Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 30
Pequenos Destruidores (Vol. 3) - Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Nova personagem neste capítulo! ;) acompanhem ;)



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A noite tinha caído sob Cila… As luzes nos candeeiros, montras e carros, davam uma nova cor à vila. Como muitas outras, aquela noite estava fantástica e as ruas estavam movimentadas. Ninguém queria ficar por casa numa noite assim… Excepto Érica, a Night Watcher. Tinha acabado de jantar na companhia de Leonardo e Ísis e estavam todos a conversar… Rodrigo não estava presente, tinha-se atrasado no trabalho e ligou a Érica a avisá-la. Leonardo passara a tarde toda na casa da Night Watcher e Ísis, mal saíra do museu, dirigiu-se até ali para contar o que havia sucedido.

Ísis - Acho que isto pode ser realmente bom para a Melissa!

Exclama a jovem com alguma certeza. Érica e Leonardo já a tinham informado acerca da novidade de Melissa e acerca do novo habitante de Cila, Lezard.

Érica - Eu também! Se não houvesse trabalho à frente, até que podíamos ir à pizzaria pra ver como é que ela está! Mas mais uma vez as forças do mal decidiram atacar…

Ísis percebeu que ela referia-se ao que tinha acontecido no museu.

Ísis - Não acho que sejam forças do mal… Eles defenderam-me!

Érica - O que é muito estranho! Pela descrição que me deste das criaturas, tenho a certeza que são Goblins!

Leonardo - Como é que distingues? Eles não são parecidos com duendes e com anões?

Érica - Têm algumas diferenças… A melhor maneira de os estudar é pelo comportamento. E pelo que a Ísis disse, eles foram completamente travessos e destrutivos! Temos de fazer algo… Eles são capazes de destruir uma aldeia inteira. Imaginem se ficam muito tempo aqui em Cila!

Ísis - O que queres fazer?

Érica - Eu sugeria que fossem eliminados… Não sabemos até que ponto podem tornar-se perigosos!

Ísis - Não! Não vamos matá-los!

Exclama a jovem bastante convicta.

Leonardo - Ísis, não me leves a mal, eu sei que gostas muito dos animais e da Natureza… Mas a Érica tem razão! Se calhar é melhor não arriscar!

Ísis - Vocês não entendem… Eu salvei-os e eles salvaram-me a mim! De certeza que estão assustados por estarem num sitio onde não conhecem! Eles não podem ser maus…

Érica - Tens mesmo a certeza que as coisas passaram-se dessa maneira? É que um comportamento desses nos Goblins não é muito natural!

Ísis - Foi exactamente assim que aconteceu! Podem perguntar à Camila! Ela viu tudo!

Ao longo dos tempos, a Night Watcher assistira a muitas coisas e nem todas elas eram como os livros indicavam. Portanto não era de espantar que aqueles seres fossem um exemplo disso. Depois de ponderar o que haviam de fazer, Érica finalmente falou…

Érica - Se realmente for assim, podemos optar por capturá-los e enviá-los para outro sítio… Temos é de resolver este assunto! Com a chegada de Lezard temos de estar concentrados. Nada pode interferir o nosso trabalho!

Ísis - Sempre é uma escolha mais sábia! Quando os vires vais dar-me razão!

Leonardo - Por mim tudo bem! Desde que nenhum salte pra cima de mim…

Ísis - E em falar em Lezard, tens mesmo a certeza que não queres que eu faça um feitiço de localização? Pelo menos ficávamos a saber onde é que eles estão escondidos!

Érica - É melhor não… A última vez que tentámos fazer Magia contra Abaddon saímos prejudicados!

Leonardo - Então qual será o próximo passo?

Érica - Neste momento é crucial encontrar os Goblins… O que tenciono fazer esta noite!

Leonardo - Sozinha?

Érica - Penso que não deva ser muito difícil!

Ísis - São cinco… É melhor irmos contigo! Quero voltar a vê-los… Pode ser que até fiquem calmos perto de mim. São tão engraçados!

Diz a jovem bruxa a sorrir.

Érica - Ísis, não te afeiçoes a eles! São selvagens, não os consigo imaginar a terem uma relação com um humano! Viste o comportamento deles no museu… Ninguém os controla!

Ísis - Sim, foi mesmo uma pena terem destruído aquela exposição! Tenho pena que não possamos fazer nada melhor do que mandá-los para longe…

Ísis ficou triste. Houve algo nos Goblins que a fascinou… Talvez fosse a atitude que tiveram perante o segurança que a tinha empurrado, não sabia…

Leonardo - Seja como for, vamos contigo!

Érica - Já estava a contar com isso! Aconselho que preparem-se… Quanto mais cedo formos, mais depressa tratamos deste problema!

Leonardo - Por mim ninguém perde tempo! Estou pronto! Hoje a Melissa vai perder toda a diversão!

Exclama o jovem enquanto levanta-se.

Érica - Oh, a diversão não vai acabar por aqui!

Diz a Night Watcher bastante convicta.

Ísis - Pois, vamos lá então… Dar um destino ainda mais confuso aos pobres Goblins!

Érica sentiu alguma pena de Ísis… Mas não havia nada a fazer.

Érica - Estamos a fazer a coisa certa! Não fiques triste…

A jovem assentiu com a cabeça mas a sua expressão não havia mudado… Os três amigos juntam-se e começam a pegar em algum material de captura. Redes, tranquilizantes e algumas armas foram guardados em mochilas, não era necessário muito material. Realizados estes passos, a Night Watcher e os dois jovens iniciaram a busca…

*

Para alguns habitantes de Cila, era indiferente se a noite estava estrelada, ou se estava a chover, não importava se estava fria ou quente… Não os ia afectar em nada uma vez que tinham de trabalhar e que os serviços que forneciam estavam ao dispor a qualquer hora. Assim acontecia na esquadra policial da vila… A segurança era essencial e vital por aqueles lados e o trabalho era sempre vasto.

Num dos pequenos escritórios que aquele edifício possuía, um homem trabalhava arduamente e com bastante concentração. À sua frente, espalhadas pela mesa, estavam fotografias e folhas que pareciam conter relatos de acidentes. Enquanto passava os papéis pela mão várias expressões passavam-lhe pela cara. Pedro Dias era polícia há 5 anos. Sempre desejara exercer aquela função e tivera sucesso. Com 30 anos, Pedro era um homem realizado e muito conhecido pela vila graças aos anos que já ali estava. Era bastante simples, tanto nas feições, olhos e cabelos castanhos, como a vestir-se…

No meio do seu trabalho, foi interrompido quando a porta da sua sala foi aberta e alguém chamou-o… “Pedro?”

Pedro - Então meu? Já não devias estar em casa?

À entrada estava um colega de Pedro Dias… Henrique Gomes também era policia e fora colocado em Cila ao mesmo tempo que ele e logo desde aí deram-se bem.

Henrique - Olha quem fala! O que é que estás a fazer?

Pergunta ao amigo enquanto entra na sala.

Pedro - A tentar perceber o que se passa aqui…

Henrique - Estás a falar do que aconteceu hoje no mercado e no museu?

Henrique ficou curioso.

Pedro - Disso e não só… Já reparaste na quantidade de casos que temos arquivados? Todos tão estranhos!

Pedro referia-se a todos os assassinatos e acontecimentos inexplicáveis que se davam na vila e que, como sempre, a polícia não conseguia encontrar os responsáveis. E muitas das vezes, nem provas tinham para suspeitas.

Henrique - Outra vez com isso?

Pedro - Não me sai da cabeça… Como é que tantos acidentes destes passam despercebidos?

Henrique - Sabes bem que tem sido assim já há anos! Acho que o nosso mal é termos uma zona florestal tão grande… Dá uma boa margem de fuga para assassinos!

Pedro - Eu sei, cada vez encontro mais relatos acerca destes actos selvagens!

Henrique - Não faço ideia… Essa também não é a minha área! Interessa-me o presente! O que já passou ficou para trás… Eu sei que parece mau, mas é assim!

Pedro Dias continuava concentrado…

Pedro - Repara, há umas semanas atrás, “O Cais” foi vandalizado… Testemunhas dizem ter visto um animal selvagem! Na altura do ciclone, andava aí um tarado qualquer a degolar pessoas… Nunca foi apanhado, ninguém viu nada! Hoje o mercado e o museu foram também vandalizados… Testemunhas oculares dizem ter sido animais selvagens, outra vez! Juntando a todos os outros que tenho aqui, dizem quase todos os mesmo! Ataques violentos e animais ou criaturas selvagens!

Depois de todo o discurso, Henrique Gomes limitou-se a olhar para o colega, bastante sereno.

Henrique - Sim? E onde queres chegar?

Pedro - Não vês pá? Algo não está certo… Como é que ninguém sabe nada? Existem aqui tipos de crime como eu nunca imaginei existirem…

Henrique - Bem-vindo ao mundo do crime! Pensei que por esta altura já estivesses à espera de tudo!

Pedro encarou Henrique com seriedade…

Pedro - Podes levar-me a sério? Pode ser algo bem grave!

Henrique já conhecia Pedro e sabia que este não ia desistir enquanto ele não prestasse atenção.

Henrique - Ok, supondo que tens razão… Por onde começavas? Não há pistas!

Pedro sorriu…

Pedro - Na verdade, procurei por todos os relatos que existiam e fui levado a alguns anos atrás… Em certa altura houve uma testemunha comum em vários casos…

Henrique - E então?

Pergunta confuso.

Pedro - É estranho… Nunca existiu a mesma testemunha em mais nenhum crime. E todos eles são bem distintos. O que me leva a pensar que foram cometidos por vários assassinos!

Henrique - E entrevistaram essa testemunha?

Pedro - Sim, mas nunca levou a lado nenhum! Érica Rodrigues!

Henrique - É o nome dela?

Pedro - É… E ainda mora cá em Cila! Ela deve saber algo…

Exclama Pedro a olhar para os registos.

Henrique - Então porque não começas por aí?

Pedro - E é isso que vou fazer! Tenho andado a pensar nisso!

Henrique - Boa investigação! Eu vou é pra casa… O meu turno já acabou há horas e ainda aqui estou!

Pedro - Eu vou ficar por aqui mais um pouco e depois também vou! Há pouco falaste no presente… Como está a correr a investigação da rapariga desaparecida? Com isto tudo tenho andado um pouco por fora…

Henrique suspira fundo.

Henrique - Estamos num beco sem saída! Não há vestígios dela, simplesmente desapareceu do mapa! Os pobres dos pais estão a morrer de sofrimento.

Pedro - Estranho… Como tudo o que acontece nesta vila!

Henrique - Não vou pensar assim! Vamos ter sorte e encontraremos a Vanda. Voltaremos a trazer felicidade àquela família!

A jovem a que se estavam a referir era Vanda, cujo corpo era agora divido por Abaddon e comando, maioria do tempo, pelo demónio.

Pedro - Se for preciso alguma ajuda é só pedir!

Henrique - Esperemos que não seja preciso! Boa sorte no teu trabalho! Vemo-nos amanhã!

Pedro despediu-se do colega e logo a seguir, voltou a focar as suas atenções nos relatos e informação que tinha à frente… Pensativo, analisava as fotos e o nome das testemunhas…

Pedro - Érica Rodrigues… O que é que tu sabes?

Pergunta o jovem pra si mesmo, envolvido nos seus pensamentos… Mais tarde ou mais cedo tinha de encontrar aquela mulher.


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Notas finais do capítulo

Esperemos que tenham gostado. Reviews :p



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