- Está bem... Você esta me assustando. Diga alguma coisa, Helena! – Nissa exigiu.

Abri a boca, mas nada saiu de lá.

- Vamos... Pronuncie as palavras...

- Eu sou uma deusa.

Nissa olhou bem pra mim, me analisando, acho que ela estava em duvida se eu estava falando sério ou brincando.

- Você a viu, não é? Mamãe, você a viu. – Nissa se debruçou.

- Ela e Eros. Me disseram outras coisas também... – Olhei em seus olhos.

- Conte.

Quando percebi, estava contando todo o meu sonho para o chalé. Eu não achava justo, afinal era a primeira lembrança de meus... pais? Enfim, contei por que eu me sentia culpada, afinal vários de meus irmãos não tinham ganhado nem uma sombra de Afrodite.

- Então... Você é uma deusa? – Um dos meus irmãos mais jovens peguntou.

- Eu acho que pode-se dizer que sim...

- Você não vai embora, né? – Perguntou minha irmã que tinha apenas 8 anos.

- Não, vou continuar aqui! Porque eu iria embora?

- Certo, gente! Tomar banho, arrumar o chalé e tomar café. – Nissa disse.

Encostei a cabeça no travesseiro, mas não voltei a dormir, tinha que encontrar Mark.

...

Bati na porta algumas vezes, mas ninguém atendeu. Abri a porta e praticamente todo o chalé estava lá encolhido em um canto do chalé.

- O que está acontecendo aqui?!

- Vai você. – Murmurou um menininho.

- Vai você Mayson, você é o substituto do Mark. – Murmurou uma menina.

Mas não foi o Mayson e que se levantou, foi Martie.

- Ell, Mark... Mark foi a uma missão. – Ela disse sem graça.

Será que meus ouvidos estavam me enganando? Eu não podia acreditar, ele não tinha me avisado nada.

- O que?

Fui andando sem rumo para traz, ate bater na parede e escorregar até o chão. Tampei o rosto, não por causa das lágrimas que não caíram, mas por causa de meu rosto sem expressão.

- Ell, ele deixou isso para você.

Levantei o rosto e Martie estava me estendendo um papelzinho todo amaçado.

Continua...