Reação Em Cadeia. escrita por Bittersw33t


Capítulo 3
3Og.


Notas iniciais do capítulo

E aí gente? Tudo bem? Pois é, cá estou eu retomando a história. Espero que gostem! Boa leitura



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3Og.
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Nunca pensei que falaria com Luke Straw... E fugiria dele logo após. Mas era exatamente isso que havia acontecido nas últimas duas horas... Apesar de ser desnecessário considerando que eu já havia - conscientemente - concordado com aquele esquema dele. Porém, hoje de manhã ao ver o tal, a minha coragem pareceu se esvair e fiquei temerosa, sem falar que eu não estava fugindo só dele... 

“– Dana!" - Chamou Emma pela décima vez no dia. Devo dizer que eu estou já estou ficando cansada de ouvir meu nome... 

“– Emma." 

“– Fiquei sabendo pelo Danny do time de basquete que ontem teve uma festinha na sua casa..." - Falou ela, e eu me escondi atrás da porta do armário. Eu deveria saber que cedo ou tarde ela viria tirar satisfações, já que Emma nunca perde uma festa e obviamente, estava se sentindo excluída. 

“– Eu não te convidei porquê foi coisa de momento..." - Comecei, mas vi que esse não era bem o motivo no qual deixara ela intrigada. 

“– Larke estava lá." - Ela falou com firmeza, embora eu pudesse ver que estava tentando esconder a irritação.

“– Ele me levou até em casa, e quando ele viu que a Charlotte estava em casa..." 

“– Eu não acredito! Essa ch-cha-charlotte de novo!" - Berrou ela, frustrada. Digamos que Charlie era uma pedra no caminho de Emma desde...sempre. Apesar de na verdade não ser, já que ela torcia para outro time, porém para Emma não importava. Toda menina que se aproximasse de Larke em um raio de 5 metros estava na lista negra. 

“– A Charlie não tá afim dele, acredite em mim." - Tranquilizei-a. 

“– Sim, ela está preocupada demais com o complexo de superioridade dela... Mas o quê você me garante da parte dele?" - Ela falou, irritada. Mas logo a carranca foi virando um sorriso apatetado e eu sabia que Larke estava se aproximando. 

“– Oi Dana!" - Ele me disse, batendo no meu ombro. 

Emma mexeu no cabelo e ensaiou a melhor voz de dengo dela:

“– Olá Larke..." 

“– E aí, Emma?" - Ele falou e foi ficando um pouco vermelho antes de continuar seu caminho. 

Sério, não mereço esse amor juvenil. Por quê é que uma pessoa gasta toda sua energia com um amor platônico? Honestamente.  Deixei Emma em seu mundinho feliz de ilusões e virei para ir para a sala da minha próxima aula antes da infame detenção que eu peguei do meu período pré-traficante. 

Até que fiquei petrificada ao ver Luke na outra ponta do corredor, fielmente seguido por Becca, a ruiva linda que vivia na cola dele. Fiquei estática, pensando em maneiras de sair do corredor antes que ele me visse. Eu sei que é infantil, mas ainda não estou preparada para caso ele me peça para fazer algo que envolva maconha... E assim que nossos olhares se cruzaram, dei meia volta e entrei no banheiro. 

“– Ah, oi Dana!" - Murmurou uma das líderes de torcidas que estavam coladas no espelho retocando a maquiagem. 

Eu até tentei reconhecer ela, mas depois de um tempo me convenci de quê realmente não conhecia a figura.

“– Oi...?" 

“– Michelle. Jura que não me conhece?" - A loira falou, virando para mim com um sorriso de deboche. Egocêntricas... 

“– Não. Já fomos apresentadas?" - Murmurei, dando uma breve espiadinha lá fora. E para minha surpresa Luke estava parado de costas conversando com a Becca bem na frente da porta do banheiro. Sério mesmo? 

“– Não, mas eu já ouvi falar de você. Muitas vezes..." 

Eu? Grande piada, sinceramente. 

“– Eu imagino..." - Soltei sem pensar, esperando que ela não tenha percebido o tom de sarcasmo. 

“– É verdade!" 

“– Aham, tá" - Minha sentença de completa descrença. 

“– Pelo menos, quase o time todo ouviu falar da sua festinha." 

Ah, sério. 

“– Sim, foi uma festa de arromba!" - Virei para ela, séria. Ela me olhou confusa, para depois sorrir, mas não era aquele sorriso normal, era o sorriso-sou-popular. 

“– Você não é a ex do Michael Ferris?" - Murmurei, finalmente lembrando dela. Por causa dos nomes Michael e Michelle, eles inventaram o casal Micaelle. Não poderia ser mais cafona, sinceramente. 

“– Sim..." - E para minha alegria, o sorriso falso murchou. Uma bola dentro para Dana! 

“– E não é que eu te conhecia mesmo?" - Falei distraída. 

“– Bem, meu ex ouviu de um outro menino sobre você. Aparentemente ele está encantado por você. "- Ela falou. E eu a encarei descrente, ninguém fica encantado por mim, era praticamente impossível. Então não pude deixar de questionar se ela estava mentindo, ou se um falso rumor sobre minha pessoa estava rondando a escola.   Tomara que não seja algo de denotação sexual como mostrei os peitos na webcam ou algo assim... 

“– Quem?" 

“– Ai querida, se você não sabe, não sou eu que devo te falar..." - Murmurou ela passando a minha frente e saindo do banheiro. Como estava preocupada com meu histórico escolar, decidi ir atrás dela e acabei saindo do banheiro com ela. 

Sorte minha que Luke já tinha entrado na sala...

E eu estava atrasada

Droga!

Corri para tentar pegar o comecinho da aula da Srta. Mercury que seria no auditório. Para minha sorte, ela me deixou entrar, apesar de ainda estar com aquela feição de desapontamento no rosto, consequência de meu período de delinquência. 

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Mais tarde naquele mesmo dia, eu estava morrendo de cansaço, apesar de a detenção não ter sido tão exaustiva como eu esperava. Na verdade, eu estava cansada de pensar no que Luke estava preparando para mim, já que ele não apareceu na detenção... Foi só quando eu estava no estacionamento, praticamente me arrastando de tão exausta que eu estava, que finalmente me convenci que eu iria mesmo embora sem surpresas vindo de Luke. 

Me dirigi para meu carro recém-saído da oficina - outra consequência da minha deliquência - e entrei nele, respirei fundo e dei partida no carro. 

“– Eu gostaria de saber por quê você estava fugindo hoje." - Imagina o meu assombro quando Luke apareceu na minha janela. Com uma mochila. 

Ah, não.

Porém, já que eu teria que lidar com isso ao menos eu estava disposta a não parecer uma garotinha amedrontada, então pus minha melhor feição de indiferença:

“– Estava apenas evitando ser vista com você." - Falei. E surpreendentemente ele titubeou por um instante, quase me deixando culpada, porém o sorriso sarcástico que deu em seguida dissolveu minha culpa.

“– Agora tive um pequeno deslumbre de sua rebeldia. Nada mal." - Ele murmurou, me deixando sem-graça. Como ele transformou isso em um elogio? 

“– Entra logo!" - Berrei frustrada. 

Ele entrou com a mochila dentro do meu sedan, e então fiquei apreensiva pensando no que ele estava carregando na mochila. 

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Assim que chegamos no local que ele falara, depois de uma viagem com o rádio alto - que Luke fizera questão de colocar no volume máximo - , vimos que faríamos parte de uma festa. A casa que ele me falara era na verdade uma mansão e estava tendo uma home party de tremer o teto. Eu parei em frente ao portão e desliguei o carro, esperando que Luke entrasse e eu pudesse finalmente ir pra casa. 

“– Vamos." - Murmurou ele, abrindo a porta. 

“– O-o quê? M-mas..." - Tentei articular minha surpresa. Eu jurava que minha parte do acordo se consistia em somente levá-lo até os lugares. 

“– Vou ter que te tirar do carro a força?" - Ele falou sorrindo para mim. 

“– Não estou vestida para a ocasião..." 

“– Nem eu. Vamos." - Ele repetiu, e sem pensar em outra desculpa plausível, saí do carro com as pernas já ameaçando tremer. 

E lá fomos nós, ele comunicou nossa entrada com o porteiro da casa, que parecia conhecê-lo muito bem, e abriu o grande portão para o local.

Bem, agora estamos dentro. E eu estou quase tendo um treco. 

“– Você não me disse que festejar era uma das partes do contrato..." - Falei, descrente que eu ia mesmo entrar de penetra nessa festa. 

Olhei para ele, que estava atrás de mim procurando algo na mochila, esperando que ele mudasse de ideia. 

“– Sim, vamos festejar." - Murmurou ele, dando um sorriso sádico antes de tirar de dentro da mochila um taco de beisebol? 

“– O quê você vai fazer com isso?" - Berrei, já cogitando correr para o meu carrinho.

“– Você se surpreenderia com a folga desses pseudos maconheiros." - Com o taco no ombro, ele sussurrou antes de se dirigir para a entrada da casa. 

E sabe aquele ditado "A curiosidade matou o gato"? 

Pois é, se encaixaria perfeitamente no meu caso quando corri para alcançá-lo. Só espero que não mate ninguém... 


Continua. 


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que eu esteja perdoada pela demora :( e que tenham gostado do capítulo apesar de tudo, hahahaha. Beijos e até o próximo!



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