Ai, acordei com alguma coisa batendo em minha cabeça, abri os olhos devagar e vi Rachel dormindo como um anjinho na minha frente e bem colada em mim como sempre e eu adoro isso. Ai, novamente tacaram algo na minha cabeça, levando os olhos e olho furiosa para a porta a vejo Alice mais pra fora do quarto do que tudo. Ela chegou mais perto da porta e perguntou quase que num sussurro:

 - Hey você ta de roupa? – eu fiquei a olhando com uma mega cara de desentendida e ela continuou – é que já é tarde e eu realmente preciso que vocês me levem para o aeroporto e os pais da Rach já ligaram aqui pra confirmar que vocês iam levar eles ao aeroporto também e toda aquela coisa... – ela olhou para o chão e continuou – eu precisava acordar vocês, mas não sabia se estavam vestidas então resolvi jogar minhas bolinhas de tênis em você.

 - Argh Alice como você é tonta garota, claro que eu estou de roupa – eu disse me levantando da cama com cuidado para não acordar Rachel – vai pra cozinha e prepara algo pra gente comer que eu e a Rach já estamos indo pra lá.

 - Ok – ela disse e saiu do quarto fechando a porta.

 Fui na minha parte do guarda-roupa e peguei um vestido qualquer e um sobretudo para colocar por cima, o inverno está chegando e inverno aqui em New York é igual ao um frio desgraçado. Terminei de colocar o vestido e fui caçar uma melissa qualquer para eu vestir, enquanto procurava algo embaixo da cama vi Rachel acordando e me olhando com uma carinha muito engraçada.

 - Caiu da cama amor? – ela me perguntou.

 - Não bobinha – eu disse me levantando um pouco e me apoiando na cama para lhe dar um beijo de “bom dia” – na verdade eu estou procurando uma melissa pra mim. E eu acho que você deveria se levantar, pois estamos atrasadas para levar Ali e seus pais para o aeroporto.

 - Ai Barbra do céu é verdade – ela disse dando um pulo da cama e correndo para o banheiro.

 Eu ri com a cena e voltei a procurar minha melissa

_x_

- Tem certeza que você não quer ficar na casa dos meus pais Ali? – Rachel perguntava isso a Alice pela enésima vez enquanto eu dirigia o carro a caminho do aeroporto.

 - É Alice, temos dois quarto sobrando lá, não seria incomodo nenhum você ficar lá esses três dias com a gente – disse meu sogro Leroy.

 Sogro... será que eu já podia chamar eles assim? Não sei, mas é tão bom poder fazer isso. Automaticamente me desliguei da situação que estava acontecendo no carro e fiquei pensando na Rachel, em nos e uau, depois de tudo o que eu fiz a ela (eu sei ela disse que me perdoou, mas eu nunca me perdoei de verdade por isso) eu agora posso chamá-la de minha namorada é surreal demais, digo eu amo Rachel desde o momento que eu a vi, mas saber que eu estou bem pertinho de fazer ela me amar também é incrível e como eu disse surreal ao mesmo tempo. Fui tirada dos meus devaneios com a fofura da minha irmã me dando um tapa na cabeça, a encarei pelo retrovisor e ela gritou comigo:

 - Sua tapada eu to te chamando há séculos, você passou do estacionamento – quando ela disse isso eu me toquei e fiz o retorno, nem tinha percebi que estava divagando há tanto tempo.

 Rachel agarrou o meu braço e colocou a cabeça no meu ombro dizendo: - Não enche ela Alice. – eu sorri e lhe deu um beijo no topo da cabeça e pude ouvir meus sogros dizendo um “aawn que fofura” e Alice bufando. – Aqui tem uma vaga meu amor – Rach disse naquele tom doce que eu tanto amo apontando para o local da vaga, eu estacionei o carro e me virei para traz.

 - Então Alice, pode sumir do carro agora – eu disse sorrindo do meu melhor jeito bitch pra ela – eu sei o quanto você está doidinha para ir pra Lima – ela não queria ir para lá, mas estava indo, então acho que o motivo tinha que ser muito bom.

 - Bom... acho que vocês duas deveriam ficar no carro e eu e os senhores Berry vamos para o embarque... – ela viu a minha cara de desentendida e completou – olha, eu entendo muito bem de “romances escondidos” – ela fez aspas no ar – e acho que vocês duas saindo daqui sozinhas no meu carro que por acaso acham que é seu Quinnie só vai piorar os rumores e pelo que eu sei a mini Barbra não quer isso.

 Eu olhei para Rachel e no mesmo instante ela olhou pra mim, me dói dizer, mas Alice tem razão, Rach ainda não quer tornar as coisas publicas e eu realmente respeito à vontade dela.

 - Então acho que é aqui que nos ficamos estrelinha – disse Hiram lançando um olhar meio triste para Rachel.

 - Eu vou sentir saudades de vocês papais – Rach disse tentando dar um abraço neles devido ao fato que ela estava no bando da frente e eles atrás – e eu prometo que irei visitar vocês o mais rápido possível.

 - É e saudade de mim ninguém sente né – disse Alice em tom de brincadeira tentando amenizar o clima de tristeza que estava tentando se instalar no carro.

 - Awn eu vou sentir muita saudades de você Holly – eu respondi no mesmo tom.

 - Tudo bem, tudo bem antes que vocês alaguem meu carro com as suas lagrimas vamos logo – Ali disse saindo do carro e se direcionando ao porta-malas.

 Rachel e seus pais trocaram mais alguns beijos e abraçosos e eles saíram do carro.

 - Hey não façam nada no meu quarto entenderam – Ali disse arqueando a infame sobracelha – e mais uma coisa, se eu descobri que uma de vocês entrou no meu quarto secreto ao mato as duas – ela disse sorrindo, eu e Rach nos entreolhamos e rimos. – eu amo vocês e daqui a três dias venha me buscar Gasparzinho.

 E ela saiu correndo atrás dos pais de Rach. Bem agora finalmente vou ter o meu momento a dois com a Rachel e digamos que eu vou aproveitar muito bem esses momentos.

________Alice’s POV________Zz________________

Aaah graças ao bom Deus eu sai daquele maldito avião. Infelizmente meu vôo foi duas uma hora depois do dos Berrys, ou seja, terei que pegar um táxi até o meu destino.

 Trinta minutos depois e aqui estou eu, parada na frente da grande casa com um grande gramado com lindas flores e uma cerca branca bem fofinha. Respira fundo Alice e toca a porcaria da campainha, é simples. Ok, um, dois, três e ai vou eu. Caminhei passos lentos até a porta e bati.

 - Alice, você aqui?!

 - Pois é senhora, o que eu prometo eu cumpro – eu disse sorrindo e colocando a mão nos bolsos.

 - Mas eu não imaginei que você chegaria tão cedo, digo são seis horas ainda e eu pensei que você fosse chegar à noite e... – eu tampei a boca dela.

 - Credo, você ta até parecendo a Rachel agora – eu disse rindo e arrastando minha mala para dentro da espaçosa casa. – bem, na verdade é ela que se parece muito com você, mas isso a gente não precisa ficar lembrando né.

 - Faz quase quatro meses que eu te vi e o mesmo comportamento bobo de sempre – ela disse me fazendo rir.

 - Qual é senhora, faz mais de seis anos que você me conhece e eu não mudei, não vai ser agora que isso vai acontecer – eu disse pegando uma maça da fruteira e dando uma bela mordida.

 - Abusada como sempre também Alice – eu sorri deixando escapar um pouco da maça que estava mastigando e Shelby começa rir, uma risada muito escandalosa – e também nojenta como sempre – ela disse enquanto limpava as lagrimas dos olhos.

 Antes que eu pudesse responder uma menininha com uma linda cabeleira loira entra correndo sala com um cachorro logo atrás e vem na minha direção sorridente: - titia Alice!

 -Hey baixinha – eu digo a pegando no colo e rodando com ela pela cozinha – sentiu saudades da titia Ali?

 - Não me chama mais de baixinha – ela disse enquanto eu a colocava no chão – eu to quase do seu tamanho olha – ela dizia pulando tentando alcançar a minha altura e eu só ria.

 - Beth meu amor, sobe pro seu quarto, vai se preparar para tomar banho e depois desça para jantarmos ok – a loirinha acenou com a cabeça a saiu pulando com o cachorro atrás dela.

 - Cachorro, essa é nova – eu disse me sentando na bancada e observando Shelby preparando o jantar.

- Pois é, ela achou esse filhotinho de bulldog inglês uma gracinha e então resolvemos adotá-lo. – esse “resolvemos” no plural, inclui o marido de Shelby, Jack Karev, um grande ex-jogador de baseboll que se aposentou e agora treina o time da Lima University, ele é um cara bem bacana e bonito, ele trata minha Beth e Shelby como verdadeiras rainhas então o cara ganhou o meu respeito.

 - E qual é o nome? – eu perguntei e dei outra mordida na maça.

 - Beth que escolheu, é Fred. Ele é um bom garoto e Beth o ama.

 - Eu acho que sei de onde ela tirou esse amor por animais – eu pensei alto demais e Shelby me olhou com uma cara interrogatória – Quinn e eu – eu dizia enquanto engolia em seco – tínhamos um husky siberiano que se chamava Johnny. Ele era mais dela do que meu, mas mesmo assim eu amava aquele cachorro, quando ele morreu, eu jurei que nunca mais teria outro cachorro.

 Shelby deu um sorriso meio torto e voltou a cortar a cebola. Passado alguns segundos no puro silencio eu perguntei: - Será que eu posso te ajudar em alguma coisa?

 - Hmm, você poderia terminar de fazer o arroz pra mim? – eu já saia da bancada e ia lavando as mãos para ajudá-la.

 Passado mais um tempo estava quase tudo pronto, mas eu ainda não havia revelado o meu verdadeiro motivo de ter ido ver Shelby.

 - Hm... é Shelby – ela se virou e me olhou seria – será que da pra gente conversar rapidinho?

 - Claro Ali o que foi, decidiu sair do armário com a sua miss perfeição? – e nesse momento eu realmente me arrependi de ter contado a Shelby quem é a minha namorada.

 - Shelby por favor né – eu disse levemente irritada com a situação. – o assunto é um pouquinho mais serio do que a minha “saída do armário” – ela levantou uma sobracelhe me encarando. Respirei fundo e continuei – Quinn voltou.

 - Eu sei disso, vi fotos dela com Rachel em algumas revistas. – eu a olhei incrédula, ela deu de ombros e continuou – eu sabia que ela ia me procurar na hora certa então, fingi que não sabia de nada e deixei as coisas fluírem... e aqui está você representando Quinn.

 Ok eu ainda não entendia nada, como assim ela sabia e não havia nem ao menos me mandado uma mensagem me xingando por não ter a avisado ou sei lá qualquer coisa. Depois de um tempo a encarando ainda de queixo caído eu continuei: - E você por acaso sabe que ela e Rachel estão namorando?

 - Sim, a ultima vez que conversei com Rach ela deixou isso bem nas entrelinhas pra mim e como eu sou uma mulher muito espertas fui capaz de entender o que ela quis dizer com “Quinn é tão incrível mãe”.

 - Espera ai, Rach não te chama de mãe – ok eu esqueci um pouco de Quinn, mas isso ia me perturbar pra sempre se eu não falasse.

 - Isso é o que você pensa Alice querida.

 - Credo – eu disse tremendo o corpo – você falou igualzinho a Rachel agora, às vezes essa semelhança entre vocês duas me assusta, mesmo eu sabendo que vocês são ‘mãe e filha’.

 - Alice, foco! – ela disse e eu me lembrei que estava ali mesmo era pra falar de Quinnie.

 - Então senhora Karev – ela riu quando eu usei o seu nome de casada – eu andei falando com Quinn sobre Beth... – ela automaticamente parou de colocar os pratos na mesa e começou a prestar atenção no que eu falava – ela disse que escrevia todo o santo dia uma carta pra pequena Beth e todo final de mês ela enviava todas as trinta e poucas cartas para cá, e eu sei que você não abriu nenhuma dessas cartas e quando Beth fez nove você as entregou a ela... Quinn ela – me engasguei com as palavras, isso parecia tão simples, mas pra mim não era. – ela gostaria, se você permitisse, se encontrar com Beth, ter uma conversa, esclarecer algumas duvidas dela ou sei lá mais o que... manter contato, dessa vez pra sempre. – eu fiz uma pausa e respirei fundo pela centésima vez no dia – mas ela disse que só quer fazer isso se tiver o seu consentimento, ela tem consciência de como Rachel ficou afetada quando te viu pela primeira vez e ela não quer que Beth passe muito tempo sem saber quem é a mãe biológica dela ou que seja – bom pra mim isso era simples, eu cresci sem saber ao menos o nome de minha mãe biológica e estou muito bem hoje – e bem, eu basicamente estou aqui representando ela.

 Shelby se sentou numa das cadeiras da bela mesa de madeira que havia em sua sala de jantar, colocou a mão na têmpora e eu pude ver uma lagrima caindo de seus olhos, lagrima essa que ela fez questão de limpar rapidamente.

 - Eu nunca quis que Quinn Fabray saísse da vida da minha Beth, essa é uma das razoes de eu ter contado a Beth sobre a mãe dela – pelo contrario do que eu pensei Shelby não disse as palavras “mãe dela” com nojo ou algo assim foi... normal – eu sempre quis que Quinn fosse ativa na vida de Beth, mas não tão ativa, mas eu a queria por perto pra sei lá, poder ajudar Beth com algum problema que eu não fosse capaz pela diferencia de idade, alguma coisa do tipo.

 Eu puxei uma cadeira para o lado de Shelby e a abracei. – Sabe, as vezes eu queria que você fosse minha mãe – eu disse rindo um pouco tentando amenizar o clima. – você não sabe se tem mais uma filha por ai? – eu disse a cutucando na barriga e ela sorriu pra mim.

 - Sinto muito darling, só tenho Rachel e Beth – ela disse e nos levantamos da mesa e fomos nos arrumar para jantar.

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 -Alice – Shelby me chamou me dando um mega susto, eu tinha acabado de sair do banheiro e estava indo para o meu “quarto” quando ela surgiu sabe-se lá Deus da onde me chamando.

 - Puta que pariu Shelby, quer me matar do coração?

 - Olha os modos menina, temos crianças em casa – ela disse me advertindo. 

 - Eu não estou vendo nenhuma aqui, você está? – eu respondi em tom de deboche – além do mais, Beth já está na cama a séculos.

 - Errado! Ela quer que a titia Ali vá lá colocá-la pra dormir. – ah qual é, quantos anos ela tem, já ta na hora dela ir dormir sozinha né?! Bom, meu corpo ansiava por uma cama quentinha e aconchegante, por isso fiquei olhando para Shelby com o meu melhor olhar “eu não quero fazer isso” – vá logo lá Alice, e aproveita e coloca o assunto no ar com ela.

 Bufei e fui em direção ao quarto com a porta em detalhes lilás da pequena. Ok, não era a melhor hora, mas se a mãe dela acha que eu devo ir falar agora é porque eu realmente devo falar agora.

 - Hey princesinha, que tal uma história? – eu disse entrando no quarto e me jogando na cama junto com ela.

 - Ai tia Ali, eu não sou mais bebê, eu só queria sua companhia pra dormir – ela disse com um sorriso doce que me lembrou o amigo esquisito de Quinn que por acaso é o pai da Beth.

 - Ah mas princesinha, eu tenho uma história ótima e bem legal pra te contar... – eu disse – que tal fazermos assim, eu te conto a história e se você não gostar amanhã eu te levo pro shopping, mas se você gostar eu passo amanhã a tarde inteira jogando x-box com você.

 - Mas tia as duas são legais.

 - Eu sei, e a titia Ali aqui é muito mais legal – eu disse dando uma piscadinha pra ela. – então o que me diz pequena, o que vai ser?

 - Tudo bem titia, conta logo a história.

 Eu me aconcheguei deitando ao lado dela na cama com ela me cobrindo e depois dentando praticamente em cima de mim.

 - Então, essa história começa a exatos dez anos atrás – ela me olhou com os olhos brilhando e eu continuei – havia uma liiiinda princesa com belos cabelos loiros e lindos olhos assim como os seus – ela sorriu – bem, ela entrou num reino do mal chamado Mckinley, entrando lá nossa linda princesa se viu jogada num mundo cheio de bruxas, príncipes, perdedores, alguns guerreiros e o mais importante, ela viu o amor da vida dela. – os olhos de Beth brilhavam mais a cada parte que eu ia contando – os dias foram passando e ela percebendo que o amor que ela sentia por aquele hobbit não passava, só crescia, então ela tomou a decisão mais idiota de sua vida e resolveu se afastar da hobbit e começou a maltratá-la para ver se o amor diminuía, so que na verdade ela a maltratava somente para ter a atenção dela – Beth prestava atenção em cada palavra que eu dizia – o tempo passou e a nossa princesa conheceu um lindo jovem e poderoso guerreiro e em um ato de burrice e desespero decidiu se entregar a ele de corpo e alma, e como conseqüência desse ato ela foi presenteada com um bebê – eu estava assustada com o quão calada Beth estava, ela só prestava atenção nas minhas palavras – como o Rei e a Rainha pais de nossa princesa eram muito maus eles não gostaram dessa idéia de bebê e a jogaram para fora do castelo, a princesa dos lindos cabelos loiros se encontrou sozinha e triste, mas ela achou abrigo e amizade com aquele mesmo hobbit que ela tanto amava mas maltrava, passando os meses o tal bebê, a mais linda princesinha de todo o reino chegou e a nossa princesa não sabia o que fazer com aquela criancinha frágil e linda, então ela resolvei dar o bebê para uma poderosa e bondosa rainha que prometeu cuidar muito bem do bebê. E os anos foram passando e a nossa princesa cresceu e virou uma verdadeira rainha curandeira, mas ela tinha um grande desejo, o desejo dela era encontrar com o seu bebê que agora já não devia ser mais um bebê e tentar fazer as pazes. Ela tinha tudo, a hobbit ao seu lado, curava as criancinhas que ela amava, mas a sua bebê era o seu maior desejo. Então um dia ela resolveu voltar ao antigo reino onde morava e fazer as pazes com sua bebê, chegando lá ela encontrou uma linda menininha com os belos cabelos dourados que ela tem, os lindos olhos avelã e um sorriso sapeca que muito lembra o seu antigo guerreiro, ela se aproxima da garotinha e começa a brincar com ela e fazer todas aquelas coisas que vocês crianças gostam – eu disse apertando o nariz de Beth – então a jovem princesinha reconhece aquela mulher e vê no brilho dos olhos dela que ela é a bebê dela e que elas nunca deveriam ter se separado, então a princesinha aceita a mais nova rainha na vida e dela e todos ficam felizes para sempre.

 - Ah titia, esse final foi muito chatinho – ela disse emburrada.

 - Então como você acha que deveria ter sido o final pequena?

 - Bom, primeiro eu acho que a princesinha não deveria ter perdoado a princesa que por acaso é mãe dele assim de primeira – opa, como Beth sabia que a “princesa” era a mãe dela – e segundo faltou um pouco de drama ai.

 - Bom Elizabeth, e se eu te falar que essa história e de verdade?

 - Bom titia eu diria que você está mentindo porque eu sei claramente que não existem princesas e... – eu tapei a boca dela antes que ela começasse um monologo.

 - E se eu te falar que essa é a história sua com a sua mãe Quinn? – os olhos da minha pequena encheram de lagrimas.

 - Eu diria que você está mentindo titia – ela dizia tentando segurar o choro e bem, eu também tentava – Quinn não está nessa pais, de acordo com as cartas dela.

 - Mas ela voltou pequena, e ela quer te conhecer, ter uma chance com você... sabia que ela sofre ter dado você pra Shelby?

 - Porque ela me deu titia? Se ela me ama tanto ela deveria ter ficado comigo! – ela já não segurava mais as lagrimas.

 - Olha pequena, eu realmente não entendo direito desse negocio de “dar” os filhos, mas hey, minha mãe não é minha mãe biológica e eu a amo muito, mas se eu tivesse a chance de me encontrar com minha mãe biológica e fazer todas essas perguntas que eu tenho dentro de mim a ela, eu não desperdiçaria essa chance.

 - Então você acha que eu deveria conversar com ela titia? – ela disse levantando os olhos levemente vermelhos e me encarando.

 - Honestamente – ela balançou a cabeça em forma de sim – eu acho que você deveria dar uma chance pra ela, Quinn é minha irmã e eu a amo demais, sei que ela teve os verdadeiros motivos pra ter deixado você com Shelby. E tudo o que ela mais quer é uma segunda chance. Eai o que me diz, você vai dar a ela essa chance?

 - Uma vez a Rach me disse que todos nos merecemos uma segunda chance. – Rachel, sua filha da mãe – então eu acho que posso sim ter uma conversa com essa Quinn Fabray e tentar conhecê-la.

 - Isso baixinha – eu disse a abraçando – você é tão nova mas já é bem mais esperta que muita gente ai – eu disse e fiz umas cosquinhas nela – mas então, vamos dormir?

 - Você vai dormir aqui comigo titia?

 - Claro amor, agora fecha os olhos e dorme.

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E mais uma vez eu acordo no meio da noite com o meu celular vibrando no meu bolso. Pego e vejo que é o numero de Rachel e atendo rapidamente.

 -Fala baixinha, e seja rápida porque eu estava no meio de um sonho maravilhoso.

- Ali eu estou desesperada e preciso da sua ajuda.

 - Opa Opa, calma ai Barbra, o que ta pegando?

- Quinn e eu, nos... nos.

Eu já estava perdendo a paciência: - Vocês o que Rachel?

- Nosvamosfazeramoressanoiteeunãotenhoamenorideiadoquefazer.

- O QUE? Respira e fala devagar ta – disse me levantando da cama e dando uma olhada no relógio da cabeceira da cama de Beth, ótimo eram meia-noite e alguma coisa.

 - Nos vamos fazer amor essa noite e eu não tenho a menor idéia do que fazer.

- Ah, ótimo agora eu consegui entender – e eu comecei a rir indo em direção ao meu quarto – olha baixinha, relaxa, deixa as coisas acontecerem. Deixa ela te tocar e você vai saber exatamente o que fazer na hora e como fazer. Você vai se sair bem – eu disse confiante.

- Tudo bem, eu vou desligar, ela ta voltando, me deseje sorte Ali. – e ela desligou

 Ótimo, agora vou voltar a dormir porque eu realmente mereço.

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Ah mas que belo dia! O sol está brilhando, mas o frio ainda domina e eu acordei com um humor e agora estou fazendo compras no shopping.

 Parei em uma academia e avisto Puck, aceno pra ele e o mesmo vem em minha direção me dando um abraço daqueles.

 - Eai Santana de olhos verdes, como está? – ele me diz dando aquele sorriso sedutor.

 - Muito bem Noah e você? – ele passa o braço por meus ombros e me acompanha andando.

 - Bem... eai, será que a moça me da a honra em um almoço? – ele disse me dando novamente aquele olhar e sorriso sedutores, tem como dizer não meu Deus?!

 - Claro que sim Puck, mas lembre-se, eu tenho namorada! – eu disse brincando com ele.

 - É, não da pra esquecer que as garotas mais gostosas estão virando lésbicas – e nos rimos.

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Algum tempo depois estávamos no Breadstrix saboreando uma deliciosa macarronada e conversando. Eu adorava Puck, ele é amigo de Quinn e Rachel e particularmente se tornou um amigo meu também, ele era divertido, bonito, boa companhia e tinha uma voz maravilhosa.

 Depois de um tempo estamos saindo do restaurante, eu ia voltar para a casa dos Corcan-Karev ou só dos Karev, sei lá como eles se chamam na real.

 - Então Ali, vê se aparece mais do lado caipira do pais – ele disse sorrindo.

 - Eu prometo Noah. E você trate de ir mais para a selva de pedra ok – e eu fui dar um beijo nele que acidentalmente foi quase na boca e MERDA! Pude sentir flashes.

 Sai dali rápido e fui em direção ao táxi mais próximo, merda, merda, merda! Como foi que eles me acharam aqui nesse fim de mundo. E ainda mais nesse momento meu com Puck. So me resta rezar para minha princesa não ver nada disse e pensar besteira.

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Eu estava jogada no sofá jogando vídeo game com Beth quando “Hunted” começa a tocar alto pela sala, saio correndo e pego o meu celular, era minha princesa. Automaticamente aquele sorriso idiota se forma no meu rosto e eu saio para o quintal vendo a lua brilhando e atendo o telefone.

 - Oi minha linda como você está? To morrendo de saudades! – eu disse rápido.

- Oi? Alice como você teve coragem de fazer isso comigo, de fazer isso com a gente – ela gritava comigo chorando.

 - Fazer o que princesa, eu não fiz nada! – eu retruquei preocupada.

- como assim “o que” Alice, e não venha me chamando de “princesa” – ela tinha magoa na fala, mas o pior era que eu não sabia o porque de toda essa magoa e raiva.

 - Amor, do que você ta falando?

 - De você Alice, eu finalmente descobri o porque de você não querer revelar o nosso namoro para o mundo, você me traia Alice – nessa hora meu mundo parou, como assim ela acha que eu a traio? – todo esse tempo eu me dediquei unicamente a você, te amei inteiramente e ganho o que em troca? Você me traindo, falando que me amava, MENTIRAS Alice eu ganhei mentiras em troca! Mas agora você não precisa mais se preocupar comigo, TA TUDO ACABADO, não me ligue, não me procure, NÃO PENSE EM MIM. Agora você está livre pra seguir com seus amantes.

E ela desligou. Mas como assim ela acha que eu a trai? Pera ai, ela terminou comigo? Me sentei no chão, me encolhi e comecei a chorar.