Nas Mãos Da Semideusa escrita por Naty Almeida


Capítulo 11
Capítulo 11 - Uma ajuda perigosa.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar mais gente, andei ocupada pra caramba! :(



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Quando recuperei meus sentidos, estava deitada numa cama macia, coberta de lençóis limpos e aconchegantes... Opa, cadê minha cela de couro que já estava deixando meu traseiro quadrado? 

Sentei-me, tentando entender como  havia parado ali, quando uma mulher entrou, acompanhada de Charles e Max. Ela era quase tão bonita quanto Afrodite, com seus longos e ondulados cabelos negros e sua pele branca como a neve... Usava vestes na cor preta, com alguns detalhes em ouro e vermelho. Mas foi então que olhei em seus olhos e notei uma coisa: Eram cor de fogo. Senti um calor desconfortável no peito. 

-Quem é você e como trouxe a gente pra cá? -Indaguei, nervosa.

-Seus amigos vieram procurando ajuda para você, já que estava desacordada, e por acaso chegaram até aqui. Eu os acolhi e tratei de você.

-Quanto tempo fiquei assim? -Minha vista se retorceu.

-Algumas horas, eu acho. Talvez nem isso... 

-Droga, perdemos tempo de viagem! Vamos gente, agora que eu acordei podemos continuar viajando. Obrigada dona... 

-Nésloga. 

-Nome... Diferente... 

-Vem do croata.

-E significa...?

Ela deu de ombros como quem diz não saber. 

-Enfim, não vão ainda, crianças... Seu amigo Reyden está com um feio machucado no braço e talvez precise de mais uns dias...

-Ele não tem nada no braço! -Retrucou Max.

Charles ia concordar com o sátiro, mas seus olhos reluziram um brilho vermelho e ele disse, irritado:

-Claro que tem! Está cego, bodezinho?

Os olhos de Max também brilharam daquele jeito esquisito.

-Do que você me chamou? -Desafiou, cerrando os olhos.

-Meninos! Meninos! Por favor, parem com isso! Que coisa ridícula para se brigar! -Alguma coisa ali estava errada... Eles não costumavam agir daquela maneira nunca! O que havia acontecido enquanto eu estava desacordada? Fiz tudo que pude para separá-los. Até tentei: -Charlie, se deixar Max em paz eu lhe dou um baita beijo na boca. 

Ele virou pra mim, e falou, em tom de desprezo:

-Ah, um precioso beijo da Silena Beauregard! A garota que tem vergonha de mim! Nossa, obrigada, é tudo que eu preciso para sobreviver! 

Me senti ofendida, e ia começar a discutir com eles quando me lembrei que não estavam no seu estado normal e me controlei:

-Senhorita Nésloga, onde está meu amigo Reyden?

-Deve estar na cozinha! Venha, procuramos ele e já preparo alguma coisa para você comer! Deve estar com fome!

-Mas e eles? -Apontei para os meninos discutindo.

-Deixe terminarem de se entender, mais tarde podem se juntar à nós.

Achei sensato... Mas ao mesmo tempo um mal pressentimento me advertia de que aquela mulher não era confiável. Quando encontrei Reyd sentando em silêncio na mesa, não resisti e abracei-o. Estava feliz por vê-lo bem, mesmo quieto. 

-Que é isso, Silena? -Um sorriso escapou de seus lábios. 

-Estava preocupada que tivesse acontecido alguma coisa com você! Os outros eu já vi que estavam... Bem.

-Eles estão estranhos. -Resmungou Reyd. -Faz tempo que estão brigando por tudo... Tentei separar e nada. 

-É, eu também.

-Crianças, estão comendo? Só estou ouvindo conversas! -A voz de Nésloga veio da sala de estar.

-Sim! -Respondemos juntos, entre um longo suspiro.

-Tem algo suspeito nessa mulher. -Sussurrei para ele. 

-Eu sei! Como eu notei a tempo, dei uma desculpa e me afastei dos outros para evitar brigas. Mas acho que o problema é ela.

Por que agora ele estava falando comigo? Provavelmente para evitar que morressemos. Percebi que ele continuava abatido, como se evitasse dormir todos esses dias. Já não sabia o que pensar dessa súbita mudança em seu comportamento... 

-O que faremos? -Perguntei, baixinho.

-Não sei, mas temos que tirar todo mundo daqui, antes que seja tarde! 

-Como faremos isso? Ela fará o possível e impossível para nos manter presos! Temos que saber porque e qual a razão de nos manter brigando uns com os outros...

-Precisamos de um plano... 

-Não dá tempo de panejar nada elaborado... Façamos o seguinte... Eu distraio ela e você tenta apaziguar a situação... Ou o contrário. 

-Você é mais diplomática, lembra? Filha de Afrodite, e tudo mais...

-É, mas Charles está bravo comigo desde que voávamos e Max não confia muito em mim.

-Ok, vá distrair a tal "Tia" Nésloga. 

Fiz que sim com a cabeça, e chamei:

-Dona Nésloga! Dona Nésloga!

Me virei para o lado e ela estava lá, toda sorridente. Bizarro... 

-Sim, querida? -O jeito falso dela me lembrava o de Drew. 

-Será que a senhorita teria chocolate por ai, estou precisando de um pouco de açucar gorduroso no sangue, sabe como é, TPM... (MEEENTIRA deslavada)

Ela ergueu uma sobrancelha, depois sorriu:

-Claro... 

Pegou uma enorme caixa de bom bons e me entregou:

-Pegue o que quiser...

-Tem algum de néctar ou de ambrosia por aqui? -Fiz questão de perguntar, talvez arrancasse alguma coisa dela. 

-Ora, veja só, temos uma semideusa aqui! -Ela disse, em tom de brincadeira e apertou minha bochecha.

Eu simplesmente odeio que façam isso, tira todo meu blush, mas isso não vem ao caso...

Cansada da defensiva, parti pro ataque, a agarrando pelo vestido:

-Ok, dona! Quem é você realmente e o que fez com os meus amigos? 



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Notas finais do capítulo

Quem será essa mulher, Nésloga? *huuum mistério no ar*
Isso você confere no próximo capítulo... Ou será que não? HIAHIAHIAHIAHIA! ;)