As Duas Faces Do Meu Anjo escrita por MS Productions


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

:)
Aqui vamos nós, Diogo e Margarida de novo juntos!?
Esperemos que gostem
;)



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Diogo (PDV)

Nem acabei de falar, li o seu pensamento e ela nem deu margem para afastar.

“Vou beijar-te, não quero saber do que poderá acontecer”

Beijou-me, senti aquele fogo a percorrer o meu corpo em conjunto com os choques, quem é que tento enganar…Eu quero-a.

Margarida (PDV)

Aos poucos aquela intensidade foi abrandando, afastei-me.

- Desculpa… Não vai voltar acontecer, apenas não me deixes! – Agarrei na mala e sai a correr, da mesma forma que cheguei.

Burra…

Pensava eu enquanto abrandava o passo, já estava na praça principal. Tinha dado autorização para voltar a fazer parte da minha vida, talvez nunca do modo como dantes mas, nem queria saber, só a sua presença me confortava.

- Margarida… - Ouvi uma voz por trás de mim, uma voz que não pretendia ouvir ate ao final da minha vida, segui em frente, não ia falar com ele, devia ter confiado no Diogo.

Ele apareceu a minha frente, olhei para todo o lado, alguém devia ter visto aquilo, tentei afasta-lo, mas ele simplesmente me fitava com um sorriso sarcástico no rosto.

-Que queres Beliel? – Perguntei, ríspida.

- Quero saber como estas…És importante para mim.

- Se sou assim tão importante deixa-me! – Ele afastou-se e eu passei por ele.

- Ouvi dizer que querias saber a historia toda do Azazel…Poderia contar-te.

Parei, o sacana sabia como me segurar, maldita curiosidade, olhei para ele.

- Eu sabia, que ninguém te contou tudo o que querias, não foi?

- Ok. Conta-me, rápido…Não me posso demorar! – Disse-lhe, querendo matar a curiosidade.

- Aqui não, vem comigo! – Agarrou-me na mão e levou – me a um beco. – Fecha os olhos!

- Tu és louco! Tu vais fazer mal! Vou me embora! – Gritei-lhe.

- Não te vou fazer mal! – Duvido, ele é louco…

- Ok! Nada de truques! – Aproximei-me dele, fechei os olhos e ele abraçou-me.

- Podes abrir! – Sussurrou-me ao ouvido.

- O Que é isto? Nós tamos no…no… - Perguntei a gaguejar.

- Inferno? – Riu-se numa gargalhada larga – Claro que não. Isto aqui é a minha casa!

- Casa? - Olhei em redor, sim era sem sombras de dúvidas uma casa, bastante negra…

As paredes eram cobertas de uma tinta vermelha, quase cor de sangue, o preto dos moveis e sofás contrastavam com o restante ambiente que ali havia, em cada compartimento em que passávamos, vários anjos negros se aproximavam de nós, deu para ver que o Beliel era o chefão por aqueles lados, olhei para um canto, uma humana e um anjo, praticamente praticavam sexo em frente daquela gente todo, observava uma completa luxuria. Um dos anjos negros com um aspecto horrível aproximou-se de mim, tocou-me. Dei um gritinho. Uma mão forte me puxou e me segurou contra ele.

- Enazel… Ela é minha! Nunca lhe voltes a tocar! – Beliel olhou de forma enraivecida para o seu colega, irmão, seja lá o quer for. – Vamos! – E puxou-me de novo, entramos num compartimento com a mesma decoração do corredor, fechou a porta atras de si.

- Beliel, era necessário vir até aqui para me dizeres meia dúzia de palavras… - Sentei-me num sofá, aquele deveria ser o seu quarto, praticamente maior que a minha casa, tinha uma cama gigantesca, um LCD que ocupava quase a parede inteira e a decoração mantinha-se tenebrosa como a anterior… Anjos muito evoluídos…

- Estamos mais a vontade… - Sentou-se ao meu lado agarrou na minha mão. – Olha nos meus olhos e deixa-te levar.

- Beliel… - Os meus olhos cravaram nos dele e fiquei hipnotizada, voei num turbilhão de imagens, historias, tudo se fosse um filme, vi cada momento de Azazel…Diogo…Vi tudo, toda a sua parte negra, tudo o que o Diogo não era. Enquanto assistia aquelas cenas, ocorria-me as palavras da D. Tita, “ o pior dos piores”, já estava a sofrer de ver tanta maldade, como é que alguém poderia alguma vez ser assim… Até ao momento, um bebé apareceu nas imagens, ele não fez nada, o amor surgiu no olhar dele, piedade… protegeu-o invés de lhe fazer mal…Chorei. Outras imagens surgiram, a renegação de seu pai, e a ultima imagem que tive oportunidade ver antes de voltar a realidade foi a de Azazel com uma asa branca e outra negra e uma energia quente em seu redor.

A minha mão apertava a de Beliel com força, larguei-a. Limpei as lagrimas que me corriam, Beliel olhava para mim, sem expressão alguma. Levantei-me.

-Leva-me de volta!

Ele continuava sentado. – Beliel!

- Desculpa, mas não posso. Por algum motivo és importante para ele e para eles…Eu preciso de saber, não te posso deixar ir…

- O quê? – Tentei ir em direcção a porta, ela estava trancada e ninguém de fora me iria abrir, tinham todo respeito ao Chefe para fazerem isso. – Deixa-me ir…Deixa-me ir!

- Para com isso! – Agarrou-me provavelmente para me calar. – Já te disse que não podes ir!

- Azazel…. – Gritei com a maior força que pude, uma luz enorme cobriu aquela sala toda, Beliel afastou-se.

-Afasta-te dela! - A voz do Diogo ecoou pela casa toda. Veio até mim. – Vamos embora!

-Desculpa Diogo! – Disse-lhe nervosa.

- Falamos depois… - Ele sorriu e abraçou-me – Nunca mais lhe tocas com um dedo, acabo com a tua raça! – Fechei os olhos, um segundo, estávamos em casa, na nossa casa. Continuava abraçada a ele, até que ele me afastou.

Diogo (PDV)

- Nem vou perguntar o que tavas ali a fazer! Não tens noção do perigo? Não pensas? – Estava passado com ela, andava as voltas pela sala e ela ainda continuava no mesmo sitio que aterramos, tudo bem, calma, não foste busca-la ao inferno, foste busca-la ao submundo. Olhei para ela, continuava do mesmo modo, assustada e as lagrimas caiam. – Foste enfiar-te na boca do lobo, margarida!

- Desculpa… - disse-me a gaguejar – Ele apareceu e disse que podia contar-me tudo, acerca…

- Acerca de nada! Ele não sabe de nada, Margarida! Ele quer-te ao lado dele, porque sabe o quanto és importante para mim, o que ele quer é tudo o que me faz feliz! Tirar-me tudo…

Estava possuído, eu juro que acabo com ele.

-Diogo? – A voz dela estava sumida, pânico era tudo o que via a passar no seu olhar.

- Tem calma! Ta tudo bem agora! O que é que ele tem mostrou? – Passei a minha mão na sua face, enxuguei-lhe as lagrimas.

- Tudo! Tudo até seres o que és agora! Como era possível seres tão mau? – As lágrimas voltaram a correr.

- Margarida, eu não sou o que era dantes! Aquilo que viste não sou eu agora, ok?

- O bebé…

O bebé, o motivo da minha revolta, surgiu-me a memória aquela criança, a compaixão a empatia que senti no primeiro momento que o vi, o meu serviço era simplesmente acabar com a sua vida, mas não fui capaz. Senti  uma dor atravessar-me e um sufoco enorme, lembro-me do que pensei na altura, era um cobarde. Com o tempo fui percebendo que sentia-me melhor ajudando aqueles que precisavam do que, acabando com as suas vidas, já não sentia a agonia interior e um peso. Aquela criança salvou-me, assim como eu a salvei.

- Margarida…Vai-te despachar, tens que ir trabalhar e eu vou contigo. – Afastei-me e fui para o meu quarto, olhei o ovo, tinha que me controlar, sempre até aqui fiz o meu trabalho certo, sem falhas, não podia deixar que o meu amor por ela, a tirasse de mim. Deitei-me para trás na cama encarei o tecto, vaguei nos meus pensamentos e de tudo o que me fazia sentir bem.


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Notas finais do capítulo

Até para a semana...
Deixem reviews ;)
cumps



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