Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 28
Pequenos Destruidores (Vol. 3) - Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

ahaha, um capítulo um pouco diferente! esperaemos que curtam ;)



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O sol brilhava com intensidade e banhava as ruas de Cila com luz. À medida que as horas passavam o calor parecia não querer ir embora e isso pra Camila era muito mau… Significava que ia perder um dia maravilhoso para estar enfiada num museu. Como se não bastasse, já tinha ido a casa para a apanhar o seu sobrinho, mas ele não estava por lá. Então, com os seus óculos de sol colocados, a jovem dirigia o seu carro sem saber ao certo para onde ia. Por momentos pensou se o seu irmão e a sua cunhada não teriam vindo mais cedo… Já tinha tentado ligar à sua mãe, mas como esta não atendera, pensou passar no seu local de trabalho, o grande salão de beleza, duas ruas a seguir à avenida principal.

   Camila detestava coisas mal combinadas… Antes de sair de casa e ir para a faculdade tinha avisado que assim que as aulas acabassem vinha a casa buscar o sobrinho. E mesmo assim, ele não estava lá. Foi aí que pensou com mais clareza… “Será que ele ficou sozinho em casa e saiu?”. E nesse exacto momento o seu telemóvel começou a tocar. A jovem encostou o carro à beira da estrada e viu quem é que lhe estava a ligar.

Camila - Então digo eu mãe! Já tinha tentado ligar!

Reclama Camila.

Camila - Eu sei que estás a trabalhar! Qual é o problema?

Camila - Eu quero é saber do miúdo! Onde é que ele está? Esqueceram-se que ia levá-lo ao museu?

Camila - Ele está aí? E ninguém sabia avisar?

Camila - Claro que vou buscá-lo! Já ia passar aí de qualquer dos modos!

Camila - Sei lá qual é o filme que está no cinema! Vou levá-lo à exposição e chega! Até já!

A jovem desliga a chamada muito rápido e atira o telemóvel para cima do outro banco.

Camila - Estou rodeada de incompetentes!

Queixa-se Camila enquanto arrancava com o carro… Não estava assim tão longe do salão de beleza. A estrada estava um pouco movimentada e alguns metros à frente o trafego estava ainda mais condicionado. Camila tentou esticar-se para ver se alguma coisa tinha acontecido… Alguns veículos começaram a virar para outras ruas e a jovem pode avançar para ver melhor. Cerca de cinco carros da polícia estavam à entrada da avenida principal. Várias pessoas tentavam falar com os guardas em simultâneo, numa enorme confusão. Só depois é que Camila olhou para a rua… Parecia que o mercado tinha ido para ali naquele dia, mas algo não estava certo. As mesas e bancas dos comerciantes estavam todas espalhadas e partidas assim como o resto que estava em cima delas. A jovem percebeu logo que algo fora do normal tinha acontecido.

Camila - Era só o que faltava!

Por meros segundos, a jovem sentiu-se tentada em estacionar o carro e ir tentar saber o que se tinha passado. Mas o seu dia já ia ser longo e chato o suficiente…

Camila - Tenho mais que fazer!

Acabou por dar meia volta e seguiu por outra rua… Aqueles problemas não eram com ela.

Em dois minutos chegou ao local de trabalho da sua mãe. Estacionou e foi lá dentro buscar o sobrinho. Como sempre a mãe empatou-a e quando Camila deu por isso, já tinham passado 20 minutos desde que chegara. Apressada, agarrou a mão da criança e puxou-a pra saírem do salão. Ao chegar novamente à rua parou e ficou boquiaberta a olhar para o que tinha à sua frente… O seu carro estava todo amolgado e os seus vidros estavam todos partidos…

Camila - Como é que isto aconteceu? O meu carro…

Camila corre em direcção ao veículo, desesperada. O seu sobrinho estava a observar a cena sem entender o que se passava.

*

   Melissa, Leonardo e Érica tinham acabado de almoçar e de arrumar tudo no devido lugar. Foi a primeira coisa que fizeram assim que chegaram a casa da jovem. Só agora é que se dirigiam ao quarto de Melissa pra ver o estado do seu armário. Assim que entraram o resultado verificou-se nas suas faces espantadas…

Melissa - Vá lá, digam qualquer coisa!

Érica - Não sei ao certo o que dizer…

Leonardo - Tens a certeza que não te vingaste no armário pela discussão que tiveste com a tua madrasta?

Tanto Érica como Leonardo estavam boquiabertos a olhar para o armário… Uma das portas estava encostada ao próprio e a outra estava partida a meio no chão.

Melissa - Digam-me só que tem arranjo!

Leonardo aproxima-se do armário e estuda tudo com atenção…

Leonardo - Bem, como deves calcular a porta que está partida já não há nada a fazer!

De seguida pega na porta que está boa e com a maior das facilidades coloca-a de novo no sítio correspondente.

Leonardo - E esta já está! Não tem nada que saber!

Érica - De certeza que a outra não dá pra arranjar com alguma cola especial para madeiras?

E aponta para a que está no chão.

Melissa - Não percebo nada disso! Nem conseguia pôr aquela no sítio certo!

Leonardo - Podemos tentar… Mas não sei se a Melissa tem essa cola em casa!

Melissa - Também não sei!

Para Melissa aquilo já estava a dar trabalho a mais…

Melissa - Pensando bem, deixa estar! Eu invento algo ao meu pai e à minha madrasta!

Leonardo - Mas querias tanto arranjar o armário…

Melissa - Ele já era velhinho! E mesmo que tentasse colar nunca iria secar antes de eles chegarem!

Érica - De certeza que não vais arranjar problemas?

Melissa - A única razão dos problemas chama-se Clara! E com ela posso eu bem!

Leonardo - Ok, mas depois não te queixes!

Melissa - Se o fizer lembra-me!

Érica sorri para os jovens.

Érica - Então sendo assim podemos ir até minha casa? Presumo que não tenham mais nada a fazer!

Leonardo - Por mim sim! E podemos ir já, apetece-me fumar um cigarro!

Melissa - Dêem-me só 5 minutos para deixar um recadinho à Clara a dizer onde vou! Assim é da maneira que ninguém me liga! Leonardo, podes ir à janela fumar!

Leonardo - Não te faz diferença?

Melissa - Nenhuma!

Leonardo desloca-se até à janela, abre-a e acende o cigarro.

Érica - Oh, isto lembrou-me os tempos em que eu fumava…

Os dois jovens olharam um para o outro…

Melissa - Já fumaste?

Érica - Qual é o espanto? Eu também já fui jovem!

Melissa e Leonardo sorriram e a Night Watcher acabou por ceder também.

Melissa - As coisas que uma pessoa descobre… Bem, volto já! Fiquem à vontade!

Melissa sai do quarto e segue até à sala de estar para deixar um bilhete a Clara Monserrate. Quando se preparava pra escrever o seu telemóvel começou a tocar… A jovem olhou para o número mas não o reconheceu. Curiosa, atendeu a chamada…

Melissa - Sim?

Melissa - Olá, boa tarde!

A sua postura mudou e ficou mais séria.

Melissa - Sim, estou recordada!

Melissa - Está a falar a sério? Assim de repente?

Melissa - Claro que quero!

No quarto, Leonardo acabara de apagar o cigarro…

Leonardo - Achas mesmo que vamos encontrar muito mais acerca desse Lezard?

Érica - Não sei… Pelo menos o mínimo de informação possível. Já sabemos que é um feiticeiro, já é meio caminho andado!

De repente Melissa entra pelo quarto a dentro e entusiasmada interrompe a conversa…

Melissa - PESSOAL?

Érica e Leonardo olharam para Melissa sobressaltados.

Melissa - Arranjei um emprego!

*

   À porta do museu de Cila já existia uma fila de pessoas só para a exposição das ossadas… Ísis e Filipe faziam parte dela. Os funcionários, guias e seguranças estavam muito admirados pela quantidade de pessoas que aquela exposição estava a atrair. Não era costume aquilo acontecer, mas tendo em conta o tema da exposição, aquele número era compreensível. Quem não tinha curiosidade de ver as marcas dos grandes animais quem tem tempos remotos povoaram a terra?

Ísis - É incrível como está tanta gente aqui!

Filipe - É normal! É o primeiro dia da exposição! De certeza que os próximos já não atraem nem metade dos que estão aqui hoje.

Filipe tinha consigo uma mochila e tira de lá de dentro um pacote de batatas. Ísis observa o amigo…

Ísis - Eu sabia… Ficaste com fome não foi?

Pergunta um pouco desapontada.

Antes de irem para ali, os jovens foram almoçar a um restaurante vegetariano, a pedido de Ísis. Desde que passara a adorar a Natureza e desde que se envolvera no oculto, nunca mais comera nada relacionado com a vida animal. Filipe sujeitou-se em ir ao restaurante… Para ele, os pratos existentes foram uma autêntica novidade, não conhecia praticamente nada. Mesmo assim comeu e agora, Ísis receava que ele não tivesse ficado satisfeito.

Filipe - Claro que não… Isto é só para não ter vontade de lanchar! Gostei bastante do restaurante onde fomos… E da tua ideia em não comer animais!

Exclamou Filipe Mendes a sorrir… Ísis ficou descansada.

Ísis - Oh, por momentos pensei que podias não ter gostado!

Filipe - Gostei pois… Tenho de lá voltar! Gostei de almoçar contigo!

Ísis teve a sensação que ficou corada, mas tentou disfarçar…

Ísis - Eu também gosto de almoçar com os meus amigos…

Filipe - Sim… Mas tu és diferente, não sei… Há algo em ti fascinante!

Se houvesse um buraco ali perto, Ísis tinha-se escondido…

Ísis - Agradeço o elogio, mas não é bem assim...

Filipe parecia sério e os seus olhos brilhavam enquanto olhava para Ísis.

Filipe - A sério Ísis... Tenho algo a dizer-te!

O coração da jovem disparou rapidamente. Apenas pensava no que o jovem estaria prestes a dizer… Apenas esperava que não fosse algo que viesse a estragar a amizade deles. O jovem continuou…

Filipe - Tenho pensado muito acerca disto e já há algum tempo que venho a negar algo que no fundo não consigo evitar, por isso tenho de ser sincero contigo, espero que não leves a mal e que isto não mude a nossa amizade!

Ísis tremeu…

Ísis - Sim?

Filipe - Como é que vou dizer… Sabes, quando uma pessoa começa a conhecer verdadeiramente outra e…

Filipe nem acabara de falar quando Camila, do nada, chega com o seu sobrinho e coloca-se entre ambos.

Camila - Nem sequer vão acreditar! A sério! Até eu quando vi, não acreditei logo!

Todo o clima que estava presente anteriormente desapareceu… Um pouco desconfortáveis, os jovens olham para Camila e para a criança que ela trazia.

Ísis - Então Camila? O que foi desta vez?

Camila - Agora nem de dia uma pessoa está bem!

Ísis percebeu logo que algo já tinha acontecido… Disfarçadamente fez sinal a Camila para ela não se esticar e não falar mais do que realmente deve.

Filipe - Como assim?

Lá de trás da fila, alguém gritou para Camila… “NÓS CHEGÁMOS AQUI PRIMEIRO! NÃO SE PASSA Á FRENTE DE NINGUÈM!”

Camila olhou para trás…

Camila - E A MIM VANDALIZARAM-ME O CARRO! TAMBÉM NÃO SE FAZ! ACOSTUME-SE!

Respondeu também aos gritos. Depois volta a olhar para Ísis e Filipe.

Camila - As pessoas estão tão rudes e com pouca educação!

Ísis riu-se baixinho…

Ísis - Que ironia!

Filipe continuou com a conversa… Parecia estar confuso.

Filipe - Vandalizaram-te o carro?

Camila - Sim! Foi só tempo de entrar no salão da minha mãe… Quando saí tinha o carro todo partido! O meu adorado carro!

Ísis - Mas como é que isso aconteceu?

Camila - Isso gostava eu de saber! Ninguém sabe. Ninguém viu nada!

Filipe - Estranho…

Camila - E quem fica a arder sou eu! Sem carro! O que vale é que o pai vai pagar tudo!

De repente as portas do museu são finalmente abertas e as pessoas começam aos poucos a entrar…

Camila - Ao menos vamos entrar já! Não temos de esperar! Francisco, finalmente vais ver os ossos! Feliz?

A criança acena que sim.

Ísis volta a focar a sua atenção em Filipe.

Ísis - O que é que ias a dizer há pouco? Não chegaste a acabar!

O jovem sorriu…

Filipe - Depois falamos! Temos tempo! Agora vamos aos dinossauros!

Ísis riu-se ao ouvir as palavras de Filipe e logo a seguir, os quatro entraram no museu para irem ver a exposição…


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Notas finais do capítulo

Reviews please ;)



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