Não esperando nada, Emma se levantou e correu para o banheiro para ajudar o coitado. Estávamos a sós, de novo, eu e Louis. Quero um lugar para enfiar minha cabeça logo, o mais rápido que pUder.

- Adorei o que você fez, só espero que isso não cause nenhum dano ao meu garoto. – riu – Porque fez isso?

- Na verdade, eu não sei muito bem. – falei tentando disfarçar.

- Fala, boba. - fez um biquinho lindo, que eu queria beijar mais que tudo nesse mundo.

- Quando eu ouvi você falando sobre sair uma próxima vez, acho que tive um treco.

- Ah sim - riu. - Mas por que? Você não quer sair com a gente outra vez?

- O QUE? NÃO, É CLARO QUE EU QUERO, É QUE...

O Louis voltou a rir. 

- Bobo. - ri junto.

O Zayn e a Emma voltaram e se sentaram.

- Seu olho ta meio vermelho, ai cara, desculpa mesmo, de verdade, alguém me arranja um revolver, vou dar um tiro em mim.

Todos riram.

- Tá tudo bem, essas coisas acontecem, só tá ardendo um pouco, já passa.

- Só não fica cego, senão eu tô fudida. 

Voltamos a rir.

Ficamos bebendo e conversando por um bom tempo, que nem nos demos conta de que as horas passavam. Mas não ligávamos, estávamos em boas mãos, nas mãos dos nossos sonhos. Zayn e Emma já estavam num clima tão grande que quase que eu saía da varanda, carregando o Louis, para eles poderem ficar à sós. 

Mas nem precisávamos, eles as vezes começavam à conversar entre si e nem se lembravam da nossa existência. 

- Eu vou descer para pegar alguma coisa para comer, estou com fome. Vem comigo, Vi? – Louis perguntou e depois piscou para mim, virando a cabeça para o casalzinho apaixonado.

Me levantei e saímos do quarto. A casa já estava bem mais vazia, haviam apenas algumas pessoas, que ainda dançavam, bebiam e se beijavam. Era a maior farra. 

Fomos até a cozinha e peguei um pouco de água, enquanto o Louis procurava alguma coisa para comer. Acabou pegando pão e nutela. Ele tinha mesmo que me fazer ficar na vontade de comer um dos doces mais gostosos do mundo?

- Você quer, Vi? 

- Louis, eu já comi muita coisa fora da ordem hoje... – ele me olhou com uma cara de cachorrinho pidão – Tá. Só um.

- Acho que realmente estou fazendo milagre em você, heim, Vi? – sorriu me entregando um pão com nutela. 

- É, acho que sim. - ri enquanto comia

- Desencana com isso de comida. Você tem um corpo bonito, é só fazer excercícios e não esquecer de comer todas as cenouras do prato. - ele sorriu

- Vou pensar nisso. - sorri de volta.

Ele passou um dos braços no meu ombro e saimos andando de volta para o quarto, cada um com um pão na boca. As pessoas me olhavam como se quizessem me devorar. Mas foda-se. Louis Tomlinson tá com um dos braços no meu ombro. Quando chegamos no quarto estava rolando uma das cenas mais fofas que eu vi na vida. O Zayn estava sentado do lado da Emma, com uma dos braços também por cima de seus ombros, e com o outro apontando para algo no céu. Ela se espremia pra perto dele, afim de ver o que ele estava apontando. Não me contive, tirei o pão da boa e soltei um:

- AAAAAAAAAAAAAWNNNNNNNNNNN.

Os dois viraram assustados e o Louis começou a rir. Sério, alguém precisa me arranjar um buraco aonde eu enfie minha cabeça por toda a eternidade.

- Acho que eu devia ter ficado calada, eu acho que estou quase saindo do quarto de novo. – falei para o Louis.

*

- Enfim, Emma, vim te chamar, para irmos embora... – suspirei – A gente tem que dormir, amanhã temos aquele compromisso, lembra? 

- Que compromisso? – falou tentando se lembrar.

- É, que compromisso? – o Zayn perguntou interessado.

- A gente tem que fazer aquela música, Emma, lembra que a gente prometeu tocar naquele aniversário da nossa avó. Íamos ensaiar, para fazer um vídeo e enviar para ela.

- É verdade... Que horas são? – suspirou enquanto olhava no relógio do quarto do Zayn, que por acaso tinha uma foto dos meninos da banda, num dos momentos fofos – São só duas e meia?

- São só duas e meia... – concordo o Zayn.

 - Podemos ao menos deixa-las em casa? – o Louis se ofereceu. 

- Louis, me diga uma coisa, você quer que a Viollet tenha um ataque do coração? - perguntou a Emma

- Porque isso? – ele perguntou.

- Puta que pariu, Emma. – suspirei – A gente realmente precisa ir. 

- Então acompanharemos vocês. – Zayn falou convencido – Já é tarde, não podem ir para casa sozinhas. Mesmo que estejam de carro. 

- Zayn, porque você não fala logo que quer acompanhar a Emma porque quer ficar perto dela por mais tempo que der? - brincou o Louis

- Cala essa boca, babaca. - riu o Zayn.

Antes de sairmos, os meninos colocaram seus tênis e o Zayn, uma camisa. Trancaram a porta e saimos, mas antes disso os meninos foram falar com alguns empregados para se certificar que todos fosse embora e para fechar a casa caso eles voltassem tarde. Entramos no carro, e a Emma foi dirigindo, já que era a mais sóbria de todos nós. O Zayn foi na frente com ela, claro. O Louis sentou bem perto de mim e encostou a cabeça no meu ombro. Fiquei vermelha na hora. A Emma abriu o teto do carro, e seguimos em silêncio, apenas observando as poucas estrelas que ainda restavam no céu. Não demorou muito até que chegassemos, a casa deles ficava só cinco quadras depois da nossa. O Louis tinha adormecido no meu ombro. A Emma parou o carro na garagem e eu fiquei sem saber o que fazer. Ele estava tão perfeitamente lindo dormindo no meu ombro, eu não queria acorda-lo.

Fiquei olhando para ele por alguns segundos e apenas depois que notei que a Emma e o Zayn já haviam saído do carro. Decidi acorda-lo.

- Louis, Louis, acorda, nós chegamos, lindo. – falei baixinho, tentando acorda-lo da forma mais fofa que existe, sendo carinhosa.

- Já, já chegamos? – falou esfregando os punhos nos olhos, para conseguir abri-los.

- Sim. – sorri.

 Quando ele foi tirando a cabeça do meu ombro, notei que ele tinha babado um pouco e ri, limpando a baba. Ele ajeitou seu cabelo e sorriu para mim.

- Incomodei muito? 

- Não mesmo, Lô. – sorri e descemos do carro.

 Quando chegamos na parte da frente da casa, notei que a porta já estava aberta, muito provavelmente a Emma já havia carregado o Zayn para dentro de casa. Sorri e entramos. A casa estava tão arrumada, mal me lembro da última vez que fizemos uma festa, acho que três meses atrás, no mínimo. 

- Que casa diferente da minha, a tua, Vi, tão arrumadinha, seu quarto também é assim? – perguntou com cara de safado.