Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 32
Capítulo Trinta e Um


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou tentando postar esse capítulo desde o dia 13, mas realmente não deu. Apresentação de projeto, meu aniversário, Conselho de Classe, últimos trabalhos para entregar, provas... E semana que vem piora, linda perspectiva de vida. E não sei porque estou desabafando aqui, mas ok.
Sei lá o que falar... Tipo, são quase quatro da manhã e eu deveria estar dormindo. Então, ah!, que seja, aproveitem o capítulo. E ele ficou uma merda, só pra constar.



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Capítulo Trinta e Um

POV’s Cameron

Às vezes penso que algumas coisas não são para acontecerem, mas acontecem. Às vezes penso que as coisas mudam, mesmo elas continuando exatamente iguais. Às vezes penso em tudo, menos o mais importante.

Caminhar já não adiantava mais para manter longe os pensamentos sobre o modo como tudo estava ruindo lentamente enquanto o resto do mundo mantinha suas vidinhas medíocres exatamente iguais, sem se importar realmente com o resto das pessoas que o rodeiam.

Continuava tudo igual, porém tão diferente ao mesmo tempo...

Havia sido mais uma briga, mais uma tentativa frustrada de voltar ao passado, e mais uma confirmação resoluta de que todo um futuro imaginativamente planejado fora embora exatamente como se fosse um balão de gás.

Eu ainda me lembrava de seus olhos tristes dizendo-me que precisava de um tempo, da sua voz embargada e da sensação que tive ao sentir seus braços ao meu redor pela última vez. E isso era pior que o Inferno!

Peguei uma pedrinha na beira da praia, jogando-a com o máximo de força que conseguia ao mar, escutando o suave barulho enquanto ela quicava na água, até parar, ao mesmo tempo em que as ondas retiniam. Joguei outra pedra, com mais força. E outra, e outra, e outra... Para então escutar o grito que rasgou minha garganta e o silêncio que se apresentava ao meu redor.

Joguei-me na areia, olhando para o oceano de um profundo tom de azul cobalto enquanto o céu era pintado da mesma cor. Passei as mãos pelo cabelo, bagunçando os fios já revoltos ainda mais. Puxei o maço de cigarros de dentro do bolso traseiro da minha calça jeans, acendendo-o e assoprando a fumaça logo em seguida.

Nesse momento, os cigarros era a única coisa que me ajudaria a me acalmar.

Estridentemente, meu telefone ressoou na praia vazia, atormentado meu pequeno minuto de paz. Tirando-o do bolso, o nome “Trisha” apareceu na tela em verde fluorescente, alertando-me de que provavelmente ela queria apenas perguntar se eu havia visto Leana, ou... eu não sei, e não queria saber. Rejeitei a chamada, respirando aliviado em seguida quase como se um peso tivesse sido tirado de minhas costas após anos carregando-o.

Uma vozinha dentro de mim discutia sozinha, falando que eu deveria ter atendido, mas naquele momento eu não possuía a mínima condição de falar com alguém sequer próximo de Leana.

Voltei minha atenção para o cigarro, sentindo a fumaça adentrar meus pulmões sem pedir permissão, com aquele gosto amargo tomando conta de meu paladar.

Horas mais tarde, simplesmente voltei para casa. Deveriam ser uma ou duas horas da manhã, mas não me importei realmente. Apenas achei um pouco estranho o fato de que não encontrei Thomaz em lugar algum, mas provavelmente ele deveria estar junto de Lucy, pois ele ainda possuía uma vida amorosa.

Subi as escadas, e tão logo senti minhas costas chocarem-se contra o tecido macio de meus lençóis assim que adentrei meu quarto. Mas estava inquieto demais para conseguir dormir.

Levantei-me da cama, caminhando lentamente até meu guarda-roupa e escolhendo peças quaisquer que não me preocupei nem em olhar. E tão logo joguei minha toalha no ombro, seguindo mecanicamente rumo ao banheiro.

Quando senti a água quente chocar-se contra meus músculos tensos, imediatamente relaxei, e deixei com que toda a frustração e os sentimentos negativos fossem lavados juntamente com a areia que impregnava minha pele.

Minutos se passaram - horas, talvez - até eu finalmente ter coragem o suficiente para sair debaixo do chuveiro e voltar para meu quarto, com o cabelo pingando e a pele ainda úmida sob a roupa seca.

Joguei-me na cama, de repente com a mente pesada e os pensamentos nublados. Fiquei feliz quando finalmente meu corpo aceitou a inconsciência.

 ...~{[...]}~...

O teto me parecia tão interessante nesse momento...

Eu sabia que eram seis horas da manhã, mas o sono de algumas poucas horas havia simplesmente desaparecido, deixando-me sozinho com meus pensamentos perturbados mais uma vez e fadado há passar as horas seguintes olhando fixamente para um único ponto, sem ter exatamente nada o que fazer.

Novamente, todas àquelas lembranças da minha melhor amiga emergiram. Nosso primeiro beijo, nossas discussões, a vez que ela quebrou o braço correndo atrás de mim depois de eu ter posto fogo em sua mochila... Foram tantas lembranças, tantos momentos...

Mas eu entendia o que ela estava passando agora. Maldição, eu entendia! Entendia o fato de ela estar tão malditamente quebrada a ponto de não ser mais capaz de manter um relacionamento um pouco mais complexo no momento, sem desmoronar. Entendia o desespero, a dor, a vontade de gritar... Entendia que o pior fora o fato de ela não ter tido a confirmação de que eu estava do seu lado, novamente, como todas as outras vezes.

E, porra! Tudo isso porque eu fui orgulhoso o suficiente para não deixá-la se explicar quando podia.

Mas ela estava certa em um ponto: nosso namoro havia desaparecido fazia muito tempo, restando apenas duas pessoas que se conheciam superficialmente. Eu havia estado cego demais para notar, e por isso não lutei.

Agora, sinto uma crescente irritação por isso.

Levantei em um rompante da cama, notando que o relógio apontava 7h38min acusatoriamente em minha direção, com suas irritantes luzes vermelhas fluorescentes. Vesti a primeira roupa que encontrei em meu caminho, jogando a bolsa por um de meus ombros e segurando a case do violão com uma das mãos, enquanto na outra pendia um pequeno caderno com a capa de couro negro onde guardava todos os meus pensamentos anotados. Minhas músicas.

Minutos mais tarde, eu cheguei à minha sala da faculdade, com uma dor de cabeça tal qual a de uma ressaca inexistente. O que não era lá um bom sinal. E piorou quando o professor falava algo que eu não consegui prestar atenção, pois meus pensamentos insistiam em me trair e se redirecionarem apenas a uma única pessoa: Leana.

Eu estava apenas dando-lhe o tempo de que ela precisasse para pensar, assim como ela pedira, mas isso não significava que estava de acordo.

Bateram na porta da sala, sendo tão logo aberta pelo professor. E ver quem estava ali, parado, com a face lívida e os olhos de uma tristeza imensurável fez meu coração se apertar esperando por uma má notícia que talvez não viesse.

- Posso falar com o Cameron? – Indagou Thomaz, apontando levemente com a cabeça em minha direção.

O professor, vendo o estado de meu amigo, deixou-me sair da sala, e tão logo quanto saímos do alcance da audição de qualquer enxerido, uma enxurrada de palavras me foi despejada.

- A Anne... ela... sofreu uma parada cardíaca noite passada.


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Notas finais do capítulo

So...? Reviews?
Posto nos próximos dias. E só pra constar: a fic deve ter mais ums quatro ou cinco capítulos no máximo. É, tá acabando.
Nos vemos... sei lá. Daqui à alguns dias.
Até.



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