Por Um Segredo escrita por Bruna Diniz


Capítulo 15
Capítulo 15: Espanto


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoal...
Quero agradecer aos comentários e esclarecer que apesar de não responder todos eu os leio e considero muito a opinião de todos...
Esse capítulo não é muito revelador mas é extremamente importante para a continuação da história...
Espero que gostem!!!
E desculpem a demora!!!
Beijos!



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Pov Bella:

_ Você não quer mais suas malas?

Me virei assustada ao ouvir a voz de Edward bem próxima a mim.

_ O quê?_ Perguntei confusa, olhando ao redor da sala de desembarque quase vazia e o encarando em seguida.

Eu estava extremamente distraída, amedrontada, paranóica...

Esses adjetivos podiam ser o começo da descrição do meu estado de espírito nesse exato momento. Ou melhor, desde que saímos de Forks.

Sentia-me extremamente apreensiva e não conseguia parar de pensar em tudo o que acontecera até ali e em tudo que ainda estava por vir.

Voltar a Boston não poderia, de forma alguma, me fazer algum bem.

E me de conta de que não fazia a menor idéia sobre o que Edward falava nesse momento.

_ As malas, Bella... Já passaram umas duzentas vezes pela esteira e você não as recolheu._ Ele explicou com um tom debochado, como se falasse com uma criança.

Fiz uma careta e olhei novamente para a esteira me preparando para finalmente recolher minha bagagem, que era uma das únicas a circular no aparelho.

_ Você podia ter sido um cavalheiro, para variar, e as recolhido pra mim._ Disse com as malas já em mãos.

Ele apenas sorriu e se afastou em direção a nossa filha que já estava nos esperando na saída da sala de desembarque.

_ Vamos, mamãe... Eu estou muuuuito cansada... E sabe o que mais? Morreeeeendo de fome!

Dei um sorriso sem graça e os segui em direção a porta do Aeroporto.

Renesmee estava agarrada a mão de Edward e não parava de falar. Ele, como sempre, respondia a todas as suas perguntas com muita paciência.

Eu, por outro lado, não estava nem um pouco a fim de manter um diálogo com quem quer que fosse.

_ Não vamos comer aqui?_ Perguntei quando percebi que estávamos do lado de fora do aeroporto e Edward já acenava para um taxi.

_ Não. Vamos direto para casa. Nessie está cansada e Alda já nos espera com uma deliciosa refeição.

_ Posso saber que é Alda?

_ Minha funcionária. Ela cuida da casa, das refeições e das minhas roupas._ Ele me olhou enquanto terminava de colocar as malas no porta-malas do táxi._ Sabe como é... Homem, solteiro, desorganizado... Precisava de ajuda. Sem contar, que ela está na família antes mesmo do meu nascimento... Quase uma mãe pra mim.

Eu apenas assenti.

_ E ela sabe que está levando para casa uma esposa e uma filha, que você não possuía da última vez que saiu de casa?

_ Sabe._ Ele disse simplesmente.

_ Bom... Pelo menos não vamos matar ninguém do coração.

Ele riu e entrou no carro.

Eu juro que queria fugir.

Não queria, de forma alguma, enfrentar o que estava por vir, mas me obriguei a entrar no carro e segui-lo.

Para o inferno, sem sombra de dúvida.

xxxxx

A casa de Edward era linda.

Tinha um estilo moderno, e combinava perfeitamente com as outras luxuosas casas localizadas no bairro Beacon Hill, um dos mais nobres de Boston.

Claro... Nada menos luxuoso para um Cullen!

Essa era a parte da cidade proibida para estudantes pobres. Como eu era.

Lembro-me de às vezes olhar fotos das belas casas localizadas nesse bairro em revistas de decoração. Todas eram absolutamente incríveis.

Sonhava em me formar e poder oferecer pelo menos um terço do conforto que via nessas revistas a minha avó e a minha futura família, que planejava ter.

Agora, estava ali, prestes a entrar em uma dessas casas, como esposa do dono e tudo que eu queria era ir embora sem olhar para trás.

_ Uau... Que casa legal!_ Nessie disse enquanto saltava do carro e admirava a fachada de pedras.

_ Vamos entrar? Está frio aqui fora._ Ele disse se dirigindo às escadas que nos levariam para o interior da casa.

Eu hesitei.

Olhei para os lados pesquisando possíveis rotas de fulga.

Deus!

 “Respire Bella. Respire.”

Eu não queria estar ali, mas como Alice dissera, não poderia fugir dos problemas a vida toda.

E não podia simplesmente ir embora e deixar Nessie... Ou levá-la.

Ela adorava o pai, adorava ter uma família.

E eu suportaria qualquer coisa por ela.

Respirei fundo algumas vezes e os segui, levando minhas malas.

“Vamos lá, Bella... À batalha!”

Uma senhora de meia idade nos esperava à porta e sorriu amplamente ao ver Edward.

Essa devia ser Alda, a funcionária que o ajudava com a casa e pela qual ele parecia nutrir sentimentos quase maternais.

_ Menino, Cullen... Que bom tê-lo em casa outra vez!

_ Olá Alda. Fico feliz por estar de volta também._ Ele se virou para mim e Renesmee que estávamos logo atrás dele._ Quero que conheça minha esposa, Isabella e nossa filha Renesmee.

Seu sorriso ainda era simpático quando olhou para mim, mas assim que seu olhar pousou em Renesmee, arregalou os olhos assustada e empalideceu mortalmente.

_ Deus!_ Alda Arfou e levou a mão ao peito encostando-se à parede.

_ Está tudo bem, Alda?_ Edward perguntou alarmado enquanto a levava para o interior da residência e a ajudava sentar-se no sofá.

Eu coloquei as mãos nos ombros de Nessie e a conduzi para dentro, fechando a porta e impedindo que o vento gelado invadisse o ambiente.

_ O que ela tem mamãe?_ Nessie sussurrou preocupada.

_ Não sei querida.

E eu realmente não sabia.

Ela olhara para Nessie e passara mal.

Por quê?

Edward insistia em levá-la ao hospital, mas ela meneava a cabeça, recusando suas ofertas.

_ Está tudo bem, querido. Deve ter sido uma queda de pressão_ Ela disse com a voz sumida enquanto tentava se levantar.

_ Alda, eu acho melhor levá-la ao hospital. Ninguém desmaia por nada. Eu mesmo posso fazer os exames.

_ Bobagem... Vou terminar de preparar o jantar enquanto vocês se acomodam._ Ela disse agora de pé. Edward quis protestar, mas ela o silenciou colocando as mãos nos ombros dele._ Eu estou bem. Prometo._ Olhou novamente para mim e Nessie e com um leve menear de cabeça afastou-se rapidamente em direção a cozinha.

Edward a viu sumir pelo corredor e me encarou.

Sua expressão demonstrava confusão.

Depois ele olhou para Renesmee e seus olhos se estreitaram como se buscasse uma explicação nas feições de nossa filha para a reação estranha de Alda ao conhecê-la.

Não era assim que as pessoas geralmente reagiam a Nessie. Desde bebê ela possuía um encanto e uma beleza especial que faziam com que multidões a admirassem e se apaixonassem por ela a primeira vista.

Ele certamente não tinha entendido o porquê de sua funcionária ter desmaiado quando olhara para nossa filha.

Suspirando, ele pegou as malas esquecidas na porta e nos guiou por um amplo corredor.

_ Venham, vou mostrar os quartos.

O seguimos e chegamos a um hall muito elegante onde as muitas portas davam acesso a seis quartos lindamente decorados. Dois eram suítes. Uma para Renesmee e outras para nós dois.

_ Esse foi preparado para Nessie. Eu queria decorá-lo, mas como não vamos ficar por muito tempo resolvi deixar para depois.

_ Aquela camona ali é toda só pra mim?_ Nessie perguntou animada, apontando para a grande cama King coberta por uma colcha com temas florais muito delicados.

_ Sim, meu anjo. Toda pra você.

_ Eba..._ Ela gritou e correu para a cama, mas antes que pudesse alcançá-la eu a segurei pelo capuz do agasalho lilás que ela usava e a puxei de volta.

_ Nem pense em pular na cama. A senhorita precisa de um banho, de comida e só depois, de cama... Mas para dormir e não para pular.

_ Mas mãe, eu só quero estrear a cama.

Lancei-lhe um olhar de censura e ela cruzou os braços sobre o peito e bateu o pé o chão, mas não discutiu minha ordem.

Ela sabia bem o que significava aquele olhar: Caso ela não me obedecesse, estaria bastante encrencada.

_ Bom, o banheiro fica ali._ Edward disse apontando para uma porta que se destacava entre as portas do armário._ Arrume o banho de Renesmee e venha comigo. Vou mostrar nosso quarto.

A levei para o banheiro e enquanto ela tirava a roupa eu enchia a grande banheira de água.

_ Você podia usar o chuveiro, querida. É bem mais rápido.

_ Mas na banheira é mais divertido.

Eu ri e a ajudei a entrar na banheira.

_ Nada de bagunça, Nessie. Você tem que ser uma menina bem comportada.

_ Eu sei... Mas..._ Hesitou, mordendo os lábios.

Ela se parecia tanto comigo quando fazia isso.

_ Mas?_ A incentivei.

_ Essa casa é do papai, então é nossa também.

_ Mas nem por isso você tem que destruir e desorganizar tudo. Não foi assim que eu lhe eduquei.

_ Tá bom!!!_ Disse revirando os olhos.

_ Daqui a pouco venho lhe tirar daí..._ Falei me dirigindo para a porta.

_ Pode demorar bastantão...

Sai rindo do banheiro e encontrei Edward me esperando.

_ Vamos?_ Ele me perguntou e eu suspirei, simplesmente o seguindo.

_ Existem seis quartos nessa casa Edward, porque tenho que dormir no mesmo que você?_ Perguntei quando já estávamos sozinhos no quarto.

A suíte principal era enorme.

A cama era duas vezes maior que a do quarto onde Renesmee estava e possuía um dossel, coberto por um tecido claro e muito elegante. As cortinas combinavam perfeitamente com o tecido da cama e de onde eu estava podia ver uma banheira de hidromassagem redonda, que mais parecia uma piscina, separada do quarto por uma parede de vidro.

_ Você é minha esposa._ Ele disse respondendo minha pergunta.

_ Ótimo. Eu me lembro perfeitamente disso. Mas, não sei se você sabe, a última moda na Europa é os casais dormir em quartos separados. A privacidade só tem a acrescentar às relações.

Ele me encarou sorrindo. Debochando, na verdade.

_ Mesmo?

_ Sim, mesmo.

_ Não ligo para moda. Além do mais, o que Aida diria se soubesse que nós, recém casados, não dividimos a cama?

Eu apenas dei de ombros e me sentei na grande cama.

Na verdade não me importava em dividir uma cama com Edward. Gostava de senti-lo perto de mim, mesmo não podendo tocá-lo como gostaria.

E eu só não podia porque apesar de amá-lo e desejá-lo com loucura eu precisava fazer com que ele me respeitasse.

_ Não sabia que ligava tanto para o que os outros dizem ou pensam.

_ Não ligo. Mas Alda me conhece há bastante tempo e sabe que há muito tempo eu não tenho uma vida amorosa. Acharia no mínimo estranho eu ter uma esposa e dormir separado dela.

Eu gargalhei com sua declaração.

_ Tem medo que ela duvide de sua masculinidade?

Ele me olhou zangado.

_ Não amole!

Eu ri mais ainda. Adorava provocá-lo.

_ Pobre, Edward. Alda devia estar desesperada pensando que o menino Cullen não se interessava por mulheres.

_ Não diga besteira, Bella. Nunca dei motivos para ninguém duvidar de minha masculinidade.

_ Se você diz...

_ Me diga você então... Não sou homem o bastante?_ Ele perguntou malicioso enquanto aproximava-se de mim.

Foi minha vez de ficar sem graça.

Senti meu rosto esquentando e desviei o olhar, não respondendo a sua pergunta.

_ Você adora me provocar, não é Isabella Cullen? Mas quando as coisas esquentam corre igual a um cãozinho assustado.

_ Não, eu... Eu..._ Gaguejei enquanto me afastava de sua presença perturbadora. Levantei rapidamente da cama e fui em direção a porta.

_ Isso, foge... Continue fazendo isso sua vida toda. Todos os seus problemas se resolverão dessa forma!_ Ele disse ironicamente.

_ Vou ver se Renesmee já terminou o banho.

Sai rapidamente do quarto, antes que cometesse alguma loucura como beijá-lo ou agredi-lo.

Deparei-me com Alda no corredor e ela sorriu contidamente ao me ver.

_ Vim avisá-los que o jantar está pronto.

_ Ah... Obrigada. Vou ver se Nessie já terminou o banho e logo vamos comer. Você avisa o Edward para mim? Ele está no quarto.

Ela meneou a cabeça e eu segui em direção ao quarto de Nessie.

_ Sua filha é tão linda..._ Ela disse quando já me aproximava da porta.

_ Obrigada, Alda.

_ Fico feliz que a senhora esteja aqui. O menino Cullen vivia muito sozinho. E eu prefiro muito mais a senhora a tal de Tâ..._ Ela de repente parou de falar e baixou o olhar, constrangida.

_ Você ia dizer Tânia?_ Perguntei curiosa.

Em nenhum momento depois do nosso reencontro Edward havia tocado no nome de Tânia Denali outra vez. Na época do nosso namoro seus pais tinham planos de unir as duas famílias através do enlace entre eles.

Imagino que esses planos não tenham se concretizado, mas isso não impedia que a tal Tânia freqüentasse os mesmos lugares que Edward, inclusive sua casa.

_ Isso não é da minha conta, Senhora Cullen._ Desviei a atenção dos meus devaneios ao ouvir a voz suave de Alda.

_ Me chame de Bella, Alda. Senhora Cullen me deixa muito velha e eu tenho apenas vinte e tês anos.

_ Mas a senhora é a patroa...

_ Você chama o Edward pelo nome, não chama?

_ Sim... Mas eu conheço o menino Cullen há bastante tempo...

_ Finja que me conhece também... É simples... Serei apenas Bella para você.

Ela sorriu, mas nada disse.

Nesse momento a porta do quarto se abriu e Nessie apareceu enrolada em uma toalha com os cabelos pingando água. O assunto Tânia esquecido nesse momento.

_ Mamãe, que roupa eu visto?_ Ela perguntou me encarando e só depois ela notou a presença de Alda que a encarava assombrada mais uma vez. Nessie sorriu. _ Você não vai desmaiar de novo, vai?

Alda balançou a cabeça suavemente e pude notar que seus olhos estavam rasos d’água.

_ Você nos deu um sustão... Mas papai é médico... Se ficar dodói ele cuida de você...

Eu sorri e continuei olhando para Alda que ainda encarava Nessie.

Ela estava paralisada enquanto contemplava as feições suaves de minha filha.

Medo, descrença, desconfiança e outros sentimentos refletiam-se em seu olhar vidrado.

_ Mãe, estou com fome... Que roupa eu visto?

Desviei o olhar de Alda e encarei Nessie.

_ Vamos ver...  Alda, assim que eu trocá-la, vamos jantar.

Ela assentiu e afastou-se.

xxxxx

_ Ela não gosta de mim, mamãe?_ Nessie perguntou enquanto eu penteava seus cabelos.

_ Quem? Alda?_ Perguntei confusa, mas já imaginava que fosse de Alda que ela falava.

Nessie é muito perceptiva e certamente achou estranha a reação da senhora todas às vezes que a vira.

_ É... Ela me olha estranho...

_ Ah, querida... Claro que ela gosta de você. Vai ver, você a faz lembrar-se de alguém e ela fica triste quando a olha._ Disse enquanto a abraçava.

_ Mas ninguém se parece comigo. Minha gêmela morreu._ Sua voz era carregada de dúvidas.

_ Se diz gêmea, Nessie... E não são apenas gêmeos que se parecem. Você pode se parecer com seu pai quando tinha sua idade e isso à deixa com saudades.

_ Ai, mamãe... O papai é um homenzinho... Eu não posso me parecer com ele.

Eu ri.

_ Claro que pode meu bem. E acredite: Você é bem parecida com ele sim. Na cor dos cabelos, no formato dos dedos, no formato do rosto... E tudo isso pode trazer lembranças a Alda.

_ Ah... Eu sou uma mistura de vocês dois, não é?

_ Sim... A mistura mais perfeita e tagarela que existe_ Disse fazendo cócegas em sua barriga.

Ela gargalhava feliz e soltava pequenos gritinhos.

Nesse momento Edward abriu a porta e nos olhou sorrindo.

_ Vamos comer, garotas. Estou azul de fome.

Nessie correu até ele e Edward a suspendeu no ar.

_ Não vejo nada azul em você, papai.

Ele gargalhou e seguiu pelo corredor em direção a cozinha, com Nessie em seus braços.

Eu sorri também e os segui.

Chegamos à sala de jantar e um verdadeiro banquete nos esperava.

Alda estava parada em um canto e quando nos viu se aproximando voltou seus olhos para Renesmee.

Seu olhar demonstrava incredulidade, mas também era terno e suave.

Daria tudo para saber o que Alda estava pensando nesse momento.

_ Oba... Comida!_ Nessie disse enquanto começava a atacar o ravióli que eu servira em seu prato.

Todos nós rimos.

_ Desse jeito Alda vai pensar que não a alimentamos devidamente, Nessie._ Edward disse enquanto se servia e piscava para Alda.

Nessie também sorriu, mas não disse nada.

Eu comia em silêncio e de vez em quando olhava para Alda que continuava a encarar Nessie.

_ Seus pais vão ficar felizes em saber que você voltou menino Cullen.

A menção aos pais de Edward me fez engasgar com a comida.

Ele me olhou atentamente e depois encarou Alda.

_ Como eles estão?

_ Seu pai está bastante zangado pelo seu sumiço e sua mãe está preocupada por não saber onde você se meteu. Mas, tirando isso, estão bem.

Edward suspirou e se concentrou outra vez na comida.

Eu perdi a fome completamente.

Pensar em Carlisle mexia totalmente com minhas emoções. As piores delas, é claro.

_ E Rosalie?_ Edward perguntou depois de um tempo.

_ Continua na Suíça. Imagino que nem tenha planos de visitá-los.

_ Enquanto nossos pais a sustentarem ela não têm porque nos visitar.

_ Quem é Rosalie, papai?_ Nessie perguntou curiosa.

_ É sua tia, meu bem.

_ Sua irmã?

_ Sim.

Ela ficou em silêncio por um tempo.

_ Eu tinha uma irmã. Mas ela morreu. Ela era minha gêmela.

Nesse instante, Alda que recolhia algumas louças, deixou a bandeja cair, assustando a todos com o barulho.

_ Deus! Alda, tem certeza que está mesmo bem?_ Edward perguntou preocupado.

_ Sim, Edward. Eu... Eu... Com licença._ Disse enquanto corria em direção à cozinha.

_ Acho melhor levá-la ao médico... Ou você mesmo examiná-la. Ela não me parece bem._ Disse enquanto me levantava e começava a recolher a louça que ela deixara cair.

_ Realmente. Ela não me parece muito bem._ Edward disse pensativo.

_ Ela me disse que o conhece desde garoto...

_ Alda trabalha para minha família desde antes do meu nascimento. Ela é inglesa assim como minha mãe e a acompanha desde muitos anos.

_ Ela não tem filhos?

_ Sim. Tem quatro. Mas eles não vivem aqui em Boston. São todos casados e estão espalhados pelos Estados Unidos. Ela é viúva há bastante tempo e, portanto se dedica exclusivamente a minha família.

_ Ela parece gostar muito de você.

Ele sorriu ternamente.

Era tão bom conversar com ele sem brigas ou ironias e vê-lo sorrir assim, sinceramente.

_ Quando decidi sair de casa ela disse que viria comigo. Como precisaria de ajuda, não recusei.

_ Edward... Eu acho que ela está perturbada com a presença da..._ Não terminei a frase olhando para Renesmee. Ele entendeu o que eu quis dizer e acenou com a cabeça.

_ Eu notei.

_ E você imagina o porquê?

Ele suspirou e olhou para Nessie que agora saboreava sua sobremesa.

_ Não, mas pretendo descobrir.

Dito isso, ele se levantou e se dirigiu para a sala.

Nessie pulou da cadeira e correu atrás dele.

Eu os segui.

_ Aonde vai, papai?

_ Ao hospital, querida. Preciso resolver umas coisas.

Ela assentiu e sorriu de leve, indo abraçá-lo.

_ Quando vamos visitar o vovô Carlisle?

Eu gelei ao ouvir a pergunta inocente de Nessie.

Edward me olhou, já da porta principal e estreitou os olhos.

_ Amanhã, Nessie._ Beijou seus cabelos e saiu.

Sem olhar para traz.

E o pesadelo começa.

Deus me ajude!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
O capítulo está bem leve...
Espero que tenham gostado...
Continuem comentando e se puderem, recomendem minha fic...
Beijos e até o próximo capítulo...