O sol já há uma hora tinha desaparecido do céu e a lua, na sua fase crescente, aparecera em seu lugar à medida que a noite caía. Cila, tanto de dia como de noite, tinha um encanto único. Esta noite, o mar estava muito calmo e a imagem da lua reflectia nas águas como se fosse um espelho. As ruas com poucas pessoas, os estabelecimentos fechados, e alguns carros circulavam nas estradas com pessoas que estavam a vir dos seus trabalhos. Um pouco normal, uma vez que era hora de jantar e as famílias encontravam-se em casa. O ar estava seco e abafado ainda do dia e nenhuma aragem corria no ar. O dia tinha sido espectacular e a noite também caminhava para o mesmo. Mais no interior, para lá da zona industrial, a floresta vasta e densa dos arredores de Cila encontrava-se silenciosa e escura. Apenas a luz do luar banhava o topo das grandes árvores que esta continha não permitindo que a luz penetrasse entre as mesmas até ao solo. Não se ouvia nada, nem uma única ave nocturna… Um silêncio assustador! Um lugar daqueles alberga muita vida e naquele momento, parecia que não existia nada, os animais estavam escondidos e
assustados… Algo caminhava naquela floresta, algo que não pertencia lá com certeza… A criatura que assassinara o pobre homem que se encontrava bêbedo, refugiara-se naquela floresta. E agora que a noite tinha caído, já estava preparada para atacar de novo. Alta, esguia, viscosa, meio acinzentada, com uns longos braços, uma cabeça monstruosa e uma boca grande com duas fileiras de dentes afiados, a criatura tenebrosa fazia o seu caminho para sair da floresta. Fazia um barulho animalesco com a boca, babava-se à medida que ia andando e
possuía umas mãos grandes, com longos dedos e garras que cada vez que agarravam as árvores faziam-nas tremer. Quando finalmente alcançou a estrada, já fora da floresta, avistou a cerca de 1 quilómetro as luzes de Cila. Com um rugido de raiva, avançou em direcção à vila. Mais uma vez, alguém em Cila ia ser vítima deste hediondo monstro…