Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 36
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Triste por postar o epílogo... =/ Atrasado, só para não perder o costume. Kkk'.
E só para não perder o costume, a música de hoje é Running On Faith, do meu ídolo Eric Clapton. Sério, eu amo esse cara! Kkkk'. E essa música também. =)
Link: http://letras.mus.br/eric-clapton/90422/traducao.html
Link: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=VskUOPrkPqM
E ainda o vídeo é da versão do CD Unplugged que eu tenho em casa e é o meu favorito. *-*
Espero que gostem, apesar de não ter ficado dos melhores porque eu estou com um puta sono, mas né... Ah, e chorem com essa música porque ela é simplesmente linda e eu tenho vontade de chorar cada vez que eu a escuto. *-*
E só pra constar, respondo os reviews amanhã, ou hoje no caso. É que agora eu estou com sono e preciso ir dormir. *-*



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Epílogo

 .

Sentir suas mãos envolta da minha cintura era melhor que o paraíso, principalmente quando por fim senti seus lábios traçarem uma linha de beijos por meu ombro, indo através do pescoço até parar em minha bochecha.

- Eu sei que você está acordada – Cameron murmurou com a voz rouca em meu ouvido.

Deixei que por meus lábios escapasse uma risadinha culpada, abrindo os olhos com um sorriso rasgando minhas bochechas já logo pela manhã.

- Bom di...

- Seus arrombados! Parem de fornicar aí no quarto e abram a porta para mim, porra! – Um grito estridente ecoou no quarto – na casa inteira -, interrompendo o que quer que eu pensasse em falar.

Com os olhos quase saltando para fora das órbitas, corri até a janela, vendo uma mulher alta, com longos cabelos louros cacheados e roupas de grife, balançando uma garrafa de uísque – que eu sabia ser uma garrafa de Talisker – como se fosse quebrá-la em minha varanda, enquanto um homem ria ao seu lado.

Merda!

Corri pelo quarto à procura de um roupão, o vestindo enquanto corria pelas escadas com Cameron perguntando “O que Infernos estava acontecendo?!” repetidas e repetidas vezes.

- Não faça isso! – Gritei abrindo a porta em um rompante, assustando Trisha que quase derrubou a garrafa de uísque.

- Oi Lea! – Ela correu em minha direção, passando os braços ao meu redor e quase me esmagando em um abraço.

De longe, Cameron apenas observava a cena quase apavorado.

- Onde está a pequena Anne? – Trisha perguntou docemente, largando-me e deixando com que eu respirasse.

- No quarto dela... – Disse com cautela, assistindo minha melhor amiga abraçar Cameron do mesmo modo como fizera comigo há pouco tempo, e logo em seguida sair correndo pela casa à procura de minha filha. Meu olhar caiu sobre Max, que tão logo ao perceber minhas feições apavoradas tratou de me acalmar.

- Ela tomou café demais no voo porque não queria dormir... Passa em algumas horas. – Ele deu de ombros, rindo. Em seguida, rapidamente nos cumprimentou e foi procurar a namorada.

Cameron me abraçou pelas costas.

- Ela é a sua amiga – comentou em tom risonho.

Ainda não sei como estávamos juntos.

...~{[...]}~...

 .

- Então, depois que o seu pai cortou metade do cabelo da Lea, ela saiu correndo atrás dele completamente furiosa. Mas o Cameron era um completo tapado na época, e enquanto corria ele tropeçou nos próprios pés e caiu no chão. Nunca vou me esquecer das desculpas idiotas que ele dava nas três semanas que se seguiram por causa do olho roxo que a Lea havia deixado nele... Acho que a mais estúpida foi que dois garotinhos acertaram uma bolinha de gude no olho dele – Trisha murmurava pensativa, enquanto a pequena Anne gargalhava e Cameron grunhia com a cabeça enterrada no meu colo.

Abafei uma risadinha, assim como Max fazia ao lado de Trisha.

Trisha e Max continuaram juntos depois do acidente de Anne. Ela formou-se em moda, tornou-se uma estilista renomada e agora possui ateliês por metade do mundo. Já Max formou-se em arquitetura depois de muito trocar de curso, começou do nada projetando casas para turistas ricos, e com o tempo e um pouquinho de talento, ganhou espaço no mercado. Hoje, os dois vivem em uma casa simples em Paris, que sempre havia sido o sonho de Trisha, casados à quase dez anos. Eles continuam como dois adolescentes, brigando por nada e se reconciliando dos modos mais inesperados imagináveis. Mas são felizes, e isso é o que importa.

A pequena Anne... Ou Annelize, mas jamais a chama assim na presença dela, é uma garotinha de cerca de cinco anos, nascida por um descuido meu e de Cameron, mas isso não importa realmente. Ela faz nossas manhãs felizes, e sempre quando sinto falta de minha melhor amiga, àquela que morreu em um acidente de carro anos atrás, eu apenas a olho e não consigo parar de sorrir, pois é quase como se Anne, minha eterna melhor amiga, ainda continuasse viva. Bem, o nome de minha filha foi em homenagem a ela.

Cameron e eu...? Bem, vivemos bem. Ela entrou para uma banda enquanto ainda fazia faculdade, e quando finalmente conseguiu um contrato com uma gravadora, largou tudo para começar com alguns shows pelo país. Ele largou a faculdade, a família... eu. Lembro-me de seus olhos desolados quando nos despedíamos no aeroporto, prometendo-me que voltaria em breve. E voltou... quase seis meses depois. Mas permanecemos juntos acima de tudo. Hoje em dia ele ainda faz shows, e cada vez que sai na rua é parado por alguém que pergunta “Você não é o vocalista daquela banda... Blackout?”. No começo foi meio chato todo o assédio da mídia, mas com o tempo acabei acostumando... Eu, por outro lado, vivo no lado mais underground da vida, pois é mais difícil alguém parar uma artista plástica no meio da rua. O emprego que tive com Maria de LaCruz me ajudou muito, fora todo o esforço que a própria artista teve para que eu finalmente pudesse brilhar sozinha. Hoje, tenho meu próprio ateliê, e acabei por me tornar uma patrona da arte. Meus quadros são cada vez mais requisitados, mas meu maior prazer é poder ajudar àqueles artistas que possuem talento, mas não alguém que acredite nisso, assim como aconteceu comigo.

Minha relação com meus pais melhorou depois que estabeleci minha própria vida, e eles finalmente viram que era aquilo que eu amava fazer. Depois de algum tempo começamos a nos dar bem, e hoje, principalmente por causa da neta, eles são extremamente presentes em minha vida. Exceto nas últimas semanas que eles simplesmente resolveram fazer um cruzeiro para as Ilhas Canárias.

Olhei para Cameron deitado em meu colo, e um sorriso vadio se esboçou em meu rosto.

- Hey, meu cozinheiro, acho que o almoço vai queimar – disse baixinho, dando um beijo no rosto de Cameron para logo em seguida ele levantar-se bocejando e seguiu mecanicamente para a cozinha, com a filha correndo atrás dele.

Ri sozinha.

- Você tem sorte – comentou Trisha com um sorriso.

- Tenho sim.

Sem aviso, a campainha simplesmente ecoou pela casa, e rapidamente tratei de ir atender. E não posso descrever a surpresa que assaltou meu coração ao ver Lucy parada em minha frente, com um sorriso enorme no rosto e um casaco robusto devido à neve que caía.

- Lucy! – Abracei-a, pegando-a de surpresa e quase a derrubando na varanda.

Lucy, assim que terminou a faculdade de biologia, conseguiu através de um projeto muito bem elaborado, patrocínio do governo para pesquisas nas Ilhas Galápagos, e depois de terminar a faculdade de medicina, Thomaz também foi para lá. Atualmente, os dois ainda moram na Ilha, às vezes vindo visitar-nos ou falando com nós através de chamadas via webcam péssimas, mas sempre mantendo contato.

- Oi Lea – Lucy disse rindo, quase sufocada.

Ela entrou em casa, com Thomaz em seu encalço enquanto seguia instintivamente rumo à sala ao escutar as risadas altas de Trisha.

Estava prestes a fechar a porta quando uma voz que não escutava fazia-se anos chamou por meu nome. Procurei por aonde a voz vinha, e quando meus olhos bateram no homem que corria em minha direção, tive se segurar o gritinho de felicidade que ameaçou escapar por minha garganta.

- Matthew!

Ele me envolveu com seus braços, rodando-me no ar enquanto ria, como se fôssemos duas crianças que se encontravam depois de anos.

Matthew continuou com seu emprego na faculdade, dando palestras em universidades ao redor do país inteiro, ainda com o coração preso na mesma mulher que um dia ele amara: a sua paixão da adolescência que fora para a Irlanda, Alexsandra. Atualmente ele vive em Dublin com seu próprio ateliê e uma namorada que arrumou por lá, e raramente nos vemos, mas sempre achamos um jeito de nos falar.

- Onde está Cameron? E a Annie? Da última vez que a vi ela era apenas um bebê... – Ele falava rapidamente, com os olhos brilhando.

- Ela ainda é um bebê. – Revirei os olhos, rindo. – E eles provavelmente estão na sala, com... todo mundo.

- Sobre isso... A Meredith invadiu uma de minhas últimas palestras sobre arte moderna, pedindo para eu, por favor, avisar que ela não poderia vir porque Ezra e ela têm um torneio de motocicletas que treinaram os últimos dois anos para participar e blá blá blá... – Ele riu, entrando em casa ao meu lado enquanto eu fechava a porta.

Meredith... Ela finalmente conseguiu um emprego na Broadway como atriz, viveu seus anos se glória junto de Ezra que havia se formado em medicina, mas por fim largou o teatro para viver na estrada, disputando campeonatos de velocidade pelo mundo inteiro, novamente, junto de Ezra, que largou a faculdade para viver apenas com ela. Eles ainda vivem assim... E isso é o que mais me surpreende, pois nunca pensei que a mesquinha da Meredith fosse realmente alguém descente. Descobri isso acidentalmente quando uma Harley quase passou por cima de mim, e coincidentemente era a moto dela.

- Então isso tudo é ideia da Trisha?

Matthew anuiu a cabeça, concordando com uma risada. Cameron e Matthew cumprimentaram-se daquele jeito tipicamente masculino, com direito à tapinha nas costas e um “... quanto tempo!” murmurado, o que quase me fazia rir.

Cameron tão logo veio em minha direção, abraçando-me pelas costas enquanto eu olhava aquelas pessoas reunidas em minha sala, reclamando que não teríamos de pedir pizza, e que faziam minha vida o melhor possível. Não morávamos perto, ou sequer vivíamos em contato contínuo. Mas essa era a minha família, e sempre seria. Poderia não ser o final perfeito, mas era o meu final feliz.


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Notas finais do capítulo

Buááááááááááá, acabou. :'(
Leiam os agradecimentos no próximo capítulo, okay? Ok.



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