As Duas Faces Do Meu Anjo escrita por MS Productions


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Quem é a margarida??
Vamos ver...



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Margarida (PDV)

A noite no bar foi horrível, dava tudo para apagar esta tarde, esta noite e provavelmente toda dor que sentia naquele momento. O Diogo esteve sempre calado tanto no caminho para o trabalho, como a vinda para casa. Ele estava desiludido comigo, já lhe tinha pedido desculpa, mas não tinha valido de nada. Nunca deveria ter confiado no Beliel nem em ninguém da laia dele, essa pequena confiança ele cortou-a quando não me deixou ir embora. Agora tinha o meu namorado triste comigo e eu desiludida comigo própria. Não consegui dormir a noite toda, rebolei na cama, e o sono não vinha. Queria ir até ao quarto dele e fazer as pazes, mas era complicado, se ele não me tinha desculpado não era agora que me ia desculpar. Sentia uma agonia tão grande, ele estar ao meu lado e chateado comigo era exactamente como estar longe de mim. Fiquei o resto da noite fitando a parede, sete horas da manhã levantei-me, vesti, peguei na bolsa e saí, fui em direcção a faculdade, possivelmente ia enfiar-me na biblioteca, com isto tudo os estudos tinham sido deixados para trás, e não queria de todo perder um ano.

Sempre que entrava naquela antiquíssima biblioteca, sentia arrepios na espinha, era fria, e em todos os cantos havia aquecedores espalhados, sentei-me numa mesa meio escondida a um canto e próxima ao calor do aquecimento. Tinha que apresentar uma apreciação escrita sobre um livro que o professor sugerira, encontrei o livro na respectiva prateleira de literatura, dirigi-me ao meu cantinho e dou de caras com o Beliel sentado na minha mesa.

-Que é que estas aqui a fazer? – Comecei a arrumar as coisas todas para sair dali.

- Espera…Sou assim tão má companhia? – Ele deve ser bipolar.

- Já te esqueceste do que fizeste ontem? – Ele olhou para mim, muito indignado – Pelos vistos já! Com licença! – Fui para outra mesa mais afastada dali, as pessoas começavam a chegar, e ele continuava com o seu olhar fixado em mim. Juro que não sei o que se passa com esta gente, zilhões de pessoas no mundo, tem que cair tudo em cima de mim.

Começava a tirar uns apontamentos, do livro e voltei a olhar, ele já não tava lá. Assustei-me quando o vi sentado a minha frente, a brincar com o meu lápis.

-Sabes… Estou muito confuso! Tu deves ser muito especial, para os arcanjos porem o meu irmão a cuidar de ti e dar-lhe autorização para se mostrar! Não me queres dizer nada sobre isso?

- Beliel deixa-me em paz! Arranja outra pessoa para te entreteres! Não sei do que falas nem pretendo saber!

- Outra pessoa? Hum…. Excelente ideia! – Um sorriso malicioso se formou.

Estalou os dedos, simplesmente estalou os dedos e todas sem excepção todas as raparigas que se encontravam na biblioteca saltara para cima das mesas e começaram a dançar sensualmente e tiravam as roupas, ele ria-se apreciando a cena, eu estava chocada! Olhei a bibliotecária vinha na nossa direcção, ele afastou a cadeira da mesa, sentando se como estivesse no seu sofá, a mulher saltou para cima dele e começaram a beijar-se, mas não era nada simples era daqueles elaborados e fantasiosos. Aquilo continuou ainda durante uns bonitos minutos até eu cair na realidade. Como ele é capaz?

- Beliel, pára! – Ele afastou a mulher, que ficou desanimada. As pessoas não eram os seus fantoches.

- Vá vai trabalhar – Deu uma palmadinha no rabo da mulher e mandou um assobiou – Chega pessoal!

Fiquei de boca aberta, as raparigas que dançavam, entraram em pânico quando se viram quase sem roupa e em cima da mesa, gritos e choros encheram aquela biblioteca, ele sorria contente com o que se estava a passar.

A bibliotecária que momentos antes o beijava ajeitava a roupa e o cabelo com um sorriso ordinário, quando se deu conta da gritaria, parece que acordou do transe e tentou acalmar o ambiente. Se tivesse lasers nos olhos, já o tinha fuzilado.

- Que foi? Vais dizer que não gostaste?

- Tu és horroroso, és nojento… Como és capaz? – Perguntei indignada.

- Ui…Fala a menina certinha! Agora diz-me que tens tu?

- Já te disse, não tenho nada! Deixa-me em paz, deixa o Diogo em paz, porquê que não vês que só sabes estragar as coisas? – Estava furiosa, o olhar dele indecifrável. – Esquece, és um demónio, é o que tu fazes!

Ele esmurrou a mesa, o olhar estava num tom de fogo, levantou-se e agarrou-me no braço.

- Tu não me conheces menina! Eu não sou como o parvo do meu irmão, não sou um fraco!

- Ah, sim? Devias seguir o exemplo dele! – Ele estava a magoar-me mas tinha que ser forte, tinha que lhe fazer frente. – Maldita hora que julguei que fosses confiável!

- Não me conheces Margarida! Eu posso tirar-te a vida aqui e agora!

- Pois! Força, mata-me! Achas que tenho medo de morrer? Mata-me Beliel, assim não terei mais que olhar a tua cara maldita! – Uma lágrima correu a minha face, era pela possibilidade dele me matar, era uma lagrima de como se tivesse a pedir para ele fazer isso! Assim ninguém mais me magoava. Os seus olhos estavam cobertos de negro, fechei os olhos e esperei que ele o fizesse, uma força enorme me apertou, era agora, ia em paz.

Abri os olhos, o céu? O céu era em frente da loja da D. Tita? Olhei para ele.

-Não te ia matar, já te disse que és demasiado importante para isso! Vamos, entra ai! Vamos falar com uma grande amiga minha, ela vai nos dar as repostas que quero!

Ele empurrou-me para dentro da loja da D. Tita, esta quando o viu, benzeu-se.

-Querida, o que se passa? O que estás a fazer com ele? - Ora boa pergunta…

- Parece que estou metida numa grande alhada Tita! Talvez deva chamar o meu anjo para assistir a isto… Aza…! – Ele tapou-me a boca!

- Não fazes isso, nunca mais! Senão trato da nossa amiga, então Titaishah…Saudades minhas? Belo estabelecimento…

- Beliel… Deixa a rapariga! Julgava que já tinhas mudado os teus modos! – A D. Tita encarou, eles conhecem-se, será que são os dois maus? Oh pá! Quem me dera poder gritar, e se ele a mata? Deixa de pensar, ele pode ler os teus pensamentos! Dei por mim a pensar muito rápido e tudo a mistura, caneco, não percebia nada do que se estava a passar.

- Tita, Tita… Sabes como é, tenho que ter um brinquedo senão aborreço-me! – Olhei para ele, brinquedo, hum? Decidiu tudo descer a terra e brincar comigo.

- Ela não é nenhum brinquedo para ti! O que queres afinal? – Sorriu apenas para mim – Anda senta-te aqui Margarida, o Beliel tem este feitio, mas sabes como é quem sai aos seus não degenera!

Fui sentar-me, isto de certeza era uma brincadeira, senti o colar que a D. Tita me deu a aquecer, praticamente me queimava a pele, ela olhou para mim depois de Beliel e sorriu, senti confiança.

- D. Tita pode dizer aqui a este animal, - ele rosnou praticamente quando disse isto – que eu não tenho nada? Ah, e diga lhe para ele me deixar em paz!

- Tu estás-me a dar cabo da paciência! – Disse Beliel parado em pé olhar para mim com vontade de me esganar – Tu tens algo, senão não tinhas quase o céu todo em tua protecção, e eu venho aqui saber, já que a Tita pode dar as respostas, não é? – Olhou sarcástico para a D. Tita.

- Ele é que frita a paciência, até um santo! Sabe que é que ele fez? Ele hipnotizou umas pobres raparigas na biblioteca, pra além de comer a bibliotecária! Ele é um tarado!

- Tarado eu? Tu devias é de aprender a calar-te quando falas da minha pessoa! – Resmungou.

- Não me calo! Não tenho medo de ti! És um pervertido, que só usa as pessoas para seu bem-estar! – Gritei-lhe.

- É o que eu sou, também queres é? Aposto contigo que se eu quisesse estavas aqui a comer na palma da minha mão! – Olhei-o com nojo.

- Eu? Nem pensar! És insuportável, não mereces o nome que tens!

- Ah… Eu vou-te matar! Nunca digas se sou ou não digno de algo! Rasca! – Olhou para mim, com a fúria a flor da pele.

- Parem os dois! – A D. Tita deu um grito que podia ter-se ouvido aos quatros ventos e depois acalmou-se respirando fundo - Vocês parecem duas crianças! - Olhou para mim – Querida, não o enfureças, ele pode acabar contigo, num abrir e fechar de olhos.

- Pois posso! Ela anda a brincar com o fogo, qualquer dia queima-se! – Disse o Beliel com aquela expressão de que é o maior. – Agora deixemo-nos de brincadeiras! Quero saber o que ela é…O porque da sua importância para eles!

- As coisas não funcionam dessa maneira, poderão estar a protege-la porque ela precisa apenas isso.

- Há qualquer coisa aí! Descobre Titaishah – Encostou-se a parede de braços cruzados – Agora!

A D. Tita aproximou-se de mim, deu-me as mãos.

-Desculpa querida! – O seu olhar entristeceu ao cruzar o meu.

- Mas…

Olhei nos seus olhos senti a correr, eu corria por um túnel que não tinha fim, a fundo uma luz, ela era intensa e brilhante. Dois anjos conversavam junto de uma porta, as suas asas eram lindas irradiavam uma luz ofuscante, eu estava ao lado deles, mas pelos vistos ninguém me via.

- A menina já nasceu. Podemos proceder conforme o planeado! – Disse um anjo. – Ela nunca saberá o que é. Raphael, tens a certeza que será o melhor a fazer?

-Sim, será o melhor para todos, misturada na humanidade, ninguém conseguirá detecta-la! O poder dela é de tal forma grandioso que mudará tudo a sua volta. Ela será essencial quando a guerra celestial se abater!

- Ela é tão indefesa! Automaticamente os demónios sentiram uma forte vontade de mata-la.

- Ao tentarem, a compaixão mudará os mudará por completo. Haverá guardiões seleccionados para a proteger, tem a autorização do Senhor para descer.

- Assim seja…

De início tentei respirar, mas fiquei aflita, a D. Tita olhava para mim como se tivesse visto um demónio, mas depois sorriu.

- Estás bem querida?

- Sim – Assenti – O que foi aquilo?

- Foi uma regressão. – Levantei-me, uma lagrima correu-me pela face, aquele bebe era eu.

- Você viu o mesmo que eu vi? – Ela fez um sinal de afirmativo – Porquê?

- Margarida, eu não sabia, até agora! -

- Eu tenho que ir! – Olhei para o Beliel, ele olhava para mim, mas não da maneira enfurecida, ele tinha um olhar pesaroso.

Saí daquele sítio, jurava a mim própria que nunca mais me aproximaria daquela loja, sentia-me revoltada, um milhar de sensações corriam o meu corpo, a angústia consumia-me, era por isto que tinha sido criada com uns pais que não eram os meus, os verdadeiros nunca os tinha conhecido, porque provavelmente não eram desta dimensão. Sequei as lagrimas antes de entrar em casa, o Diogo estava no sofá.

- Como foram as aulas? – Ele não merecia sequer uma palavra minha, como poderia ele saber isto tudo e nunca me ter contado? Ele continuava a espera de umas respostas, e a minha foi o silêncio virei as costas e tranquei-me no quarto, deitei-me na cama, só ia sair dali quando fosse horas de trabalhar.


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Notas finais do capítulo

hoje vamos postar 2 capitulos, como sempre para compensar!
Deixem reviews, nós agradecemos...



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