Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 55
Take This One To The Grave.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo bem compridinho para matarmos a saudade! Dedicado à Fornarnia, em agradecimento pela recomendação muito linda! ♥ Obrigada!

Divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191175/chapter/55

A carruagem parou em frente a casa de Lilliandil e Corin algum tempo depois. Descemos e os cumprimentamos, recebi um abraço tão apertado de Lillian que, se pudesse, jamais sairia dali. Eu precisava demais daquele abraço, e ela nem ninguém jamais imaginou o quanto. Fomos os primeiros a chegar, portanto algumas horas mais tarde, após muita conversa e xícaras de chá, pedi licença para ir até minha casa. Combinei com Lillian que ficaria hospedada em sua casa dessa vez, mas precisava tomar conta do patrimônio, então iria me inteirar da situação na propriedade, o que me pouparia um viagem para lá depois.

—Oh, Su, por favor! - Lillian disse, quando pus-me de pé, deixando sua xícara de chá na bandeja sobre a mesa, levantando-se e dando alguns passos até onde eu estava parada, segurando meu chapéu. - Se dê um descanso. Você mal chegou. - pediu.

—Lillian, não me demoro, prometo. - assegurei. - Ficarei aqui como prometi, mas preciso ver como as coisas estão por Lantern Waste. Serei breve, é o tempo que os outros chegarão... - Lillian me analisou por alguns instantes, ponderando, como uma mãe. Por fim riu de leve da sua própria atitude, mas insistiu.

—Por favor, vá outra hora. Da última vez você praticamente me abandonou!

—Não seja tão dramática, Lillian. - pedi. Porém eu sabia que ela tinha um pé de razão.

Ela mudou a estratégia com um gesto de mão.

—Escute. - continuou, a doçura de sua voz transparecendo sua sinceridade. - Venha dar um passeio comigo, vamos pôr a conversa em dia. Sempre haverá tempo para as coisas do trabalho, você não pode se sacrificar o tempo todo.

—Não vou vencer, vou? - ergui as sobrancelhas.

—Com certeza não. - garantiu, risonha. Sorri.

—Está bem. - rendi-me.

Lillian avisou Corin e Edmundo, por cima do ombro, de que iríamos sair e logo me conduziu ao hall de entrada pegando todo o aparato contra o frio.

A neve pairava pelo ar até acumular-se em montinhos sobre o chão, como levíssimos e delicados pedaços de algodão. Os raios do sol apareciam, destacando o branco ao nosso redor, o céu manchado de dourado.

—Parece que fiquei fora tanto tempo. - comentou ela, enquanto caminhávamos. Sorri de leve. Tantas coisas aconteceram desde o casamento que não pude discordar.

—Realmente.

—Recebi muitas cartas de Jill. - disse ela. - Mais do que eu podia responder! - contou, divertida. Eu ri.

—E essa é nossa Jill Pole!

—Acompanhei à distância todo o processo com Edmundo. - continuou. Confesso que em alguns momentos até lhe recomendei chás para acalmar os nervos.

—Fico feliz que tudo tenha dado certo no final. - confessei. - Apenas queria não ter estado tão ausente.

Lilliandil olhou-me.

—Sim. Também conversamos sobre isso. Agradeça-me depois por Jill não ter lhe fulminado.

Rimos.

—Serei eternamente grata!

—Ficamos preocupadas com você. Mal tínhamos notícias, e Caspian havia voltado, o que me deixou muito mais preocupada. Então só sabia de você o que Edmundo contava à Jill.

—Sinto muito por isso. - pedi. - Aconteceram tantas coisas, Lillian... É tão complicado.

—Oh, Su, não importa. - afagou-me o braço e segurando-o, mantendo-se junta a mim. - Queremos lhe ajudar no que for preciso, não nos afaste.

Segurei em mim a vontade, o impulso de contar-lhe tudo, de uma vez. Porém ao olhá-la naquele momento, os cabelos dourados emoldurando-lhe o ar de contínua felicidade na face, eu soube que não faria isso a ela.

—Obrigada. - disse-lhe somente. - Eu realmente precisarei de vocês.

Lillian parou, soltando-me e fazendo-me voltar a ela.

—Su, o que está acontecendo? - mordi o lábio, filtrando as informações.

—Logo após seu casamento, encontrei um diário que meu pai deixara em Lantern Waste. O que está registrado ali mudou tudo, Lillian. - comecei, ela ouvia atentamente.

—Descobri que minha mãe gerou outros filhos, mas todos morreram ainda no ventre. Exceto um, que nasceu antes de mim. Um menino. - as sobrancelhas de Lillian se ergueram. - Eu nunca havia imaginado tal coisa...! Quando procurei Polly, ela confirmou, ela cuidou dele como cuidou de mim.

—Céus! - Lillia arfou, olhando-me surpresa, escondendo o cabelo atrás da orelha. - O que aconteceu?

—Ele desapareceu. - soltei com o ar. - Levado por inimigos da família. - Lilliandil cobriu a boca com uma das mãos. - Meus pais o procuraram por todos esses anos, mas nunca o acharam.

—Minha nossa, Susana! Ele ainda pode estar vivo!

—Sim. E em qualquer lugar.

—O que pretende fazer?

—Continuarei a procurá-lo. - afirmei, convicta. - Caspian tem me ajudado muito quanto a isso e...

—Su, você tem certeza? - ela piscou, interrompendo-me.

—Claro! Não posso deixar de procurá-lo...

—Não. - corrigiu, interrompendo-me de novo, cuidadosa com suas palavras. - Quero saber se tem certeza de que quer Caspian envolvido em sua vida mais uma vez.

Parei um segundo, entendendo onde ela queria chegar.

—Caspian é bom para mim, Lillian. - contei. - Tudo o que sofremos, sofremos juntos. É tão vítima das mesmas adversidades quanto eu.

—Su... - ponderou ela. - Eu me preocupo tanto. Todos aqueles boatos... Caspian é perigoso...

—Lillian, eu tenho certeza que Caspian seria incapaz de machucar alguém por livre vontade, muito menos a mim. - certifiquei-lhe. Lilliandil olhou-me por um segundo.

—Quero que esteja certa, que seja feliz. - e sorriu sincera.

—Obrigada, Lillian. - Um sorriso se formou em meu rosto para conter a melancolia daquela impossibilidade.

Nesse momento, chegamos de volta à frente da casa, quase passávamos pela porta quando ouvimos o trote dos cavalos aproximando-se. Logo a carruagem surgiu na curva, vindo até os cavalos bufarem ao parar na entrada. A porta foi aberta e Pedro e Rilian desceram. Lillian tomou a frente para recebê-los como a boa e feliz anfitriã que era.

—Cavalheiros! Que bom vê-los! - disse. - Fico feliz que tenham aceitado o convite.

—Eu que agradeço, Lillian! - disse Rilian, parecendo animado. - Você sabe que eu não perco uma oportunidade de deixar a cidade. - e a cumprimentou, fazendo o mesmo comigo logo em seguida.

—Pedro – falou ela, doce, para o homem mais atrás, silencioso. - Como está, querido? - e um abraço foi permissível.

—Vou cada vez melhor. - deu de ombros de forma contida. Lillian pareceu satisfeita com a resposta.

Havia algo diferente em Pedro. Naquele momento, me recordo, seu olhar condizia com sua resposta, porém trazia um ar de cansaço, algo o estava atormentando, algo que não estava logo após a morte da mãe. Sequer desconfiei, como fui descobrir pouco depois, que ele sabia mais do que eu.

—Onde estão os rapazes? - perguntou Rilian, animado.

—Oh, estão em algum lugar lá dentro. - Lillian gesticulou. - Por favor, me acompanhem. - ela passou por mim e pela porta sendo seguida por Rilian, mas Pedro ficou ali, a feição grave voltada para algum ponto do lado de fora.

—Está tudo bem, Pedro? - perguntei. Seu rosto virou para mim num susto ao ouvir minha voz.

—Hm... Sim. Sim, estou bem.

Sorri de leve, polidamente acreditando no que ele dizia.

—É, mas não vai ficar se continuar nesse frio. - falei-lhe, abracando a mim mesma. Sua expressão suavizou e ele acompanhou-me após meu pedido silencioso para entrarmos.

Ficamos os seis por algum tempo reunidos na mesma sala, envolvidos em longas conversas com os doces e chás que a governanta de Lillian mandava nos servir com frequência. Na maior parte do tempo Lilliandil e eu mantínhamos uma conversa à parte da dos rapazes, na qual ouvi atentamente tudo o que ela podia lembrar sobre a Espanha, e contava que realmente me despertou o interesse. Não que longas viagens estivesse ou pudessem estar nos meus planos imediatos. Conversamos até quando a hora do pôr-do-sol se aproximou e Lillian precisou retirar-se para verificar o andamento do jantar, o que deixou-me a sós, vagueando por meus pensamentos.

—Certo, você está parecendo miserável sentada aqui sozinha. - a fala e a forma de Edmundo sentando ao meu lado fez-me sair dos devaneios, e rir.

—Está tão óbvio assim?

—Mais óbvio do que você e Caspian. - e lançou-me um olhar maroto, pude sentir o leve ardor em face, mas não evitei o sorriso que ele provocou. Edmundo pareceu satisfeito. Criados entraram rápidos e eficientes em acender a lareira.

—Contei à Lillian sobre meu irmão. - disse. Edmundo ponderou um pouco antes de assentir.

—Fez bem. - concordou. - Fez bem. É algo que viria ao conhecimento de uma forma ou de outra quando o encontrar. Sem contar que veio em boa hora. Continuar mantendo Lillian e Jill às escuras por muito mais tempo não daria certo, isso vai ajudar a protegê-las da verdade de fato.

—É horrível pensar assim, mas é o melhor para elas. Já basta temer por você.

—Não tema por mim. - disse ele, de um jeito simpático. - Nada me ameaça, Su. Só me preocupo com você, com Caspian, Lúcia e até mesmo Dash e o Duque, se quer saber! - garantiu, divertido. Ri de leve.

—Está aí outra preocupação. - suspirei. - Tenho fé que o encontraremos, mas e então? O traremos para o meio de tudo isso. Como, de uma hora para outra, o conheceremos e lhe contaremos toda a sua história? Será que vai valer a pena tirá-lo de toda uma vida para jogá-lo no meio do redemoinho?

—Será que vai valer a pena passar o resto da vida se perguntando por onde ele anda, como está, como teria sido se você o tivesse procurado? - ele ergueu as sobrancelhas. - Seus pais o procuraram por toda uma vida, Su. Você deve achá-lo.

Apertei os lábios, ponderando.

—Caspian tem a esperança de que, se o encontrarmos, ele se casará com Lúcia para que nós dois possamos ficar juntos sem que isso custe a vida de Dash.

—Mas vai custar a de Lúcia e a de seu irmão. - concluiu ele. Assenti. - Bem, não é justo mas é uma saída. Não culpo Caspian por querê-la.

—Eu também não, mas não vou permitir que isso aconteça. - falei, convicta. - Antes a minha vida do que a deles.

Edmundo falaria mais alguma coisa, mas foi interrompido pela chegada de outros convidados. Os irmãos Kirke adentraram a sala juntos, iluminados pela luz do pôr-do-sol que ultrapassava as janelas da sala, mesclando-se à luz da lareira. O sorriso de Lúcia pareceu refletir aquela luz, que iluminava o olhar esverdeado de Dash e que envolvia a voz de Caspian. Os três cumprimentaram a todos os presentes. Lúcia deu-me um abraço apertado, feliz, e eu retribuí seu carinho, dizendo o quanto era bom vê-la. Realmente era, demais.

Dash e Caspian cumprimentaram-me com um beijo na mão. Dash de forma decidida, mantendo o olhar intenso nos meus o tempo todo antes de perguntar como eu estava e retirar-se para conversar com Corin. Caspian apenas cheio de ternura, mas sua expressão mostrava que havia uma necessidade de conversar comigo, e ele aproveitou aquele momento em que Lúcia fora abordada por Rilian e os dois se afastaram, deixando Edmundo e eu a sós com Caspian.

—Você parece preocupado. - deduziu Edmundo, mais rápido do que eu.

—Na verdade, trago notícias. - respondeu Caspian, mantendo o tom de voz baixo o suficiente para que a conversa permanecesse entre nós. - Encontrei sr. Holmes antes de vir para cá, sem meu pai saber.

—Sr. Holmes? - Edmundo franziu o cenho.

—Sim, o investigador. - falei, sentindo a ansiedade em meus lábios. - E então?

—Ele contou-me exatamente a mesma coisa que meu pai nos disse. - soltou com o ar, com um toque de frustração. - Ele acompanhou os anos de investigações ao lado dos seus pais, mas era como saltar no escuro, sem pistas, sem informações, sem resultados. A mãe de Jadis, de nome Megan, estava furiosa pela morte dos filhos e seu ódio por Raphael só aumentava. Ela era a única que sabia do paradeiro do seu irmão.

—E ela está morta. - bufou Edmundo, pondo as mãos na cintura.

—Como esteve por todos esses anos, o que só piorou as buscas. - concordou Caspian. Balancei a cabeça.

—Não é possível. Não é possível que somente ela soubesse de alguma coisa. - falei. - Como ela poderia sumir com uma criança sozinha? E mantê-la fora do alcance por tanto tempo!

—Bem – começou Edmundo, gesticulando com uma das mãos. - Estamos trabalhando com a perspectiva de que ele esteja vivo, certo? - assenti. - As vezes a melhor maneira de se esconder é deixando visível.

—O que quer dizer? - perguntei.

—Talvez ele sempre tenha estado por perto, a ponto de não ser encontrado. Ela queria fazer seus pais sofrerem pelas mãos dela, como ela.

—Isso seria desumano. - ofeguei.

—Depois do que soube, consigo imaginá-la fazendo algo assim. - ponderou Caspian.

—Mesmo assim, ela precisaria de ajuda, não há como ter feito tudo sozinha. - insisti.

—Ela era viúva, dois de seus três filhos estavam mortos. - analisou Caspian. - Só resta uma pessoa.

—Jadis. Tem que ser ela. Só pode ser ela.

Caspian e Edmundo assentiram.

—Iremos até ela assim que retornarmos a Londres. Resolveremos de uma vez po todas. - concluiu Caspian.

E assim ficou acertado. Pouco depois, recolhi-me a fim de me preparar para o jantar.

 

Caspian

 

O jantar foi servido em uma mesa a qual todos os convidados rodeavam. Uma hora antes os demais convidados chegaram e puderam juntar-se a nós. Lillian foi sutilmente cuidadosa ao dispôr os lugares à mesa, levando Dash para perto de Corin e Susana para perto de Jill. De todo caso, foi um momento ímpar, que deixou-me certo alívio por ver Susana permitir-se alguns risos e uma folga do árduo fardo que vinha carregando, o que me motivava cada vez mais a lutar pela felicidade dela. Meus olhos cruzaram com os de Dash, do outro lado, mudo, duro e indecifrável. Não consegui encará-lo.

Após algumas partidas de cartas no salão, quando quase todos já haviam se retirado, achei o momento certo para fazer o mesmo. Lancei uma despedida para todos, em especial para os anfitriões e saí.

Caminhei pela casa silenciosa cantarolando a música que Jill interpretara ao piano um pouco mais cedo, até mergulhar no silêncio de meu quarto. Apenas deu tempo de tirar os sapatos quando houve uma batida na porta. Ao abri-la, encontrei o mordomo de Lilliandil.

—Perdoe o incômodo a essa hora, senhor. - disse ele, o mais polido possível. - Mas um mensageiro acaba de lhe deixar isto e disse que era de suma importância. - entregou-me o envelope.

—Obrigado. - falei.

—Com sua licença. - e saiu.

Fechei a porta ao mesmo tempo que vi a caligrafia de meu pai no verso. Rasguei o envelope impaciente, da mesma forma que li a breve carta. Ri, nervoso, inconformado, antes de passar a mão no rosto e sair andando do quarto sem sequer me dar conta de que fazia isso.

Era inacreditável como sempre havia algo que acentuava aquela sensação terrível de ser uma marionete no palco de uma grande piada onde alguém se divertia com tudo o que dava errado, por maior loucura que isso possa parecer. Marchei causando vento pelos corredores até bater na porta que apareceu diante de mim. Susana as abriu, seu par de olhos azuis encarando-me intrigados. Falei de uma vez.

—Jadis está morta.

—O quê?! - o olhar pasmo de Susana me acompanhou enquanto eu adentrava o cômodo. Ouvi a porta fechar atrás de mim.

—É isso. - tronei-me para ela, então abri os braço e os baixei. - Acabou.

Susana cruzou os dela, aguardando. Abri a mão onde estava amassado a mensagem de meu pai e entreguei a ela, que esticou-o, caminhou até a beira da cama e sentou-se, com tal concentração que quase pude ler as palavras em seus olhos.

 

“Soube de sua ida até sr. Holmes e estou cada vez mais convencido de que não irá parar, não importa o que eu diga. Desse modo, melhor que faça isso sob minha visão do que por minhas costas. Depois que partiu decidi eu mesmo ir atrás de Jadis, o que com certeza era seu próximo passo, para obter respostas embora já tenhamos feito isso diversas vezes. Porém nesta ocorreu a pior das surpresas. A casa estava revirada e Jadis, morta. Harold, Polly e eu a encontramos e chamamos as autoridades. Não sabemos por quê ou como, mas ela se foi, e com ela nossa única fonte confiável sobre o irmão de Susana. Agora só saberemos seu paradeiro por um milagre. Sinto muito. Seu pai.”

 

Seus braços caíram sobre o colo, a expressão fitava o vazio. Tomei assento ao seu lado. Ficamos um tempo em silêncio, apenas nossas respirações eram ouvidas.

—Como isso é possível? - sussurrou.

—Não sei o que fazer. - confessei.

—Sinto como se o tivesse perdido para sempre. - expirou ela.

Não soube o que dizer. Sentia todas as portas fechadas novamente, mas para ela, eu sequer podia imaginar a sensação de perder um irmão e todas as chances de o encontrar, além do puro acaso. Eu moveria céus e terras por Lúcia e Dash, onde minhas forças fossem. E conhecia Susana o suficiente para saber que ela também não pararia, eu a admirava por isso. Dei-lhe um beijo na têmpora e disse-lhe para descansar, no dia seguinte pensaríamos no que fazer. Ela assentiu minimamente. Em silêncio retirei-me, decidido. Susana teria seu irmão de volta.

As palavras na mensagem ecoavam em minha mente por todo o caminho até que eu alcançasse minha cama. Não fazia sentido a morte de Jadis tão de repente... Havia alguma coisa que estava passando despercebida. Então algo me ocorreu. Morta. Há muitas maneiras de se chegar a esse ponto e uma delas é quando alguém lhe impõe isso.

À luz das velas, tratei logo de escrever ao meu pai, pedindo por mais detalhes e explicando-lhe minha teoria. Não parecia uma morte natural e, se foi provocada por alguém, esse alguém devia ter bons motivos. Jadis sabia de alguma coisa e se alguém a eliminou certamente era um interessado em mantê-la calada justamente quando nossas buscas começaram. Sabe o jargão, a melhor maneira de se guardar um segredo é fazendo da boca um túmulo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora mais uma vez! Espero que tenham gostado! O próximo capítulo está em andamento, logo será postado! Nos vemos nos reviews!

Beijokas!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tale As Old As Time." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.