Heir Yagami: Resurrection escrita por MisuhoTita


Capítulo 9
Capítulo 9 Um telefonema Para Mogi




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O âmbito específico da condição da morte também não é conhecido pelos shinigamis. Assim sendo, deve-se testar e descobrir. (Death Note, regra 18)





- Mogi? – a voz do outro lado da linha diz. Mogi estranha, era uma voz masculina desconhecida a seus ouvidos. Quem seria?

- Sim, sou eu. – ele responde. – Com quem falo?

- Quem eu sou não é relevante, apenas digo que gostaria de falar com você sobre um assunto de seu interesse. – diz a voz em um tom sério.

- Assunto de meu interesse? – Mogi está intrigado. Quem era aquela pessoa e como poderia querer conversar sobre um assunto de seu interesse?

- Sim, Mogi. – a voz continua, em um tom calmo. – Quero falar com você sobre o caso Kira.

- O caso Kira? – Mogi começa a sentir-se curioso. Como um estranho poderia ter algo a lhe dizer sobre o caso Kira?

- Sim, o caso Kira. – a voz continua. – Tenho algumas informações valiosas sobre o caso, que estou disposto a compartilhar com você.

- Que tipo de informações? – pergunta Mogi, cada vez mais curioso e intrigado.

- Várias. – continua a voz em um tom bastante calmo – Dentre elas, tenho a prova derradeira para prender e condenar Kira. Sei quem ele é, Mogi. E tenho provas contra o mesmo.

- Que tipo de provas? E como sabe quem é Kira? – Mogi não conseguia mais esconder a curiosidade em sua voz.

- Mogi, meu amigo. – diz a voz, ainda tranquila – Você acha mesmo que eu direi estas coisas por telefone? Nem pensar. São informações confidenciais demais, não é seguro para mim compartilhá-las por telefone. E então, Mogi, podemos marcar um encontro ou não?

Mogi está se sentindo dividido. Uma parte dele quer muito se encontrar com esta pessoa e descobrir o que ele sabe sobre o caso Kira, enquanto a outra parte de si sente receio. E se fosse uma armadilha? E se esta pessoa fosse aliada de Kira? Depois da morte de Ide, tinha que ficar mais atento. Apesar de todos pensarem que a morte de Ide fora um acidente, ele e seus amigos da NPA desconfiam muito profundamente de quem seja este novo Kira. E, eles têm quase certeza de que Kira fora o responsável pela morte de Ide, e, sabem que, se Kira matou ide, ele pode muito bem matar qualquer um deles...

- Como vou saber se você está falando a verdade? – Mogi finalmente pergunta.

- Bem... – diz a voz tranquilamente, sem se quer alterar sem tom. – Para falar a verdade, isso não tem como você saber... Pode ser que eu esteja falando uma grande mentira e perdendo meu tempo nesta ligação, como também pode ser que eu esteja falando a mais absoluta das verdades. Cabe a você decidir no que vai acreditar. Como eu já disse, tenho a prova contra Kira. Se quiser se encontrar comigo, eu direi qual é a prova, o nome e o endereço do culpado. E, a polícia resolverá o caso.

- E porque você não entrou em contato com o chefe da NPA? – Mogi precisava encontrar um ponto em que confiar, não poderia se arriscar a troco de uma pista falsa. – Porque me telefonou ao invés de conversar diretamente com meus superiores?

- Por que eu sei que há dezessete anos, você trabalhou no caso Kira. – diz a voz ainda sem qualquer alteração em sua voz – Você é mais confiável para receber esta informação do que o chefe da NPA. Agora, decida-se, Mogi. O que vai fazer: quer se encontrar comigo e ter as provas necessárias para capturar Kira ou vai esquecer nossa conversa? Pense bem, meu amigo, uma chance dessas não aparece todos os dias.

Mogi perde por uns minutos a voz, não sabia o que responder? O que fazer? Será mesmo que este estranho tinha alguma prova sobre a identidade deste novo Kira ou era apenas uma piada me muito mau gosto? Por outro lado, a voz era muito séria, parecia que realmente sabia o que estava falando, a voz era diferente das vozes de moleques que gostam de brincar de passar trote, era uma voz séria e parecia confiável. No passado, arriscara sua vida no caso Kira e, não se arrependera... Por que não fazer isso de novo? O que tinha a perder? Valia a pena arriscar sua vida mais uma vez.

- Está bem. – diz Mogi – Me encontrarei com você. Diga-me quando e onde.

- Vejo que você escolheu a opção correta. – a voz continua, ainda sem qualquer sinal de alteração. – Pode ser daqui à uma hora no restaurante Kaworu?

Mogi pensa por um instante, se aquela pessoa fosse alguém passando um trote ou qualquer coisa do tipo, não escolheria um restaurante, um lugar público onde muitas pessoas frequentam. Agora, estava mais do que disposto a se arriscar e encontrar-se com aquele desconhecido.

- Para mim está perfeito. – responde Mogi. – Mas, como saberei quem é você?

- Estarei usando um sobre tudo preto. – diz a voz sem qualquer alteração – E, de qualquer forma, eu o conheço. Se você não me achar, eu o chamarei com um aceno. E, um detalhe, venha sozinho ou então eu não direi nada do que tenho a dizer.

- Até breve. – diz Mogi, desligando o telefone.

Ele volta para a cozinha de seu apartamento e termina rapidamente de fazer seu sanduíche. Enquanto come, pensa nas palavras do estranho ao telefone. O que ele poderia saber a respeito do caso Kira? Não fazia a mínima ideia... E que prova seria esta? Será que ele sabia da existência do Death Note? E, se soubesse, será que ele saberia onde encontrar o caderno e seu dono? Era para poder responder a estas perguntas que ele aceitara este tal encontro.

Pelo menos, o informante escolhera um local público. Se fosse uma armadilha, ele não escolheria um restaurante e sim um local escondido... Isto era, com certeza, uma vantagem.

Terminando de comer seu sanduíche, Mogi vai até o banheiro, escova os dentes, lava o rosto. Vai novamente para a sala onde pega a chave de seu carro. Ele olha para seu cinto onde está sua arma e a pega. Era um policial e nunca andava sem ela. Então Mogi vai para seu carro, a caminho de encontrar-se com seu informante.

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Casa de Kenji...

Misa está na porta do quarto de Kenji, apressando-o para terminar de se arrumar, pois tinham um jantar importante com os Nakayama e não queria se atrasar. Ela usava um vestido longo tomara que caia preto de seda, que caia perfeitamente bem a seu corpo, bem justo nos bustos, realçando seus seios e da cintura para baixo, a saia caia livremente, dando um ar totalmente elegante a modelo. Seus cabelos loiros soltos deixando-a ainda mais bonita, seus olhos brilhando de satisfação.

- Rápido, Kenji! – ela diz, batendo pela centésima vez na porta do quarto de seu filho – Eu não quero chegar atrasada a este jantar, ele é muito importante e os Nakayama foram muito gentis em nos convidar.

Em seu quarto, Kenji está terminando de se arrumar, colocando a gravata borboleta de seu smoking e em seguida arrumando a lapela de seda de seu traje. Ele se olha no espelho, seu cabelo, impecavelmente repartido de lado, seus olhos com um brilho de satisfação. Por fim, ele coloca seu relógio, já gostava do relógio, e, depois que Light lhe mostrara um segredo sobre o mesmo, passou a gostar ainda mais. Estava pronto. Esta noite prometia grandes surpresas. Seus lábios se curvam em um sorriso.

Ryuuku olha atentamente para o filho de Light, sabia que este não seria apenas um jantar comum, ele havia planejado algo...

- He, he, he, Lightezinho! Como você está elegante.

- A ocasião exige, Ryuuku. Hoje é uma noite muito especial para os Nakayama. – Kenji responde, sem ao menos olhar para o Shinigami.

- Não é apenas um jantar para os Nakayama. – diz Ryuuku – Lightezinho, eu vi você escrevendo o nome daquela pessoa no Death Note.

- Ahá, aquilo. – diz Kenji, sem deixar se abater – É apenas um bônus para a noite. O Light sabe.

- Sim, um bônus especial e muito interessante. – diz Light, sem conseguir conter o sorriso.

- Bem, hora de ir! – diz Kenji, com o mesmo sorriso de seu pai. – O show está prestes a começar.

Kenji abre a porta de seu quarto e se depara com Misa, já preparada para chamar seu filho mais uma vez. Ela sorri para a cópia de Light parado a sua frente.

- Kenji! Você está tão lindo! A cada dia mais parecido com seu pai!

- Sim, mãe. – responde Kenji, sem muito interesse. – Agora vamos, a senhora não disse que estávamos atrasados?

Os dois vão para o carro, seguidos pelos Shinigamis. Light, olhando atentamente para Misa e, percebendo o quanto ela havia mudado em dezessete anos. Se transformando da garota um pouco desprovida de inteligência em uma mulher... Ela conservara a beleza, isso ele não podia negar. E, embora jovem, não arrumara nenhum companheiro. E, vire e mexe as conversas dela voltam-se para ele... Talvez, em breve, ele se revelasse para Misa... Mas, só depois de Kenji se livrar de todos os idiotas da NPA e da SPK, especialmente Near...Este sim, era uma grande pedra no caminho de Kira...

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NPA...

Matsuda está trabalhando quando Aizawa chega, com uma carta nas mãos. Os olhos de Matsuda vão imediatamente para ela.

- O que é isso, Aizawa? – pergunta Matsuda, curioso.

- Outra carta deixada por um criminoso. – responde Aizawa. – Olhe.

Aizawa entrega o envelope a Matsuda. A carta diz:

“Aquele que possui os olhos do Shinigami, estão de olho em tudo e em todos. Cuidado!”

Matsuda termina de ler a carta com olhos arregalados de espanto.

- Isso só pode significar que o Kenji fez o acordo dos olhos com o Shinigami dono do Death Note que ele encontrou. – diz Matsuda, com muita certeza em sua voz.

- Kenji ou qualquer outro humano que tenha encontrado o Death Note, Matsuda. Pois, até agora, não encontramos nenhuma prova de que Kenji Yagami seja realmente o novo Kira.

- Para mim, o fato dele ser filho de Light Yagami já é prova suficiente. Como eu já disse.

- Mas, infelizmente, o fato de Kenji ser filho de Light não prova nada, Matsuda.

- Mas deveria provar. – diz Matsuda, emburrado. Pois para ele, isto era prova mais do que suficiente, além do fato de Kenji ser praticamente uma cópia do pai.

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Restaurante Kaworu, uma hora depois...

Mogi acaba de chegar ao restaurante, e, procura uma vaga para estacionar. Após encontra-la, ele estaciona, sai de seu carro, o tranca, liga o alarme e, entra no restaurante, um dos mais caros da cidade. Imediatamente, seu olhar começa a vagar por todo o recinto, a procura de alguém com um sobre tudo preto.

Não demora muito, e, ele vê um homem, sentado sozinho em uma mesa de frente para o restaurante, um homem aparentando meia idade, acenando para ele. Como havia dito ao telefone, estava usando um sobre tudo preto. Possui cabelos um pouco grisalhos e olhos profundamente negros, parecendo um tanque de petróleo. Mogi aproxima-se da mesa dele, onde o homem faz sinal para que ele se sente.

- Fico satisfeito que tenha vindo, Mogi. – diz o homem, pegando uma taça de vinho e brindando na direção de Mogi, para em seguida tomar um pequeno gole da bebida.

- Eu disse que viria. – diz Mogi, sentando-se na cadeira indicada pelo homem, tendo uma visão privilegiada da entrada do restaurante.

- E, como eu disse, fico satisfeito que tenha vindo. Temos muito o que conversar.

- Podemos ir direto ao ponto? – pergunta Mogi. – O que tem a me dizer sobre o caso Kira.

O homem apenas serve-se de outro gole de vinho, sorrindo para Mogi. A visão do detetive porém, vai direto para entrada do restaurante, onde um grupo de pessoas chama sua atenção. Amane Misa e Kenji Yagami, acompanhados de Hajime, Akemi e Miya Nakayama, todos em trajes formais...

Kenji olha disfarçadamente para a mesa onde Mogi estava sentado, o olhar fixo nele e, não consegue deixar de sorrir. O Death Note é mesmo incrível, tudo estava saindo de acordo com o planejado. O show estava prestes a começar.



CONTINUA...

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