Summertime escrita por Primadonna


Capítulo 2
Public enemy number one


Notas iniciais do capítulo

YAY! Novo capítulo, betadinho! Espero que gostem...



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— Oi, tio Poseidon! Quanto tempo! — falou ela.

Sim, é quem você está pensando. Thalia Grace em pessoa. E, pra confessar, eu fiquei um pouco assustado em vê-la. Será que ela guardava alguma irritação por não ter me irritado nos últimos anos?

— T-Thalia? É você mesmo? — perguntou meu pai, de boca aberta.

É, acredite: ela havia mudado muito. Thalia havia deixado os cabelos crescerem um pouco, tinha pegado pesado em toda a maquiagem e agora gostava de Slipknot — pelo menos era o que a camiseta dela informava.

— Não sei se existe mais uma por aqui — ela respondeu, dando um sorriso maléfico — E esse não pode ser o Percy... Eu lembro que ele era tão lerdo, tão pequeno e… Feinho — ela falou.

— Hey! Pelo menos não fui eu que me juntei ao grupo dos rockeiros viciados — falei.

— Estou brincando, priminho — ela disse e pulou o balcão — E, se querem ver meu pai, desistam. Ele não está aqui.

— E o que você está fazendo aqui? — perguntou meu pai.

— O que você acha, tio? Visitando a família, dando um tempo da faculdade…

— Bom, isso é… Ótimo! E você está na casa do seu pai?

— Não, estou na casa do meu irmão, Apolo, se lembram? E se não se importarem, eu tenho que ir. Deixei uma amiga lá sozinha com Apolo. E, acredite, isso não vai dar certo — ela falou.

Mesmo Apolo sendo uns seis anos mais velho que Thalia, ele era tarado por gente de toda idade. Bom, acho que não com as pobres velhinhas, mas mesmo assim…

— Ah, Apolo… Esse menino era e ainda é fogo! Agora ele vai ao bar do Dionísio todas as sextas comigo, Quíron e com Hefesto. Não quer passar seu telefone? Assim podemos nos encontrar mais tarde e você pode sair com Percy e Nico! Vocês podem até tentar se entender! — falou meu pai.

Dei um cutucão no braço dele e ele me olhou bravo. Meu pai havia perdido o juízo, só podia. Eu, e tenho certeza que Nico também, não iríamos sair com aquela doida! Imagina só se ela quisesse invadir um cemitério, desenterrar mortos, vender drogas, fugir da cidade... Sei lá!

— Nico também está por aí? Ora, mas é claro, vai ser ótimo! — ela falou, pegando um bloco e anotando o celular. E meu pai fez o mesmo, só que ele passou o meu celular. Droga.

— Não me ligue — sussurrei enquanto ela saía.

— Não vou perder meu tempo fazendo isso — ela disse, piscou e saiu.

Eu já ia xingar meu pai, mas fui interrompido por Lee, que entrou na loja dizendo que estava tudo uma zona. Meu pai me mandou ir com Lee, enquanto iria procurar pelo tio Zeus. Fui atrás de Lee e, num instante, estávamos lá.

E ele tinha razão. Parecia que havia ocorrido uma festa na loja. Bom, a pior festa de todas. Tinha um monte de vidros quebrados e Luke tentava juntar os peixinhos que haviam caído no chão junto com o aquário, os colocando em copos. Nico estava catando os cacos de vidro maiores. Fui até onde ele estava e comecei a ajudar a catar.

— Cara, sabe quem está aí? — disse, me agachando.

— Hmm, você? — ele perguntou.

— Não, idiota. Thalia — falei. Nico me olhou tão surpreso que até deixou o caco de vidro cair de sua mão.

— Não brinca!

— Não estou brincando. E quer saber mais? Meu pai anotou o telefone dela. E disse que éramos para sair com ela, para nos reencontrarmos e virarmos amigos.

— Seu pai está ficando gagá ou o que? Juro pra você que a última coisa que eu quero é ver aquela menina perto de mim. — ele falou.

— E ainda tem mais uma coisa: ela está mais punk do que antes. Nada me tira a impressão que ela matou algum ex e bebeu o sangue dele.

— Mais malandra do que já é? Não acredito… — ele falou, balançando a cabeça e eu ri.

— Do que as duas meninas estão fofocando e não me contaram? — perguntou Luke, se aproximando.

— Nada, esquece — falou Nico, terminando de juntar os cacos e se levantando — Não vamos dar conta de juntar isso tudo sozinhos.

— Podemos ligar para Martine! — falou Luke.

Era uma boa ideia. Fui até o outro lado do balcão e disquei o número de casa. Demorou umas duas horas pra Martine entender o que havia acontecido. Apesar de estar todos esses anos aqui, ela ainda tem muita dificuldade com a nossa língua. Assim que ela entendeu, disse que já estava vindo.

E não demorou muito para meu pai chegar, enfurecido também. Perguntei o que havia acontecido, mas ele não me falou nada, só passou reto e disse que tinha que ir a outros lugares. Falei que havia chamado Martine, ele nos mandou espera-la e ir pra casa depois porque receberia algumas entregas.

— Nada melhor do que começar o verão assim — falou Luke, jogando um pano em cima do balcão.

— Você não faz ideia de como pode piorar — falou Nico.

Concordei e Luke ficou sem entender. De qualquer forma, Martine chegou e nós voltamos pra casa a pé.

— Manos, o que acham de dar um pulo na praia? — perguntou Luke.

— Não podemos, temos que esperar as coisas do meu pai — falei.

— Ah, vamos lá! Só cinco minutos. A gente não demora!

— Não sei não…

— Percy, vai pra casa e espere os pacotes, seu pai vai ficar furioso se você não for. — falou Nico.

Bufei e concordei. Segui o caminho pra casa, mas adivinhem só: eu não tinha a chave. E ninguém tinha deixado a chave comigo. E quando o cara das coisas do meu pai chegou, tive que esconder tudo atrás de uma moita que tinha em frente à casa. Eu não iria ficar ali fora esperando sozinho! Aproveitei para dar uma volta pelo resto do quarteirão.

Passei por vários lugares que eu ia quando era criança. E também passei pelo bar do Díonisio ou Sr D. O cara era todo doido, errava meu nome sempre e insistia em todos — com exceção dos amigos — o chamarem de Sr. D. Entrei lá e havia algumas pessoas bebendo. Entrei e me sentei em um banco.

— Olha só, se não é o Peter Johnson — falou Sr. D. — Você não mudou nadinha.

— Percy Jackson. — corrigi — Já vi que não fui só eu que não mudei.

— E olha só, se veio querendo bebida, eu não vou te dar.

— Poxa, eu não tenho mais 15 anos! — protestei.

— Não é problema — ele falou, dando de ombros e abriu uma latinha de Diet Coke, despejando em dois copos — Então, parece que esse verão vai ser mais agitado.

— Como assim? — perguntei, dando um gole no meu copo.

— Parece que toda a pirralhada dos Três Grandes está aqui. Fiquei sabendo que até Ártemis deu um tempo do convento pra vir pra cá — ele falou.

— Sério? — perguntei rindo. Ártemis, irmã gêmea de Apolo sempre falava que homens eram idiotas e que viraria freira. E até hoje não acredito que ela tenha realmente feito isso.

— Pois é, as coisas mudaram por esse lugar — ele falou. Senti o celular tocar no meu bolso e atendi. Meu pai, para variar.

— Percy, onde você está?

— Hm, no bar do Sr. D, por quê?

— Onde estão os pacotes? Você não tinha que ficar esperando aqui?

— Hã… Pai, já estou indo aí — falei e desliguei.

— Não precisa pagar essa, moleque. Vai logo antes que seu pai jogue o mar inteiro em cima de você. Mas, cá entre nós, realmente espero que ele faça isso — falou Sr. D.

Apenas revirei os olhos e saí. O velho Dionísio querendo minha morte. Bom, as coisas não mudaram tanto assim.

(…)

— Percy, como você saiu daqui, sem mais nem menos?

— Foi mal, pai… — falei olhando pra baixo.

— E vocês dois, pareciam dois golfinhos naquela praia! Por que não vieram junto? — perguntou meu pai pra Nico e Luke.

— Desculpa, tio Popô! É que… — Luke tentou se explicar.

— Suas desculpas não vão adiantar, não vou recuperar aquela mercadoria toda! — disse meu pai, quase surtando.

— Acalma-te, hombre! — falou Martine, entregando um copo de água e um calmante pro meu pai — Los niños no tiveram culpa!

— Ah, você também, Martine! — ele falou, bebendo o remédio, batendo o copo na mesa e saindo da cozinha.

— Foi mal, Martine — falou Luke.

— Subam! Tentarei hablar com ele — ela disse e se virou, falando umas coisas doidas.

Nico falou que tinha que ir pra casa e sumiu dali. Eu e Luke fomos pra sala, ligamos a televisão e ficamos lá assistindo. Mas algo me chamou atenção no jardim da casa da frente. Havia dois garotos e uma garota, enormes, de cabelos num tom de castanho, mexendo em algumas caixas.

— Luke, aqueles três não te parecem familiar? — perguntei.

— Parecem… — falou Luke, mas parou, se levantando e olhando de perto — Percy, aqueles são Clarisse, Marcos e Sherman, se lembra?

— Aqueles que sempre brigavam com a gente no pega-pega e que, por sinal, me odiavam mais do que todos? — perguntei.

— É, o pai dele te odeia também. São filhos do senhor Ares. E… aquelas são as caixas do seu pai, por acaso?

— São, eu acho.

— Cara, você está… Morto.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Desculpem a demora :3 Mandei pra Ducta antes de ontem, e ela teve alguns problemas e só recebi hoje! Enfim, reviews? Recomendações? Olha, tem 12 leitores já, queremos os reviews u_u xxxx