Manu POV

Após dois quarteirões de carros buzinando e pessoas gritando, todos os convidados, assim como eu e Will, chegamos a um simples salão de festas perto da igreja onde eu havia acabado de me tornar a Senhora Bertoni.

O salão havia sido decorado com tecidos entreleçados nas cores vermelho e champagne. Ao fundo, em uma mesa retangular coberta com um tecido vinho via - se um belo bolo com dois andares, decorado com rosas vermelhas por todo o glacê, uma vela com uma noiva com curtos cabelos loiros segurando um pequenino bebê moreno como o noivo. Docinhos  como bem - casados, brigadeiro em copinhos, cupcakes de chocolate entre outros, decoravam a mesa inteira. Mesas se espalhavam por todo o salão, e nelas, as familias de convidados riam entre si, e interagiam com os outros, deixando um espaço no meio para que todos dançassem ali.

Quando Will e eu entramos, fomos saudados e felicitados por todos.

A festa foi uma loucura, pessoas riam, dançavam e gritavam enlouquecidas. Alguns primos de Will chegaram a se jogar no chão e jogar bebidas nos rostos um dos outros. Os convidados de mais idade, apenas riam dessa idiotices sentados em suas cadeiras degustando o buffet. Will e eu nos divertimos como há tempos não faziamos, dançamos juntos, dançamos com nossos amigos, rimos infinitas vezes, e, sinceramente, Will ficou meio "alto" tambem. Era impressionante como eu o conhecia, sabia que ele havia bebido um pouco além da conta só de olhar em seus olhos, um tanto rosados, e suas risadas altas demais.

No auge da festa, pedimos ao DJ para que ele anunciasse que era a hora de jogar o buquê. Will e eu subimos alguns degraus de uma escada ao canto do salão, e várias mulheres juntaram - se em tumulto bem no centro do salão. Virei de costas, olhando para minhas rosas vermelhas com um certo aperto no coração por ter que me desfazer delas, e Will e eu começamos a contagem:

- 3... 2... 1!

Joguei o buquê e me virei rápido para conseguir vem quem o pegaria. Vi uma mão estendida segurando com força as rosas na mão, pelas pulseiras douradas, reconheci a mão de Marina antes de vê - la saindo do amultuado de mulheres gritando desapontadas. Meu marido gargalhou olhando para cara de Kaique, que mirava o buquê nas mãos de Marina com os olhos arregalados. Quando retornou a si, caminhou até ela e lhe beijou com ternura.

Arthur dormia tranquilamente no colo de minha mãe quando todos começaram a ir embora, cansados demais para continuar. Já eram 3h da madrugada quando o ultimo convidado saiu. No salão, só restavamos eu, Will, Kaique e Marina, Soph, Pedro e Clare que estava dormindo. Nós nos despedimos do Dj e do pessoal do buffet, e cada um foi pra sua devida casa.

Will e eu fomos passar a lua - de - mel em Bonito, Mato Grosso do Sul.

[...]

Após 2h de viagem em um avião, finalmente chegamos ao hotel que iamos nos hospedar por uma semana. O senhor que carregava a bagagem descarregou o carro enquanto Will pegava as chaves do quarto.

Bem, não vou entrar em detalhes, mas aproveitamos muito bem nossa viagem, e passou muito rápido.

[...]

Mais 2 horas para chegar em casa. Estacionamos o carro do pai de Will na frente prédio onde estava nosso apartamento. Subimos quatro lances de escada com as mãos dadas, e, ao chegar no apartamento 14, abrimos a porta e lá estavam as pessoas que mais amamos na face da Terra. Nossos pais, nossos amigos e, no meio de todos, em um carrinho de bebê estava meu filho segurando uma bandeirinha colorida onde lia - se "Bem vindos".

Abraçamos a todos, e matamos as saudades.

Minha mãe e Dona Marta prepararam um almoço com tudo que se tem direito. E passamos o dia lá. Rindo, conversando, contando as novidades, falando sobre a viagem, e sobre como aproveitamos.

[...]

Miley Cyrus - The Climb

Após alguns meses, Will e eu já havíamos nos acostumados com a vida de casados. Arthur chorava poucas noites, ele já estava com 5 meses, pesando 9 quilos, super forte e saudável, e já sabia engatinhar, ficava de um lado para o outro sem parar. Minha mãe, finalmente desencalhou, seu namorado, Carlos era seu amigo de infancia, e me tratava como sua própria filha, e Arthur como seu neto.

Dona Marta e Sr. Otavio estavam super felizes com o netinho, não param de mima-lo.

Clare completou 3 anos nesse tempo, e como presente, Soph e Pedro a levaram para uma semana na Disneyland.

Kaique confessou para Will que pretendia se casar com a Mari, ele estava muito apaixonado, quem diria (risos).

Enquanto a Larissa, lembram dela? Aquela que quase saiu na porrada com a Mari no boliche. Então, nesses dias a vimos discutindo com um policial, boatos de que ela havia virado uma mulher da vida (puta).

Enfim, nossa vida corre muito bem, estamos todos muito felizes com o rumo que tomamos. Meu cabelo já esta comprido, meu cancêr totalmente curado. Will foi promovido no emprego. E estamos planejando uma viagem de 2 meses para Londres, as vovós e o vovo não gostaram muito, pois iremos levar o Arthur conosco haha.

Com isso, termino de compartilhar minha história com vocês. Minha adolescência, é verdade, foi complicada. Errei, mas não me arrependo. Sofri sim, mas hoje vida compensa cada momento ruim que passei. Apenas de olhar para os olhos de Arthur dando risadas gostosas quando seu pai chega do trabalho, minha vida se enche de alegria. Will e eu planejamos ter outro filho, um pouco mais para frente, quando Arthur não der tanto trabalho. Pois a vida é maravilhosa, mas é dificil cuidar de um bebê, ainda mais quando se tem apenas 18 anos, mas eu estou aprendendo, e com Will ao meu lado, tudo se torna mais fácil. Quanto a ele, meu amor só aumenta a cada minuto.

Diga-me que todos os dias eu acordaria com aquele sorriso, eu não me importaria nem um pouco.