Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo para vocês, espero que gostem ;D
Polly estava cada vez mais desconfiada de minhas saídas frequentes. Sei que estou dando razões para ela desconfiar, mas não me importava. Eu realmente precisava de Caspian, eu o amava, estava mais do que convicta disso, e ficar longe dele era a última coisa que eu queria naquele momento.
Sim, era arriscado não só por estarmos nos encontrando às escondidas. Mas também por que nossos encontros estavam cada vez mais “íntimos”. A cada encontro nos dávamos mais liberdade, nos comportávamos de maneira mais espontânea. Não sei explicar como acontecia, simplesmente não resistíamos em deixar o beijo mais profundo, em nos abraçar mais forte...
O problema era que essas coisas resultavam em outras coisas e eu definitivamente não sei... Se resisto.
Nos separamos novamente, completamente ofegantes, os cabelos estavam um pouco bagunçados, as roupas desalinhadas. O paletó de Caspian estava jogado, seu colete estava aberto e a camisa branca tinha os primeiros botões abertos. Eu não estava muito diferente, descalça, cabelos soltos, uma das mangas do vestido havia sido deslizada para baixo, deixando o ombro esquerdo a mostra e o decote um pouco maior. Caspian me abraçou, deitando a cabeça na curva de meu pescoço.
-Não devíamos nos comportar assim. - sussurrou ele, com a respiração irregular. Meus dedos deslizaram por seus cabelos. - Acho que é melhor não passarmos disto...
-E por que não? - a pergunta saiu sem pensar e pareceu deixar Caspian surpreso, não por ser algo absurdo, mas por ser ousado.
-Por que isso inflige as barreiras morais? - sugeriu divertido.
-Amor não tem barreiras.
-Por que somos muito novos?
-Amor não tem idade.
-Por que é perigoso? - ele ergueu os olhos para me olhar.
-Perigoso?
-É... Perigoso... - ele parecia falar de um assunto que eu não devia fazer ideia do que fosse. Dei um sorriso torto.
-Então não podemos passar daqui. - sussurrei sugestivamente. Caspian compreendeu e logo reiniciamos o beijo, no começo lento e amoroso, depois mais intenso e apaixonado.
[…]
-Conversei com Dash... Fui até em casa pela manhã. - comentou ele após alguns minutos de silêncio. Uni as sobrancelhas. Nós estávamos no corredor, eu sentada no chão com as costas na parede e Caspian com a cabeça em meu colo enquanto eu deslizava os dedos por seus cabelos.
-O que você foi fazer lá?
-Ele perguntou a mesma coisa. - Caspian não olhava para mim. Esperei ele continuar. - Mesmo depois de tudo o que ele fez, Dash continua sendo meu irmão... Acho que eu precisava vê-lo... E ele não estava muito diferente do que eu imaginava... As roupas desalinhadas, o olhar cheio de um ressentimento sombrio...
-Sobre o que vocês falaram? - perguntei quando vi que ele não continuaria e demorou mais alguns segundos em silêncio.
-Sobre você.
-Eu?
-No inicio não, mas todo assunto levava até você, de alguma forma. - Caspian deu uma risada fraca. - … Ele estava assustadoramente calmo.
-Dash? Calmo? - aquilo sim era intrigante.
-Por mais incrível que pareça.
-E então?
Caspian suspirou.
-Susana – ele sentou e olhou-me nos olhos. - Pouco antes de Dash pegar aquela arma nós discutimos e ele disse estar certo de que você seria esposa dele muito antes de eu voltar da França...
-Ele sempre diz que nos casaremos. Tudo fruto da mente dele...
-Não... - Caspian me interrompeu balançando a cabeça negativamente. - Disse que o Sr. Pevensie prometera você a ele . - eu não consegui dizer nada. - Perguntei ao meu pai sobre isso e ele confirmou... Raphael já tinha acertado tudo com ele, mas então aconteceu o acidente e essa história ficou... “Esquecida”...
-O meu pai... E-ele... Ele... Eu não acredito! - eu mal conseguia respirar.
-Você não sabia? - perguntou Caspian.
-Não, eu sempre achei que era tudo coisa de Dash. - minha respiração estava descompassada. - Como meu pai pôde...?
Levantei e caminhei rumo às escadas descendo-a.
-Para onde você vai? - perguntou Caspian vindo logo atrás de mim.
-Polly deve saber de alguma coisa. - falei rumo a porta. Parei antes de abrí-la, virando para Caspian.
-Já vai? - perguntou ele.
-Eu preciso saber mais sobre essa história, Caspian. - afaguei seu rosto. Caspian levou minha mão até seus lábios e a beijou.
-Vejo você amanhã?
-Sem falta.
Caspian sorriu. Eu o abracei forte.
-Vou sentir saudades... - sussurrou para mim.
-Você vai ver, passará rapidinho.
-Espero que sim.
Desfiz o abraço suavemente.
-Tchau. - mordi o lábio.
-Tchau. - ele falou. Eu deslizei por seus braços já virando de frente para a porta, mas antes que eu pudesse chegar a ela, Caspian segurou minha mão, girando-me de frente para ele, fazendo-me chocar contra si; logo tratando de envolver minha cintura, impedindo-me de sair de perto dele. Nós rimos e ele me beijou. Beijei-o uma segunda vez e, mesmo com meu coração protestando pela ausência de Caspian, eu saí refazendo o caminho para casa. Polly vai esclarecer essa história.
[…]
-POLLY! - chamei ao atravessar a porta de casa num rompante.
-O que houve? - ela veio aflita da cozinha.
-Pode ir me dizendo tudo o que sabe!
-Sobre o que?!
-Que história é essa de meu pai ter-me prometido a Dash? - perguntei o mais calmo que pude.
-Como você soube disso? - perguntou preocupada.
-Responda minha pergunta. - pedi. Ela suspirou sem saída.
-... Vamos conversar na biblioteca. - ele me deu passagem e eu segui rapidamente subindo os três degraus do outro lado da sala, pegando o pequeno corredor ali e entrando na primeira porta à esquerda. Polly veio atrás e trancou a porta para não sermos interrompidas.
-Porque você nunca me contou? - perguntei ainda de costas para Polly e de frente para a mesa com a cadeira colossal de meu pai e a grande janela atrás dela.
-Estava certo de que seus pais iriam contar para você, mas então aconteceu o acidente e...
-“Essa história ficou 'esquecida'” - repeti a fala de Caspian mais cedo. - Eu sei. - Virei para Polly. - E por que você nunca me contou nada sobre isso? Eu sou a mais afetada em tudo isso, você tinham que ter me contado!
-Sua mãe e eu pensávamos assim, mas seu pai queria manter tudo em... “Segredo” por um tempo. - falou ela. - E no final todos concordamos em manter sigilo por um tempo. Sabíamos que você não iria concordar por ser um casamento arranjado.
-Exatamente. - resmunguei. - Mas manter sigilo por que? Por que me escodner isso?!
-Eles queriam esperar você crescesse mais um pouco... Que você amadurecesse...
-Amadurecer? Polly, eles mesmos viviam dizendo que eu sou madura demais para minha idade e...
-Você não entende, Susana? - ela me interrompeu calmamente. - Não é de uns tempos para cá que você está prometida a Dash... Você sempre esteve... A vida toda...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Mais um mistério no ar!!! Por que Raphael nunca contou a Su sobre isso e por que ela está prometida a Dash há tanto tempo????? *0* amo esses mistérios familiares, estou tomando gosto pela coisa, tanto gosto que já estou planejando outra fic assim ;D
Beijokas!!