ela tentara se distanciar, mas ele não permitia gostava dela próximo a ele, era uma sensação indescritível poder abraça-la daquela forma - Bem... Hã... - ele tentava arrumar palavras, ao perceber que haviam ficado novamente em um silencio vergonhoso - Eu... Feliz aniversário...


_ Obrigado - disse Lily. Ela olhara pelo canto dos olhos para Chloe, que possuía um sorriso culpado e tímido nos lábios, e olhou novamente para o loiro cujas bochechas estavam começando a ficar coradas.


_ Que você continue sendo essa garota incrível que você é - disse Lysander, ‘e que eu amo’, completara em pensamento - Espero que conquiste tudo que deseje, e que encontre a felicidade – ‘e que eu seja a causa dela’, pensou.


_ Obrigado - disse Lily e ela sentira o rosto ficar vermelho também.


_ O que está havendo aqui? - disse Tiago que chegara na mesma hora acompanhado de Fred.


Lysander encarara Tiago por cima dos ombros de Lily, e pode ver o ruivo tomar uma coloração vermelha, e Fred sorrir maldosamente para o casal ao lado dele, o sonserino engolira em seco, e Lily se apressara a se separar dele, não queria que o garoto fosse azarado pelo irmão dela no dia de seu aniversario.


_ Estava dando meus parabéns a ela - disse Lysander e Tiago bufara, como se não acreditasse que fosse verdade ou desprezasse sua palavra sobre a cena que o ruivo acabara de presenciar.


_ Sei - disse Tiago - Bem, parabéns Lily.


_ Obrigada - disse Lily sorrindo para o irmão e indo abraça-lo, ele a apertou bem contra seu corpo, como se dessa forma fosse protegê-la de alguma ameaça, que Lysander pensou ser ele, já que o ruivo não tirava os olhos de cima do sonserino.


_ Saiba que sempre estarei aqui para protegê-la, e evitar que qualquer um a faça sofrer - disse Tiago beijando a testa da irmã e a pressionando para mais próxima dele, seus olhos ainda encaravam o gêmeo que logo entendeu que aquele era um recado para ele.


_ Sei que tudo isso é muito lindo, e não quero estragar o lance fraternal e interromper o ciúmes de Tiago, que aliás, é muito bom nisso - disse Fred e a maioria segurou o riso - mas estou afim de comer alguma coisa, quem quiser vir comigo para o Salão Principal me siga - Todos fizeram isso, com exceção do ruivo que liberara a irmã para ir com os outros, mas ficara parado encarando Lysander que se distanciava, o gêmeo podia sentir os olhos do Grifinório sobre a sua nuca e aquilo lhe causava arrepios.


Eles entraram no Salão Comunal naquela manhã, o grande espaço havia sido transfigurado nos jardins do lado de fora e representava um belo dia nublado, que prometia continuar assim pelos próximos dias. O vento soprava arrancando das arvores as poucas folhas secas que ainda permaneciam ali relutantes em cair e fazer companhia as outras que ocultavam por completo o chão, era um bom bocado de magia, dissera Lysander uma vez aos amigos, e mais uma vez Alvo se surpreendera com a veracidade daquilo.


Todos ocuparam seus lugares, as mesas haviam sido ampliadas e agora ocupavam cerca de doze lugares cada, mas se mantinha no tradicional formado circular com tampa de vidro de pés e cadeiras de metal. O motivo era simples, as folhas no chão haviam dificultado em muito a movimentação naquele lugar, e muita das antigas mesas que ficavam em baixo de galhos de arvores haviam desaparecido obrigando as outras ainda existentes a serem ampliadas para poder acomodar a todos, como anunciara Madame Máxime aquela manhã com um estranho olhar e um sorriso imenso no rosto que lhe parecia fazer mais jovem ( uma jovem apaixonada, pensou Alvo após ver ela olhar bobamente para o cavalo marinho que fora presente de Hagrid, e que nadava em um jarro sobre a mesa dos professores).


As garotas e os rapazes então tiveram o prazer de poderem se sentar juntos naquela manhã. Assim que se sentaram e começaram a comer, logo após um anuncio de Stella que dizia que teriam aulas de dança naquela tarde, noticia que fora pouco para Scorpio destruir sua tigela de cereal com tamanha força que fora a pancada que dera com a colher nela, ainda era obrigado pela professora a ser dupla de Rose, o que a cada dia piorava os insultos e diálogos da conversa. Alvo não duvidaria de qualquer momento ambos partirem para um duelo no meio do salão. Fora então que uma revoada de corujas entrara pela porta e cada uma pousou na sua mesa em frente ao devido dono, praticamente não havia um aluno que não recebesse um pacote e todos sabiam o porque daquilo.


_ São as vestes para o baile – disse Rose como se aquilo fosse obvio após retirar um grande pacote vermelho com uma fita vermelha e tirado o inconsciente e pequeno Pichi de sobre ela – Papai devia ter mandado por outra coruja, o Pichitinho já não está em condições para viagens internacionais, ele é quase uma ave idosa.


_ Ele vai ficar bem? – disse Lorcan cutucando a ave que parecia muito mole e se encontrava estendida sobre a tabua da mesa – Parece um pouco... Sei lá, morta?


_ Ele faz isso mesmo depois de cada viagem – disse Rose sorrindo – é que elas o cansam muito.


_ Vocês Weasleys deviam comprar corujas novas – disse Scorpio enquanto retirava um pacote prata das patas da coruja negra de olhos amarelos que pertencia a seus pais – Até mais Sky, tome pegue – ele entregara a coruja um biscoito e ela saíra voando.


Cerca de dez corujas pousaram na mesa do grupo de amigos, a coruja de Alvo, Edwin trazia um pacote marrom, o mesmo fazia as outras, Hermes a coruja usada pela maior parte da família Weasley se chocara contra o jarro de suco de abóbora e aterrissara de cara em uma pilha de bolinhos de framboesa, o pacote que trazia estava endereçado a Fred que o retirara da pata da ave, que sacudira as penas desengonçada voando a mesa de Roxanne, com o namorado para lhe entregar as vestes a rigor e a Mercúrio que pertencia a Tiago fizera a entrega a seu dono. As corujas dos Scamanders, uma grande de penugem cinzenta e cara chata, outra marrom de cara mau humorada também fizeram sua entrega, o mesmo foi com uma coruja das torres mandado por Neville a filha, diretamente de Hogwarts. Uma última era desconhecida de todos, uma bela coruja amarelada de cara branca que pousara em frente a Lily. Ela pegara o bilhete que vinha junto com o pacote e lera.

“Querida Lily,

Nós estamos mandando alguns dos presentes que compramos para você no seu aniversario. Inclusive, gostaríamos de lhe dar os parabéns pelas notas que soubemos por Teddy são muito boas, espero que não se meta em encrencas, o que achamos pouco provável de acontecer. Você é, de seus irmãos, a que menos nos dar trabalho nesse aspecto, e antes que seus irmãos digam qualquer coisa, lembre Tiago dos berradores que recebeu durante todos esses anos e as detenções que possui que só não ultrapassaram as que seus tios Fred e George tiveram em Hogwarts por pura sorte. Alvo, apesar de ser mais sossegado, ainda apronta das suas, o que é natural, também não esperávamos que ele fosse ser um santo, (mesmo seu tio Rony dizendo que isso vem da influencia do Scorpio sobre ele, alegando que muitas coisas que seu irmão faz não faria se tivesse cercado por pessoas melhores, mas não julgamos as pessoas pela família delas, já deixamos isso bem claro para todos quando abrimos as portas de nossa casa a ele). Hugo esta com saudades de você, gostaria de ter ido para Beauxbatons ficar com vocês, pelo que soubemos por sua tia Hermione, seus avós mandam lembranças e a coruja que está a sua frente agora é sua, considere nosso presente de aniversario a você.

Com carinho,

Beijos, nos te amamos.

Seus pais Harry e Gina.

P.s: Mande Tiago nos escrever dando noticias sobre a segunda prova.”


O resto do dia passara normal, sem mais novidades a partir dali, se não fosse os olhares mal encarados que Dominique lançava a Fred e Raven durante a aula de poções, onde a ruiva destruira um caldeirão ao deixá-lo demais no fogo, e o fato de a nova coruja de Lily, a qual dera o nome de Psique, começar a segui-la pelo castelo com aquela grande face branca e de olhos cor de chocolate. Logo todos estavam livres, após uma ultima aula, que fora de DCAT onde Salvatore levara um espírito agourento que conseguira deixar em choque grande parte dos alunos daquela sala com seu grito de agonia, com isso os alunos do terceiro ano haviam sido dispensados, pois grande parte de sua turma estava naquele momento se recuperando na ala hospitalar.


Alice brincava com a lente de sua câmera com uma expressão de tédio no rosto, Rose lia um livro sobre Esfinges e fazia algumas anotações que repassaria para Tiago mais tarde, Chloe desenhava sentada em uma das poltronas com as pernas cruzadas e Lily abrindo os presentes que ganhara dos membros da família. Eles se sentaram próximos a elas, que os cumprimentaram com olhares e acenos leves de cabeça, no caso de Chloe, dirigira um sorriso tímido para Lorcan que retribuiu, mas seu sorriso estava totalmente aberto deixando seus dentes brancos a mostra, Rose nem sequer desprendera os olhos do livro para encarar o quarteto.


_ Então garotas, eu e os rapazes pensamos em fazermos algo essa noite em comemoração ao aniversario da Lily – disse Alvo e Alice encarou a Corvinal com um ar questionador, como se perguntando o porque de ainda não ter dito nada sobre seus planos ao irmão.


_ Eu e as meninas temos outra ideia – disse Lily e o moreno parecera confuso – Vamos ter uma festa do pijama hoje, já combinamos tudo e conseguimos as coisas para ela.


_ Festa do pijama? – disse Lysander – Quer dizer que não quer a gente na sua festa?


_ Bem... eu... – disse Lily, o olhar do rapaz demonstrava um pouco de desapontamento, o que fez o coração da garota se partir, ela se sentia agora a mais idiota de todas – Tinha pensando em algo apenas para mim e as garotas, por favor não entendam mal, eu...


_ Tudo bem – disse Scorpio – Então nos vamos ter uma reunião também, uma festa só para homens.


_ Isso não me cheira bem – disse Rose levantando seus olhos pela borda do livro – Vocês reunidos já não são boa coisa, imaginem com Fred e Tiago juntos e ainda por cima no mesmo quarto.


_ Se não somos certinhos como seu namorado Weasley, sinto muito – disse Scorpio – e obrigado por suas palavras e votos de confiança, vou me lembrar disso no futuro.


_ Louis não é meu namorado Malfoy – disse Rose e Scorpio tremera na base, como assim os dois não namoravam? Ele tentara esconder um sorriso, mas não deu e ele se abriu sendo logo transformado em um sorriso arrogante – Algum problema?


_ Pobre Weasley, sabia que nem mesmo um idiota como aquele fosse te agüentar por tanto tempo – disse Scorpio rindo secamente e com um tom de escárnio na voz – Então, creio que não vá ao baile com ele, não é mesmo?


_ Errado, não é porque não namoramos que não vamos ao baile juntos – disse Rose e o sorriso do sonserino se desfez como se o motivo de rir de momentos atrás nunca existira.


_ É, melhor que ir com o Alvo sem dúvida, já pensou em dançar com o próprio primo? – disse Scorpio com uma voz sarcástica – Ah, espere... – ele fizera uma pausa fingindo pensar muito – Ah, sim... você vai com seu primo, e o pior é que ele gosta de você...


_ O que você tem haver com isso Malfoy? – disse Rose – eu sou independente, não preciso da autorização de ninguém, e você não é nada meu para me dizer com quem ir ou não ao baile.


_ É, tem razão, não sou ninguém importante para você – disse Scorpio – Talvez por isso minha opinião não valha tanto quanto a dos outros... Afinal, por que estou perdendo meu tempo discutindo com você? Pouco me importa o que você faz, não me interessa com quem vai ou não ao baile, faça da sua vida o que bem entender.


_ Ótimo – disse Rose – Agora, dá para parar de me perturbar, e se você não conseguiu um par até agora o problema não é meu, mas pare de implicar com a minha escolha.


_ Quem disse que não tenho um par? – disse Scorpio com raiva, ele estava sendo desfiado, não se deixaria perder a cabeça naquele momento, não seria humilhado daquela forma por aquela garota.


_ Então você tem um par? – disse Rose surpresa.


_ Claro que sim – disse Scorpio de imediato.


_ Quem é? – disse Rose curiosa e abalada com a noticia.


_ Meu par? – disse Scorpio surpreso, e pensou por alguns instantes – por que eu diria a você?


_ Ora, por que não dizer? A menos que não exista – disse Rose irritada – e você esteja mentindo para mim.


_ Claro que existe – disse Scorpio – meu par é a... Lily – Lysander o encarara surpreso, e a ruivinha fizera o mesmo, apesar de que Rose não vira a reação da prima, pois estava de costas para a mesma, o rosto da Grifinoria se entristeceu com a notícia e ela se levantou.


_ Ótimo, espero que se divirta no baile – disse Rose saindo do salão comunal enquanto Scorpio se amaldiçoava. Como podia ser tão idiota, ele acabara de brigar novamente com a garota que gostava, e tudo por quê? Por conta de seu ciúme bobo, por se sentir rebaixado e humilhado por ela, o loiro olhara para a irmã de seu melhor amigo, e pelo olhar pedira desculpas, ao que a garota fizera um sinal com a cabeça que entendia o porquê de tudo aquilo acontecer.


_ Cara, você vai com a minha irmã no baile? – disse Alvo ao melhor amigo, o moreno parecia surpreso com tudo aquilo, e não entendia o porquê dele ter falado algo daquele tipo mesmo sabendo que Lysander gostava da garota.


_ Ao que parece vou – disse Scorpio para ele enquanto todo o quarteto saia, deixando as garotas sozinhas novamente na sala, agora Alice e Chloe encaravam Lily com espanto, e a garota começara a ficar incomodada com aqueles olhares que eram dirigidos a ela.


_ Algum problema? – disse Lily – O que foi?


_ Você vai ao baile com Scorpio – disse Alice espantada – Você estava com o que na cabeça quando aceitou?


_ Eu não aceitei – disse Lily.


_ Ela não teve escolha, você viu como as coisas estavam – disse Chloe.


_ Eu fui jogada contra a parede, se negasse podia complicar para o Scorpio – disse Lily.


_ Ótimo, agora Rose pensa que você vai com ele – disse Alice repreendedora – Que droga Lily, por que foi deixar isso acontecer?


_ Fala como se eu fosse culpada – disse Lily – Foi o Scorpio que disse isso para ela, não eu...


_ E porque não negou? – disse Chloe.


_ E o fazer parecer um idiota na frente dela? Isso não seria legal – disse Lily – e também, estava espantada demais para dar uma resposta que fosse servir de alguma coisa.


_ Ia servir para não magoar o Lysander – disse Chloe bem baixinho – ele ficou com uma cara péssima quando ouviu aquilo – e Lily ficara em silencio, imaginando se o garoto gostava dela para ficar daquela forma.


O quarteto sonserino chegara ao quarto, Scorpio fora o primeiro a entrar e se arremessou na cama esfregando as mãos no rosto ainda estava irritado com a discussão que tivera com Rose. Alvo e Lorcan sentaram cada um e suas camas, enquanto Lysander vinha mais atrás, e trancara a forte com um grande e sonoro baque, o gêmeo caminhou até Malfoy e o encarou com os olhos em fúria. Como ele se atrevia, ela era sua, apenas sua e agora ele ia ao baile com a garota, e tudo por quê? Para fazer ciúmes em Rose. Os outros dois sonserinos sabiam o que estava para acontecer, e ficariam atentos para poder separar uma possível briga física entre os outros dois. Scorpio erguera a cabeça, preparado para o que estava por vir, gritos e a fúria do garoto.

Mas, diferente do que imaginava, o que veio foi uma voz calma e controlada, o que surpreendeu a todos.


_ Como você pode falar aquilo? – disse Lysander e seus olhos encararam o garoto, seus olhos transbordavam raiva, mas sua voz fazia esforço para ficar calma – Você sabe o quanto gosto da Lily, se não sabia, pelo menos desconfiava dos meus sentimentos por aquela garota...


_ Lysander, por favor entenda...- disse Scorpio.


_ Não, eu não preciso entender nada – disse Lysander sua voz saíra do controle – você podia ter dito o nome de varias garotas que existem nessa maldita escola, e escolheu justamente o nome da Lily para ser dito, me diz por que disso? Eu não entendo, por que de você ter dito isso...


_ Eu sinto muito... – disse Scorpio.


_ Sente? Você não pensa em ninguém alem de você, Scorpio. Se pensasse poderia ter percebido o quão idiota é essa sua atitude – disse Lysander – Mas eu entendo que tudo isso que acontece com você e Rose é dificil.


_ Difícil? – disse Scorpio confuso – Sobre o que quer dizer...


_ Ora Malfoy, eu não sou idiota, eu sei que você gosta da Rose e tudo isso que você e ela tem não passa de uma birra de crianças, que na verdade se amam e que você esta doido para beijar aquela boca rosada que ela tem – disse Lysander e Scorpio o encarara surpreso, para depois se virar para Lorcan.


_ Você contou para ele nossa conversa, Lorcan? – disse Scorpio se sentindo traído – Contou a ele o que te disse a respeito do que sinto pela Weasley?


_ Não foi necessário que ele conta-se, isso pode se notar a quilômetros – disse Lysander – Fala sério, toda essa implicância de vocês dois tinha que ser algo de quem arruma motivo para discutir com uma pessoa, tanto a menos que queira chamar a atenção desta para ele.


_ Lysander, olha eu não sei o que me fez dizer o nome de Lily, mas aconteceu e agora eu não posso voltar atrás – disse Scorpio – Se Rose pensar que menti para ela, ou se eu mentir dando uma desculpa qualquer de que fui dispensado pela Lily ou qualquer outra, ela vai perceber que tudo que fiz foi um truque, e não queria que você se sentisse ofendido, me desculpe, eu não queria que ficasse zangado comigo, e espero que me perdoe.


_ Tudo bem – disse Lysander – agora tenho que encontrar outro par para que eu o leve no baile – fora então que se lembrou de algo que o fez retorcer a cara em uma careta – Artemis Jones me convidou para o baile, e eu não disse nada...


_ Ela te convidou? – disse Alvo surpreso – mas não é os homens que devem chamar as garotas?


_ Ela é estranha Alvo, cisma em me conduzir nas aulas de dança, e isso me incomoda – disse Lysander ajeitando as vestes um tanto envergonhado enquanto Scorpio segurava o riso se lembrando da garota rodopiando o amigo no ar com toda a facilidade do mundo.


_ Ela é uma garota bem bonita, além de legal e uma ótima jogadora de quadribol – disse Lorcan – Por que não ir com ela? – Lysander olhara o irmão com uma cara de descrença como se ele acabasse de dizer o mais absurdo de todos.


_ Ela quase quebrou minhas costelas da ultima vez que dançamos – disse Lysander e Alvo rira do que fora dito, realmente a garota era muito forte - Não importa, foi apenas uma indireta, isso não significa que tenha que ir com ela, vou achar um par antes do final do mês.


_ Se quiser ajuda – disse Scorpio.


_ Certo, obrigado, mas não – disse Lysander – Tenho que fazer isso sozinho.


_ Tudo bem – disse Scorpio erguendo os braços como se estivesse se rendendo.


Era a noite do dia dezoito de Outubro, para muitos mais um do décimo mês, que significava que tinham menos tempo para arranjar um par para o baile que aconteceria no Dia das Bruxas, mas para o grupo de amigos significava mais que isso, especialmente para Alvo e Tiago, naquela data a irmãzinha caçula deles completava seus tão esperados doze anos, e era a primeiro aniversario da pequena ruiva longe dos pais com apenas os amigos e os irmãos por perto.


Lily havia combinado com as garotas de fazerem uma festa do pijama, o que iria ser algo que realmente interessante para as meninas, haviam combinado com Roxanne, Dominique e Raven, as três iriam comparecer a festa, pensaram em chamar Narcisa também, mas a aniversariante desistira, não seria justo chamar a garota depois do modo como ela tratara seu irmão.


Já se aproximava do horário e Lily e Chloe se encontravam sentadas nas poltronas do quarto de Rose e Alice onde aconteceria a festa do pijama (as colegas das duas que dividiam o dormitório haviam saído aquela noite para se encontrar com um par de alunos de Durmstrang, deixando a elas o quarto inteiro vago, um local perfeito para aquilo, mesmo que sempre se pudesse usar o Salão Comunal para a festa). A ruiva vestia uma camisola de seda lilás, já a da loira era azul celeste com um roupão azul bebê. Ambas jogavam uma partida de Xadrez de bruxo, em um canto havia algumas garrafas de cerveja amanteigada e alguns doces que ganhara de Fred e certamente haviam sido afanados da cozinha de Beauxbatons, ou do depósito do Trem Negro. Alice vestia uma camisola branca de seda com alguns detalhes em renda, e Rose usava uma nas cores vermelhas, coberto por um roupão comprido e xadrez. Ambas se cumprimentaram e se sentaram sobre seus sacos de dormir e colchonetes, formando uma roda, onde começaram a conversar enquanto comiam alguns doces que Lily havia ganhado dos parentes.


Chegaram Roxanne, vestida com uma camisola vermelha, Dominique que vestia vestes mais confortáveis como uma blusa e calça de moletom comprida num tom azul como os uniformes de Beauxbatons. Raven fora a ultima chegar, vestia um roupão verde com uma camisola num tom prateado por baixo.


_ Então, eu não quero ser estraga prazeres, mas está um pouco parado isso não? – disse Roxanne – Veja se isso pode melhorar as coisas por aqui – ela retirara um embrulho fino que Lily abrira, revelando ser um disco de vinil de uma banda trouxa.


_ Essa banda é ótima – disse Lily animada.


_ Nunca ouvi falar deles – disse Chloe.


_ Também queria saber – disse Alice.


_ São uma banda trouxa – respondeu Rose.


_ Pensei que tivessem parado de fabricar essas coisas entre os trouxas – disse Raven surpresa – É uma raridade encontrar algo desse tipo por ai...


_ Tenho meus contatos querida – disse Roxanne – Então, o que estamos esperando, coloque isso vamos ouvir um pouco de musica...


O que se seguiu depois disso foi que Roxanne colocara o disco numa vitrola (que se parecia e muito com a que Teddy usava nas aulas de Transfiguração, como se fosse ela própria ali, e pela cabeça de Chloe passara o pensamento de que talvez Lily tenha pegado sem permissão a do professor), logo a irmã de Fred puxara todas para uma dança estranha de um baile improvisado ali. Era engraçado, pelo menos era o que se passava pela cabeça da maioria das garotas que agora não precisavam se controlar, serem certinhas ou se preocuparem em bancarem as loucas saltando pelo quarto e pulando eufóricas enquanto dançavam e praticavam movimentos estranhos. Lily puxara Chloe para cima da cama e ambas começaram a saltar em meio a risos e performances de Roxanne que ao lado de Dominique pareciam fazer uma dupla com a prima, as duas Weasleys começaram a cantar ali. Rose parecia meio desnorteada, assim como Alice, mas logo isso foi mudado quando a morena puxara a ruiva para dançar, apesar de ter parecido para a Grifinoria algo estranho dançar com outra garota, mas acabara por deixar de lado isso a ambas começaram a brincar muito durante vários giros e movimentos de uma valsa desengonçada de propósito. Logo todas se largaram no chão exaustas, enquanto Roxanne ofegante sorria para todas.


_ Essa foi demais, não? – disse Roxanne – Esses trouxas sabem como fazer um som.


_ E então, mais planos para hoje? Não podemos ficar o tempo todo saltando feito malucas pelo quarto – disse Rose, quase sem ar – Estou morta e foi apenas dez minutos de tudo isso...


_ Se praticasse quadribol teria mais fôlego – disse Roxanne – Olhe para mim, Dommy e Raven não estamos nem um pouco cansadas, isso só prova que ficar na Biblioteca é algo prejudicial algumas vezes...


_ Posso não ter resistência, mas sei muita coisa que o quadribol não pode ensinar – disse Rose – Como tirar notas boas nas provas e ser a melhor aluna da classe...


_ Isso é de nascença – disse Roxanne – Sua mãe passou essa inteligência para você de alguma forma, assim como papai passou para mim e Fred que foi herdada, e falando nele já abriu o presente que ele te mandou?


_ Não, por quê?- disse Lily pegando um embrulho azul e retangular.


_ Abra – disse Roxanne sorrindo marotamente.


Lily, meio receosa, abriu a caixa, dentro havia vários bombons embrulhados em papel prateado, o estomago da ruiva roncara com a idéia de comer uma daquelas delicias, e assim fez retirando um para ela e após este já se encontrar em sua boca passara para as outras para que pegassem para elas. O chocolate era algo realmente bom, tinha um recheio que lembrava uma geléia que parecia de morango com brigadeiro, e aquilo descia pela sua garganta de uma forma tão suave que parecia gelar sua barriga como se fosse um vento frio era uma sensação boa como se estivesse flutuando, encarara suas amigas, elas possuíam a mesma expressão feliz que ela, Rose ainda parecia saborear sua primeira mordida enquanto Dominique comera o seu de uma vez, e agora lambia os dedos sujos de chocolate. Os olhos de Alice pareceram não acreditar no que viam, ela encarava a ruiva sentada a sua frente e notara que Lily não estava normal, ela nem sequer estava com os pés no chão, seus olhos correram para as outras e pode notar o mesmo todas elas agora flutuavam a alguns centímetros no ar.


_ Garotas – disse Alice receosa – acho que tinha algo nesses bombons...


_ Lily – disse Chloe surpresa – você está flutuando.


A ruiva percebera isso, e um sorriso surgira em seus lábios, com um impulso lá ia ela flutuando e voando a alguns metros já do chão. Ela parecia nadar no ar, como se toda a gravidade daquele quarto houvesse acabado de uma hora para a outra, logo Dominique se juntou a ela, e em seguida Roxanne e Raven, por fim apenas Chloe se mantinha encarando o que agora parecia uma grande dança aérea, fascinada pelos movimentos que todas faziam, era como se não houvesse limites enquanto se flutuava daquela forma.


_ Hei loirinha, vai ficar aí sentada? – disse Lily pendurada de ponta cabeça no ar frente a frente com os olhos azuis da Grifinória, que parecia despertar com a pergunta – Venha, vamos brincar um pouco.


Chloe aceitara e ambas começaram a voarem juntas pelo quarto de mãos dadas. Roxanne apontara a varinha para a vitrola, que começara a tocar outra musica da banda trouxa que sabia como tirar as garotas de órbita. Alice batia varias fotos das garotas, todas faziam manobras e caretas para a câmera, seria uma bela recordação daquele momento único para elas.


Alvo escutava os risos vindos da cabine de Rose e Alice, o trem estava em silêncio e duvidava que alguém estivesse ali, ainda era cedo para todos se retirarem dos jardins, apenas eles estavam ali no dormitório. Encarara os outros, haviam acabado de retornar de um ensaio onde realmente haviam ido mal, Scorpio não parecia muito disposto a ensaiar, assim como Lysander, ambos por conta da mesma causadora, que era a Lily. Lorcan era o único, fora o moreno, que estava normal, havia passado no vagão restaurante e comprado várias guloseimas, ele comia feliz uma varinha de alcaçuz que agora parecia ter prendido em seus dentes, era quase como ver uma criança sorridente em um parque de diversões, comendo pela primeira vez o seu doce favorito. Scorpio se deixara derrotado na cama de braços abertos, enquanto Lysander se sentava em uma poltrona e abria um livro para ler, mas Alvo duvidava que fosse sair da primeira pagina aquela noite.


_ Qual é, galera – disse Alvo – Não podemos ficar aqui dessa forma, vamos fazer algo para animar e salvar essa noite, não podemos ficar assim.


_ É meio difícil Al – disse Scorpio – Como vê, já tentamos, mas não conseguimos nada no ensaio, por que conseguiríamos de outra forma? Se não notou, eu estou meio que para baixo por conta da minha atitude idiota hoje em chamar a Lily para ir ao baile.


_ Não precisa ficar lembrando isso – disse Lysander grosseiramente, sem tirar os olhos do livro - E concordo com você, foi algo bem idiota o que fez.


_ Não precisa dizer, já fica bem claro do modo como tem agido hoje comigo – disse Scorpio no mesmo tom grosso para Lysander.


_ O que você queria? Eu tenho sentimentos Malfoy, me senti ofendido traído com o que você fez... – disse Lysander com raiva fechando o livro – Boa noite a vocês, vou dormir agora...


_ Não mesmo – disse Alvo se colocando em frente ao gêmeo – Qual é, Lysander, você e Scorpio sempre foram amigos, não pode ficar chateado e com raiva dele por conta de uma coisa boba como essa..

.

_ Você acha bobo ele ter chamado a Lily para o baile? – disse Lysander.


_ Eu me desculpei por isso – disse Scorpio – Cara, se eu pudesse voltar atrás, eu não teria cometido esse erro...


_ Tudo bem, é só que... Estou com ciúmes de você está legal? Vai poder ficar do lado dela, e dançar com ela a noite toda – disse Lysander com um tom de voz envergonhado – Desculpe, não queria ser tão grosso com você...


_ Ah, não ligue, estava em seu direito – disse Scorpio – e não é porque vou com ela que significa que não poderão dançar juntos, é só chama-la, se quiser deixo você dançar uma lenta com ela, apesar de que depende mais da Lily do que de mim.


_ Vamos arrumar um jeito de passarmos o tempo – disse Lorcan, após ter engolido o último pedaço de alcaçuz – Que tal uma noite de jogos...


_ Topo qualquer coisa que não seja Quadribol ou Bilhar – disse Lysander e todos riram se lembrando da noite no Duende Irlandês, onde Draco Malfoy adquirira um olho roxo por conta do gêmeo, que lhe acertara com a bola branca da sinuca.


_ Papai não gostou muito daquele dia por conta de você – disse Scorpio e todos riram imaginando Draco ralhando e xingando o gêmeo pelas costas – Então, vamos de Poker? Vocês já jogaram, não?


_ Sei apenas a teoria – disse Lysander.


_ Eu nem isso – disse Alvo.


_ Pode me ensinar? – disse Lorcan – Eu aprendo rápido...


_ Vamos nessa, então... – disse Scorpio sorrindo, seria uma bela noite afinal.


Scorpio fora buscar um baralho que tinha em uma das mesas da escrivaninha, eram cartas comuns sem nenhuma magia nelas, mais tarde Alvo saberia que o Poker ao estilo trouxa era muito mais fácil que o dos bruxos. ‘Não ter as cartas dando palpite em seus ouvidos ajuda muito, acredite’, disse Scorpio. As cartas eram embaralhadas de vários modos diferentes, com leques, em seqüência de mão fechada, duplo e triplos cortes e ondas. Os olhos de Lorcan já brilhavam no simples ato de Scorpio brincar com as cartas daquele modo. Lysander colocara os óculos de leitura e com a varinha arrumava a pequena mesa próximo a lareira para que pudessem jogar, enquanto Alvo ia buscar um pouco de chocolate quente e colocando em algumas canecas, levara flutuando para os amigos.


_ Ouça com atenção as regras, Lork – disse Lysander – Não vamos explicar novamente.


_ Você também, Al – disse Scorpio.


_ A melhor mão de poker possível é a seqüência de cor. São cinco cartas em seqüência e do mesmo naipe – disse Lysander - Se dois jogadores seguram uma seqüência de cor, quem tiver a carta mais alta ganha. Se a carta mais alta for igual, as cartas são iguais. Os naipes diferentes não têm valores diferentes nas mãos de poker, portanto uma seqüência de cor de copas não ganha a uma seqüência de cor de paus. Uma seqüência de cor com um As alto se chama seqüência real (Royal flush).


_ A segunda mão de poker mais alta é a quadra, é uma mão com quatro cartas do mesmo valor – disse Scorpio - se dois jogadores têm uma quadra, ganhará quem tiver as quatro cartas mais altas. Por exemplo, quatro dez ganham a quatro oitos. Se dois jogadores têm uma quadra com as mesmas quatro cartas, ganhará quem tiver a quinta carta maior. Esta carta se chama a carta lateral. Se as cartas laterais também são do mesmo valor, haverá um empate e as apostas serão divididas.


_ Teremos de apostar? – disse Lorcan confuso.


_ Sim, mas podemos apostar doces – disse Scorpio – Nada de galeões entre nós, contra outros sim, mas nós vamos jogar por diversão.


_ Certo, continue explicando – disse Alvo, interessado.


_ O full house é uma mão com uma trinca e um par – disse Lysander indo buscar os doces que haviam guardado a algum tempo para emergências noturnas - se dois jogadores têm um Full House, ganhará quem tiver a trinca mais alta. Se a trinca for igual, ganhará quem tiver o par mais alto. Se os pares também forem iguais, há um empate e as apostas são divididas.


_ Não é tão difícil – disse Alvo, já entendendo as regras.


_ Se todas as cinco cartas forem do mesmo naipe, a mão é um flush – disse Scorpio - Se dois jogadores têm um flush, ganhará quem tiver a carta mais alta. Se estas forem iguais, ganhará quem tiver a segunda carta mais alta, e assim em adiante. Se todas as cartas forem iguais, haverá um empate e as apostas são divididas. No Poker não há ordem entre os naipes.


_ Também temos a Seqüência, ou Straight – disse Scorpio, enquanto distribuía as cartas a cada um de seus colegas - Para uma mão ser uma seqüência, as cinco cartas têm que estar em seqüência numérica. Se dois jogadores têm uma seqüência, ganhará quem tiver a carta mais alta. Se ambas as seqüências tiverem a mesma carta mais alta, haverá um empate e as apostas são divididas.


_ Se três cartas têm o mesmo valor, você tem uma trinca ou Three of a kind – disse Lysander, batendo na mão de Lorcan que queria pegar um dos doces da aposta para comer - Se as duas restantes cartas não são um par e os dois jogadores têm uma trinca, ganhará quem tiver as melhores três cartas. Se as três cartas forem iguais, a mão com a melhor carta lateral ganha, ou se as melhores cartas laterais também forem iguais, quem tiver a segunda melhor carta lateral ganha. Se ambas as cartas laterais também forem iguais, haverá um empate e as apostas são divididas.


_ Temos a Two Pair também ou Dois pares – disse Scorpio - é exatamente o que soa, duas cartas de um valor e mais duas cartas de outro valor. Se dois jogadores têm dois pares, ganhará quem tiver o melhor par, ou se estes forem iguais, o jogador com o segundo melhor par ganhará. Se os melhor e pior pares são iguais, a mão com a melhor carta lateral ganhará. Se estas também são iguais, as mãos empatam e o pote é dividido.


_ Se duas cartas na mão são do mesmo valor, e nenhuma das mãos que já falamos possa ser feita, a mão é um par – disse Lysander - Se dois jogadores têm um par, ganhará quem tiver o melhor par. Se estes forem do mesmo valor, a mão com a melhor carta lateral ganhará, ou se estas também são iguais, quem tiver a segunda melhor carta lateral ganhará, e assim adiante. Se ambos os pares e todas as cartas laterais são iguais, as mãos empatam e o pote é dividido.


_ E se nenhuma desses jogos for feito o que acontece? – disse Alvo.


_ Boa pergunta – disse Lorcan.


_ Se nenhuma mão tem qualquer das combinações que mencionamos – disse Scorpio - a mão com a melhor carta individual ganhará. Uma mão com um As é melhor que uma mão com um Rei alto. Uma mão com um Rei é melhor que uma mão com um dez alto, e assim adiante. Se todas as cinco cartas forem iguais, haverá um empate e as apostas são divididas.


_ Certo, vou arriscar jogar com vocês – disse Alvo, pegando uma porção de balas e doces para ele.


_ Os doces são para as apostas Lorcan, nada de comê-los – disse Lysander dando um punhado para o irmão, que parecera realmente tentado a comer um pouco.


_ Ok – disse Lorcan, um pouco decepcionado.


E o jogo se inicia, era realmente fácil quando se sabia as regras, mas era um jogo de estratégia e a arte de blefar podia fazer você facilmente ganhar. Isso se provara várias vezes, quando Lysander vencera duas vezes, e Scorpio uma, ambos usando de caretas e bufadas de indignação como se tivessem uma mão péssima. Lorcan vencera por acidente algumas vezes, ele não parecia ter muita atenção no jogo, não quando na sua frente se encontravam seus doces favoritos e ele nem sequer podia comê-los. Alvo não vencera algumas vezes, apesar de ter saído com algumas mãos boas, mas as de Scorpio sempre pareciam melhores, se perguntava com quem o garoto aprendera a jogar, era quase assombroso o modo como formava sempre uma mão mais alta do que a dos outros.


_ É um jogo de habilidade Al, não se preocupe, se tivesse tido o professor que tive, certamente que seria tão bom quanto eu – disse Scorpio, distribuindo novamente as cartas.


_ Ah, é quem? – disse Alvo.


_ Meu pai – disse Scorpio – Ele uma vez me levou em um cassino em Las Vegas, sua influencia era tamanha que pude assistir várias partidas e aprendi com ele e seus colegas as regras e a jogar.


_ Bela educação que seu pai te deu, ensinando a como ganhar em jogos de cartas – disse Alvo brincalhão.


_ Foi o mais próximo de momentos felizes que passamos juntos – disse Scorpio rindo – Ele não é o tipo de pai que te ensina a voar de vassoura, ou que te leva em um parque de diversões...


_ Nosso pai nos levava em partidas de Quadribol – disse Lorcan sorrindo e Lysander emburrara a cara a menção de Rolf Scamander.


_ Isso quando não nos levava em safaris na Africa, ou em excursões na Amazônia – disse Lysander – Na primeira quase morremos no estouro de uma manada de Eruperantes e na outra, caímos nas mãos de uma tribo de javaros.


_ Javaros... É, tinha me esquecido deles... Sabia que tenho até hoje as cabeças encolhidas que me deram? – disse Lorcan, se lembrando de seus amigos selvagens da Amazônia enquanto os outros faziam caras de espanto e Alvo reprimia uma careta, imaginando como seria o presente.


_ E você Al o que costuma fazer com seu pai? – disse Scorpio.


_ Ah, não sei, nos fazemos tantas coisas juntos nada que se pode chamar de especial – disse Alvo – Conversamos muito um com o outro, e jogamos quadribol de vez em quando...


_ Deve ser demais jogar Quadribol com ele, meu pai disse que o Sr. Potter foi um ótimo apanhador – disse Scorpio – Que nunca conseguiu vencê-lo quando jogavam um contra o outro.


_ Ele é bom, mas sempre achei que pegasse leve comigo por ser filho dele – disse Alvo dando de ombros, para então notar suas cartas - Straight Flush, algum de vocês supera essa? – ele falou irônico para então pegar os doces do centro da mesa rindo.


As garotas estavam cansadas de voar, e bem a tempo, já que em poucos minutos a poção que havia nos bombons iria perder seu efeito. Agora as sete garotas se encontravam exaustas, deitadas de costas no tapete do dormitório de Rose e Alice. A música do disco ainda girava – o disco agora tocava uma musica mais suave, nada de tão agitado como as outras anteriores.


_ Fred é incrível, não é? – disse Lily rindo lendo novamente o bilhete do primo.


_ Esses foram os Bombons Gasosos, pessoal, a mais nova invenção das Gemialidades Weasley – disse Roxanne rindo – Criação minha e de Fred, possuem um ingrediente secreto em sua fórmula que permite que quem o coma saia por ai voando e flutuando...


_ É brilhante – disse Rose.


_ Papai também achou, disse que vai ser ponta de estoque nas vendas do dia dos namorados – disse Roxanne.


_ Melhor do que poções do amor, com toda a certeza – disse Lily rindo e as garotas acompanharam – Vamos ver o que ganhei dos outros – e a ruivinha se levantou indo novamente atrás da pilha de presentes.


_ Vou colocar outra música – disse Roxanne, se levantando.


_ Já volto – disse Raven e fora no banheiro, Dominique se levantara e fora atrás da loira.


Dominique chegara ao banheiro do quarto de Rose, não era muito grande quanto o quarto, certamente que não deveria caber mais de uma pessoa. A garota se encontrava em frente ao espelho enquanto arrumava alguma coisa nos olhos, ela tocava os dedos dentro deles como se algo a incomodasse. A ruiva arqueara as sobrancelhas, imaginando o que ela queria fazendo aquilo, pelo espelho redondo Raven notara a bela campeã de Beauxbatons e sorrira, o que fez a Weasley ficar sem graça, era difícil a conversa que estava querendo ter com a outra.


_ Algum problema, Weasley? – disse Raven ainda mexendo nos olhos.


_ Você está fazendo o que? – disse Dominique confusa.


_ Tentando arrumar minha lente de contato, ela esta fora do lugar e esta me incomodando – disse Raven que bufara ao não conseguir, resolvendo tirar a fina película dos olhos e guarda-la em seu estojo preto, o mesmo fizera com a outra.


_ Você tem olhos dourados. – disse Dominique surpresa.


_ É, herdei eles da minha mãe – disse Raven – Resolvi usar lentes por conta do quadribol, tinha medo de me machucar com os óculos caso algum balaço viesse na direção do meu rosto...


_ Entendo – disse Dominique e ficara em silencio, o mesmo fizera Raven, a loira começara a encarar a ruiva que parecia querer dizer algo, mas nada falara, aquele silêncio começara a incomodá-la.


_ Está bem? – disse Raven.


_ Estou – disse Dominique.


_ Tem sido uma noite divertida, não acha? – disse Raven.


_ É, aposto como você e Fred não se divertem tanto por ai, não é? – disse Dominique, ironicamente.


_ O que? – disse Raven seriamente surpresa, para então começar a rir – Espera ai, está pensando que eu e Fred estamos juntos?


_ E não estão? – disse Dominique, não escondendo sua curiosidade.


_ Oh, não... – disse Raven, ainda rindo – Eu e Fred somos apenas amigos, nunca que poderíamos namorar...


_ Mas você o beijou – disse Dominique, agora se irritando com os risos da loira.


_ Pois é, eu beijei, mas foi errado – disse Raven agora parando de rir – Eu não vou mentir, gostei de beijá-lo, foi muito bom e se fosse o caso eu gostaria de poder repetir novamente...


_ Tem certeza de que não está afim dele? – disse Dominique, com a sobrancelha arqueada – Pois fala como se estivesse.


_ O que posso falar de Fred Weasley? Ele é um cara incrível e adorável, engraçado e muito legal – disse Raven – Mas não me sinto atraída emocionalmente por ele, quando o beijei foi mais um momento de fraqueza, eu me sentia só, sem ninguém... Ele estava lá para mim, e tentou me animar achei linda essa atitude dele...


_ Então você não gosta dele? – disse Dominique.


_ Gosto dele como um amigo, Weasley. Apenas isso – disse Raven, séria – Ele me convidou para irmos no baile juntos, mas foi apenas por amizade...


_ Você me parece sincera, mas e ele? Acha que está gostando de você? – disse Dominique, insegura. Era raro as vezes que ficava assim, mas naquele momento algo lhe apertava o peito e ela clamava por uma resposta negativa.


_ Não, ele não está gostando de mim – disse Raven – Pelo menos não do jeito que imagina, sabe Weasley, se fosse você terminava com o Potter logo, e partia para o garoto incrível que está te esperando.


_ Que garoto incrível? – disse Dominique – o Fred? Por Merlin, ele não está me esperando, e porque eu iria correr atrás dele?


_ Por causa do modo que ficou quando me viu o beijando talvez? – disse Raven – Pense sobre isso Weasley.


_ Dominique – disse a ruiva.


_ Como? – disse Raven confusa.


_ Pode me chamar de Dominique, ok? Acabamos de falar de garotos, e você está me dando conselhos – disse Dominique – Creio que já passamos da parte dos Sobrenomes, e que podemos nos tratar pelo primeiro pode ser ou não Srta. Raven Skeeter?


_ Como queira Dominique – disse Raven.


Enquanto isso Alvo jogava novamente mais uma partida de Poker com os rapazes. Lorcan vencera as últimas duas partidas com um Full House e outro Tree of Kind. Scorpio vencera com uma mão realmente boa, e agora era a vez do moreno embaralhar.


_ Então, como vai as garotas, pessoal? – disse Scorpio, como não querendo nada enquanto Alvo distribuía as cartas.


_ Vejamos, ah, sim você vai levar ela ao baile – disse Lysander, irônico.


_ Fora isso... Cara, rolou o maior clima entre vocês dois hoje – disse Scorpio – Acha que não notei vocês com os rostos próximos um do outro, e o modo como a abraçava...


_ Scorp menos, o Alvo está aqui ele pode não gostar de ouvir você falando assim de mim e da irmã dele – disse Lysander, envergonhado com as palavras do amigo.


_ Eu também queria que vocês se beijassem – disse Alvo rápido deixando o amigo ainda mais sem graça – Está mais do que na hora de você e a Lily ficarem juntos.


_ Falando em ficar juntos como vai com a Alice, hein Al? – disse Lysander, parecendo querer mudar o rumo da conversa dele para outro, o moreno riu sem graça enquanto abaixava os olhos para suas cartas, uma mão sem um par sequer, aquele jogo já parecia perdido.


_ Vai indo – disse Alvo.


_ Vai indo? Apenas isso? – disse Scorpio - Até o Lorcan já se arranjou e você ai...


_ Como assim até o Lorcan se arranjou? – disse Lorcan, parecendo despertar dos seus devaneios e voltando para a terra.


_ Eu e ela voltamos a nos falar – disse Alvo, ignorando o que Lorcan dissera – Quer mais o que? Que eu a arranque dos braços do Karkaroff?


_ É – disseram Lysander e Scorpio juntos.


_ Vai ser no mesmo dia que você agarrar minha irmã – disse Alvo olhando para Lysander – E você roubar um beijo da Rose...


_ Então vai demorar, hein – disse Lorcan, rindo.


_ Menos Lorcan, você pode nos zoar mas não faça isso está bem? – disse Scorpio.


_ Posso zoar vocês por quê? – disse Lorcan, parecendo não entender nada.


_ Você e a Chloe estão juntos, não? – disse Scorpio e Lysander rira – O que há de engraçado?


_ Eu e a Chloe estamos juntos como? – disse Lorcan, parecendo não entender ainda.


_ Namorando – disse Scorpio, respirando fundo para não gritar.


_ Não estamos namorando – disse Lorcan.


_ Como? – disse Scorpio.


_ Não estamos namorando – disse Lorcan – Por que pensa isso?


_ Certo, mas o que há entre vocês? – disse Scorpio.


_ Somos amigos – disse Lorcan.


_ A garota está totalmente na sua e você diz que são só amigos? – disse Scorpio incrédulo - Você é muito lerdo...


_ Ele está um passo na frente de todos nós, temos que admitir isso – disse Lysander e os outros dois concordaram.


Raven e Dominique voltaram sorrindo para o quarto, onde Lily acabara de desembrulhar uma pequena caixa de balas e lia atentamente o rótulo. Ela sorriu marotamente mas disfarçou, e resolvera entregar uma a Alice.


_ Pegue – disse Lily.


_ Por que eu? – disse Alice assustada.


_ Pegue – disse Lily novamente insistindo.


_ Pegue logo – disse Chloe.


Alice erguera a mão e tirara uma bala, era embrulhara em um papel roxo berrante e ao abri-la notara que o doce era branco e transparente quase como se feito de gelo. O levara a boca e sentira um vento gélido a invadi-la. O gosto era de morango, sua fruta favorita e possuía um leve gosto de limão logo sentira uma sensação ótima a invadi-la. Olhara ao seu redor, tudo estava turvo como se fosse a poção de um caldeirão sendo mexida, ela olhara para seu lado e vira que Lily estava diferente, seu rosto não era mais o mesmo estava se modificando. Logo quem estava ali era Alvo, mais lindo que nunca em suas vestes de quadribol da Sonserina. Não estava mais no seu dormitório, e sim nos jardins de Hogwarts em frente ao lago negro. O garoto a olhava nos olhos, como grandes esmeraldas eles brilhavam, enquanto em seus lábios um sorriso brincalhão brilhava assim como seu cabelo bagunçado pelo vento a luz do luar. Ele lhe acariciara no rosto com uma das mãos, seu toque era suave e leve e isso fez com que a garota tremesse, ele aumentou o sorriso, para então aproximar os lábios dela e abraçando fortemente sua cintura com a outra mão, enquanto a que estava em seu rosto agora brincava com seus cabelos.


O beijo de Alvo era leve e suave, mas ao mesmo tempo intenso e quente a Lufa-lufa sorria entre as caricias e correspondia ao beijo com o mesmo carinho que possuía por aquele moreno que tanto amava. Mas o encanto se quebrara assim que os lábios de ambos se separaram, pois ela começara a ouvir um som vindo do lago, onde pode ver alguns sapos ali que cantavam? Era uma musica irritante.


_ Balas dos sonhos – disse um dos sapos, e Alice notara o rosto de Fred no anfíbio, era algo realmente bizarro – Nos sabores, morango com limão, framboesa com maçã, e caramelo e pêssego...


_ Vivencie os seus maiores desejos em poucos segundos de um prazer adocicado – disse o sapo que possuía o rosto de Roxanne – Totalmente aprovado de ministério da magia, e não causa qualquer efeito colateral.


_ Encontrado nas Gemialidades Weasley – disse o terceiro Sapo que possuía o rosto de George Weasley – A partir da véspera de natal, que melhor maneira de celebrar um dia tão especial do que dar as pessoas que você gosta a oportunidade de vivenciar seus sonhos?


_ Pela bagatela mínima de dois galeões e quinze sicles – disse o sapo Fred – Uso não recomendado para menores de doze anos.


Alice olhara novamente para Alvo, cuja face apaixonada parecia tão boba e aérea como se não fosse realmente ele ali. A morena fechara o rosto, e os dedos de sua mão e dirigira um soco bem dado no rosto do falso sonserino que explodira numa bomba de fumaça assim como tudo ao redor.


Alice havia acabado de retornar novamente ao normal, estava deitada no chão do dormitório sobre algumas cobertas. Ela encarava Lily a sua frente que continha um sorriso maroto, enquanto as outras garotas iam de caras preocupadas para risadas. Ela se sentara desorientada ali, enquanto a Corvinal tornara a ficar com uma cara de inocente.


_ Algum problema aí? – disse Lily cinicamente.


_ Algum problema aí? – disse Alice remendando o que a ruiva acabara de dizer – Você me deu essa coisa, por Merlin, sabe o que eu vi?

_ Seu maior sonho? – disse Lily tentando ser simpática – Nesse caso, meu irmão? – Alice corara e a ruiva rira – É, mais um Logro Weasley realmente bom... Mas o que te fez acordar?


_ A propaganda do final – disse Alice azeda.


_ Precisávamos encontrar um modo de despertar a pessoa – disse Roxanne – Eu sei, me escroto e corta tesão, no seu caso que devia ter um sonho um tanto... Digamos...


_ O que você e meu irmão estavam fazendo, se beijando? Pois você ficou sorrindo feito uma tonta a maior parte do tempo – disse Lily e Alice corara ainda mais – Você e a Chloe... Só sabem corar, brincadeira... Mas isso responde minha pergunta.


Alvo sorrira colocando as cartas na mesa. Exibindo sua bela mão que possuía um Tree of Kind perfeito, suas mãos já deslizavam para os doces quando Scorpio batera em seus dedos, como Lysander fizera momentos atrás com Lorcan que queria comer alguns deles. O artilheiro da Sonserina exibira em sua mão.


_ Full House meu querido Alvicto – disse Scorpio rindo jogando as cartas na cara de Alvo.


_ Você às vezes consegue ser mais irritante que o meu irmão, sabia disso Scorp? – disse Alvo seriamente.


_ Ah, qual é, deixe-me me gabar um pouco – disse Scorpio – Fui eu quem ganhou a última partida e a maior parte delas.


_ Certo, vá em frente – disse Lysander, revirando os olhos.


_ Venci, e tudo isso agora é meu, perderam meus amigos, se acostumem com isso – disse Scorpio, sorrindo vitorioso enquanto pegava os doces que haviam sido a aposta do jogo de poker.


_ Vai dividir os doces não é? – disse Lorcan, olhando para a pilha de Scorpio com um olhar pidão.


_ Tome fique com os sapos de chocolate – disse Scorpio – Sei que ainda coleciona as figurinhas...


_Valeu – disse Lorcan, sorridente, pegando seu presente.


_ Podem pegar também – disse Scorpio, sendo gentil – Só deixem os caldeirões de chocolate e as varinhas de alcaçuz para mim – ele rira enquanto os outros se serviam, Alvo pegara feijõezinhos de todos os sabores e Lysander tortinhas de abóbora.


Cada um se diria para sua cama saboreando os doces, Lorcan já abrira a maioria dos seus sapos de chocolate que agora saltitavam enquanto ele encarava as figurinhas que tirara. Ficara feliz, pois varias eram novas que ele nunca havia visto, mas acabara perdendo a maioria dos doces que com os saltos acabaram por fugir dele.


As garotas já comiam e tomavam suco de abóbora enquanto viam mais uma partida de Rose contra Alice no xadrez. Era inútil a persistência da Lufana, certamente que a ruiva venceria em breve, e foi o que aconteceu quando, com uma bela jogada, Rose capturou o rei branco de Alice com seu bispo preto. Enquanto Lily via seus presentes, ela acabara de abrir um bem interessante, onde havia um pequeno frasco e um bilhete, um sorriso surgiu em sua face quando dirigiu o vidro ao copo de Chloe.


_ Seu copo Chloe – disse Lily, entregando disfarçadamente o copo a amiga, mas Alice acabou vendo o frasco sendo escondido na manga da Corvinal.


_ Obrigada – disse Chloe enquanto bebia.


_ Não, Chloe não beba – disse Alice assustada.


_ Que é isso? Deixa a garota beber o suco dela – disse Lily, angelicalmente.


_O que você colocou na bebida dela? – disse Alice para Lily que revirara os olhos, o olhar da loira rapidamente se dirigiu ao seu copo no qual acabara de dar um grande gole.



_ O que você colocou na minha bebida? – disse Chloe, atônita.



_ Nada, apenas um pouco de Felix Felicis – disse Lily, simples, e o rosto da loira perdeu a cor de surpresa - Agora vai atrás do seu loirinho, e boa sorte garota, apesar de achar que não preciso dizer isso - e começou a rir.


Chloe parecia estática enquanto via o copo agora vazio em suas mãos, acabara de beber algo que lhe daria sorte caso fosse falar com Lorcan, mas será que seria capaz dela mesmo encontrar coragem para deixar as palavras que queria dizer a ele para sair? Ela começara a tremer, enquanto Lily sorria vitoriosa e orgulhosa de si mesma pela grande idéia que tivera.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentem, deixem reviews.
ps: parabéns aos membros da casa de Slytherin, nos temos a taça das casas do Pottermore.
atualizei a minha outra fic, Diario de Remus John Lupin. E adoraria que quem a lesse deixasse Reviews, ou mesmo quem ainda não lê que dê uma chance pois vale muito a pena.