Harmony - O Meu Melhor Amigo escrita por nane


Capítulo 10
Natal em Hogwarts - Parte II




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– É só a... minha varinha - disse tirando-a do cós da calça e mostrando-a para mim.

Meu coração ainda não havia se acalmado o suficiente do susto, mas não pude impedir-me de me juntar ás gargalhadas estrondosas de Harry, mas as minhas, diferente das dele, eram de alívio. Não que eu não estivesse preparada para o que ia acontecer, mas eu tinha a ligeira sensação de que aquele não era o momento certo. Pode parecer um tanto quanto antiquado, mas a minha primeira vez teria de ser perfeita, afinal, ela seria inesquecível. Era Harry quem eu queria, e só ele, quanto a isso eu não tinha nenhuma dúvida.

– Harry, querido, você não deveria guardar a sua varinha aí - eu disse maliciosa - Eu já li sobre alguns bruxos famosos que acabarm perdendo a bunda por isso, e nós não queremos que isso aconteça com o seu... bem, não seria nada...agradável para você se isso acontecesse não é mesmo? - completei tentando inutilmente segurar o riso

– Espera... isso... acontece mesmo? Então era verdade? - perguntou confuso

– É claro que acontece, Harry, eu estou surpresa que você não saiba disso!

– Mas eu sabia... bem, eu não acreditei muito quando Olho-Tonto Moody me disse...

– Então, pelo que parece, você não preza muito o seu... corpo não é mesmo? - perguntei desvencilhando-me dele.

Levantei-me deliberadamente da cama e saí rebolando, provocando-o (já que não iria acontecer nada, eu pelo menos poderia me divertir um pouco ás custas de Harry). Meus esforços de provocá-lo, porém, pareciam ter sido em vão, já que ele parecia mais preocupado em ver se o "júnior" estava bem quando pensou que eu não estava olhando.

– Feliz Natal! - cumprimentou-nos um sorridente Rony Weasley quando chegamos a Sala Comunal.

Ron parecia diferente, não sei, talvez mais feliz, eu realmente esperava que ele estivesse, me doía o coração vê-lo sofrer por minha causa. Quando perguntei sobre o motivo de sua felicidade, ele mudou de assunto dizendo apenas "é o clima natalino, o Natal faz isso com as pessoas".

Ali com certeza tinha coisa!

Rony já havia aberto a maioria de seus presentes e já vestia sua nova suéter marrom tijolo. Harry e eu terminamos de descer as escadas e nos juntamos a ele para abrir os nossos presentes também.

Além de um kit completo para a minha saúde bucal (presente dos meus pais), eu ganhei uma cesta enorme de produtos da linha Bruxa Maravilha da loja de logros de Fred e Jorge, uma caixa com doces da Dedosdemel dados por Rony, uma linda suéter da senhora Weasley, e uma... caixa vazia de Harry.

– É para você - disse-me entregando uma caixa com um lindo embrulho cor de rosa

– Harry, eu disse que não- parei no meio da frase ao sentir que nada havia ali dentro

Ele riu da minha expressão confusa.

– Você disse que não queria que eu gastasse dinheiro com você, assim como eu pedi o mesmo- disse - então, eu guardei nessa caixa todo o amor que tenho por você, junto com milhões de beijos. Sempre que se sentir sozinha, eu quero que abra essa caixa e lembre-se de mim, cada vez que você abri-la será como se eu estivesse te dando um beijo e uma pequena dose do amor que eu sinto por você. Essa caixa será um... substituto para quando eu não estiver por perto...para cuidar de você, para te abraçar e te dizer que tudo irá dar certo... - terminou com a voz embargada e um sorriso triste mas sincero.

Não sei porque, mas quando Harry me disse isso, eu me senti como se a minha felicidade estivesse prestes a ser tomada de mim, foi como se eu fosse realmente precisar daquela caixa em um futuro não tão distante.

– Ah Harry... eu... eu te amo mais que tudo nesse mundo - disse abraçando-o com toda a foça que pude, como se aquilo pudesse impedi-lo de me deixar algum dia

– Eu também te amo minha vida - suspirou ele em meus cabelos

– Ei, vocês dois, hoje é Natal, será que dá para espantar esse clima triste pra outro dia ou está difícil? - disse Ron ás nossas costas

– Você está absolutamente certo Ronald - eu disse soltando-me de Harry e reaproximando-me da enorme árvore de Natal perto de onde Rony estava sentado no chão.

– Ora, é claro que eu estou, afinal, eu sou genial não é mesmo? - disse Rony e todos rimos

– Harry, você não vai abrir seus presentes?

– Ah claro, estou ansioso para ver o que os Dursley me mandaram - disse ele sarcasticamente

Harry veio até a árvore e pegou os presentes que tinham seu nome abrindo-os um por um

– Uma suéter Weasley, um boné dos Head Cannons, ei valeu Rony - disse e o ruivo acenou - e, o melhor presente de todos: uma palmilha de tênis velha e com um buraco no meio, com um chulé desgramado mandado pelos meus queridos titios.

– Cara, você tem sorte, nunca se sabe quando vamos precisar de uma palmilha de tênis com um chulé que pode derrubar um trasgo - disse Ron não se aguentano de rir

– Realmente nunca se sabe – repetiu Harry irônicamente

O presente que eu comprei para Harry não estava ali, eu entregaria para ele pessoalmente mais tarde...

O café foi animadíssimo, Hagrid havia colocado as habituais árvores de Natal no Salão Principal, e a decoração estava impecável, pequenos anjinhos de gelo voavam por todo o salão. Estava caindo uma neve branquíssima, que se dissolvia magicamente antes que pudesse chegar ás mesas. Os professores estava com seus trajes normais, com a exceção de Hagrid que usava o seu melhor (e horrível) terno e do diretor que estava com um gorro vermelho de Papai Noel em sua cabeça branca e usava roupas verdes que faziam com que ele se parecesse com uma árvore de Natal viva. Eu estava começando a achar que o Rony tinha razão quando dizia que o velho era biruta.

Harry, Rony e eu nos sentamos e tomamos nosso café da manhã com um Neville um tanto abobalhado.

– O que houve Neville? - perguntou Harry

– Eu... visgo... Luna... visgo... beijou

– Hã? - olhei questionadoramente pra Harry querendo uma tradução, mas tudo que recebi foi um olhar tão confuso quanto.

Quando desviei os olhos para a mesa da Corvinal, Luna olhava para Neville com um olhar tão abobado quanto o do garoto. Luna corou furiosamente ao me pegar olhando para ela enquanto ela encarava Neville. Será que aconteceu o que eu estava pensando?

Luna havia confidenciado-me há algumas semanas que ela estava gostando do Neville. Antes que a corvinal pudesse desviar o olhar, eu lhe lancei um olhar significativo, uma comunicação silenciosa. Ela pareceu ter entendido perfeitamente, então acenou corando novamente e abaixou-se para escrever algo num pedaço de pergaminho.

Com um pequeno feitiço, o bilhete desapareceu da mesa da Corvinal e apareceu bem á minha frente.

" Hoje mais cedo, quando ninguém tinha acordado ainda, eu estava em um daqueles ataques de sonambulismo, quando Neville vinha das cozinhas com uns doces nas mãos e esbarrou em mim. Nós dois caimos no chão e eu só me lembro de ter acordado e ter visto um visgo pairar acima de nossas cabeças logo antes de Neville me beijar e sair correndo em seguida. Eu acho que estou apaixonada Mione "


Meu Merlim! Aquilo era ótimo, os dois se mereciam. Amassei o pergaminho e guardei para que ninguém visse, e então sorri radiantemente para Luna que retribuiu e logo voltou a tomar seu café.

Logo após o café da manhã, Harry me convidou para darmos uma volta pelos jardins da escola. Eu levantei-me e o acompanhei.

POV DRACO MALFOY

O café da manhã tinha terminado, eu fui para fora da escola caminhar um pouco para arejar a minha cabeça que estava uma verdadeira confusão. Será que era possível que eu realmente estava apaixonado por uma sangue-ruim? Eu temia que a resposta fosse sim, e eu faria tudo para tê-la, não importava o preço que custasse.

" O Potter que se dane, eu vou mostrar para a Granger o que é ter um homem de verdade como namorado" pensei comigo.

O plano que eu e a Weasley lentamente estávamos pondo em prática, tinha tudo para ser bem-sucedido. Eu já conversara com Hermione pedindo o seu perdão, aquela parte não fora atuação eu realmente queria que ela me perdoasse por tudo que eu fiz, e eu realmente precisava que ela confiasse em mim, caso contrário, o meu plano seria um fiasco.

Hoje á noite a Weasley colocaria em prática a segunda fase, eu estava rezando, pelo bem dela, que ela fizesse tudo direito.

A neve caía em suaves flocos brancos, deixando tudo ao redor com a aparência perfeita de um dia de Natal. Andando pelo jardim, pude ver ao longe Potter beijando a minha Hermione. Minha? Desde quando ela mudara de "a Granger sangue-ruim" para "a minha Hermione"? Eu não queria admitir, mas aquela garota tinha mesmo fisgado o meu coração. E eu que pensava que um coração de pedra não podia se apaixonar! É claro que eu negaria caso me perguntassem sobre o assunto. Um Malfoy não devia descer tanto o nível a ponto de estar saindo com uma sujeitinha de sangue-ruim, mas aquela sensação de que meu coração sempre se aquecia quando estava perto dela, era mais forte do que eu.

POV RONALD WEASLEY

Só Merlim sabia o quanto eu estava feliz por ter me enganado com relação a meus sentimentos por Hermione. Afinal o meu amor por ela, não passava de ciúmes e amor fraterno. Eu descobri isso nas semanas que se seguiram ao início de seu namoro com Harry, eu realmente estava muito enciumado, mas quando dei por mim, percebi que não era nada mais que isso. Quando dei por mim, eu estava apaixonado de verdade, mas por outra garota.

Julie Summers Malfoy

Sim, ela era uma Malfoy, infelizmente. Sua mãe era filha adotiva da ex-esposa de Abraxas Malfoy, o avô de Draco e, consequentemente avô de Julie também.

Julie não usava o sobrenome Malfoy, era renegada pela família por seus pais serem trouxas. Mas, ela nasceu com uma magia forte no sangue, o que me faz suspeitar que sua mãe, apesar de não ter desenvolvido nenhum poder durante a vida, descendia de bruxos. Malfoy fazia questão de negar que era parente dela, sempre virava aquela cara de fuinha quando ela passava.

Julie era maravilhosa, tinha 14 anos, era tão inteligente quanto Hermione, suas notas eram impecáveis. Diferente dos Malfoy's, Julie tinha cabelos tão negros quanto a noite e seus olhos eram de um tom de verde musgo, caramelo e chocolate. Eu poderia jurar que cada vez que eu olhava dentro daqueles olhos expressivos e alegres, eles estavam de uma cor diferente, era quase como se mudassem com o humor dela. Apesar de ser tão linda e simpática como só ela, Julie não tinha amigos, Malfoy cuidara disso por ela.

Aquele idiota ainda me pagaria por fazer a prima sofrer!

Poucos sabiam quem era a sua família, eu, por exemplo descobri quando ela entrou na escola, estava perdida na Estação de Kings Cross e eu indiquei para ela como atravessar a barreia até a platafoma 9³/4.

Como fui burro ao ignorá-la quando ela deixou cair a carta de Hogwarts e eu pude ver seu nome. Teria me poupado longos anos de um amor ilusório por minha melhora amiga. Ah, como eu lamentava o tempo perdido!

Nós ainda estávamos na fase de amigos quando o Natal chegou. Mas, mais cedo ou mais tarde eu teria que contar para Harry e Hermione quem ela era. O meu único medo era que eles rejeitassem Julie depois de saber quem ela era. Julie não podia sofrer mais por ser quem era, ninguém pedia para ser da família Malfoy! Evitei tanto quanto pude contar a verdade para meus amigos, mas eu não aguentaria esconder por muito tempo. Se algo desse errado, eu protegeria Julie de tudo e de todos, afinal, eu devia a ela, quando eu pensei que minha vida tinha desmoronado ao descobrir sobre Harry e Mione, era ela quem estava lá por mim.

POV HARRY POTTER

O meu dia de Natal havia começado perfeitamente bem, logo que acordei, fui ao quarto da minha princesa acordá-la com beijos e a coisa foi mais além do que eu imaginava. Quando a vi com aquela lingerie branca com rendinhas, eu fiquei louco de desejo. O seu corpo era perfeito, ela era linda por dentro e por fora, e melhor do que isso, ela era minha, a minha namorada, o meu amor, a minha vida.

Não estava pensando quando fui até ela e a ataquei daquele jeito, o meu cérebro não mandava mais nos meus movimentos, meu corpo parecia ter vontade própria. Peguei-a no colo e rapidamente estávamos na cama, eu a beijava transmitindo todo o carinho e amor que eu sentia por ela, ao mesmo tempo que meu desejo se sobrepunha fazendo com que eu avançasse mais e mais. Passei minhas mãos por seu corpo, delirando com a perfeição daquele ser maravilhoso que era a minha namorada.

Assustei-me ao senti-la enrijecer embaixo de mim. Será que eu tinha feito algo errado? Será que estava indo rápido demais? Olhei para a sua expressão chocada sem entender o que havia acontecido. Quando me dei conta, que ela estava assustada com a minha varinha pensando que fosse o meu... bem, eu não consegui me conter e comecei a gargalhar auto acabando com todo o clima romântico do momento.

Minha manhã com minha princesa foi maravilhosa, aquele estava sendo o melhor Natal da minha vida, não que eu tivesse muitos outros para comparar, mas mesmo assim.

Estava andando tranquilamente pelos jardins de Hogwarts roubando alguns beijos de Mione que sempre corava quando tinha alguém olhando para nós.

Á tarde, convidei Hermione para irmos á Hogsmead tomar uma caneca de Cerveja amanteigada da Madame Rosmerta, ela sempre adorou aquela bebida, e o tempo frio estava a nosso favor, pois nada seria melhor que uma bebida bem quente. Passamos na Dedosdemel e compramos uma quantidade exagerada de doces, o que eu podia dizer? Não havia como resistir ás delícias da Dedosdemel! A tarde já estava quase no fim quando uma ideia me ocoreu.

– Mione, o que acha de darmos uma passadinha na Casa dos Gritos?

– Não sei não, depois de tudo que aconteceu lá dentro no nosso terceiro ano?

– Ah, vamos lá, é só uma passadinha! - fiz cara de pidão, á qual ela não resistiu e fomos em direção da casa que diziam ser mal-assombrada, quando na verdade era apenas o Remo Lupin quem se transformava em losisomem lá dentro.

Arrastei Mione para um comodo em que nós nunca haviamos estado antes, parecia-se com um quarto. Ao contrário de toda a casa, aquele quarto não havia sofrido a fúria de um lobisomem, ele estava intacto.

– Harry, porque você me trouxe aqui?

– Para namorarmos, ora. - disse com um pequeno sorriso malicioso dançando no canto dos meus lábios.

Encostei Hermione contra a parede e comecei a beijá-la suavemente, colocando os meus braços contra a parede dos seus dois lados, de modo que ela não pudesse fugir. Pedi passagem com a ponta da minha lingua roçando em seus lábios carnudos e macios, que ela logo concedeu. Nossas linguas se enroscavam em uma explosão de calor e prazer. Capturei o seu lábio inferior com os meus dentes, provocando-a. Hermione deixou escapar um pequeno gemido do fundo de sua garganta, corando logo em seguida, o que me deixou ainda mais apaixonado por ela.

– Você não sabe como fica adorável com essas bochechas coradas - sussurei enquanto passava a boca pelo lóbulo de sua orelha causando-lhe um pequeno arrepio

– Não me provoque Potter, você pode se arrepender quando eu reagir - disse ela em uma voz rouca e provocante

– Ah é? E o que você vai fazer comigo? Miar como uma gatinha inocente? - ri provocando-a novamente

– Até mesmo os gatos tem seus mecanismos de defesa - disse enquanto arranhava minha nuca com suas unhas, fazendo-me tremer de desejo - E para a sua informação, eu sou bem mais perigosa que uma gatinha - completou

– Não é o que parece...

Hermione tomou minha provocação como um incentivo e me puxou para cima dela, colando nossos corpos um no outro e enlaçando suas mãos em meu pescoço. O beijo que ela me deu foi diferente de todos os outros que eu já tinha provado, não era delicado como eu esperava, pelo contrário, era selvagem, desesperado. Minhas mãos foram para a sua cintura apertando-a fortemente enquanto ela puxava meus cabelos.

– Mi...mione - gaguejei enquanto arfava

– Shii, você mecheu com fogo e agora está com medo de se queimar? - perguntou

Mione colocou suas pernas envolta do meu quadril cruzando-as em minhas costas, eu apertei suas coxas sedosas e ela beijou meu pescoço me deixando totalmente arrepiado. Eu senti minha ereção se apertando contra minhas calças, foi a minha vez de corar antecipando a reação de Hermione.

POV HERMIONE GRANGER

Eu estava tomada por uma onda incontrolável de desejo. Eu queria Harry para mim, eu queria me entregar a ele por completo. Quando senti algo rígido roçando em minhas pernas, eu não me sobressaltei como tinha feito antes, dessa vez era diferente, eu não estava dominada pelo medo e pela incerteza. Harry era meu, e eu era dele, nós nos amávamos e não havia nada de errado nisso. Parei de beijar seu pescoço e afastei-me um pouco para olhá-lo em seus olhos.

– Dessa... vez não é... a varinha... - disse como quem pede desculpas

Ele estava totalmente vermelho, eu nunca tinha visto Harry envergonhado daquele jeito, era tão fofo, tão lindo. Seus olhos estavam incertos, com dúvida, provavelmente esperando para ver o que eu faria.

– Não, não é a varinha. E dessa vez, eu não estou com medo ou assustada - assegurei-lhe olhando dentro de suas duas esmeraldas. Ele baixou o olhar ainda envergonhado

– Mione eu não quero que você tenha a impressão errada, eu não te trouxe aqui para isso... eu apenas queria namorar, mas... não fui capaz de me controlar... você me deixa louco - terminou a frase em um sussurro quase inaldível

– Não me trouxe aqui para isso? Não é o que parece, afinal isso aqui se chama a Casa dos Gritos por algum motivo você não acha? - brinquei com ele enquanto observava seus olhos se arregalarem

– Mione, eu juro que eu não estava pretendendo te trazer aqui para isso, eu só...

– Você fica muito fofo quando está embaraçado - disse rindo - Relaxe, eu sei que você não me trouxe aqui com essa intenção - tranquilizei-o que suspirou aliviado en quanto eu descia de seu colo e enlaçava minha mão na sua

– Eu te amo - disse ele me dando um beijo

– Eu te amo mais - provoquei

– Isso é uma mentira deslavada - ele riu

– Bem, vamos indo, nós ainda temos que nos arrumar para a festa o Slugorn - disse puxando-o pelo caminho que nos levaria até a entrada do salgueiro lutador, quando chegássemos lá, eu poderia usar um feitiço paralisante para conseguirmos passar.

POV HARRY POTTER

Eu já estava pronto, esperava Hermione na Sala Comunal enquanto ela terminava de se arrumar. Eu simplesmente não conseguia entender como as mulheres precisavam de tanto tempo para se arrumar para uma festa. Já estava ficando impaciente quando ela desceu.

Ela estava deslumbrante!

O tempo que eu fiquei esperando por ela, valeu á pena, e como valeu. Minha linda usava um vestido lilás que lhe caía perfeitamente bem. Seu cabelo estava preso em um penteado complicado e maravilhoso que destacava seus olhos cor de avelã. Fui até o pé da escada e lhe ofereci a mão.

– Você está deslumbrante, como uma deusa - disse pegando sua mão e beijando-a

– Ah, Harry, assim você me deixa sem graça!

– Não falo mais do que a verdade!

– Vamos indo então?

– Sim - coloquei sua mão na dobra do meu braço e a conduzi pelos corredores da escola até a sala do professor Slughorn.

Por onde passávamos, Hermione arrancava olhares de inveja das garotas e de desejo dos garotos. Eu não gostei nem um pouco desses olhares!

– Senhorita Granger! Senhor Potter! Sejam bem-vindos e Feliz Natal! - cumprimentou-nos Slughorn quando chegamos ao baile

– Para o senhor também professor! - disse eu

– Obrigada - disse Hermione ao mesmo tempo que eu

A festa até que estava agradável, apesar de toda a pompa que o professor fazia questão de ostentar. Quase todos os alunos que tinham ficado em Hogwarts para o Natal estavam presentes ali naquela sla um pouco lotada e claustrofóbica. Haviam algum bruxos tocando uns instrumentos estranhos, a música que saía dali parecia um mistura entre Beatles, Guns n' Roses e uma banda bruxa que eu não conseguia identificar, eu posso dizer que era estranho, no entanto era um melodia dançante.

– Concede-me a honra desta dança madame? - perguntei a Hermione fazendo uma mesura

– Esta noite você pode ter quantas danças quiser!

– Olha que eu posso abusar disso - disse enquanto a puxava para o centro da pista de dança.

Hermione dançava muito bem, ao contrário de mim que era super desastrado. Nós rodopiávamos felizes rindo um para o outro, não nos importando com quem pudesse estar nos observando. Paramos de dançar na terceira música, Hermione provavelmente devia estar com os pés um tanto machucados em decorrência dos meus pisões.

– Vamos no assentar ali - disse ela puxando-me para uma mesa no canto da sala

– Eu vou buscar algo para nós bebermos, você quer?

– Seria bom

– Olá, Harry, Mione! - disse uma voz ás minhas costas

Virei-me e dei de cara com um Neville todo sorridente de mãos dadas com Luna

– Olá, como vão vocês?

– Nós vamos mais do que bem, não é mesmo Luna? - disse Neville fazendo Luna nos olhar embaraçada

– Vocês estão...? - perguntou Mione olhando para Luna que assentiu timidamente

– Ah, meus parabéns! - disse eu apertando a mão de Neville enquanto Hermione abraçava Luna

POV HERMIONE GRANGER

Luna e eu ficamos conversando na mesa enquanto Harry e Neville saíram para buscar algo para comermos e bebermos.

– Oh, Luna eu estou tão feliz por você! - exclamei animada

– Sim, eu também estou radiante - disse com um sorriso brilhante - em um momento eu esbarro com o Neville depois do almoço e no outro... bem, nós estávamos nos beijando e ele se declarou para mim, dá para acreditar?

– Isso é ótimo, afinal de contas ele também já era a fim de você

– Com licença, será que eu posso pegar a sua amiga emprestada? - disse uma voz familiar se dirigindo a Luna.

Era Malfoy.

– Draco? - perguntei atônita

– Será que eu posso ter uma dança com você? - perguntou ele

– Eu não sei se é uma boa ideia...

– Vamos lá Hermione, como amigos - disse ele

Olhei para Luna que me deu um olhar que dizia "dançar não mata ninguém"

– Tudo bem, mas só uma!

Ele pegou a minha mão e me guiou para a pista de dança.

– Permita-me dizer que você está linda hoje! - disse ele educadamente

– Err... obrigada

– O Potter tem sorte de ter uma namorada como você, pena que eu nunca terei essa sorte de novo - murmurou ele

– Se me chamou aqui para falar sobre o passado, eu vou voltar para a mesa - avisei

– Desculpe, não tocarei mais no assunto. Mas, como está sendo o seu Natal?

– Esplêndido, e o seu? - perguntei por educação

– Não tão bom assim, mas até que está sendo legal - disse ele

Malfoy me guiava pela pista como se deslizássemos, não era como se eu esivesse dançando, eu parecia estar andando normalmente.

– Posso te fazer uma pergunta? - ele olhou para mim com aqueles olhos azuis cinzentos

– O quê? - perguntei

– Sabe quando... eu te pedi desculpas e disse que queria ser seu amigo?

Assenti

– Eu só queria saber se... existe alguma possibilidade disso acontecer - completou ele hesitante, esperando a minha resposta

– Eu andei pensando muito sobre o que você me disse e, percebi que todos merecem uma segunda chance

– Amigos então? - perguntou ele com um largo sorriso

– Sim, mas nem pense em pisar na bola comigo Malfoy, ou eu juro que nunca mais te perdoarei - disse com uma voz perigosamente calma.

Assim que a música acabou, Draco me levou de volta para a minha mesa onde Harry me olhava com uma expressão de satisfação no rosto, como se aprovasse eu e o Malfoy sermos amigos. Malfoy beijou a minha mão e virou as costas com um "Feliz Natal!" e um aceno de cabeça para Harry.

– Fico feliz que vocês fizeram as pazes! - disse Harry assim que me deixei cair ao seu lado

– Porque eu tenho a leve impressão que você tem alguma coisa a ver com isso? - perguntei desconfiada

Ele sorriu descaradamente sem esconder que tinha armado alguma coisa.

– Meu amor, não me leve a mal, mas você é mais teimosa que um hipogrifo empacado quando teima com alguma coisa. Tudo que eu fiz foi sugerir que o Malfoy fosse falar com você.

– E porque você faria isso?

– Porque, por mais que você negue, você se importa com ele, e se fazer as pazes com ele te deixa feliz, não custa nada para mim dar um empurrãozinho nas coisas.

– Harry Potter, você não tem jeito mesmo né?

– Não, eu não tenho - riu ele

Eu observava as pessoas dançarem enquanto bebericava o ponche que Harry tinha trazido para mim. Ao longe, pude ver Ronald com uma garota que não me parecia familiar. Ele parecia realmente sorridente com ela, então supus que ela era a garota misteriosa com quem ele passava a maior parte de seu tempo. Ao me ver olhando, Rony falou algo para a garota e os dois vieram andando em nossa direção.

Quando se aproximaram, eu pude ver que a garota era muito bonita, e aparentava ser uns dois anos mais nova que a gente. Ela tinha cabelos negros e olhos em uma linda combinação de cores.

– Oi gente - disse Ron - eu queria apresentar uma amiga minha para vocês. Harry, Mione esta é Julie

– Muito prazer, Hermione Granger - eu disse estendendo a mão para ela que sorriu tímida. Harry também apertou a sua mão.

– É muito bom conhecer os famosos Harry e Hermione, o Ronald fala muito de vocês dois - disse Julie

– Também é bom conhecer a amiga misteriosa do Ron - sorri para ela

Não sei porque, mas tinha a impressão que Julie e eu nos daríamos muito bem. Ela parecia ser uma garota muito inteligente e divertida. Rony e Julie sentram-se conosco e ficamos um bom tempo conversando. Julie tinha 14 anos, era da Sonserina, mas sua personalidade dizia exatamente o contrário. Rony ficou surpreso quando nos contou que Julie era uma Malfoy e Harry e eu reagimos bem, mal sabia ele que eu estava fazendo amizade com outro Malfoy. Achei estranho o fato de a Gina não estar em nenhum lugar á vista. Quando vimos Dino, ele disse que ela estava com um pouco de dor de cabeça e tinha ficado em seu dormitório durante a festa.

Já estava tarde quando Rony se despediu de mim e de Harry e foi levar Julei até a Sala Comunal da Sonserina. Harry e eu também fomos dormir.

– Tenha ótimos sonhos meu anjo -disse Harry na porta do meu quarto me dando um beijo de boa noite.


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