Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 14
O Louco Por Trás da Máscara (Vol. 2) - Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o novo volume! Mais aventuras se encontram a caminho... Esperemos que gostem :D



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Já uma semana tinha decorrido desde que Abaddon perdeu a oportunidade de se livrar de Vanda. Tudo aconteceu muito rápido e o demónio nem sequer se lembrava de como tinha sido o final do confronto com aquela rapariga que tanto odiava, Melissa. Antes de realizar o que desejava, Vanda tinha conseguido voltar ao comando do seu próprio corpo. Lunatik fora o único que assis tira ao que aconteceu, mas isso era o mesmo que ninguém ter visto, uma vez que este não fala… Abaddon não
se podia queixar. Foi esse mesmo ser que o tirou do beco quando ele mais precisava. Lunatik era bastante prestável e o demónio tratava-o como um animal de estimação.

Naquele dia, o mar estava agitado e chegava à fenda que dava abertura para as cavernas. As grutas estavam geladas e Abaddon, Carlota e Lunatik estavam reunidos… O demónio finalmente estava a decidir o que fazer. Ele precisava de estar em condições para poder realizar o “Grande Projecto”. “Mais dia, menos dia, os restantes demónios da ordem superior aparecerão ou darão sinais a avisar que estarão prontos. Não posso ter a humana agarrada a mim!” Pensava Abaddon. Estava a ser complicado… A situação em que se encontrava era única. O Mandurugu
tinha sido a sua chave para a vitória, mas aquela miúda insuportável e intrometida meteu-se no seu caminho… Já não bastava ter de se preocupar com uma Night Watcher. Agora também existia Melissa e os seus amigos. Estavam sempre em todo o lado, como parasitas irritantes e persistentes… Abaddon tinha curiosidade em saber quem era Melissa, ou o que tinha ela de tão especial para ser dotada com tanta força… Mas o demónio não aguentava mais aqueles humanos, era altura de fazer algo. Agir. Parar de estar na defensiva e talvez atacar…

Abaddon - Aos poucos o momento aproxima-se… E eu estou preso! Sinto-me vulnerável… Vocês têm ideia de como é humilhante a minha situação?

Carlota - Falas como se tivesses reduzido a nada! Continuas a ter força e poder!

Abaddon - Não é o suficiente. Esta humana dentro de mim é como uma doença. Se os outros demónios da ordem superior descobrem já não servirei para o “Grande Projecto”!

Carlota - Só falas nisso! O que é que esse “projecto” tem de tão especial que não o possas fazer assim mesmo? O que é uma coisa tem a ver com outra?

Abaddon não gostava que lhe fizessem muitas perguntas… Carlota estava a começar a provocá-lo…

Abaddon - Sabias que não é saudável ser-se curiosa Carlota?

Carlota - Se estou a trabalhar para ti, preciso de saber o que se passa!

Abaddon - Não é da tua conta! Isto é algo superior a ti! O teu trabalho é fazeres o que te peço!

Abaddon avançou em direcção a Carlota em tom ameaçador… Carlota tentou manter a calma. Ela sabia que se o demónio quisesse desfazia-a ali mesmo. Então agiu com alguma cautela.

Carlota - Não foi isso que combinámos… Juntei-me a ti porque pensei que tinhas um plano para acabar com a humanidade! Estou errada?

Abaddon ri-se e acaricia o rosto da metamorfo.

Abaddon - Não… E como te prometi, trabalharei para isso! Mas as coisas têm de ser à minha maneira… Não admito erros! Até lá temos de esperar…

Abaddon afasta-se de Carlota e fica pensativo outra vez…

Abaddon - É claro que se nos livrássemos da Night Watcher e daqueles miúdos, era muito mais fácil!

Carlota - Basta dizeres… Já podia ter morto cada um deles!

Abaddon - Talvez estejas certa! Já estou farto de esperar… Um ataque surpresa irá apanhá-los desprevenidos! Talvez até apanhar um por um seja mais seguro!

Carlota - É certo que eles podem ferir-nos… Já o pudemos confirmar! Deixa-me ir atrás deles! Estou ansiosa por meter as mãos em cima daquela amostra de bruxa! Ela vai pagar por aquele truque que me
fez!

Abaddon - Entendo a tua frustração, se tivesse no teu lugar iria querer o mesmo. Mas preciso de ti para outro serviço. Não posso desistir de encontrar uma solução para mim!

Carlota - Então quem é que vais mandar?

Abaddon - Lunatik?

Lunatik dá um passo em frente…

Abaddon - O que é que achas se eu te pedir para ires mutilar algumas pessoas?

Lunatik bate com pé no chão com força, pra mostrar o seu agrado pelo pedido.

Abaddon olha para Carlota…

Abaddon - Vês?

Carlota - Se vais enviar o Lunatik quem ficara aqui em baixo contigo?

Abaddon - Cheguei à conclusão que estou à vontade. Vanda pode aparecer se quiser, mas não há nada que possa fazer a não ser lamentar-se! E eu volto sempre muito rápido, a rapariga é fraca!

Carlota - Ok, isso é contigo! Queres que continue à procurar por aí se alguém sabe de alguma coisa?

Abaddon - Sim… Mas vamos reduzir a nossa procura… Pergunta só aos demónios. Estou convicto de que se há alguém que possa ajudar-me, possivelmente será um demónio.

Carlota - Estou a entender… Acho que sei onde começar… Houve um sítio onde não fui!

Abaddon - Posso saber porquê? A resposta pode estar onde menos pensamos!

Carlota - Não te preocupes! Conheço alguém que talvez possa dar-nos alguma informação! Já não falo com ela há algum tempo, mas isso não será problema…

Abaddon - Hum, isso agrada-me! Todos os minutos são preciosos! Vai! Vai e traz-me novidades interessantes!

Carlota - Talvez ainda chegue a tempo de alguma diversão!

Carlota olha para Lunatik, sorri e sai da gruta…

Abaddon vira-se para a criatura de máscara tribal.

Abaddon - E tu, meu adorado servo, és a minha grande arma como já te disse tantas vezes! Não falhes nesta missão! Quando anoitecer quero que sigas e espies todos os movimentos da Night Watcher e dos seus amigos! Quando for o momento exacto, quero que os apanhes um por um! Assim não têm hipótese de fuga…

Lunatik acena que sim com a cabeça…

Abaddon - Dou-te a liberdade de fazeres o que quiseres, leva as armas que quiseres, mata-os como quiseres, não me interessa! Vê-te livre deles!

Lunatik ficou entusiasmado e fez um género de sopro forte e violento em resposta…

Abaddon - Está na altura de impormos respeito e marcar a nossa diferença!

Abaddon fica com uma expressão séria ao imaginar o futuro dos seus planos.

Lunatik vira costas, vai até ao seu baú de armas e pega a numa katana. Concentrado, fica a observar a arma e a imaginar os estragos que fará com ela…

*

Vila Cila estava situada num ponto geográfico muito bom. Pelo menos os seus habitantes assim o achavam. O seu clima era tropical e muito acolhedor… Todos adoravam os seus dias calorosos e cheios de sol! Claro que nem sempre podia ser assim e naquele dia em especial as ruas da vila estavam a ser lavadas pelas fortes chuvas que se abatiam sobre elas. Os últimos dois dias foram iguais… Apenas parara de chover de vez em quando e no entanto o calor esteve sempre instalado. Era certo que uma tempestade vinha a caminho, até os ventos anunciavam o mau tempo.

Era hora do lanche e Hugo encontrava-se no interior de um dos cafés da praça central da vila. Estava sozinho… Naquele momento, olhava por uma das montras a chuva a cair sob a estátua que havia no
centro da praça, A Grande Heroína Cila. Aquele monumento era feito em pedra, tinha cerca de 3 metros de altura e todos na vila tinham muito respeito por aquela imagem, eram todos crentes da lenda. “Se Cila realmente existiu deve ter sido uma mulher interessante…” Pensava Hugo. Cila parecia ter sido alta… Na estátua apenas possuía um manto justo que lhe cobria quase o corpo todo e alguns acessórios nos braços. As suas feições eram suaves e delicadas, porém conseguiam mostrar a bravura, inteligência e força que aquela mulher devia ter tido. Os seus cabelos longos davam-lhe quase à cintura e na sua mão direita agarrava no ar uma grande espada bastante trabalhada. Hugo tentava imaginar as
grandes batalhas que Cila, Guerreira, deve ter executado quando caminhava pela Terra. Mas era difícil… Nesses tempos o mundo era completamente diferente, como nunca ninguém o viu ou sequer imaginou.

Ao lado da montra situa-se a porta de entrada daquele  estabelecimento. Hugo estava perdido em pensamentos mas assim que a porta foi aberta o seu olhar foi pra lá direccionado… Melissa Monserrate tinha acabado entrar e vinha encharcada da chuva. A jovem olha a sua volta e avista Hugo. Rapidamente aproxima-se e senta-se frente a ele…

Melissa - Desculpa! Eu sei que estou atrasada… Mas já viste o que chove?

Melissa estava completamente molhada e com um aspecto engraçado.

Hugo - Sim… Nota-se ao olhar para ti!

Melissa ficou um pouco envergonhada… Hugo riu-se.

Melissa - Esqueci-me do chapéu! Isto não é nada…

Hugo - Ok, tu é que sabes. Deve fazer parte da tua força ou resistência, não sei… Vais querer alguma coisa?

Melissa - Não, não me apetece… O que fizeste hoje?

Aquele já era o terceiro café que Melissa e Hugo combinavam em uma semana… O primeiro havia corrido muito bem e à medida que se estavam a conhecer parecia que tinham mais necessidade em falar um com o outro…

Hugo - Nada de especial… Assim com o tempo fiquei por casa. A aturar os meus pais!

Hugo e Melissa nos últimos dias já tinham tido conversas de todo o tipo. Contaram muitas coisas acerca de cada um… Uma delas foi o mau relacionamento que o jovem tem com os pais. Hugo explicou a Melissa que os seus pais eram pessoas muito frias e com uma mente muito retrógrada. Nunca quiseram saber dele e o jovem tenta passar o tempo o mais afastado de casa possível… Melissa ficara triste e um pouco revoltada com este tipo de relação. Perguntou-lhe porque é que nunca saiu de casa e o jovem disse-lhe que se tentasse o mais certo era eles irem à procura de dele… Hugo não gostava de falar acerca daquilo e tentava sempre desviar o assunto. Melissa nunca insistira muito, não queria parecer chata e ele quando estivesse pronto podia falar melhor acerca dos pais. De resto, uma vez que já conhecera o jovem, admitiu para si mesma que este não tinha nada a ver com aquilo que aparentava ser. Na verdade, era bem simpático e até agora tem-na tratado bem… Melissa também lhe contou coisas acerca dela, como por exemplo, a força que tinha, o seu mau relacionamento com a sua madrasta, o momento em que ela conheceu Érica e o motivo de se ter mudado para Cila. Ele era uma pessoa diferente, era sincero, cuidadoso e um pouco sábio… Hugo parecia entender tudo o que Melissa dizia.

Melissa - Que boa vida… Eu tive aulas até agora!

Hugo - Não é assim tão boa vida… Aturá-los não é fácil!

Melissa - Eu só não entendo é o porquê de não te deixarem arranjar um trabalho! Se estão em más condições, era mais acertado! Até eu já procurei algo!

Hugo - Eles são estúpidos… Lembraste? Não sei… Acho que eles querem mesmo manter-me por perto… Se calhar se eu arranjasse um emprego seria uma maneira de me livrar deles! Não vamos comparar situações! Mesmo assim eles ainda me vão dando algum dinheiro, quando há…

Melissa - Eu sei… Mas desculpa, tenho de ser sincera! Porque é que eles não trabalham?

Hugo - Não vamos falar disto… A sério!

Melissa - Já nem estou aí…

Melissa rapidamente muda o assunto.

Melissa - Esta noite e eu o pessoal vamos até ao “Cais”… Eles andam a atrair outra vez a clientela e nós vamos ajudar! O que aconteceu a semana passada prejudicou-os um pouco. Queres vir?

Disse a jovem a relembrar-se do acidente com o Mandurugu.

Hugo - É normal… Ainda pra mais depois de ter vindo no jornal que tinha sido um animal selvagem a invadir aquilo. Meteu em causa a segurança do bar! Ainda não sei se posso, já sabes que depende…

Melissa - Tens razão… Ok! Mas era bom que tentasses!

Diz Melissa a sorrir para Hugo…

Hugo - Porque é que era bom?

Subitamente, Melissa fica corada.

Melissa - Tu sabes… Agora que somos todos amigos podemos sair todos juntos!

Hugo - Eu percebo…

Hugo sorri e Melissa ainda fica pior, parecia que a qualquer momento ia explodir. O jovem reparou e acalmou a situação…

Hugo - E a Érica? Têm estado com ela? Alguma novidade?

Melissa - Sim, estivemos com ela ontem! Está tudo na mesma… Esta semana as coisas estão calmas!

Hugo - Ainda bem! Quantos menos problemas melhor…

Melissa - Pois, o que não significa que eles não acabaram!

Melissa tenta tirar o casaco que trazia vestido, mas estava tão molhado e agarrado à roupa que praticamente lhe era impossível.

Hugo - Tens mesmo a certeza que te sentes confortável assim com a roupa? Não parece lá muito…

Melissa - Sim, tenho! É só conseguir tirar este casaco…

Melissa já estava a perder a paciência… O casaco estava mesmo ensopado e muito grudado ao resto da roupa. Farta, decide fazer um pouco mais de força para o puxar e acaba por rasgá-lo ao meio num só
movimento… Hugo ficou surpreendido.

Melissa - Talvez seja melhor eu ir a casa… Desculpa, não era bem isto que tínhamos combinado!

“Incrível, só comigo…” Pensou a jovem que ficara embaraçada perante o que acabou de acontecer. Hugo riu-se…

Hugo - Não faz mal, é melhor ires! O facto de ver-te já é bom! Eu tenho chapéu, acompanho-te até lá!

Melissa sorri outra vez envergonha…

Melissa - Nem sabes como agradeço!

E assim, os dois jovens levantaram-se, Hugo foi pagar o que tinha consumido e saíram rumo a casa de Melissa.


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Notas finais do capítulo

Reviews pessoalllllll :D



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