The New Spirited Away escrita por Miya


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem porque eu demorei meses pra fazer um capitulo, ok?



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Estava andando por uma trilha no meio de uma floresta densa. Não havia caminho pelos lados. Apenas pra frente. Sempre. Sem nunca alcançar um fim. Quando de repente essa trilha se transforma em um túnel escuro, que parecia não ter fim. Olhei pra trás procurando qualquer fonte de iluminação ou uma saída. Eu começava a me desesperar quando vi um ponto de luz.

–Chihiro. Não tema. Estou aqui...

Estava falando comigo. Chamando meu nome.

–Chihiro... Chihiro...

Esta voz me é familiar

–Chihiro...

Estava chegando cada vez mais perto. Aquela luz começou a mudar de forma.

–Chihiro...

–FILHA! Não vou chamar de novo!

Chamo-me Chihiro e tenho 17 anos. Eu moro com meus pais e frequento o 3° ano do colegial. Em síntese, sou uma garota normal, como qualquer outra. Ou talvez quase.

–Chihiro! Acorda! Chihiro! - Minha mãe me acordava nervosa. - Chihiro! Você vai se atrasar para a escola, filha!

–Tá mãe! Já Acordei! Já Acordei! Mas você podia deixar ele se apresentar dessa vez!

–O que?

–Nada, deixa pra lá!

Parecia algum sonho comum de uma menina romântica, ou até alguma premonição do além. Mas isso não é o que realmente importa. O caso é que sonho a mesma coisa todo santo dia. E quando a minha mãe não me acorda, eu acordo sozinha com um susto ou algo assim. Sempre que estou próxima de descobrir quem é o dono da voz.

Arrumei-me devagar, sendo impedida pelo sono e pelas lembranças do sonho que eu já decorara. Vesti-me como todos os dias, o clássico uniforme de escola. Camisa branca, saia pregueada preta, meia três quartos e sapato tipo boneca. Como sempre, não me maquiei, nem pus joias ou algo do tipo. Sempre o achei desnecessário. Apenas prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, com um elástico, roxo brilhante, que tenho desde sempre, embora não me lembre de onde ele saíra.

Havia terminado de me trocar. Realmente não queria ir pra escola esta manhã. Abri a janela, tentando achar conforto num possível sol, para ser frustrada, pelas nuvens negras e o vento sacudindo violentamente as árvores. Seria apenas mais um dia chuvoso e frio. Nada muito animador.

Peguei meu material escolar, como se a mochila tivesse o peso do mundo. Ao descer a escada, me deparo com a minha mãe me olhando feio.

–Chihiro! Você se atrasou outra vez!

–Desculpa mãe. – Eu ia começar a improvisar uma desculpa esfarrapada, mas minha mãe já me arrastava para o carro.

Minha sorte é que okaa-san é uma pessoa muito boa e paciente, que me preparou um super lanche, o qual, pela minha “boa vontade” eu não merecia... Já que atraso ela todos os dias.

As primeiras aulas passaram voando. Não é como se as aulas de Matemática ou Japonês fossem muito empolgantes. Depois de três sofridas aulas, o intervalo me parecia muito mais do que apenas a hora de comer. E de novo, me enganei. Minhas amigas conversavam animadamente sobre garotos e coisas do tipo.

–Foi ontem então? – Takara se divertia com a vergonha da amiga.

–Foi! –disse Sayu corada

–Já estava mais do que na hora, você devia ser uma das ultimas, né? E você Chihiro? – Disse Koori cutucando o braço da gêmea, Takara, com o cotovelo.

– Ah, Koori. Dá um tempo, Sayu foi a bola da vez, continuem enchendo ela.

–Então quer dizer que você ainda não...?

–Ah! Qual é? Deixem a Chihiro em paz. Ela nunca foi de conversar sobre isso.

–Sayu, deixa pra lá. Onde já se viu colocar juízo na cabeça dessas duas?

Nós quatro rimos com a situação. É sempre engraçado conversar com as meninas sobre isso. Apesar de eu não ligar a mínima pra essas coisas. Ninguém olha pra mim. Na verdade, não é como se eu ligasse pra alguém. Não me arrumo por isso mesmo, além de não conseguir sentir atração por ninguém. Sinto como se algo me impedisse. Apenas não conto pra elas, por que elas não entenderiam ou me chamariam de lunática.

Logo as aulas acabaram e eu pude voltar pra casa apesar de tarefas pra fazer e ter que arrumar as coisas, eu gosto de ficar em casa sozinha. Tenho paz pra poder pensar, tocar piano e poder ajudar minhas amigas com dramas diários de adolescentes.

Eu andava pela rua distraída quando senti um vento gelado passando nas minhas costas. Que eu me lembre, não tinha ninguém na rua. Segundos depois senti o mesmo vento passar com mais força por trás de minha cabeça. Olhei para o céu nublado e vi o que parecia uma tira branca e turquesa que se movia em direção às nuvens. Esfreguei meus olhos para ver melhor e entender se aquilo era uma ilusão ou se era mesmo real. Após abrir meus olhos novamente percebi que era apenas mais uma maluquice da minha mente. Voltei pra casa sem dar muita importância ao fato, afinal, aquilo acontecera com certa frequência desde uns três ou quatro anos atrás.

“Acho que eu devia me tratar” pensei comigo mesma.

Logo eu estava em casa. Tirei minhas meias e sapatos e adentrei a sala, passei pelo meio dos dois sofás, deixando lá minha mochila, dei mais alguns poucos passos e Cheguei ao meu lindo piano de cauda, abri a tampa que não permitia que as teclas ficassem empoeiradas. Peguei as partituras que estavam em cima da cauda do piano e as coloquei no devido lugar, o suporte. Abri a cauda do piano para que seu som saísse mais bonito, coisa que acontecia na minha de fato, em minha opinião. Peguei minha partitura favorita. “One Summers Day” de Joe Hisaichi.

(One Summers Day é a musica instrumental da Soundtrack do filme, para quem não sabia o nome, agora já sabe.).

Comecei a tocar com muito gosto. Aquelas aulas de piano foram uma das melhores coisas que eu já tinha feito na minha vida escolar. Parei de tocar quando senti alguém me observando. Olhei para os lados, para as janelas e para a porta. Não havia ninguém. Resolvi parar de loucura e ir almoçar logo. Deixei o piano e fui para a cozinha, direto à geladeira. Havia uma lasanha de ontem à noite lá. Devo dizer que ela me parecia deliciosa. Levei-a ao micro-ondas e deixei esquentando. Havia algumas peras na fruteira. Como eu gostava muito de peras peguei três delas e coloquei no liquidificador com um pouco de água. Ficou o melhor suco da minha vida... Ou quase, mas não dava pra melhorar, então resolvi aceitar o fato de que o suco da minha mãe era melhor. Já eram duas e meia da tarde quando terminei de almoçar e arrumar a cozinha. Fui fazer minhas tarefas de casa. Não faltando muito para acabar, o telefone toca, é minha mãe

–Mãe? O que houve?- atendi preocupada, pelo fato de ela nunca me ligar.

–Chihiro, eu e seu pai resolvemos fazer uma viagem de ultima hora, você fica bem, aí em casa sozinha?- ela me perguntou como se eu fosse uma criança, mas não era como se eu me incomodasse com o fato de ela querer cuidar de mim, na verdade agradeço por isso.

–Claro que sim mãe! Não precisa se preocupar, eu durmo cedo e acordo cedo para ir ao colégio! - Respondi sem muita certeza de acordar cedo sem me atrasar, mas querendo tranquiliza-la.

–Não sabemos quando voltamos então você terá de se virar sozinha, você sabe onde tem dinheiro, certo?-ela me perguntou

–Sim – respondi.

–Se cuide, eu e seu pai te amamos – Ela disse.

–Eu amo vocês também. – Respondi - Um beijo. Divirtam-se.

–Obrigada, minha querida! Divirta-se também - Ela me mandou um beijo e desligou

Voltei para a cozinha e continuei minhas tarefas. Quando terminei tudo, já eram cinco horas da tarde. Voltei para a sala, e desprendi um tempo tocando piano. Eu pensava estar por mais ou menos uma hora, mas quando me dei conta, haviam se passado quatro horas.

Resolvi ir deitar. Tranquei tudo, fechei todas as janelas e fui para meu quarto. Coloquei meu pijama, uma blusa de manga curta um tanto quanto larga, cinza com o rosto de um urso panda na frente e pandinhas menores no fundo, e um short branco com os mesmos pandinhas da camiseta, a diferença é que o short era super curto e colado, então a camiseta tamanho “G” escondia o short tamanho “P”.

Dormi sem cobertores, e como estava calor, resolvi deixar a janela aberta.


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Notas finais do capítulo

Acabou o primeiro! não sei quando posto mais, porém vou posar sim, prometo!
Quem gostou manda review e quem não gostou manda e diz o que pode ser melhor. Quem ficou indiferente manda review também!
É isso! Espero realmente que vocês tenham gostado!
Miya



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