Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 10
Capítulo Dez


Notas iniciais do capítulo

Olá gente.
Bem, eu poderia dar trezentas desculpas pela demora, e também ótimos motivos para isso tudo, porém não estou lá nos meus melhores dias, então estou completamente sem ânimo para qualquer coisa. :S
Bem, espero que gostem.
Ah, os erros de português e/ou concordância foram corrigidos. Kkkkk. ;P



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Capítulo Dez

– Eu moro aqui. – Ela sorri, parecendo um felino prestes a atacar.

– Como é que é?!

– Acabei de me mudar. – Ela sorri novamente, com as feições tornando-se cada vez mais cínicas.

Paro por um momento, pensando em quaisquer palavras para dizer, porém o choque é tanto que acabo sem conseguir pronunciar nada.

– Não gostou da surpresa? – Indaga Meredith cinicamente, esboçando um sorriso quase predatório.

É uma ameaça.

Eu não preciso que ela diga em palavras para eu saber, está implícito: ela veio morar aqui justamente para fazer minha vida um inferno, e quiçá até mesmo ficar mais perto de Cameron. Eu tinha certeza que ela é capaz de fazer uma coisa tão baixa e até mesmo infantil para conseguir o que quer. E ela quer acima de tudo Cameron.

Sem dizer mais nada – porque é um desperdício de saliva falar com ela -, subi para o meu quarto.

Não me levem a mal, porque acredite, eu queria dizer umas besteiras para essa garota, mas o choque foi tanto que não consegui nem formular uma frase.

Joguei-me na cama, deixando que a minha bolsa caísse ao chão, sem me importar se algo mais caísse também.

Instantes depois Cameron apareceu na porta, e sem dizer mais nada simplesmente se encaminhou em minha direção, deitando-se ao meu lado na cama de solteiro e me abraçando.

Naquele momento, era tudo o que eu queria.

Não sei quando tempo se passou, e talvez nem queira saber, quando sem querer, disparei:

– Ela vai fazer da minha vida um inferno.

Cameron me abraçou mais forte.

– Eu não vou deixar – ele disse firme.

Instantaneamente sorri, lembrando no mesmo momento de uma vez que ele disse a mesma coisa, quando éramos pequenos e algumas garotas implicavam comigo por causa do meu jeito. Naquela época, era uma coisa gigantesca, tanto que ele me achou chorando escondida perto de uma árvore do parquinho e me perguntou o que havia acontecido, mas eu e meu orgulho não respondemos, só confessamos as afrontas daquelas garotas quando ele ameaçou quebrar o pescoço da minha boneca favorita.

– Elas vão continuar falando essas coisas pra mim – disse com a voz chorosa, encolhendo-me no tronco da árvore.

– Eu não vou deixar – disse Cameron firme, olhando-me nos olhos e passando os braços finos em torno dos meus ombros.

Foi naquele momento que eu descobri que ele seria meu melhor amigo.

Olhei para Cameron, notando em seu olhar que ele se lembrava da mesma coisa.

– Obrigada – disse, não tendo certeza se estaria agradecendo pelo o que ele fez naquela época, ou se é pelo o que ele continua fazendo nesta.

Ele sorriu, aproximando-se para me beijar enquanto eu espalmava as mãos em seu peito.

– Desculpa – murmurei, mordendo o lábio inferior para conter a risada.

– Mas pelo o que...

Antes que ele pudesse completar a frase, empurrei-o com toda a força, fazendo que ele caísse no chão com um baque surdo.

– Você não se cansa disso, não?! – Indagou Cameron exasperado.

– Hum... – Fingi pensar, tamborilando os dedos no queixo e o olhando divertida. – Não, não canso. – Ri, porém fui interrompida quando senti duas mãos segurarem minha cintura e 0.5 segundos depois me senti sendo puxada, caindo no chão ao lado de Cameron.

Ele riu quando eu lancei-lhe meu melhor olhar homicida a ele.

– Isso dói sabia?!

Novamente, ele riu, puxando-me para mais perto e selando seus lábios nos meus.

Então a porta do quarto se abriu em um rompante, fazendo com que eu separasse-me de Cameron rapidamente devido ao susto.

Olhando em direção à porta, vi Meredith com seu olhar desdenhoso nos encarar.

– Cam, você poderia me ajudar com as malas? Elas estão tão pesadas para eu carregá-las – disse Meredith com a voz esganiçada, fazendo um bico que a fazia parecer uma criança de sete anos.

Revirei os olhos.

– Não poderia pedir para o Thomaz? Ele deve estar lá embaixo com a Lucy – respondeu Cameron à contragosto.

– Cam... – Disse ela com a voz enjoada, juntando as mãos na frente do corpo e fazendo bico.

– Vai lá Cameron, antes que a criança comece a fazer birra e eu acabe ficando mais enjoada do que já estou só de escutar a voz dela – disse com um sorrisinho venenoso à Meredith, que bufou em resposta, pronta para retrucar, porém se controlou no momento que seus olhos pousaram em Cameron, afinal não ficaria nada bom para a sua imagem ofender a atual namorada dele.

Internamente eu gargalhava ao vê-la tão contrariada.

Cameron se levantou, puxando-me junto e selando nossos lábios, antes de desaparecer no corredor com a vaca de salto alto.

Se ela queria guerra, ela que se preparasse, pois aconteceria um massacre.


Depois da infeliz interrupção de Meredith, eu ter tomado meu tão merecido banho e ter jantado, despedi-me de Cameron e aproveitei o momento para ligar para Trisha, que me pôs por dentro de todas as novidades – principalmente que ela encontrou com o aquele Max da festa em minha casa, lá em Paris, e eles estão em uma linda fase de amizade colorida, como disse a própria Trisha -, contou-me que a Anne estava superfeliz em Harvard realizando seus sonhos acadêmicos, porém quando eu contei sobre todas as coisas que aconteceram por aqui ultimamente, ela se prendeu em um único ponto: Meredith. E disse: “Se aquela vadia tentar zoar com qualquer coisa na sua vida, me avisa que eu pego o primeiro voo para aí e quebro a cara dela”.

Nem preciso dizer que ri horrores dela.

Agora era uma e meia da manhã e eu estava podre de cansada, então simplesmente me joguei na minha cama e tentei dormir, rezando para que meu telefone despertasse na manhã seguinte.



Por sorte, meu telefone despertou e não precisei correr para me arrumar. Então, ainda em meu estado de sonolência, peguei a roupa que iria usar e minha toalha e rumei em direção ao banheiro, vendo do corredor Meredith sair dali já completamente arrumada.

Não dei importância, mas sabia que ela havia aprontado alguma quando me lançou um sorrisinho venenoso, porém em meu estado de quase sonambulismo, não notei e só entrei no banheiro, trancando a porta e jogando as coisas que eu segurava na pia.

Instantes depois me joguei debaixo do chuveiro, esperando ser recebida pela tão aguardada água quente, porém o que veio foi tão gelado que acabei por soltar um grito devido ao choque térmico.

Ah, essa vadia ainda me paga.

Depois de uns quase vinte minutos – e ter demorado metade do tempo só para conseguir regular a temperatura do chuveiro -, saí do banheiro já vestida – dessa vez com a minha camiseta do Guns e uma calça jeans azul clara – penteando meu cabelo loiro enquanto pensava em mil e uma maneiras de aniquilar com a vaca da Meredith.

Entrei no meu quarto, pegando minha bolsa sem nem sequer dar um “bom dia” á Lucy, que tenho certeza que entendeu qual era o meu humor e preferiu ficar quieta.

Ela é esperta.

Desci as escadas rapidamente, passando na cozinha e pegando uma maçã, logo me dirigindo para a porta da rua, porém me ative, voltando à cozinha e encarando Meredith, que comia tranquilamente alguma coisa que fosse diet.

– Ah, me esqueci de agradecer por você ter gastando seu tempo regulando a temperatura do chuveiro. – Dei um sorriso afetado. – Mas saiba que retribuirei o favor, de um modo que você nunca conseguirá agradecer. – Sorri cínica, fazendo Meredith lançar-me um olhar irritado.

Antes que ela pudesse responder, simplesmente saí da casa, seguindo o rumo da faculdade.

Para ajudar, o clima da aula também estava péssimo, e eu não consegui sequer prestar atenção em uma palavra que o professor disse, dando graças à Deus quando o sinal soou e eu sorrateiramente me encaminhei para a porta, tentando ir embora despercebida para que não tivesse que falar com Matthew sobre a minha “pequena” explosão de ontem à noite, porém assim que eu passei pelo batente da porta estaquei.

Eu nunca fui covarde, e não iria começar agora.

Eu ainda tinha que dizer uma coisa a esse professor.



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Notas finais do capítulo

Então? Mereço reviews?
O que vocês acham que a Leana vai falar? *Suspense*
Bem, nos vemos no próximo.