Uma Segunda Chance escrita por Carlie Volturi


Capítulo 2
A esperança de uma salvação


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem meus anjos!



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Meu irmão estava tentando me consolar, e falando sempre:

-Shh... Eu estou aqui... Nós vamos ficar bem... Shh...

Nós dormimos no chão úmido e frio do calabouço com os braços e pernas acorrentadas, foi difícil, por causa da fome, do frio, das correntes incomodando... E tudo mais. A noite passou rapidamente, como se tudo em nossa volta desejasse a nossa morte. Algo foi arrastado para dentro do calabouço, uma bandeja, com um pão velho e duro.

-Não sei por que estão dando comida a esses dois demônios, daqui a pouco eles serão mortos mesmo, que desperdício de comida.

 -Demônios não morrem... – sussurrei.

Meu irmão arregalou os olhos com medo de mim, afinal eu tinha doze anos e era muito nova pra falar essas coisas.

-Desculpa.

-Não posso culpa-la por estar com raiva. Vai comer?

-Vou, né.

Comi aquilo com muito esforço, mas era o que tinha. Depois de ter comido, a porta se abriu e eu me assustei muito, estava no colo do meu irmão, eu o abracei e comecei a chorar.

-Acabou... Acabou Alec...

-Isso mesmo bruxinha... Acabou... – falou um dos guardas.

-Vamos levar a bruxinha primeiramente? Ou o bruxinho?

-Vamos levar os dois, assim, eles sofreram e verão um ao outro sofrer.

-Então está decidido levaremos os dois.

Andamos ate a praça, era bem fechada por arvores em volta e ao meio dia começou a seção de tortura, derramaram agua fervente em nossas pernas e braços, nos chicotearam...

À tarde o padre começou a pregar, eu já estava a ponto de desmaiar, mas eu não queria deixar o meu irmão sozinho. Eu tentei tocar os seus dedos, mas não consegui. Que maldade a deles de nem deixarem dois irmãos se tocarem perto de estarem mortos. O padre parou de falar, e era chegada a hora, a hora de eles nos queimarem vivos, os guardas vinham trazendo as tochas.

-Alec. Não me deixe, por favor!

-Não, eu nunca te deixarei Jane, eu te amo.

-Eu também te amo... Alec.

Os guardas colocaram o fogo na palha seca onde estávamos ajoelhados, o fogo consumia a palha rapidamente, ate o ponto de ele me queimar a perna, eu gritei muito alto, e comecei a ouvir os gritos, não só do meu irmão, mas de outras pessoas também. O fogo parou, percebi que alguém havia jogado agua, mas não havia muita esperança de eu sobreviver.

Eu vi um homem, Era um homem mais velho, com cabelos castanhos. Seus olhos eram vermelhos como sangue, e ele tinha um sorriso animado.

-Olá. - ele me disse com uma voz suave e profunda. - Você deve ser Jane, não?

-Sim. - falei baixinho, impressionada.

Ele me desamarrou e disse para mim:

-Seja uma garotinha forte. Vamos te salvar: você e seu irmão. Peço agora um pouco de coragem para suportar a dor; é horrível, mas é algo que tem de ser feito. Você confia em mim?

Eu fiz que sim com a cabeça.

-Isso vai doer só um pouquinho, mas depois vai melhorar. - dito isso, ele mordeu meu braço. Eu queria gritar de dor, mas prometi a ele que seria forte. E fui.

As labaredas do fogo que me queimavam na fogueira eram apenas externas, mas o que eu senti, era que elas haviam penetrado no meu corpo, queimando minha alma.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado! Se perceberam que eu escrevo poucas notas, e porque de vez em quando nem eu leio (preguiça....).