Sasuke

Sasuke não tinha esquecido a Sakura, mas tentou seguir em frente com alguém que realmente o amava, Karin. Haviam começado há namorar algum tempo depois de seu rompimento com a Haruno e agora ele e a ruiva eram noivos. Tinha visto Sakura na faculdade neste dia e a imagem dela não saia de sua cabeça. Tentou parecer normal, mas sua noiva percebeu. Achou que Karin, o conhecia melhor               que ele mesmo.

                -Ahn Sasuke, esquece ela tudo bem? Já faz um ano... Vamos. – Ela dizia e ele simplesmente assentiu. Se deitou ao lado da futura mulher e adormeceu rapidamente.

                No dia seguinte levantou e foi até o banheiro. Tomou um banho relaxante e assim que ia sair do banheiro escutou a voz de Karin sussurrar algo. Encostou-se à porta querendo ouvir o que dizia.

                –Sim, ele ficou incomodado por causa dela. Não acredito que ele ainda pensa nela, mesmo depois de tudo o que ela fez... Ou melhor, mesmo depois de tudo o que ele pensou que ela fez... – deu risadinhas depois disso e Sasuke franziu a testa. Como assim tudo o que ele pensava que ela tinha feito? Apertou mais o ouvido na porta desesperado para ouvir mais. – Sim, ele realmente acreditou no boato que eu inventei. Sim! Concordo com você... Ele é um idiota. Mas bem feito pra retardada da Sakura também, ela quis roubar o meu homem e se ferrou... E ele não acreditou nela. Também, o boato que eu inventei foi à melhor idéia que eu já tive.

                -Mas o que...? – disse baixinho. Se desencostou da porta e abriu a mesma. Karin balbuciou qualquer coisa e desligou o telefone.

                –Amor... Oi

                –Não em venha com amor. Como assim o boato que VOCÊ inventou?!

                –Você entendeu errado amor...

                –Não entendi não! Você incriminou a Sakura, só pra ficar comigo... Você é uma... É uma... idiota! – Ele cuspiu as palavras e saiu do quarto. Karin tentou ir atrás dele, mas ele foi mais rápido e alcançou seu carro.

Dirigiu o mais rápido que pode até a casa de Sakura e tocou a campainha.

                Ninguém abriu a porta, mas ele se sentou na frente da mesma esperando que Sakura voltasse. Quando era seis horas da tarde ele resolveu tentar entrar na casa da rosada, girou a maçaneta e teve sorte... A porta estava aberta. Ele andou pela sala e gritou algumas vezes o nome da Sakura, não obtendo resposta. Sentiu uma enorme sede invadir o seu corpo e foi até a cozinha. Arregalou os olhos ao ver Sakura deitada no chão, seu braço e lateral do corpo banhados de sangue. Uma faca próximo ao corpo caído no chão. Seu braço todo cortado e um envelope caído sobre o corpo.

                Ele rapidamente pegou o telefone e ligou para a ambulância que chegou rapidamente na casa. Eles examinaram rapidamente o corpo inerte da rosada e constataram que era tarde de mais. Sakura estava morta. Morta. Uma culpa enorme invadiu o corpo de Sasuke. Ele tinha certeza que foi culpa dele ela estar morta agora. Ele não acreditou nela... Não confiou na amada e agora ela estava morta. Por pura idiotice sua, a garota que sempre amou se matou e ele nada poderia fazer.

                Pegou o envelope e guardou no bolso da calça, não tinha coragem de lê-lo naquela hora. Ele não queria que tudo terminasse daquele jeito. Ele queria ela, ele só amava ela.

O corpo foi enterrado, naquela mesma tarde ao lado de onde seus pais estavam, Sasuke não acreditava que estava enterrando a garota mais linda que já viu. Se ela estava morta ele também estava.

                Estava sentado em seu sofá. Não sabia o que fazer ou o que pensar. Se lembrou vagamente do envelope que tinha recolhido e subiu para seu quarto. Pegou a calça jogada no chão e pegou o envelope. Voltou para a sala e se sentou no sofá. Pensou um pouco e abriu o envelope ainda um pouco relutante no qual estava escrito com uma letra feia “Sasuke”.

                Seu coração disparou só em imaginar qual era o conteúdo daquela carta, abriu o envelope e correu rapidamente os olhos pela letra feia, mas legível e voltou ao inicio da carta e começou a ler:

                “Querido Sasuke

                Vi você pedindo a Karin em casamento. Mesmo você não acreditando em mim eu repito que eu não fiz nada pra você, eu nunca faria aquilo com você, mas agora já é tarde demais, cansei de ser humilhada e de ficar chorando por ai...

                Eu tentei te esquecer, seguir em frente, e eu até que consegui... Arranjei um namorado sabia? Ele é um cara legal, mas eu te amo, e ninguém vai substituir isso...

                Você não merecia ser o motivo da minha morte, mas não posso dizer me enganar... Não consigo viver sem você... Dói saber disso... Mesmo...

                Queria que você tivesse acreditado em mim antes... Eu te odeio... Mas eu te amo mais ainda... Queria poder ficar ao seu lado...

                Com amor,

                 Sakura Haruno”

Lagrimas correram por sua face. Ela não devia estar morta... Não por ele... Sentiu que precisava fazer alguma coisa e involuntariamente se levantou e foi para a cozinha. Não sabia o que iria fazer, só sabia que deveria fazer algo, a dor em seu peito era absurda.

Pegou uma caneta e escreveu uma pequena frase em uma tirinha de papel. Abriu uma gaveta e pegou uma faca. Cravou a faca em seu tórax e caiu no chão imediatamente. Estava morto... E se orgulhava de ter feito isso pela mulher que amava... Caiu um pequeno papel sobre seu peito deixando a amostra uma bela caligrafia... A caligrafia formava a pequena frase “Agora você pode ficar ao meu lado... Eu te amo, minha pequena”