Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 55
Perigo Constante (Vol. 5) - Capítulo 9




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Presente, Vila Cila:

   A casa da Night Watcher estava numa bagunça… Livros, armas e mais material estavam espalhados pela sala enquanto os elementos presentes decidiam o que fazer numa barulheira incessante…

Melissa - Acho que estamos a perder tempo com isto… Devíamos estar à procura da Érica! Separávamo-nos e tentávamos a nossa sorte!

Explicava a jovem enquanto andava de um lado para o outro.

Ísis - Mas onde? Não temos nenhuma pista!

Isabella - Já dei a melhor opção… Não vejo qual é o problema! Ainda pra mais temos uma aprendiza de bruxa entre nós!

Referindo-se a Ísis. A jovem não gostou muito da abordagem na nova Night Watcher e respondeu-lhe…

Ísis - Desculpem, mas a última vez que fiz um feitiço ia pegando fogo à casa… Não vou arriscar outra vez!

Insistiu Ísis Rocha.

Isabella - Então tudo o que estamos aqui a fazer é inútil! Como tu própria disseste, não temos pista nenhuma onde procurar a Érica!

Ísis levantou-se para dar enfase ao que estava prestes a dizer…

Ísis - É a primeira vez que está por aqui! Não tem noção do quanto esta vila é perigosa!

Explicou um pouco aborrecida. A Night Watcher ficou a olhar para a jovem.

Melissa - Ísis… Ela só está a tentar ajudar! Como Night Watcher, ela é a nossa melhor hipótese!

Ísis - Eu sei… Mas vocês têm de entender! Eu não quero ser a única esperança que temos para encontrar a Érica… Se o feitiço não resultar ficamos na mesma! Não quero essa responsabilidade!

A jovem bruxa tinha receio de desapontar os amigos, daí a sua recusa.

Camila - Vocês começam a cansar-me… Já ponderaram se ela não teve um esgotamento e simplesmente pisgou-se?

Perguntou Camila muito pausadamente, como se estivesse a falar com crianças. A sua postura comprovava-o, era a única que ainda continuava sentada. Ao acabar de falar, todos calaram-se e olharam para ela, a intimidá-la.

Camila - Porque é que estão todos a fazer essa cara? É possível!

Afirmou indignada.

Melissa - Podes falar apenas quando tiveres algo interessante a acrescentar?

Perguntou a jovem Melissa. Não gostou daa intervenção de Camila.

Camila - Porque é que têm logo de ser monstros, etc.? Porque é que não pode haver uma explicação natural?

Perguntava, já chateada. Finalmente, Camila levantara-se.

Melissa - Desculpa lá, mas vivemos na mesma vila?

Perguntou com ironia. Uma discussão estava a instalar-se na sala. Ninguém sabia o que fazer, todos estavam com os nervos à flor da pele.

Rodrigo - CHEGA! CALEM-SE TODOS!

Rodrigo explodiu. Até ao momento tinha ficado calado mas aquela conversa insignificante mexeu com ele. A sua mulher tinha desaparecido e ninguém estava a ajudar. Apenas estavam a piorar a situação, ao criar conflitos uns entre os outros. Quando gritou, todos calaram-se e ficaram a olhar para o homem. Rodrigo era muito calmo e sério. Nunca ninguém o vira chateado, enervado ou sequer desesperado. Naquele momento, tudo o que pensaram conhecer dele foi por água abaixo. Rodrigo nunca tinha mostrado esta faceta que tinha oculta…

Rodrigo - O que é que pensam que estão a fazer? A Érica desapareceu e estão aqui para discutirem? Acham mesmo que os vossos cérebros estão a funcionar normalmente?

Melissa, Ísis, Camila e Isabella olharam umas para as outras, um pouco envergonhadas.

Rodrigo - Não sei se ela fugiu, se foi raptada, se foi assassinada, se simplesmente evaporou-se, NÃO SEI! E sinceramente não quero saber… Mas uma coisa vos digo… Eu vou encontrá-la, custe o que custar! E aí saberei o que aconteceu! Portanto, ou estão aqui para ajudar-me ou então podem sair da minha casa e deixar-me trabalhar!

Nenhuma discordou… Rodrigo tinha razão, estava na hora de se organizarem.

Isabella - Peço imensas desculpas Rodrigo, tens toda a razão! Vamos resolver isto. Eu própria faço o feitiço!

Ofereceu-se Isabella. No entanto, Ísis dera um passo à frente.

Ísis - Não! Eu faço-o! Têm razão, não posso ter medo!

Disse a jovem cheia de certeza.

Ísis - Além disso, a Érica sempre nos ajudou! Esta na altura de retribuirmos o favor! Vão buscar o material!

Ísis estava decidida. Era raro vê-la a assumir uma posição não energética, mas o momento assim o pedia.

Rodrigo - Tudo bem… Alguém pode ajudar-me?

Perguntou, mais calmo.

Isabella - Onde está o material?

Rodrigo e Isabella afastaram-se para irem buscar os ingredientes para o feitiço. Melissa aproximou-se de Ísis…

Melissa - Boa, Ísis! Tudo vai correr bem!

Encorajou a amiga.

Ísis - Espero que sim…

Camila - Quando é que o Leonardo decide aparecer? Quando encontrarmos a Érica?

Perguntou de uma forma arrogante.

Melissa - Ele deve estar mesmo a chegar, já falámos há algum tempo!

Ísis - Ontem tivemos um pequeno desentendimento! Espero que ele fale comigo…

Disse a jovem enquanto tirava o telemóvel do bolso… Quando olhou para ele, tinha uma chamada não atendida. Curiosamente, Filipe Mendes tinha ligado. Desde que o jovem declarou-se a Ísis, têm evitado a presença um do outro a todo o custo. Filipe levara a mal Ísis não ter reagido à declaração. Mesmo assim, a jovem tinha uma chamada dele. Talvez significasse que queria fazer as pazes, foi o que pensou. Fosse como fosse, teria tempo para lidar com isso… Depois de encontrarem Érica.

Camila - O Leonardo gosta de desentendimentos!

Como sempre, quando podia, Camila deitava alguém abaixo…

*

   Mesmo durante o dia, o beco existente na rua traseira dos bares era sombrio… Pouca luz entrava naquele espaço, rodeado de casas com árvores grandes e bem tratadas. Pedro Dias e Henrique Gomes quando chegaram ao local começaram logo a analisá-lo.

Pedro - Este sítio passa despercebido… É bastante escondido!

Henrique - O que é que a Vanda faria por esta zona?

Perguntou intrigado.

Pedro - Não sei, mas estaremos prestes a descobrir!

Ao chegarem ao final do beco pararam… Não estava ali ninguém.

Henrique - Tens mesmo a certeza que era aqui que nos queriam encontrar?

Pedro - Sim! Foram as indicações que me deram!

Foi então que uma terceira voz respondeu, no silêncio do beco…

Abaddon - E deram-nas muito bem! É exactamente este sítio… Aqui estou eu!

Pedro e Henrique olharam em simultâneo para trás. Ambos ficaram espantados com o que viram… Alguns metros mais à frente estava Vanda. Ou pelo menos, assim aparentava.

Pedro - Vanda?

Perguntou com um ar confuso.

Abaddon - Sim… Sou eu!

Pedro e Henrique riram-se um para o outro, aliviados e muito contentes… Finalmente, a jovem aparecera.

Henrique - Vanda… Sou o agente Henrique Gomes! Estás bem? O que é que te aconteceu?

Perguntou o detective enquanto avançou na direcção da jovem, até chegar ao pé dela…

Abaddon - Nunca estive melhor senhor agente! Apenas aconteceu uma coisa…

Henrique estava parado em frente a jovem, com um sorriso curioso. Nesse instante, os olhos da rapariga alteraram-se, a escuridão invadiu-os, tornando-os absolutamente negros. O detective ficou assustado.

Abaddon - Eu apareci!

Respondeu com a sua voz demoníaca, a voz de Abaddon. Henrique tentou recuar… Mas numa fracção de segundos, Abaddon agarrara-lhe na cabeça e partira-lhe violentamente o pescoço. Henrique Gomes nem teve tempo de falar ou sequer reagir. O seu corpo caiu no chão, imóvel, sem vida…

Pedro Dias ficou momentaneamente em choque face ao tenebroso acontecimento que acabara de visualizar… O seu melhor amigo a ser assassinado por uma miúda que tinha sido dada como desaparecida e agora estava ali, à sua frente, com um aspecto horrível e aqueles olhos indescritíveis. Por breves momentos o detective parecia em transe, mas facilmente despertou. Estava treinado para isso mesmo… Suportar todo o tipo de situações.

Pedro - O QUE É QUE FIZESTE?

Gritou revoltado.

Abaddon - Estava só a mostrar o que é que te vai acontecer!

Respondeu a rir-se… Lezard e Lunatik apareceram por trás do demónio. Pedro observou-os a todos e recuou. Um parecia vulgar, mas o outro era incrivelmente assustador, a sua máscara era a principal causa.

Pedro - Tu… não és humana… pois não?

Perguntou, receoso.

Abaddon - Finalmente caíste em ti?

Perguntava enquanto avançava devagar com Lunatik e Lezard. Pedro parou de recuar, tirou a sua arma de fogo e apontou-a aos adversários. Independentemente do turbilhão de emoções pelo qual estava a passar, o detective ainda conseguiu pensar com clareza.

Pedro - Parem onde estão!

Ordenou com o máximo de firmeza que conseguiu. Mesmo assim, não adiantou nada… Abaddon, Lunatik e Lezard continuaram a avançar.

Pedro - Eu disse, PAREM! Estou a avisar…

Os três adversários riram-se e continuaram.

Abaddon - Lezard, se não te importas…

Pediu o demónio ao feiticeiro. Lezard assentiu, esticou o braço e fez um movimento rápido… A arma de Pedro Dias saiu-lhe da mão e foi lançada para longe. Este ficou confuso e ao mesmo tempo espantado… Não entendia como é que aquilo era possível.

Pedro - O que é que vocês são?

Abaddon - Somos seres vivos… Tal como tu!

Respondeu de modo a humilhar ainda mais o detective. Porém, Pedro Dias estava farto daquela situação. Como polícia, não ia deixar qualquer um destruir a sua autoridade. Revoltado, avançou na direcção das criaturas.

Abaddon - Deixem comigo!

Advertiu Abbadon, para Lunatik e Lezard. Também o demónio avançara para o detective.

Pedro tentara pontapeá-lo e passar-lhe uma rasteira, mas ambos os golpes foram evitados. Em resposta, Abaddon atingira-lhe duas vezes no rosto e uma no estômago. O detective contorceu-se com a dor e levou uma joelhada na cara, fazendo-o ficar de pé novamente. O demónio ria-se e Pedro voltou a avançar. Abaddon desviara-se sem qualquer tipo de esforço e diferiu um pontapé nas costas do homem, fazendo-o cair de joelhos. Mesmo com dores, o polícia era resistente e voltara a levantar-se. Os seus reflexos estavam mais lentos, os golpes do demónio eram certeiros e muito fortes. Numa outra tentativa, Pedro lançara-se a Abaddon e foi agarrado pelo pescoço.

Abaddon - Fracos… Vocês são todos um bando de fracos! A tua raça domina este mundo e nem é merecedora de tal! Quando eu me erguer tudo isso vai mudar! Com o meu plano, nós, demónios, iremos governar o mundo! E vocês serão os nossos escravos!

Divagava Abaddon enquanto sufocava Pedro, cada vez com mais força. O detective tentava soltar-se mas quando mais se tentava mexer, maior era a força que o demónio exercia. Tentava falar mas a voz não saía…

De repente, no silêncio abafado do beco foram escutados vários passos. Abaddon continuou agarrado ao pescoço de Pedro mas já não fazia qualquer tipo de força. Todos olharam em simultâneo para a entrada do beco… Carlota, a metamorfo, entrara a correr e logo atrás de si vinha Leonardo. O jovem atirou-se pra cima dela e ambos rolaram pelo chão em direcções opostas. Abaddon reconheceu o rapaz de imediato e chateado, lançou Pedro Dias pelo ar… O detective caiu aos trambolhões cerca de oito metros à frente e automaticamente perdeu os sentidos.  

Abaddon - CARLOTA? És retardada? Achas inteligente trazê-lo até nós? LOGO AGORA?

O demónio estava enervado com falta de cuidado da metamorfo.

Carlota - Qual é o problema? É só ele…

Explicava enquanto levantava-se. Por outro lado, Leonardo ficou sem saber o que fazer quando viu onde tinha ido parar e quem tinha à sua volta… Rapidamente pôs-se de pé e olhou para todos. Tentou não mostrar o seu espanto pelo facto de estar a ver Lunatik, que até ao momento, todos pensavam ter morrido.

Leonardo - Olha só… Parece que vamos ter alguma diversão!

Exclamava o jovem destemidamente. Abaddon revirou os olhos e suspirou aborrecido…

Abaddon - Lunatik! Se não te importas…

Pediu o demónio ao mascarado, de forma para que todos percebessem a sua intenção… Lunatik avançou na direcção de Leonardo para matá-lo. O jovem, sem medo, avançou também e deu-lhe um murro na barriga… Que não fez qualquer efeito, sem ser a dor que causou ao próprio atacante. Lunatik inclinou a cabeça, sem qualquer tipo de expressão, apenas para visionar o jovem. Tinham uma diferença de tamanho bastante considerável.

Carlota - Devíamos mesmo perder tempo com isto?

Perguntou Carlota, sem saber ao certo porquê.

Leonardo estava agarrado à mão, com dores. Lunatik puxou o braço atrás e atingiu-lhe no rosto com a antemão. O jovem foi arrastado no chão e em aflição tentou levantar-se… Partira a mão e sangrava gravemente da boca.

Carlota - Isto é mesmo necessário? Ele nem é uma ameaça!

Insistiu Carlota. Curiosamente, aquele cenário estava a causar-lhe desconforto…

Foi aí que um barulho insuportável começou a ser ouvido e parecia aproximar-se rapidamente. Todos pararam e identificaram o som… Era uma sirene.

Carlota - Eu avisei!

Metros mais à frente, Pedro Dias tinha voltado a acordar já há algum tempo, sem ninguém ter reparado. Estava fraco, ferido e tinha a certeza que possuía algumas costelas partidas. Durante toda aquela cena, tinha conseguido pegar no seu telemóvel e fizera uma breve chamada para o departamento a pedir reforços. Os quais estavam agora a chegar…

Abaddon - Polícia!

Exclamou revoltado e olhou para Pedro Dias, que corajosamente, sorria e acenava em provocação.

Carlota - Temos de ir…

Lezard - Desta vez sou obrigado a concordar com a Carlota! É melhor retirarmo-nos!

Abaddon olhou raivoso para Pedro e depois para Leonardo. Lunatik continuava a avançar em direcção ao jovem…

Abaddon - Lunatik!

O mascarado olhou para o demónio quando este o chamou.

Abaddon - Por hoje já chega! Temos de sair daqui!

De seguida, olhou para o detective e para o jovem.

Abaddon - Isto não fica por aqui… Voltaremos a ver-nos!

Ditas as últimas palavras, saiu a correr do beco, acompanhado por Lunatik, Carlota e Lezard. Antes de desaparecer, a metamorfo parou e olhou uma última vez para Leonardo… Este fez exactamente o mesmo. O som das sirenes já estava relativamente perto e Carlota seguiu atrás do demónio e dos seus companheiros. Uma vez sozinhos no beco, tanto Pedro como Leonardo suspiraram de alívio.

Pedro - Estás bem?

Perguntou do sítio onde estava para o jovem.

Leonardo - Acho que sim…

Leonardo devia ter fugido… Tinha noção que dada aquela situação, teria uma data de respostas a dar aos polícias. Mas precisava de um hospital… A sua mão estava em mau estado e a sua boca não parava de sangrar. Pedro deixou-se ficar deitado. Também não estava nos seus melhores dias. Quando olhou para o fim do beco sentiu uma enorme angústia… Com o desespero esquecera completamente o que tinha a acontecido. Do outro lado, estava caído o corpo do seu melhor amigo, Henrique Gomes, sem vida…

*

   Em casa de Érica, a penumbra e o silêncio reinavam… Melissa, Camila, Rodrigo e Isabella já tinham tudo arrumado e aguardavam que o feitiço de Ísis resultasse. A jovem bruxa estava sentada à mesa, bastante concentrada. À sua frente tinha um mapa detalhado de Cila e na sua mão possuía um pendulo de cristal, o qual mantinha suspenso no ar, por cima do mapa. Inicialmente, estava parado, não dava nenhum sinal de se querer mover. À medida que a jovem ficava mais focada, o pendulo abanava ligeiramente de um lado para o outro.

Camila - Temos de esperar muito? Essa coisa quase que nem se mexe...

Todos olharam para a jovem e Ísis desconcentrou-se.

Ísis - Se te manteres calada não demora tanto! Eu não sou nenhuma profissional…

Melissa - Demora o tempo que tiver de demorar! Pára de interromper!

Respondeu Melissa em defesa de Ísis.

Camila - Ok, pronto… Já não digo nada!

Disse Camila muito afectada… Ísis voltou a começar o processo de concentração.

Camila - Excepto que isto devia ser mais rápido…

Ísis revirou os olhos em sinal de desistência…

Melissa - É agora… Vou bater-lhe!

Melissa estava a começar a ficar seriamente chateada com as intervenções de Camila.

Rodrigo - IMPORTAM-SE?

O homem voltara a gritar e todos assustaram-se, inclusive a Night Watcher Isabella.

Rodrigo - Talvez se todos nos calarmos a Ísis consiga fazer alguma coisa! Portanto, fiquem de boca FECHADA!

Ninguém mexeu-se…

Rodrigo - Ísis, se fazes favor…

Pediu à jovem bruxa e esta rapidamente acenou que sim e começou a concentrar-se… Mais uma vez, à medida que o seu foco ficava mais forte, o pendulo começava a dar sinais de querer mover-se. Aos poucos, oscilava de um lado para o outro e Ísis sentia a sua energia a passar-lhe para a mão, a correr-lhe o braço e a passar por todo o seu corpo. Finalmente, quando estava cheia, uma onde de calor invadiu-a e a jovem olhou para o pendulo… Era o momento certo.

Ísis - ÉRICA RODRIGUES!

Exclamou com força e nesse instante, o pendulo fugiu-lhe da mão e caiu de forma pesada em cima do mapa… A sua ponta apontava para um local específico.

Ísis - Resultou!

Disse vitoriosa. Todos correram até ela e olharam para o mapa.

Ísis - É aqui que ela está!

Indicou Ísis.

Melissa - É apenas a alguns minutos daqui! Eu posso chegar mais rápido!

Ofereceu-se Melissa.

Isabella - É melhor irmos juntos… Pode ser uma armadilha qualquer!

Avisou a Night Watcher.

Rodrigo - Sim, vamos juntos! Não quero ser o responsável por algo que possa acontecer! Peguem nas vossas coisas... Vamos agora!

Afirmou, bastante decidido. Rodrigo podia não ser um Night Watcher, mas naquele momento estava a agir como um. Parecia um líder. Todos pensaram nisso e chegaram à conclusão que, depois de estar a viver há muito tempo com Érica, talvez o homem tenha adquirido alguns dotes. Apressados, pegaram nas mochilas com as armas seleccionadas… Excepto Camila, a única que não levava nada consigo, por embirrância. Num instante, saíram da casa de Érica e começaram a deslocar-se ao local em questão. Logo ao curvarem a rua, uma voz chamou por Melissa…

Hugo - Melissa?

A jovem parou e quando olhou para trás quase que teve um colapso… Era Hugo, o rapaz misterioso por quem sentia algum interesse. No entanto, nos últimos dias andava a evitar o jovem e sentia-se confusa quando pensava nele. A última vez que tiveram juntos, Melissa viu coisas que desejaria não ter visto… Não tinha certeza de nenhuma delas, mas mesmo assim, já lhe davam motivos para suspeita e punha em causa a verdadeira identidade do rapaz. Melissa não gostava da repentina insegurança que isso causou-lhe…

Melissa - Hugo…

Disse, um pouco sem reacção.

Hugo - Está tudo bem? Não te tenho visto estes dias…

Respondeu o rapaz um pouco desanimado.

Melissa - Tenho andado muito ocupada… Faculdade e isso!

Desculpou-se com poucas palavras.

Hugo - Pareces diferente…

Melissa - Impressão tua!

Hugo olhou pra trás de Melissa.

Hugo - Onde é que eles vão com tanta pressa?

Melissa olhou para trás e reparou que Ísis, Camila, Rodrigo e Isabella já iam bem à frente… Foi aí que tudo voltou à mente da jovem. Tinham de encontrar Érica. Por segundos, o choque de ter visto ali Hugo, fizera-a esquecer o que era realmente importante.

Melissa - Desculpa Hugo, mas tenho de ir… Falamos mais tarde!

E ditas estas palavras, a jovem seguiu a correr atrás dos amigos, deixando Hugo para trás… O jovem apenas ficou a observá-la a partir, a desilusão estava espalhada no seu rosto.


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