- Tchau minha linda, eu vou sentir muitas saudades de você. – Eu derreti quando Scorpius disse isso.

- Eu também meu lindo. – Eu disse segurando sua nuca e selando delicadamente nossos lábios. – É melhor pararmos, antes que meu pai chegue e nos veja.

- Rose, você tem que contar isso pro seu pai, a qualquer momento ele vai descobrir e...

- Eu sei, eu sei Scorp, mas... Me dá só mais um tempo ok? Pra eu poder colocar as coisas no lugar e tentar explicar tudo com calma, sem chocar muito ele, entende?

- Entendo amor. Eu também vou ter que dar um jeito de falar com o meu pai, vai ser difícil, mas... É preciso.

- Vamos conseguir convencer eles, eu sei que vamos. Logo eles vão entender que nós nos gostamos e que essa rivalidade entre eles é uma besteira!

- Como eu disse, vai ser difícil, mas nós vamos conseguir.

Eu apenas sorri para ele. De repente, avistei meu pai e minha mãe chegando.

- Scorp, meus pais estão vindo, se afasta de mim e disfarça. – Eu disse e ele imediatamente se afastou com cuidado para não ficar tudo muito evidente.

- Rose! Aqui querida! – Disse minha mãe acenando para mim.

- Mãe, pai, que saudade de vocês! – Eu disse e corri para abraça-los. Eu me senti tão segura naquele momento, tão protegida, como se todos os meus medos desaparecessem.

- Nós também Rosinha! – Disse meu pai.

- Onde está o seu irmão Rose? – Perguntou mamãe.

- Eu não sei, não vi ele descer do trem.

- Ah! Ali está ele. HUGO QUERIDO, ESTAMOS AQUI. – Disse mamãe acenando para Hugo.

Fomos para casa e assim que cheguei me joguei em minha cama. Eu estava exausta. O bom é que eu iria passar algum tempo com a minha família. Se eu iria morrer de saudades do meu namorado? É claro. É horrível ficar sem aqueles belos olhos azuis acinzentados fitando os meus, o toque gelado de suas grandes mãos em meu corpo frágil e quente, o choque de seus lábios nos meus, revelando em um beijo o seu sedutor hálito de hortelã. Só de lembrar, já me arrancava suspiros e sorrisos bobos, como se estivesse flutuando nas nuvens mais altas do céu.

E assim, pensando nele, eu adormeci.

Era um barulho irritante, pareciam coisas que estavam batendo na janela, como se fossem pedras. Resolvi me levantar e ver o que era.

SCORPIUS ESTAVA TACANDO PEDRAS NA JANELA! Não podia ser, eu deveria estar sonhando. Como ele teve coragem de vir até aqui?

Scorpius fez um sinal para que eu abrisse a janela. Abri a janela como ele pediu.

- Scorpius! Você está louco? Já pensou se meu pai ou meu irmão te pegam aqui?

Ele não me respondeu, apenas jogou uma corda até a minha janela.

- O que você está fazendo?

- Subindo ué. Amarra essa corda em algum lugar pra eu poder subir Rose.

- Tá. – Respondi me rendendo.

Amarrei a corda em um pedaço de ferro que há muito tempo, por causas desconhecidas, está grudado no chão do meu quarto. Fui até a janela novamente para avisar que Scorpius já poderia subir.

- Pronto. Pode subir.

Scorpius começou a escalar, ele deu uma leve escorregada. Eu me assustei.

- Por Merlin Scorpius, cuidado!

- Relaxa. – Respondeu ele.

Eu estava realmente preocupada. Primeiro motivo: Scorpius poderia escorregar e cair, segundo motivo: Meu pai ou meu irmão poderiam chegar a qualquer momento e torturar Scorpius até a morte, e depois, me por de castigo para resto da minha vida.

- Cheguei. – Disse ele entrando em meu quarto e me dando um selinho. Eu estava de braços cruzados.

- Primeiro: O que você está fazendo aqui Scorpius? – Perguntei incrédula.

- Ué, eu vim te ver amor, acha que eu ia aguentar ficar sem você?

- Já pensou se meu pai ou meu irmão te pegam aqui? Já pensou se seu pai acordar e ver que você não está na cama?

- Rose, seu pai, muito menos seu irmão vão me pegar aqui. E meu pai não vai saber de nada, ele teve que viajar com a minha mãe, só chega amanhã de tarde.

- Ah. Mas e se...

- Relaxa amor, não vai acontecer nada. Você trancou a porta? – Disse ele.

- Tranquei, não durmo com a porta destrancada.

- Hum. Agora é hora.

- Hora de quê?

- Disso. – Ele me puxou pela cintura, me dando um beijo de tirar totalmente o fôlego. Eu retribui o beijo com total intensidade. Ele foi andando para frente me beijando, nós caímos em minha cama.  Eu parei o beijo.

- Você sabe que o que estamos fazendo é errado não é?

- Tudo que é errado é bom então.

- Com certeza. – Eu disse e nós rimos.

Scorpius me beijou novamente, seu beijo era tão quente, tão urgente. Sentir teus lábios nos meus me fazia bem, me fazia eu me sentir a garota mais feliz do mundo. Eu me sentia tão protegida quando estava ao teu lado, era como se nada de ruim existisse, e que ele sempre estaria ali, me protegendo. Em seus braços eu me sentia segura.

Ficamos ali a noite toda, nos beijando, rindo. Nós estávamos deitados na cama, nos fitando, sem fazer absolutamente nada, apenas nos fitando.

- Rose?

- Sim?

- Eu te amo. – Eu estava quase fechando os meus olhos quando ouvi isso, me fez eu me sentir nas nuvens, me fez eu me sentir completa.

- Eu também te amo. – Eu disse e não aguentei mais, apenas fechei meus olhos, e não vi, nem ouvi mais nada. Adormeci com a frase mais importante que eu já ouvia ouvido na minha vida, e com a imagem de um lindo loiro de olhos azuis acinzentados, que eu tinha certeza, que eu amava.