Susana Pevensie escrita por Hannah Mila


Capítulo 5
Procurando o diário de Eustáquio


Notas iniciais do capítulo

Bem, antes de tudo eu quero agradecer todos que estão comentando
Boa leitura



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Acordei muito cedo no meu dia de folga, porque iria visitar minha tia e meu tio Alberta e Arnaldo, os pais de Eustáquio, que ficaram muito surpresos quando eu lhes escrevi dizendo que iria visitá-los.

Meu trem saiu às oito e quarenta e cinco, e graças a Deus não houve outro acidente. Minha bolsa era grande e abrigava o diário de Lúcia, os aneis e outras coisinhas não muito significantes: a carta de Edmundo, a de Charles e a presilha que Pedro havia me dado.

Por mais que Eustáquio tivesse mudado, tia Alberta e tio Arnaldo continuavam as pessoas carrancudas e supostamente modernas de antes. A casa deles, de janelas escancaradas como sempre, de onde eu pude ver cômodos e mais cômodos sem muitos quadros ou qualquer outro tipo de decoração. Dirigi-me a porta e toquei a campainha.

– Ah, olá, Susana, querida - cumprimentou tia Alberta. Sempre fui a preferida dela - Chegou bem na hora do almoço, fiz uma salada de rúcula deliciosa. Quer um pouco, ou você já comeu?

– Já comi, muito obrigada - eu respondi com educação. Eu não havia comido, apenas a ideia de almoçar rúcula e nada mais não me era convidativa como o era para tia Alberta - Na realidade, eu vim apenas para conversar um pouco, Eustáquio ficou muito amigo de meus irmãos de uns tempos para cá e eu estranhei isso.

– Ah, eu também - disse Alberta, introduzindo-me na também não convidativa sala de estar, onde tio Arnaldo lia um jornal, sentado na poltrona - Ele vivia reclamando de vocês, antes de Lúcia e Edmundo virem passar uns tempos aqui. Daí eles ficaram grudados, conversando aos cochichos de lá para cá.

Eu passei a tarde inteira conversando com tia Alberta a respeito de Eustáquio, até que chegamos ao ponto que eu esperava:

– Ele também tinha um caderninho, desses pequenos que servem de diário - disse-me Alberta - Eustáquio vivia escrevendo nele e o levava para toda a parte. Uma vez achei o caderninho embaixo da cama dele, e já estava abrindo para ler, quando Eustáquio chegou e me fez jurar de que eu nunca mais tentaria ler o caderninho dele.

– E a senhora o fez? - eu perguntei, discretamente animada por saber que Eustáquio tinha um caderno. Tia Alberta deu um suspiro.

– Bem, que mais eu poderia fazer? - respondeu ela - Nunca mais procurei o caderninho, mesmo quando ele veio na caixa dos pertences de Eustáquio.

Eu hesitei por um segundo e então disse, escolhendo as palavras cuidadosamente:

– Hum.. Tia Alberta... A senhora poderia, por acaso, me emprestar o caderno de Eustáquio? - tia Alberta arregalou os olhos - É que.. hum... eu estou fazendo uma pesquisa... para descobrir o que fez o acidente de trem acontecer e... bem, eu acho que todo detalhe pode ser uma pista - eu sabia que aquilo era uma mentira deslavada, mas fazer o quê? Eu precisava descobrir o que havia acontecido com Jill e Eustáquio, se eles haviam realmente ido para Nárnia.

Tia Alberta me encarou. Me encarou e me encarou e me encarou. Eu estava começando a achar que aquela "encaração" não teria fim quando Alberta resmungou:

– Está bem - e saiu da sala para pegar o diário de Eustáquio.


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Notas finais do capítulo

O que estava escrito no diário de Eustáquio vocês descobrirão no próximo capítulo



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