Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 99
Capítulo 99




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CAPITULO 99

Os dois homens pararam, observando o garoto correr na sua direção. Ele mantinha a cabeça baixa, observando o chão. Facilmente, um deles entrou no caminho dele, derrubando-o.

- Ai, me descul... – o garoto os encarou, arregalando os olhos.

- Como vai, Saito-chan? – o que estava mais afastado o cumprimentou, com deboche.

- Voce... – Saito ficou pálido. – Não devia estar bem longe daqui?

- Ora, ora... que maneiras são essas, garoto? – o que lhe segurava, lhe sacudiu. – lembre-se que a sua...

- Já chega, Mitsuo. – o que estava mais afastado, começou a aproximar-se. – Saito-chan tem alguma para nos contar, ou não?

- É claro que... – Saito parou de falar, gemendo quando o homem que lhe segurava lhe deu um soco no estomago. – Covarde!

- Solte meu irmão. – uma voz feminina fez que eles olhassem para uma arvore. Sanae saiu de la, olhando fixamente para o homem que tinha saito nas mãos. – o fato dele estar aqui é a prova da lealdade de Saito!

O homem suspirou.

- Mitsuo, voce escutou Sanae.

- Panaca. – Saito deu um salto, assim que se viu livre. O xingamento foi espontâneo.

- Eu vou lhe mostrar....

- Mitsuo. – o homem não se deixou enganar pela voz suave do homem. – Saito-kun, fico feliz em saber que a sua lealdade pertence a sua irmã.

- Jamais vou permitir que a minha ruiva seja machucada. – os olhos de Saito estavam brilhantes

Sanae sorriu, o encarando.

- Meu irmãozinho.... – o abracou com força. – por um momento, achei que sua lealdade estava com aquela...

- Sanae, nunca duvide que a minha lealdade pertence a apenas uma pessoa. – lançou um olhar atravessado a irma. – consegui descobrir muitas coisas interessantes. Estão com vontade de saber ou não?

- Insolente! – Mitsuo deu um passo em direção a Saito, que abandonou sua forma adolescente, ficando mais alto que Sanae. Rapidamente, ele pegou uma kunai, enquanto encarava o homem disposto a lhe bater.

- Mitsuo, Saito foi treinado por Toshiro Uzumaki pelos últimos três anos. Voce realmente vai querer saber o resultado desse treinamento?

Kushina soltou-se do abraço, mas passou a acariciar o rosto de Tomoe.

- Jun mandou uma coisa para voce.

Puxou um pedaço de papel, dobrado do bolso da calca. Tomoe sorriu tristemente, quando viu o desenho feito nele.

- Eu...

- Ela queria vir comigo, mas... – Kushina deu de ombros. – para que tem serventia um padrinho, se não pode ficar um pouco com a afilhada? – Kushina suspirou. – Se bem que eu tenho esperança que eles não se metam em uma encrenca muito grande... o que duvido muito

- Eu... queria poder dizer isso uma vez...

- Voce vai dizer. – Kushina falou com firmeza. – Voce vai ver. Vai ter alguns molequinhos, que mesmo o Hiashi não deixando, vou ensinar a serem bastante encapetados!

Tomoe sorriu... para em seguida desabar no choro novamente. Kushina a abraçou.

- Chora. Chora bastante, que voce precisa...

Kushina ficou ali por mais um tempo, somente saiu quando Tsunade chegou, a expulsando dali. Tomoe tomou alguns medicamentos que a fizeram dormir, contra sua vontade. Queria chorar, chorar, chorar... ate tirar toda a tristeza que tinha dentro de si.

- Cerca de meia noite, ela acordou, uma sombra na janela. Tomoe sentia-se zonza, com um gosto estranho na boca.

A sombra moveu-se, indo ate ela. A luz do abajur foi acendida. A mãe de Kushina sentou-se ao lado dela. Permaneceram em silencio por um longo tempo, ate ruiva começar a falar.

- A dor que voce esta sentindo, vai continuar a crescer, enquanto voce não se perdoar.

- Queria apenas...

Hinata pegou as mãos de Tomoe.

- Se voce tivesse ficado em uma cama, voce teria perdido seu filho igualmente. O meu primogênito... Eu havia caído de um cavalo, poderia ter sido evitado. Mas o ultimo... Eu caminhei os nove meses, nunca corri... a coisa mais pesada que peguei em meus braços, foi Kushina. E mesmo assim... mesmo assim, eu nunca consegui escutar o seu choro.

- Como?

- Ele nasceu, com o cordão enrolado no pescoço. – Hinata embora olhasse Tomoe nos olhos, pensava no passado. – Eu não consegui pega-lo nos braços. Quando a parteira me mostrou o corpinho dele, eu comecei a chorar... então, eikichi entrou no quarto... E pegou nosso bebe... fez o que eu não tinha coragem. Mesmo depois de ver o meu bebe no caixão, sendo tragado... eu não consegui tirar ele de la... não consegui pega-lo...

Tomoe a escutava quase sem respirar.

- Por muitos anos, eu não consegui acreditar nisso... Eu não peguei o meu menininho... mas agora... Eu não queria acreditar que ele estava morto. E quando eu consegui acreditar, aceitar... foi a vez de perder o homem que me fez reacreditar em milagres.

Hinata levantou-se. beijou Tomoe na testa.

- Voce tem um homem que quer voce. Voce. Não crianças, não poder. Apóie-se nele, mas lembre-se querida. Voce precisa andar com suas pernas, também. E apóia-lo.

- Então, o que a senhora acha?

- Kyuubi-chan, vem dar um beijinho na mamãe Hinata! – Jun pegou a gatinha, que miou. – Aff, não seja reclamona!

- Jun, voce vai acabar ganhando uma bela...

- AIII! – A gatinha saiu correndo.

- ... aranhada.  – Kushina completou com um suspiro. – deixa eu ver. – a menina ofereceu o braço, fazendo um bico.

- Água, sabão e beijinho de mamãe. – Kushina sentenciou.

- Eu... eu cuido dela. – hinata ofereceu-se.

= Claro. Mas depois, vai descansar e...

- Mulherada, o seu presente ta chegando. – o grito de kuwabara, fez todas se voltarem para a porta. - Ai que cena linda! – kuwabara fingiu cair, chorando. – três mulheres, lindas ruivas e inteligentes... o que mais um homem poderia querer para desejar estar sempre em casa?

- Sano...Suke?  - Hinata questionou, recuando um passo.

- Kuwabara... – Kushina tinha o punho fechado. – quer que eu te quebre a cara? Se acomode seu idiota!

- Voce vai botar as suas mãozinhas em cima de mim? Ui, isso é gostos...

Kuwabara levantou-se correndo, quando Kushina partiu para cima dele. Como crianças, ficaram rodando por círculos em volta de hinata, enquanto promessas de desmembramento eram feitas por Kushina.

Apenas pararam, quando Kushina, pulando, conseguiu derrubar Kuwabara. O ameaçava de dar um soco, o punho erguido quando a porta foi aberta por Aika Namikaze.

- Kushina-chan! O que... precisa de ajuda?

- Han? – Kushina a olhou meio desorientada. – não, consigo bater no Kuwabara sozinha, obrigada.

- Macaca velha. – Kuwabara resmungou. Infelizmente, Aika escutou.

- Quem voce está chamando de macaca velha, seu...

- Senhora Aika, ao que lhe devo o prazer da visita? – Kushina levantou-se um sorriso meio constrangido. Quando Kuwabara tentou chutar-lhe as pernas para que caísse, ela pulou e caiu com as pernas abertas. Com o quadril no estomago de Kuwabara, fingiu dar um soco no seu rosto. – sou melhor que voce. Então, finja que é verdade e recolha-se a sua insignificância.

- Não deixa essa macaca me pegar. – kuwabara sussurrou para Kushina.

- Senhora Aika, desculpa pela bagunça... – Kushina deu um chute leve para adverti-lo. Kuwabara estava ainda deitado, olhando de maneira provocativa para Aika.

- Que bom que eu lhe encontrei, Kushina! Eu posso pegar sua filha emprestada... tipo pelo dia inteiro?

- E o que a senhora vai fazer com a minha filha?

Aika deu um sorriso inocente.

- Eu vou junto. – Hinata ofereceu-se. Kushina olhou para a filha, depois de encarar a mãe por alguns segundos. – Não me sinto cansada.

- Senhora Namikaze, eu... Vou pentear Jun e depois a senhora pode levar o meu bebê...

- Eu sou uma mocinha!

- Hai, hai... – Kushina pegou a filha pela mão e saiu da sala.  – Se a mamãe Hinata tentar fugir, Jun, voce vai correr e vir me avisar, esta bem? – falou para a filha, enquanto penteava os cabelos da menina.

- Hai, mamãezinha.

- Como é que é a coisa? – Kushina falou de maneira sussurrada. Jun deu um passo para trás.

- A vovó Aika disse...

- VOVÓ AIKA O ESCAMBAU!

- Acho que la em Suna não escutaram voce. – Kuwabara olhou para o prato que tinha o resto da refeição sofrível que a prima fizera. Maldita hora que seu ojiichan resolvera chamar Saito, para fazer sabe-se-lá-o que! Quando ele conseguira sair do novo emprego – conseguira um emprego como garçom em um boteco, perante a garantia que se ele arranjasse alguém para substitui-lo – ele tinha em mente Saito, para que o garoto pudesse ganhar alguns trocados – quando estivesse em missões ninjas – Kushina já aparecera com o jantar praticamente pronto. Ele se forçara a comer, para não desapontar  Kushina, que estava cheia de expectativas.

Quando hinata apareceu para o jantar, quase deu meia volta pela aura de fúria que Kushina emanava. A ruiva estava esbravejando a cerca de quinze minutos, pois Jun contara que Aika as levara até a academia. Ambas as senhoras de idade haviam participado da cerimônia de inicio da academia. Oficialmente, Jun era mais uma das inúmeras alunas do primeiro ano.

- E eu juro que quando eu puser as minhas mãos naquela macaca velha, o inferno vai receber mais uma alma!

- A vovó Aika não é uma maca...

- Jun, quantas vezes eu tenho que dizer que nesse aspecto voce é voto vencido? Eu não quero voce na academia! E voce, a partir de amanha, vai ficar longe de lá! E se Aika Namikaze falar com voce, vai dar as costas, baixar a cabeça e vir para perto do seu padrinho ou de mim!

- Eu quero...

- Escovar os dentes e lavar as mãos! Depois trocar de roupa e ir imediatamente para a cama! E sem discussão! – Kushina finalzou as ordens, dando um tapa na mesa.

Quando Kushina baixou o tom de voz, Jun bufou.

- Isso não é justo! Eu gosto da vovó Aika!

- São as minhas regras, Jun! eu não quero mais voce perto dessa mulher, entendeu?

- Mas...

- Menos! Agora vá escovar os dentes e se deitar.

Jun olhou Hinata como se pedisse ajuda, mas a expressão de puro choque no rosto da mulher mais velha, demonstrou a ela que não adiantava discutir. Saiu da mesa sem uma palavra, de cabeça baixa.

Kushina colocou as duas mãos no rosto, enquanto se acalmava.

- Ina, eu acho que a situação não é para tanto... Afinal de contas... Ela pode aprender algo de útil lá...

- Eu não quero a nossa vida para ela, Kuwabara. – ela murmurou, a voz saindo abafada.

- Eu vou levar Jun a academia.

A fala tranqüila de Hinata fez Kushina tirar as mãos do rosto.

- Não. jun não vai voltar a academia.

Hinata levantou-se devagar.

- Sim, ela vai. Eu vou leva-la e busca-la, todos os dias. Vou cuidar da sua merenda e também que ela faça todos os deveres.

Os olhos de Kushina readquiriram o brilho dourado. Ela levantou-se também.

- Jun é minha filha. E eu decido se...

- Ela precisa aprender...

- Eu ensino ela a se defender! - os dois punhos bateram juntos na mesa. – Eu não quero Jun na academia, não dá para vocês simplesmente aceitar essa decisão?

- Os seus olhos... – Hinata engoliu em seco. – eles... Estão parecidos... Kami-sama... – Hinata sentiu uma tontura. Teria caído se Kuwabara não tivesse lhe segurado.

- O que tem meus olhos? – Kushina suavizou o tom de voz, enquanto oferecia um copo de água fresca para ela.

- São iguais... aos dela.

- Dela? Quem?

- Dela. – Hinata estendeu a mao e passou-a no rosto de Kushina. – Voce tem o rosto parecido com o  meu, mas os olhos... – ela balançou a cabeça. – definitivamente são os dela...

- Tia Hinata, voce está falando de quem? – kuwabara indagou, depois de perceber que talvez a tia ficasse apenas divagando ao invés de responder. Hinata o olhou, balançando a cabeça.

- Eu... minha cama... – ela começou a fazer força para levantar-se.

- Quer dizer que voce vai simplesmente assim, indo para a cama e me deixando assim, morta de curiosidade? – Kushina pediu, quando a mãe já estava acomodada no quarto. Kuwabara havia saído do quarto, deixando as duas com um pouco de privacidade. Hinata a fitou por um longo momento, antes de tirar uma longa corrente de dentro da camisa que usava. Passou-a no pescoço da filha.

- Isso, seu pai me deu no dia que eu contei a ele que estava grávida.

Kushina pegou a figura, suspensa com aparente fragilidade na corrente. Uma borboleta com varias pedras coloridas, formando o desenho das asas.

- É muito bonita.

- A borboleta sofre uma grande transformação. Ela necessita de uma enorme força para isso. Como o nosso bebe seria muito forte.

- E o que isso quer dizer?

- Kushina. – Hinata pegou o rosto da filha com as duas mãos. – Jun sente admiração por voce e Kuwabara. Se voce insistir em não deixa-la seguir o seu caminho, essa admiração se transformara em ressentimento.

Ela pode ser qualquer outra coisa.

- Voce poderia estar agora no Pais do Barro Vermelho, trabalhando como gueixa...

- Eu poderia. Mas estaria longe de voce.

- Pense nisso. – Hinata fechou os olhos, adormecendo rapidamente.

Kushina ficou-a fitando por alguns minutos. Levantou-se e saiu do quarto. Kuwabara estava sentado no aposento que seria a sala.

- Eu vou dar uma saída. Pode cuidar da jun e da minha mãe?

- Claro, hime. – ele sorriu. – vou tentar acalmar a ferinha.

- Por que me chamou assim?

Ele deu de ombros.

- Caso voce não se lembre, as vezes eu te chamei assim a minha vida inteira. Por que o susto?

Foi a vez dela dar de ombros. Então, sem olhar para trás, Kushina saiu porta afora.


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