Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 11
Destinos Traçados (Vol. 1) - Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Outo capítulo... Gostávamos de receber alguns reviews! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190391/chapter/11

Érica, Melissa, Ísis, Leonardo e Rodrigo dirigiam-se apressados em direcção às possíveis zonas de ataque do Mandurugu. Derivado ao acidente que acontecera com o ritual, atrasaram-se e agora estavam preocupados que estivessem em grande desvantagem…

Ísis - Continuo assustada com o que aconteceu… Eu fiz tudo como pedia no livro! Mas não resultou!

Leonardo - Eu já disse… Pra mim Magia tem destas coisas! Nunca nada é certo nem previsível!

Ísis - Oh, a culpa não é da Magia… Talvez seja de quem a faça…

Ísis estava desiludida consigo mesma pois pensava que a culpa tinha sido sua.

Érica - Não fiques assim Ísis! Tenho a certeza que a culpa não foi tua… Abaddon deve ter percebido o que estávamos a tentar fazer e conseguiu impedir-nos!

Melissa - Como é que é possível?

Érica - Ele é realmente forte! Além disso, demónios conseguem sentir a presença de Magia… Então um demónio da ordem superior como Abaddon deve ter ainda mais facilidade. De certeza que empurrou Vanda para o lugar dela, o que fez com que o ritual fosse bloqueado!

Melissa – E então pegou tudo fogo…

Entendeu finalmente Melissa.

Ísis - Se nem Magia afecta aquele demónio como é que o vamos alguma vez aniquilar?

Érica - Teremos tempo de pensar nisso! Não se desconcentrem para o que se está a passar agora! E lembrem-se… Enquanto Abaddon não se livrar de Vanda as coisas não irão piorar… O demónio ainda está
meio incapacitado!

Melissa - Não por muito tempo… Temos de encontrar o Mandurugu primeiro!

Leonardo - Pelo menos estamos a ir o mais rápido que podemos!

Os três jovens levavam mochilas às costas… Cada um com itens que tinham escolhido antecipadamente pra trazerem. Essencialmente
eram só armas e um ou outro material mágico. Rodrigo trazia uma mala de mão cheia de armas tanto para ele como para Érica. A Night Watcher não levava nada consigo para não lhe dificultar os movimentos em caso de emergência. Neste momento, ela olhava para os três jovens e sentia-se surpreendida com o empenho deles. Realmente queriam e gostavam de a ajudar. Maioria dos jovens, como Camila por exemplo, a esta hora estariam a divertir-se e a curtir a noite, mas aqueles três eram especiais, diferentes…

Melissa - Eu sempre posso ir mais rápido!

Érica - O que não serve de muito… Não vais enfrentar ninguém sozinha! E que isto sirva para todos! Ninguém aqui luta por si mesmo! Vocês não estão preparados a esse ponto!

Melissa - Acho que sabemos cuidar de nós Érica… Queres que fale?

Melissa perguntou em brincadeira a Érica… Era óbvio que se estava a referir ao facto de a ter salvado a noite anterior.

Érica - Não… Eu entendi! Mesmo assim façam o que vos peço! Sou a mais velha aqui e isto é um assunto meu. Quantas vezes já vos disse que não quero as vossas vidas arriscadas?

Ísis - Dizes todos os dias…

Estavam tão distraídos que nem se aperceberam de que algo se aproximava, um som repetitivo e ensurdecedor. Dois carros da polícia com as sirenes ligadas estavam a passar por eles a toda a velocidade…

Rodrigo - Pessoal?

Todos ouviram Rodrigo e aí é que repararam nos carros… Passaram por eles a abrir e no sentido contrário ao que estavam a caminhar…

Rodrigo - Não é por nada, mas acho que estamos a ir para o sítio errado...

*

Abaddon, Lunatik e Carlota visualizavam a cena de longe… Os carros da policia parados em frente ao bar, algumas pessoas cá fora um pouco agitadas e duas ambulâncias que tinham acabado de chegar.

Abaddon - O Mandurugu fez um belo trabalho…

Carlota - E agora? Para onde foi?

Abaddon - Hum… Não te preocupes! Ele está perto, consigo senti-lo… Está na hora! Carlota, já sabes o que fazer…

Carlota - É pra já!

Carlota sorri e afasta-se pra cumprir o seu dever.

Abaddon - E tu meu companheiro, vem comigo… Agora está nas nossas mãos!

Diz o demónio para Lunatik, que logo em seguida acena em concordância. Ambos seguem caminho ao destino pretendido…

Vanda, que estava presa em seu próprio corpo, conseguia escutar todas estas palavras… Triste, angustiada e desesperada, apenas pensava para si mesma: “Será mesmo este o fim?”

*

A Night Watcher e os seus quatro companheiros daquela aventura seguiram a direcção que os carros da polícia tomaram e rapidamente chegaram à zona costeira. De onde estavam já conseguiam ver que algo se tinha passado no bar que por vezes já tinham frequentado, “O Cais”.

Érica - Parece que o bar foi surpreendido por alguma presença…

Ísis - O Mandurugu atacou “O Cais”?

Pergunta a jovem bruxa incrédula.

Melissa avista ao longe um pequeno grupo de jovens no qual se incluía Camila e Filipe…

Rodrigo - Não sabemos…

Melissa - Mas estamos prestes a saber! Está ali a Camila… Vou até lá!

Leonardo olha para Ísis…

Leonardo - Nós vamos contigo!

Érica - Vão lá! É melhor eu e o Rodrigo ficarmos por aqui!

Melissa, Ísis e Leonardo afastam-se e vão ter com Camila e Filipe… Ao chegarem lá repararam que Camila estava a contar o que tinha acontecido ao grupo.

Camila - Foi tão assustador… Era só um, mas parecia muito perigoso!

Melissa - Boas noites!

O cumprimento de Melissa tornou-se o centro das atenções e Camila parou de falar.

Filipe - Pessoal, por onde andaram? Nem vos passa na cabeça o que nos aconteceu…

Ísis - Só pudemos chegar agora… Estivemos a estudar este tempo todo!

Camila - Que aplicados… Enquanto estiveram no vosso estudo nós todos fomos atacados!

Melissa - Atacados?

Filipe - Ya… Aconteceu tudo tão rápido que eu nem percebi na altura!

Leonardo - O que é que aconteceu?

Filipe - Algum tarado qualquer entrou belo bar a dentro a agredir as pessoas… Nem sei! Estavam a dizer que era um assaltante, mas algumas pessoas dizem que parecia uma criatura selvagem! Eu não vi nada! A Camila é que diz ter visto um ladrão!

Melissa, Leonardo e Ísis olham para Camila e esta para eles…

Camila - Sim, um ladrão!

Afirma Camila com uma voz firme, seguida de uma piscadela de olho dada com bastante enfase. Os três jovens logo entenderam que ela estava a disfarçar e que aquilo significava que tinha sido o Mandurugu o
causador do problema.

Ísis - E estão todos bem?

Filipe - Algumas pessoas feridas e infelizmente morreu uma pessoa!

Ísis ficou pálida…

Ísis - Alguém conhecido?

Filipe - Acho que não… Mas disseram-me que estudava na nossa faculdade!

Melissa - E onde está esse “ladrão” agora?

Camila - Conseguiu fugir pela porta de emergência do bar…

Os três amigos olham uns para os outros…

Filipe - Porque é que estão tão interessados?

Melissa - Bem… Porque temos de ir embora… Temos de ir estudar… mais…. É isso!

Melissa ficou desconfortável… Não sabia o que dizer.

Ísis - Sim, é isso mesmo! Não queremos correr o risco de encontrar esse delinquente pelo caminho!

Afirmou Ísis com uma voz firme pra ajudar Melissa.

Ísis - Camila, há quanto tempo é que ele saiu?

Camila - Já há cerca de 10 minutos!

Leonardo - 10 minutos?

Camila - Acho que fui bem clara!

Melissa - Ok! Obrigado Camila! Temos de ir andando…

Os três jovens preparam-se e Filipe interrompe-os.

Filipe - Calma! Que se passa? Qual é a pressa?

Ísis - Desculpa Filipe, mas temos mesmo de ir…

Filipe - Primeiro dizes-me que amanhã à noite estaríamos todos juntos e eu pensei, tudo bem, hoje não devem sair. Agora encontro-vos aqui e vão já embora?

Ísis - Nós nem devíamos aqui estar! Viemos só apanhar um pouco de ar, estávamos fartos de estar fechados! E além disso amanhã continua tudo combinado!

Desta vez Ísis teve de ser mais séria e mostrar a sua presença. Filipe ficou surpreendido com aquela resposta e apenas recuou desiludido.

Filipe - Ok, como quiserem…

Ísis - Amanha saímos! Eu prometo!

E assim os três jovens afastaram-se apressadamente. Filipe fica a observá-los e Camila aproxima-se dele…

Camila - Grandes amigos… Não são?

Filipe ficou um pouco envergonhado ao ouvir a expressão irónica de Camila.

*

As ruas de Cila interligavam-se todas, o acesso entre estas era fácil… O Mandurugu tinha ficado um pouco baralhado com o som das sirenes, então, uma vez que já tinha pelo menos consumido uma alma aquela noite, tudo o que ele queria agora era esconder-se. A rua traseira do bar era bastante longa e havia várias passagens para outras ruas. A criatura percorreu-a quase toda até ter achado um beco que lhe pareceu grande o suficiente para poder se esconder em algum lado. Assim que lá entrou, caminhou cuidadosamente para inspeccionar o local… Uma vez
por outra rugia, cheirava alguns objectos e babava-se. Nisto, começa a escutar passos de alguém que se aproximava…

Um jovem que ia ali a passar ouviu o som de qualquer coisa a cair… Pareceu-lhe ser uma lata de lixo, ou algo idêntico. Curioso, parou e olhou para o beco. “Deve ser um gato”, pensou para si mesmo. Quando se prepara para seguir o seu caminho, outro som é escutado, desta vez, com mais intensidade. O jovem volta a parar e a curiosidade foi maior que antes… Devagar começa a entrar no beco e a olhar em todas as direcções. O Mandurugu não esperou… Atirou-se ao jovem e deu-lhe violentamente com um dos seus braços no rosto. Mas não era o suficiente. Uma besta daquelas nunca estava satisfeita… Então, depois de ter quase descolado o maxilar ao rapaz, ainda pegou nele e atirou-o mais para dentro do beco, assim poderia encurralá-lo. Ao cair na calçada, o jovem abriu o sobrolho e tenta rapidamente sentar-se mais estava um pouco nauseado derivado ao embate que a sua cabeça deu no chão. O Mandurugu, ruge raivoso e segue em direcção ao rapaz…

*

As pessoas estavam todas concentradas à porta do bar, os carros da polícia e as ambulâncias atraíram a atenção de todos… Érica, Rodrigo, Melissa, Leonardo e Ísis estavam à entrada da rua traseira do “Cais”…

Melissa - A Camila disse que o Mandurugu saiu por esta rua há cerca de 10 minutos…

Érica - Deve estar por perto… A rua é longa e a habilidade da criatura pra correr é pouca! Temos de ter bastante cautela a partir daqui!

A rua era escura e maioria das portas existentes eram saídas de emergência de vários bares e estabelecimentos. À medida que os cinco companheiros caminhavam, mantinham-se atentos a tudo o que estava à volta e a qualquer som que pudessem ouvir… Uma das portas é aberta e
sai de lá uma mulher com uma aparência muito delicada… Era japonesa, sem qualquer margem de dúvida… O seu rosto denunciou-a.

Mulher Japonesa - Olá, boa noite a todos!

Aproximou-se a jovem com muita calma… Os cinco amigos observavam-na. Vinha a sorrir…

Mulher Japonesa - Estou um pouco perdida! Será que me podiam ajudar?

Leonardo - É claro! Nem devia estar por aqui, não é seguro!

Leonardo, bastante simpático, começa a avançar… A mulher era bonita e tinha um sorriso muito convidativo. Subitamente, Érica coloca a mão em frente ao jovem bloqueando-lhe o caminho.

Érica - Mais devagar Leonardo! Acho muito conveniente aparecer alguém no nosso caminho com o alarido que está na outra rua…

Érica era muito inteligente e dificilmente a conseguiam enganar. O grupo olhou para a mulher e esta esboçou um sorriso diabólico e os seus olhos mudaram para os de uma serpente. Os jovens recuaram, a metamorfo ataca Érica e ambas caem ao chão. Rapidamente levantam-se e a Night Watcher coloca-se em posição de combate. Carlota ri-se da pose da sua oponente. Com força, tenta dar-lhe dois pontapés rápidos e ágeis, os quais Érica defendeu muito bem com a sua perna direita posicionada à frente e o seu braço esquerdo a defender o tronco e a cabeça simultaneamente. Em ataque, deu um valente soco e bem direccionado, na cara da metamorfo que a fez recuar uns bons passos. Pelas costas, Leonardo já tinha tirado da mochila um género de bastão com picos bem afiados na sua ponta e ataca-a ao dar-lhe um golpe com aquela arma. Carlota gritou e caiu ao chão, aquela arma ferira-lhe o pescoço.

Rodrigo - Érica!

Rodrigo chama a mulher e lança-lhe um pequeno machado que tinha retirado da mala de armas. A Night Watcher apanhou-o e avançou em direcção ao metamorfo para finalmente a aniquilar. No entanto, foi
surpreendida pela mesma, que no momento final ergueu as suas pernas e deu um impulso forte para se levantar. No processo acertou em Érica que tombou imediatamente pra trás. Depois de se erguer, Carlota deu um pontapé rotativo que embateu em cheio em Leonardo. Ísis entretanto já tinha tirado um dos seus pós mágicos, mas agora era a vez de Melissa que foi a correr a toda a velocidade em direcção àquela metamorfose japonesa. Esta jovem era mais prática, não havia tempo para abrir a mochila, então, tirou-a das costas e deu com toda a força em Carlota, que mesmo ao tentar defender-se, foi projectada a alguns metros de distância. Não convinha tocarem na criatura, assim esta não absorve a identidade de nenhum deles.

Melissa - Estão todos bem?                      

Os seus dois amigos levantam-se do chão e Ísis e Rodrigo aproximam-se para ajudar.

Melissa - Não estou a perceber. A Carlota está aqui! Mas onde estão os seus companheiros?

Érica - Estão atrás do Mandurugu. Tenho a certeza que a metamorfo está aqui para empatar-nos!

Ísis - Não quero desiludir-vos, mas onde é que ela está?

Todos olharam para o sítio pra onde Carlota foi lançada, mas já não estava lá ninguém.

Leonardo - Ela fugiu?

Perguntou o jovem indignado.

Carlota - Atrás de vocês!

A metamorfo lança um caixote do lixo idêntico a uma lata cinzenta em ponto grande para cima do grupo com toda a sua força e o impacto foi forte. No embate Ísis, Leonardo e Rodrigo foram atirados ao chão. Melissa manteve-se de pé e a Night Watcher conseguiu desviar-se a tempo.

Carlota - Prontos pra mais uma volta?

Melissa olha para Érica…

Melissa - Desculpa, mas tenho procurar o Mandurugu, já perdemos bastante tempo! Tratem vocês dela! Não te preocupes!

Melissa desata a correr pela rua…

Érica - Melissa! Volta aqui!

Carlota - Ela nunca conseguirá!

E a rir-se salta para cima da Night Watcher…

Os três elementos que tinha caído estavam agora a recompor-se mas tinham assistido a toda aquela cena…

Leonardo - Eu vou atrás dela!

E assim como fez Melissa, Leonardo sai dali a correr mas primeiro pegou na sua arma que estava caída no chão… Ísis quis fazer alguma coisa mas sentia-se extremamente nervosa e baralhada.

A Night Watcher e a metamorfo estavam as duas embrulhadas no chão aos socos uma à outra…

Rodrigo - Temos de ajudar a Érica! Usa uma dessas coisas!

Ísis nem teve tempo de responder, Rodrigo pegara numa faca e avançara em direcção a Carlota…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esperemos que gostem :P



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Night Watchers - Primeira Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.