Desejos Inconsequentes escrita por Bruno Silfer
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo chegando! Sei que existe um enigma sobre o que o Gaara terá de falar para a Ino quando ela fizer o segundo pedido e este capítulo que vos trago só alimentará essa dúvida, mas ela será sanada logo ^^.
Boa leitura!
Ino nunca ficou tão nervosa quanto naquele momento. Estavam tendo uma conversa tão agradável e um passeio tão, por que não dizer, romântico e logo depois receber uma notícia como essa. Foram o mais rápido possível para o hospital onde ela estava e chegando lá viram os pais da garota e Hinata. Eles se aproximaram da morena, já que ela podia ver o semideus e talvez ele pudesse ajudar.
– Como ela está Hinata? – perguntou Ino nervosa.
– Não sei Ino. eles ainda não deram nenhuma notícia.
– Mas como isso aconteceu?
– Eu estava andando com ela e quando fomos atravessar a rua um carro furou o sinal vermelho. Não deu nem tempo de tentar avisar a ela.
Hinata começou a chorar de novo. O ruivo estava ao lado delas somente observando. Não gostou de saber que a rosada estava mal, afinal tinha uma certa afeição por ela. O medico chega á sala de espera e não dá boas notícias. Sakura estava em estado grave e passaria por algumas cirurgias por conta das diversas fraturas. Depois das operações, quando ela foi transferida para a terapia intensiva, Ino pediu para conversar com o semideus. Se afastaram de todos para que não desconfiassem.
– Como isso foi acontecer Gaara? – a garota ainda estava cabisbaixa.
– É como se diz Ino. Foi um acidente.
– Acidente que poderia ter sido evitado droga!
– Realmente poderia, mas não foi. O pior já aconteceu.
– Você não poderia ter previsto isso?
– Não. A única pessoa a qual eu posso prever o futuro é você e só uma única vez.
– Entendo. – Ino guardou muito bem essa informação. Poderia ser muito útil no futuro.
Gaara ficou muito incomodado em ver a sua protegida triste. Ele prometeu que estaria com ela enquanto ela precisasse dele e naquela hora ela precisava e muito. Resolveu fazer um pequeno agrado.
– Quer vê-la?
Ino se surpreendeu com a pergunta.
– Eles não deixam entrar.
– Você está com um semideus Ino. Acha que não tenho meios de entrar em qualquer lugar sem ser percebido?
– Sério? Pode me levar também?
– Claro. Eu não gosto de te ver assim. Pelo menos você pode se acalmar um pouco.
Ela abriu um sorriso e aceitou a proposta dele. Ele a fez ficar invisível como ele e a deu capacidade de atravessar paredes por alguns instantes. Assim eles entraram na sala onde a rosada estava. Era grande e tinha duas camas. Uma delas, a da direita, estava vazia e a da esquerda continha a garota sedada. Ela estava rodeada de aparelhos e com muitas faixas no corpo. Algumas peças de metal se sobressaíam pele afora, eram resultado das operações para corrigir as fraturas que ela sofrera. A loira estava horrorizada com aquela cena e por pouco não chorou. Vendo o estado da garota Gaara disse:
– Eu sei que é difícil, mas tente ser forte por ela.
Ela viu sinceridade nos olhos dele e sorriu. Ele realmente se preocupava com ela mais do que qualquer homem que conheceu. Em um pensamento rápido, imaginou se algum dos humanos que ele acompanhou quis conhecê-lo de verdade ou ficou hipnotizado demais com o que poderia obter com os pedidos. Não deu tempo de aprofundar esse pensamento quando o viu se aproximar da cama e estender a mão sobre a garota desacordada. Ele passou a mão desde a cabeça até os pés da rosada e depois de respirar fundo disse:
– Realmente o estado dela é muito delicado. Pode ser que ela demore muito tempo para acordar e mais tempo ainda para voltar a ter uma vida normal.
– Desde quando é médico?
– Você ainda não sabe dez por cento do que eu posso fazer.
Nessa hora os aparelhos que estavam ligados à garota reagiram. O contador de batimentos cardíacos acelerou um pouco. O mesmo aconteceu com sua respiração. O semideus deu um pequeno sorriso, imperceptível até para Ino, e confessou:
– Acho que ela sente que estamos aqui.
– Sakura...
Ino sentiu um aperto no coração. Era difícil ver uma pessoa querida sofrendo e não poder fazer nada. De repente surgiu uma ideia: ela poderia sim fazer algo por ela. Ela engoliu em seco, já que aquilo já anunciava um preço alto e disse:
– Quero que a cure.
Gaara olhou para ela sem nenhum espanto. Já a conhecia bem o suficiente para saber que ela faria tal pedido. Se virou, ficando de frente para ela, e perguntou:
– Tem certeza disso?
– Tenho. Será o meu segundo pedido.
Gaara olhou para Sakura e para Ino novamente.
– Qual o custo dele?
O semideus teve uma ideia. Seria aquele custo que o faria ter certeza de algo que o preocupa há muito tempo.
– Eu não poderei simplesmente curá-la. Eu posso transferir os ferimentos dela para outra pessoa. Preciso que me indique alguém para que eu possa enviar os ferimentos dela.
– Então quer dizer que a pessoa que eu escolher ficará no estado que a Sakura agora?
– Exatamente. E sua amiga sairá daqui em perfeito estado.
Ino pensou bem. Não tinha ninguém em mente e não esperava aquele tipo de custo. Enquanto ela pensava Gaara a seguia com o olhar apreensivo, mas não demonstrando.
– Eu aceito. – respondeu por fim o surpreendendo.
– Quem é a pessoa que receberá as lesões?
– Eu mesma.
Ele sinceramente não foi surpreendido com aquela decisão. Mas havia algo que tinha de ser alertado.
– Não poderei fazer isso.
– Como não pode? Eu vou pagar o custo não vou?
Ele respirou fundo e respondeu:
– Eu não tenho nenhuma garantia que essa garota sobreviverá. Se eu passar o estado dela para você, simplesmente você estará correndo o mesmo risco dela. Isso eu não posso permitir. Não vou te deixar morrer por minha causa.
Ino ficou emocionada com tais palavras. Realmente tinha tomado a decisão certa em ignorar os riscos e assumir o amor que sentia por ele. Ele realmente cuidaria dela em qualquer situação. Só que ela não estava satisfeita.
– Então o que eu faço? Não posso deixá-la assim...
– Há uma solução.
– Sério? Qual?
– Eu não posso passar todos os ferimentos dela para você, mas posso passar metade.
– Como assim?
– Eu curo metade dos ferimentos dela e eles irão para o seu corpo.
– Mas vai funcionar?
– Com isso nem você nem ela não correrão risco de morte e vocês ficarão no hospital pelo mesmo período de tempo.
A loira pensou por alguns segundos e tomou a sua decisão.
– Eu aceito.
Gaara então não teve alternativa senão começar o processo.
– Deite na cama vazia.
Ela obedeceu e ficou olhando-o nos olhos nervosa.
– Eu vou começar agora. Como você vai sentir dor se acordada eu vou precisar te fazer dormir para te poupar tudo bem?
Ela assentiu com a cabeça. Ele estalou os dedos e ela entrou em um sono profundo como se estivesse anestesiada. Ele fez o que ela pediu e em pouco tempo o corpo da garota ficou repleto de ferimentos e marcas de arranhões e pancadas. Ele não gostou nada de vê-la assim, mas foi ali que encontrou a certeza que ele procurava. Por bem, ele tocou o alarme de emergência para que os médicos vissem Ino ali no quarto e cuidassem dela também. Antes deles chegarem, aproximou-se da cama onde ela estava e sussurrou em seu ouvido.
“Você é forte Ino. Vai sair dessa e também sei que vai suportar o que terei que te dizer quando sair daqui.”
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