Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 35
Capítulo Trinta e Quatro


Notas iniciais do capítulo

Olá meus caros. Como estão? Kkk'.
Acabei de chegar da minha aula de música, tomei um banho de chuva que adoraria ter evitado e agora estou aqui postando pra vocês!! =D
Bem, preparem os corações, porque esse capítulo promete! Meredith é uma caixinha de surpresas... Kkkk'.
Bem, a música desse capítulo é "Diamond In The Rough", da irmã gêmea do AC/DC, a banda Airbourne. Sei lá, acho que ela combina com a Meredith. Kkk'.
A tradução não está das melhores, só pra constar.
Link: http://letras.mus.br/airbourne/1242200/traducao.html
Link: http://www.youtube.com/watch?v=13z_9WBpE4A
Espero que gostem! =D



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Capítulo Trinta e Quatro

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POV’s Meredith

Acho que jamais conseguiria arrancar o sentimento de quase humilhação crescente em meu peito. E tudo por causa daquele déspota decrépito!

Lembro-me como se fosse ontem meu pai me ameaçando pôr-me no olho da rua caso eu não concordasse com mais uma de suas ideias estúpidas. Dessa vez deveria começar a namorar Cameron, custe o que custasse, para assim supostamente facilitar um tipo de sociedade entre ele e o pai de Cameron. Na época eu não tinha ninguém a recorrer... E me arrependo amargamente de ter concordado, porque com certeza seria mais digno viver como um morador de rua do que fingir ser alguém que não sou.

Eu? Eu era a garota que desde os sete anos de idade escutava rock n’ roll – e blues - escondida com meus tios, que se apaixonou por teatro e filmes de terror em preto e branco. Eu era a garota amiga, que tocava bateria com meu primo Arthur em sua garagem e detestava cor-de-rosa. Essa era a “eu” verdadeira, não a garota fútil e mesquinha que eu era obrigada a fingir constantemente por causa de meus pais manipuladores.

Agora eu me sentia livre.

Arrumei cuidadosamente minhas últimas peças de roupa dentro da mochila, sorrindo ao ver todos os meus pertences mais preciosos espremidos com afinco ali dentro apenas para que coubessem.

Sorri para o nada. Eu estava indo para Hollywood tentar uma vaga na Broadway com um motoqueiro que havia conhecido um mês atrás, e pelo qual me apaixonei. Eu sabia que ele não era de ter algo sério com alguém e que provavelmente me machucaria muito no final, mas não estava ligando. Agora eu viveria minha própria vida. E eu queria ser feliz ao lado dele, nem que fosse apenas por um momento.

Por um instante lembrei-me de Leana... Eu tinha inveja e admiração por ela, por simplesmente ter tido coragem o suficiente para mostrar quem era realmente, enquanto eu nunca tive. Quem sabe se tivéssemos nos conhecido em outras circunstâncias fôssemos amigas... Quando eu não estivesse tentando roubar o namorado dela.

Isso me fez gargalhar.

Lembrei-me vagamente de que Cameron uma vez me dissera que ela havia conseguido trabalho com uma de suas artistas favoritas... Ela definitivamente merecia depois de tudo o que aconteceu. A garota tem talento!

Cameron... Ele trazia um sorriso diferente ao meu rosto. Desde que eu o conheci, ele fora uma pessoa incrível. Ele sempre tentou ver um lado meu muito melhor do que o que eu aparentava, porém sempre tive medo de ele não gostar do que eu realmente era, e acho que isso foi o que fez-nos separarmos quando namoramos: “minha personalidade” mesquinha. Hoje vejo o quão idiota eu era.

E com mais essa ideia de meu pai... Bem, fez apenas com que eu o afastasse ainda mais de mim. Eu teria ficado extremamente feliz se ainda fôssemos amigos... Mas quem sabe no futuro, não é?! Só espero que ele e Leana fiquem bem até lá. Eles formam um belo casal. Apesar de eu conseguir imaginar o quão quebrada Leana deve estar por perder uma de suas melhores amigas... Imagino o quão difícil deve ser perder alguém como Anne, uma das poucas pessoas que sempre esteve do seu lado... Mas a vida é assim mesmo, perdas e ganhos, alguns mais pesados que outros.

Passei a mochila pelas costas, dando uma última olhada no espelho... Meu cabelo ruivo rebelde em ondas descontroladas, o rosto sem maquiagem e com olhos verdes quase fluorescentes de tão chamativos, os jeans surrados, a regata branca dois números mais larga, minha estimada jaqueta de couro e um par de All Star... Ah, como era bom usar All Star!

Passei a mochila pelas costas, atravessando meu corpo transversalmente enquanto encaminhava-me decidida rumo à saída.

Olhares surpresos me seguiam, e antes que eu conseguisse fugir, Katherine e Valerie surgiram em minha frente como duas assombrações.

– O que... o que... o que... – Elas balbuciavam.

– Adeus, meninas. Vivam suas vidas... Eu estou vivendo a minha. – E rindo, corri rumo à saída tão logo quando ouvi o ressonar alto de uma buzina.

Assim que parei no solar da porta, senti meu coração perder uma batida.

Deus!

Ezra me encarou sorrindo, com as covinhas perfuradas por dois piercings de aço cirúrgico e os olhos risonhos no mais profundo tom de uísque enquanto algumas poucas mechas de cabelo negro caíam sobre os olhos; os músculos esguios escondidos por uma camiseta surrada do Pink Floyd e jeans que pendiam perigosamente rente á linha da cintura, que eu sabia ser decorada por grandes rosas tatuadas, assim como seus braços, costas, pescoço e boa parte do tórax era mapeada por desenhos diversos, o que só o deixava mais bonito.

Ele era um estudante turco de medicina que fazia intercâmbio aqui, e havia conseguido a pouco tempo visto permanente.

Aproximei-me lentamente, ouvindo cada batida de meu coração ressonar alto demais, apenas para mim, e o som só piorou quando senti suas mãos escorregarem por minhas costas e se esconderem nos bolsos traseiro de minha calça, prendendo-me inevitavelmente à seu corpo, mesmo que eu jamais pensasse em fugir dele.

– Oi... – Ele disse com um sotaque carregado, raspando a barba por fazer em minha pele ao morder suavemente minha bochecha.

Apoiei minhas mãos em seu tórax, sentindo o calor emanar de sua pele e adentrar meus ossos.

– Oi... – Disse em um sussurro, com um sorriso brincando nos lábios.

Imediatamente senti meus pensamentos se calarem quando a boca de Ezra tocou a minha e o mundo pareceu entrar em colapso.

Isso é o que significava estar apaixonada... Simplesmente sentir. Ou seria não sentir mais nada a não ser a pessoa amada?

– Acho que temos de ir, o caminho é longo e aquelas garotas estão começando à me assustar...

Ri suavemente, olhando para a entrada da Irmandade e vendo todas as garotas ali nos olhando com os olhos arregalados em expressões mistas entre surpresa e descrença.

Subi na Harley, acomodando-me próxima à Ezra e o abraçando pela cintura enquanto sentia a bela máquina mortífera de duas rodas roncar e então, arrancar da calçada, seguindo em alta velocidade rumo à autoestrada.

Naquele momento, eu estava caminhando lentamente por uma escadaria rumo ao paraíso.


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Notas finais do capítulo

Em choque? Surpresas? Algo parecido? Kkkkk'.
Então, mandem reviews bonitinhos para deixar essa autora feliz e postar logo o epílogo. Kkkk.
E sim, a última frase foi uma referência à Stairway To Heaven, do Led. Problem? No. Okay. Kkkk'.
Bem, devo postar lá por sexta. Tô tristinha porque tá acabando. =/
Mas tudo bem, eu supero. =D
Até o próximo capítulo. =D