POV LEKA :)

Percy circulava por todo o salão em busca de sua loira, já havia se fantasiado cumprimentado a maioria dos alunos, bebido uns três dinks e nada dela aparecer.

–Onde será que essa garota se meteu. – resmungou olhando o relógio.

–Peeercy – disse uma voz, que Percy, infelizmente, conhecia e muito.

–O que você quer Rachel? - disse sem olha-la.

–Parece que estamos combinando – só então Percy a olhou e teve de revirar os olhos.

–Como descobriu que eu viria de marinheiro?

–Oh querido, mas é o destino não percebe? – disse se aproximando perigosamente.

–Fomos feitos um para o outro!

–Escuta Rachel – disse afastando a mão da garota de seu peito. – Eu sou comprometido ok? E eu amo a minha namorada.

–Ah é? – disse rindo de lado – Então por que ela não está aqui? Posso saber? Por que se você fosse o meu namorado eu com certeza te acompanharia...

–ela... Bem... Estava ocupada – retrucou nervoso – Teve de viajar.

–ah é? – prosseguiu a ruiva desconfiada – então por que não me diz o nome da sua excelentíssima namorada?

–Maria – respondeu o primeiro nome que lhe veio em mente, depois xingando-se internamento por ter escolhido um nome tão idiota.

–Ah sim Maria é claro. – disse debochada. – Bem gatinho, eu preciso retocar a maquiagem nos vemos por ai!

E assim saiu em direção ao banheiro, rebolando de um jeito completamente extravagante e desengonçado.

–Maria Percy? De tantos nomes você me diz logo Maria?

****

Em quanto isso a festa rolava solta, havia garçons por toda a parte, algumas mesas, e é claro a pista de dança onde todos dançavam animados, vestidos das mais diversas fantasias, os corpos suados movendo-se no ritmo da música alta. No centro da pista um pequeno circulo foi se formando e lá um casal dava um verdadeiro show. Os olhos conectados e o modo como seus corpos se encaixavam como se tivessem sido esculpidos especialmente um para o outro, fazia com que a conexão daqueles dois se tornasse quase palpável para os que observaram.

Nico Di’Angelo nunca fora desinibido ou um bom dançarino, mas Silena fazia aquilo de um modo tão natural e incrível que ele só precisava seguir seus paços e apoiar seu corpo nas partes aéreas, na verdade aéreo estava ele observando sua pequena dançar com um grande sorriso nos lábios. O mundo já não lhe importava naquele momento tudo o que queria era poder segurá-la em seus braços para sempre. Com Silena não era diferente, dançar era sua vida, sua vocação e fazer aquilo com o garoto por quem estava apaixonada fazia com que se sentisse boba, só conseguia sorrir e pensar no quanto o amava.

Não muito longe dali Juniper gritava apavorada agarrando-se com força á Grover que por sua vez, apesar de assustado, aproveitava o momento agradecendo aos céus.

–Que fantasma falso era aquele ein? – dizia Thalia rindo enquanto passavam por um corredor escuro.

Ao entrarem na próxima sala se depararam com um quarto sombrio, a cama era o único móvel visível na penumbra e o que estava sobre ela era o realmente assustador. Uma garota que parecia amarrada à cabeceira da cama se debatia e berrava com os olhos cravados no quarteto que por sua vez olhava assustado para a cena.

–Nunca pensei que conheceria a menina do exorcista – disse Thalia com os olhos bem abertos – Tira uma foto comigo? – perguntou sentando-se na cama toda sorridente.

–Thalia sai daí cacete – gritou Junniper em desespero – quer morrer minha filha?

–Junni relaxa – disse sorrindo, mas ao sentir a respiração pesada da garota em seu pescoço levantou correndo com os olhos arregalados. – eu ein, xô demônio.

–ficou com medinho é? – perguntou Grover debochado

–medinho é o caralho Grover, essa mina é sapatão, ta vendo não? – Luke que ria descaradamente rebocou a namorada dali seguindo pelo próximo corredor. Neste havia janelas e espelhos por todo o lado, a tensão era enorme todos olhavam para todo o canto esperando que algo os assustasse.

–Grover se eu sair daqui viva me caso com você – disse Junniper chorosa.

–Convida a nossa amiga pra ser madrinha! – disse Thalia.

–Amiga? Que amiga?

–Aquela lá olha – disse e apontou para trás onde da porta a garota os observava de um modo horripilante.

–Cruzes – gritou Junniper começando a caminhar mais rápido.

–MATA ELAS JASON !!! – gritou uma voz ao lado, fazendo Luke pular de susto e então um cara fantasiado de Jason apareceu com uma moto-serra ligada.

–vish Maria – disse Grover puxando Junniper para a saída rapidamente, Thalia só conseguia rir e foi rebocada pelo namorado lá de dentro.

–Aquilo era feito de papelão – dizia Thalia entre risos quase caindo no chão.

– Olha o som me pareceu bem real ok? – disse Grover enrubescido.

–Isso foi tão foda! – exclamou Luke de repente.

–Minha alma gêmea – disse Thalia em um suspiro.

–OMG – disse Junniper com os olhos arregalados – nós vamos ter que nos casar?

Grover riu e respondeu docemente – não baby, ainda não. Quem sabe quando nossa madrinha tirar umas férias?

E assim seguiram até o bar rindo e relembrando os melhores (ou talvez piores?) momentos do passeio.

–Eai pombinhos – disse Thalia dando um tapa na cabeça de Nico para que se separa-se de Silena.

–Obrigada prima – disse Percy debochado – eles estão nesse agarramento ai a algum tempo, já tava quase vomitando.

–Ah cala boca – disse Nico – Você só ta assim por que a Annie ainda não apareceu.

–Annabeth ainda não chegou? – perguntou Thalia preocupada.

–Não – disse Percy de cabeça baixa – acho que ela não vem.

–Quem é aquela! – disse Junniper embasbacada.

–wow ! – Exclamou Percy, observando, assim como todos os demais, a beldade que acabara de entrar no salão.

Era uma morena não muito alta de corpo curvilíneo, trajava um vestido vermelho com um decote generoso que deixava seus seios em evidencia, a máscara lhe cobria o rosto parcialmente, não permitindo que a vissem, mas Percy sabia, ele sentia algo incomum que lhe atraía para ela, aquele corpo lhe parecia tão conhecido...

Quando deu por si já estava na mesa do ponche ao lado da garota que parecia um tanto perdida.

–Hey, bela entrada! – disse chamando sua atenção – aliás, seu vestido é incrível. – disse pegando um copo da bebida.

–Oh, obrigada – disse meio desconcertada, será que ele não perceberia? – na verdade, não estou fantasiada... Quer dizer estou fantasiada, mas não fantasiada... – oh meu deus, pensava a garota, eu sou uma completa idiota.

–Você quer ponche? – ele apenas sorriu de lado divertindo-se com a situação e lhe mostrou seu copo. –Oh sim você já tem um.

A música alta impedia que conversassem, mas Percy se divertia ao ver a garota corar e esconder o rosto com o cabelo quando falava algo de errado.

–Eu não costumo vir a essas coisas – disse num tom alto para que ele entendesse.

–É eu também não. – respondeu encarando seus olhos.

–Er... eu – gaguejou desviando o olhar.

–Você não quer dançar? – perguntou.

–O que? Desculpe-me eu não te ouvi! – disse alto tentando abafar o som.

–O que acha de dançar comigo – disse mais alto, ela respirou fundo parecendo envergonhada, mas aceitou.

–Oh sim eu adoraria – eles se encaminharam até a pista, mas antes que chegassem lá uma ideia lhe ocorreu – hey, me espere aqui sim? – Percy não entendeu mas fez o que a garota pediu, ela por sua vez correu até o DJ e pediu que coloca-se a faixa número cinco do seu pen-drive. Depois disso voltou até onde Percy se encontrava segurou sua mão e o levou até o centro da pista. Conforme a música foi começando as pessoas foram abrindo espaço até que restasse apenas os dois dançando.

(http://www.youtube.com/watch?v=rlcG5OXEKHY)

Ambos interagiam com intimidade, olhando-se nos olhos, as mãos do rapaz se encaixavam com perfeição a cintura delicada da garota. Os passos foram incríveis e arrancaram aplausos da plateia, mas também trouxeram ódio á garota ruiva que observava tudo atentamente, Rachel não teve escrúpulos e ordenou que suas “amigas” fizessem o trabalho sujo, as garotas derrubaram duas imensas vasilhas com bolinhas de chocolate na pista justo no momento em que a garota se aproximava, e isso a derrubou.

–Hey, você está bem – disse Percy correndo preocupado de encontro a garota, ajudando-a a levantar

–Sim, um pouco – disse constrangida.

–Você é incrível! – disse maravilhado.

–Não, não sou, eu cai. – Percy tirou a máscara e se aproximou da garota lentamente.

–Percy... – disse baixinho, mas então o soar do relógio tirou-a de sua bolha, meia noite.

–Eu preciso ir – disse desesperada, e assim saiu deixando a todos embasbacados.