Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 36
Medos (Vol. 4) - Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aos poucos, mais informações vão sendo reveladas... Esperemos que curtam! :)



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Aparentemente, tudo estava calmo… Não se ouvia nada, nem ninguém. Há minutos atrás, o barulho das abelhas era tão ensurdecedor que Melissa pensava que ia enlouquecer. Enquanto estava na casa de banho a verificar as várias picadas que tinha nos braços, alguém bateu à porta da sua casa com força… A jovem apressou-se em abrir.

Hugo - O que é que aconteceu?

Pergunta Hugo Zodiev, enquanto entra pela casa a dentro bastante atento.

Hugo - Só te ouvia a gritar! Vim a correr o mais depressa que pude. Estás bem?

Enquanto se aproximava da jovem para a examinar, viu logo as marcas nos seus braços…

Melissa - Tenho os braços todos picados!

Hugo - Picados? O que é que te fez isto?

Pergunta o jovem enquanto observava as feridas nos braços de Melissa, que ainda estava de pijama e nem se tinha apercebido até ao exacto momento.

Melissa - Desculpa estar nesta figura!

Exclama a jovem envergonhada… Hugo riu-se disfarçadamente.

Melissa - Voltando ao assunto, um exame de abelhas entrou pelo meu quarto a dentro e atacou-me. É este o resumo…

Hugo ficou a olhar para Melissa e passado alguns segundos finalmente respondeu…

Hugo - Abelhas?

Melissa teve a impressão de que Hugo pensava que fosse algo mais sério.

Melissa - Ya, abelhas! Pareces admirado…

Hugo - Desculpa, pensei que fosse algo mais sério… Com tudo o que acontece por aqui…

A jovem olha para ele, espantada…

Melissa - É claro que é sério! Não achas estranho terem entrado pelo meu quarto a dentro? Sem mais nem menos?

Hugo - Podia ser por causa de alguma coisa que tivesses no quarto, talvez tenham sido atraídas. Porque é que estás tão incomodada?

Melissa olhou para o jovem, envergonhada por o que estava prestes a dizer…

Melissa - Bem… Tenho medo de abelhas!

Hugo riu-se e Melissa ainda ficou mais vermelha.

Melissa - Eu sei que parece estúpido, principalmente se formos a pensar em tudo o que passa… Mas é algo que não consigo evitar!

Hugo - Não é nada estúpido… Na verdade até acho engraçado!

Melissa não conseguiu resistir e sorriu com alguma timidez para Hugo. Este respondeu da mesma forma…

Melissa - Perdia toda a piada se te sentisses como eu me senti! Ainda nem fui capaz de voltar ao quarto… Dava para ouvir o barulho cá de fora!

Hugo - Eram assim tantas?

Melissa - Não tens ideia… Ainda consegui esmagar algumas, mas não paravam de aparecer mais e mais!

Hugo - Como é que conseguiste sair?

Melissa - Tapei-me!

E apontou para um dos cobertores que estava largado no chão.

Melissa - Doem-me os braços… Imagina se tivesse ficado lá mais tempo! Talvez não estivesse viva!

Finalmente, Hugo parecia estar a conseguir visualizar o que a jovem estava a dizer… E era realmente estranho algo assim acontecer.

Hugo - Achas que já saíram?

Melissa - Já deixei de as ouvir há algum tempo… Mas mesmo assim o chão deve estar cheio delas… As que acertei! Por isso, vai à frente!

Hugo - Não te preocupes… Abelhas não me assustam!

Pisca o olho à jovem e segue o caminho. Ao chegar ao corredor da casa de Melissa olhou para todas as portas que lá estavam…

Hugo - Qual é o teu quarto?

Hugo nunca tinha estado na casa da jovem, então teve de perguntar… Melissa indicou-lhe qual era. Ao chegarem, abriram a porta muito devagar…

Melissa - Tem cuidado!

Exclama Melissa, escondida atrás de Hugo. O rapaz espreitou para dentro do quarto e de seguida abriu a porta por completo. O quarto parecia normal… Tudo arrumado e nem sinal de uma única abelha. Nem no ar, nem no chão…

Hugo - Melissa?

A rapariga sai detrás de Hugo...

Hugo - Não era suposto haver abelhas espalhadas por aqui?

Pergunta o jovem, meio confuso.

Melissa - Mas elas estavam aqui!

Exclama Melissa, espantada.

Melissa - É impossível! Está tudo limpo, parece que não aconteceu nada…

Disse a jovem enquanto observava o seu quarto… A janela, onde há minutos atrás estavam dezenas de abelhas agarradas, estava agora normal como todos os outros dias…

Hugo - Ao menos não vamos ter trabalho em apanhar as mortas! Que deviam estar aqui…

Melissa - Eu sei o que vi… Eram tantas! Não é possível que tenham saído todas!

Hugo - Não estavas em pânico? Se calhar não eram muitas…

Melissa - Eu tenho a certeza!

Insiste Melissa…

Hugo - Talvez tenham carregado as mortas para fazerem os funerais!

Exclama Hugo a brincar… Nesse momento, Melissa deu-lhe um encontrão, de uma forma provocativa, mas doce, face ao comentário brincalhão do rapaz. Mais uma vez, não mediu bem a força e não contava o que aconteceu… Ao dar o encontrão a Hugo, atirou-o ao chão.

Melissa - Desculpa Hugo!

Diz de uma forma aflitiva… Rapidamente baixou-se para ajudar o rapaz, que parecia bastante admirado.

Melissa - Não era este o meu objectivo… Sou tão descuidada!

O rapaz continuava admirado a olhar para a jovem…

Hugo - Melissa?

Melissa - Desculpa, a sério… Estás em choque?

Perguntou, quanto estudava as feições do jovem…

Hugo - Não é isso! Os teus braços… Estão curados!

Melissa ainda não tinha reparado… Olhou para os seus braços e já não tinha nenhuma picada. Estavam como novos. Todas as marcas tinham desaparecido, assim como as abelhas…

Melissa - Algo estranho está a acontecer! Acho que precisamos da Érica…

Disse Melissa enquanto olhava, muito espantada, para os seus próprios braços. Estava preocupada… Algo não estava certo. E como sempre, a Night Watcher era única que tinha sempre respostas. Ou quase sempre…

*

   Leonardo Almeida sentia-se aborrecido… Para ele, não havia nada pior do que estar doente num dia tão bom como aquele que Cila estava a apresentar. O jovem apanhara uma gripe à séria e tinha passado mal a noite. Não conseguia entender como é que ficara assim tão repentinamente, no dia anterior estava óptimo… Quando acordou, dirigiu-se logo ao pequeno armário de medicamentos que tinha em casa e tomou um comprimido para combater a gripe. Nesse pequeno compartimento, o qual Leonardo raramente abria, pode pela primeira vez observar mutos medicamentos, ou assim pareciam, que nunca tinha ouvido falar… Alguns faziam mesmo lembrar poções. Tudo aquilo pertencia à sua avó e estava localizado no quarto dela. Por momentos pensou se ela não faria Magia… Se assim fosse, nunca lhe tinha contado. Emília Almeida era muito sábia e o jovem tinha noção que havia muitas coisas que esta ainda não lhe tinha revelado. Como não se encontrava por casa, Leonardo estava sozinho e teve vontade de começar a vasculhar algumas coisas para ver se descobria algo mais, mas era errado… Tinha muito respeito pela sua avó e não era muito vulgar por parte dele, fazer algo do género. Talvez estivesse na altura de fazer colocar algumas questões, de modo subtil.

   Enquanto esperava que a sua avó chegasse, o jovem decidiu descer para o andar de baixo e ir para a sala ver televisão… Quase nunca tinha nada para fazer, então quando estava em casa, arranjava sempre alguma maneira para queimar o seu tempo. Infelizmente, desta vez, nem a televisão o salvou… Não estava a passar nada de jeito em nenhum dos canais. Teve vontade de atirar o comando contra a parede. Ultimamente sentia-se muito agitado, sem explicação aparente… Ou então por ter descoberto que os pais de Hugo são demónios, o que significava que aquele jovem também poderia ser um. Leonardo Almeida detestava demónios, por razões que preferia nem sequer se lembrar… E para seu grande alívio, não ia precisar de recordar nada, a sua avó, Emília Almeida, tinha acabado de entrar em casa…

Emília - Leonardo?

Chama a avó depois de ter fechado a porta…

Leonardo - Estou na sala!

Diz o jovem, sentado no sofá. Emília entrou na sala com um cesto de compras e olhou para o neto.

Emília - Estás pálido… Sentes-te bem querido?

Pergunta a avó com um ar maternal.

Leonardo - Acho que estou com gripe… Já acordei assim.

Emília - Não te preocupes! Vou já buscar qualquer coisa pra tomares!

Quando Emília se ia a virar para se dirigir ao seu quarto, Leonardo interrompeu-a…

Leonardo - Avó?

Esta voltou a virar-se para ele…

Leonardo - Não precisas… Eu já lá fui!

Emília não respondeu e ficou a olhar para o neto.

Leonardo - Eu sei que não gostas que entrem no teu quarto sem pedirem… Mas não estavas cá e eu precisava mesmo de algo!

Emília sorriu…

Emília - Suponho que tenhas ido ao armário dos medicamentos… Certo?

O jovem assentiu com a cabeça.

Emília - Calculo que queiras respostas derivado ao que viste…

Diz a avó enquanto senta-se ao pé do neto.

Leonardo - Praticas Magia?

Perguntou Leonardo muito directamente.

Leonardo - Desculpa ser tão directo avó… Mas é que ainda tenho tantas questões! Tirando o que aconteceu realmente aos meus pais, não me disseste muito mais! Educaste-me e ensinaste-me uma vida toda, mas nunca me contaste mais nada…

Leonardo devia estar a falar do segredo que ele e avó partilham… Algo que ainda não fora revelado…

Emília - Podes estar descansado, não pratico Magia. No entanto tenho algum conhecimento e sei fazer algumas coisas… Entendo que tenhas perguntas, mas tens de interiorizar que tudo será revelado a seu tempo!

Em certa parte, o jovem compreendia a avó… Se ainda não lhe tinha contado tudo era porque ainda não era a altura certa. Portanto, como já esperou tanto tempo por certas respostas, não se importava de esperar mais um pouco. Além disso, quem era ele para questionar a sua avó, alguém tão sábio?

Emília - Paciência meu jovem… Tens de ter paciência! Traz sempre as suas virtudes!

Leonardo sorriu desajeitadamente para a avó…

Leonardo - Tens razão… Desculpa! Apenas tenho andado inquieto! Não sei porquê…

Emília - É normal, depois de te ter contado acerca do jovem Hugo, deves ter ficado preocupado!

Leonardo - Acho que sim… Às vezes tenho vontade de poder contar tudo ao grupo…

Leonardo parecia desanimado e a avó ficou alarmada…

Emília - Leonardo, isso está fora de questão! Já conversámos sobre isto… Ainda não podes contar! Quando chegar a altura certa irás compreender…

Leonardo - Eu sei avó… Só que é estranho… estar a esconder isto tudo! Principalmente da Ísis! Já a conheço há tanto tempo… E ela contou-me acerca de Magia, quando descobriu! Às vezes sinto-me sozinho…

Emília - Bem, eu já te disse o que achava acerca da Ísis… Era ideal para ti…

Disse Emília Almeida a tentar animar o momento.

Leonardo - Não é isso avó!

Exclamou o jovem enquanto se levantava.

Leonardo - Quem me dera que já tivéssemos feito tudo! Não vejo a hora de vingar-me! Quero ser livre, de uma vez por todas!

Queixou-se Leonardo…

Emília - Depois de teres realizado o teu objectivo, voltaremos a ser felizes! Se os teus pais vissem no que te tornaste, ficariam orgulhosos!

Leonardo sorriu com algum afecto para avó.

Emília - Mas infelizmente estamos a viver o presente, que por enquanto ainda é bem complicado… E receio não trazer boas notícias…

A expressão do jovem mudou… A preocupação instalou-se no seu rosto. Para a sua avó estar a dizer aquilo era porque tinha algo muito importante a dizer.

Leonardo - É acerca do Hugo?

Emília - Não… Na verdade é acerca da jovem Melissa!

Leonardo ficou atento, no entanto estava confuso…

Leonardo - O que é que se passa com a Melissa?

Emília - Desconfio que ainda andem à procura do porquê das novas aptidões da rapariga…

Leonardo percebeu que a avó referia-se à força e resistência exageradas que, por alguma razão desconhecida, tinham sido atribuídas à jovem.

Leonardo - Sim, ainda não sabemos de onde vem aquilo! Porquê?

Emília fez uma pausa para observar o neto. Este achou algo estranho na atitude da sua avó, parecia estar a estudá-lo de uma maneira muito esquisita…

Emília - Bem, tive acesso a alguma informação… E fui capaz de descobrir o que se passa com a jovem!

Leonardo voltou a sentar-se perto da avó…

Leonardo - Como?

Emília - Isso agora não é relevante! Queres que conte ou não?

Perguntou de uma forma brusca… O jovem ficou admirado pela reacção da sua avó. Não era costume ela falar assim… Devia ser algo mesmo sério, assim pensava.

Leonardo - Desculpa, continua…

Emília - Não queria ser eu a dar-te esta notícia… Mas a Melissa não é humana!

O jovem sentiu que ia cair para trás, mas nada aconteceu.

Leonardo - O quê? Como? O que é que ela é? Quer dizer, não pode ser! É claro que ela é humana!

Emília - Ela é um demónio Leonardo!

Leonardo pestanejou e voltou a fazer outra pergunta…

Leonardo - O quê?

Emília - Foi exactamente o que ouviste! A Melissa é um demónio…

O jovem não sabia o que fazer ou sequer o que pensar…

Leonardo - Como é que isso é possível? Como é que não sabíamos disso? É impossível!

Emília - Os demónios são muito espertos Leonardo… Por alguma razão ainda não descobriram o esconderijo de Abaddon! Não fiques admirado por não saberem da Melissa! Ela está a fazer um espectáculo incrível…

Leonardo - Espectáculo? Estás a tentar dizer que ela é um demónio e sabe disso?

Leonardo estava atordoado com tudo o que ouvira até ao momento.

Emília - Eu não estou só a dizer… Tenho a certeza absoluta! Ela está a enganar-vos a todos! Trabalha para Abaddon, pra recolher informações acerca da Night Watcher!

Leonardo não respondeu… Limitou-se a olhar para a avó boquiaberto. Sentia-se ridículo… “Será mesmo verdade?”, perguntava a si mesmo.

Leonardo - Não pode ser… Ela é nossa amiga!

Emília - Se não fizeres nada em relação a isto, irão todos morrer! É isso que queres?

Perguntou com alguma agressividade. Leonardo assustou-se… A sua avó estava muito estranha… Ou então era do que tinha acabado de dizer. O jovem sentia-se confuso.

Leonardo - O que é que sugeres? Tens mesmo a certeza que ela é um demónio avó? Não há nenhuma hipótese de teres confundido as coisas?

Emília - Eu sei o que vi! Ela é perigosa Leonardo, vocês nem imaginam… Tens de matá-la!

Leonardo levantou-se e afastou-se da avó…

Leonardo - NÃO! Não podes pedir-me pra fazer isso! Nem sequer temos a certeza…

Emília interrompeu-o…

Emília - Mata-a! Não há nada a fazer, ela tem de morrer!

Emília levanta-se e aproxima-se do neto…

Emília - Tens de o fazer, só podes ser tu, os outros não irão acreditar… Acaba com ela Leonardo… É mais fácil do que parece…

Os olhos de Emília brilhavam de uma forma assustadora, parecia que puro ódio corria dentro deles. Leonardo sentiu-se incomodado…

Leonardo - Ela é minha amiga! Não podes pedir-me isto de um momento para o outro!

E vira costas à avó para sair dali… Antes disso, voltou a olhar para ela…

Leonardo - Não podemos agir assim, de sangue frio! Senão acabamos por ser iguais àqueles contra quem lutamos! Não vou chegar a esse ponto… Ainda sou humano!

Ao acabar de dizer isto espirrou e começou a tossir com força… A gripe estava instalada por completo. A sua avó estava em pé e parada, a olhar para ele sem nenhuma expressão na cara, parecia não ter sentimentos. O jovem arrepiou-se e saiu de casa…

Quando chegou à rua parecia estar como novo… Todos os sintomas da gripe haviam desaparecido e parecia que nem sequer tinha estado assim. Leonardo percebeu no mesmo instante que algo não estava certo… Passava-se algo. Decidiu voltar a atrás.

Ao entrar em casa, para contar o que tinha acabado de acontecer à avó, deu consigo sozinho… Emília Almeida não estava em lado algum… O jovem procurou-a, chamou-a… Mas nada. Era impossível ela ter saído de casa tão rápido.

Leonardo - Ok… Deves saber o que é que se passa Érica!

Disse o jovem para si mesmo. Preocupado, voltou a sair de casa…

*

   Melissa Monserrate e Hugo Zodiev já há alguns bons minutos que andavam pelas ruas de Cila… O ar estava estranho, parecia estar preso e condicionado, como se estivessem dentro de uma caixa gigante. Durante todo o percurso que já tinham feito, repararam que as várias pessoas que tinham passado ou cruzado com eles, estavam diferentes. Algumas estavam apressadas, de um lado para o outro… Outras estavam tristes, completamente devastadas. Umas pareciam assustadas, outras fugiam de algo…

Melissa - Isto não é normal!

Exclamou a jovem parada em frente a um prédio…

Hugo - A casa da Érica não devia ser aqui?

Pergunta o jovem confuso.

Melissa - Tenho a certeza que é aqui! Ou era… O que é que se passa?

Melissa estava muito pensativa…

Hugo - Acho que já é a segunda vez que estamos nesta rua… O que é impossível, uma vez que não voltámos atrás! Parece que esta rua existe duas vezes…

Melissa - Algo está bastante errado! Esta devia ser a rua da Érica! É como se não conseguimos aceder ao sítio!

Hugo - E agora? O que é que fazemos?

Melissa - Não sei… O que poderia causar isto? Magia?

Hugo - Não faço a mínima ideia! Seja lá o quer for parece que afectou todos!

Melissa - Ya! Já viste bem as pessoas? Estão todas a reagir de forma estranha! Como se estivessem a fazer algo que não conseguimos ver!

Exclama a jovem enquanto olha à sua volta…

Melissa - Vou ligar-lhes!

Quando Melissa põe a mão ao bolso para agarrar no telemóvel, reparou que não o tinha…

Melissa - O quê? Eu tinha a certeza que o tinha trazido!

Disse para si mesma, distraída. Enquanto procurava, na sua mochila, por o telemóvel, Hugo sentiu uma força interior a apoderar-se dele… Uma energia fria e negra estava a invadi-lo. Ao sofrer um género de convulsão, a qual Melissa nem reparou, os olhos do jovem ficaram completamente negros, vazios… Estava a acontecer-lhe o mesmo que no dia em que fora atacado por Lunatik. O jovem não tinha contado a ninguém o que tinha sucedido e agora, estava novamente a acontecer e ele sabia que não conseguia manter o controlo. Hugo não queria que ninguém soubesse acerca daquele lado que possuía e que, até ao momento, ele próprio ainda desconhecia. O seu maior receio era que a jovem que estava com ele descobrisse… E sem nunca ter imaginado, estava a um passo disso.

Melissa - Também não está aqui! Vamos ter de encontrá-la de outra maneira!

Em pânico, Hugo vira as costas a Melissa… A jovem olhou para o rapaz sem perceber o que se estava a passar.

Melissa - Hugo? O que é que estás a fazer?

Hugo - Ah, nada… Acho que vou espirrar!

Diz o jovem, muito atrapalhado.

Melissa - Não é preciso virares-te de costas!

Exclama Melissa, a sorrir. Mesmo numa situação daquelas, a jovem conseguia ser engraçado.

Hugo - Mas estou melhor assim!

Insiste o rapaz.

Melissa - Oh, deixa-te de coisas…

E avança na direcção de Hugo… Ao colocar-lhe a mão no ombro para o virar, o jovem afastou-se agitadamente…

Hugo - NÃO!

Gritou Hugo. Melissa assustou-se…

Melissa - Ok… Desculpa…

Disse Melissa um pouco confusa e espantada.

Hugo - Ah… Melissa… Desculpa, eu não queria parecer rude…

O jovem estava aflito e trocava-se todo… Melissa percebeu que ele não estava bem.

Hugo - Tenho de ir… Desculpa!

E ao dizer isto, Hugo saiu dali a correr, o mais rápido que pôde…

Melissa - HUGO?

Tentou chamar… Mas o jovem nem olhou de volta. Se a jovem já estava confusa, agora ainda ficou pior. Quando caiu em si, decidiu seguir Hugo, mas ao curvar a mesma rua que o rapaz tinha curvado, deixou de o ver… Parecia que tinha desaparecido. Melissa parou e ficou a olhar… Agora e que não sabia mesmo o que fazer.


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Notas finais do capítulo

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