Kyon No País Das Maravilhas?! escrita por teffy-chan


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Encontro com o Gato de Cheshire


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado para N. Cotton e naruu_chan obrigada por acompanharem a fic e sempre comentarem, garotas!! *---*
Agora vamos ao encontro com nosso neko-kun kawaii, a minha parte preferida da história!! /o/
Boa leitura^^



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Adentrei a sombria e escura floresta depois que saí do jardim que, supunha eu, pertencia à Lebre Maluca e ao Chapeleiro Louco. Ou será que nesse caso eu deveria dizer Chapeleira Louca? Ah, tanto faz. Mas a Tsuruya-san era mesmo perfeita pra esse papel.


A mudança de cenário foi bastante brusca: Em uma hora eu estava em um belo jardim cheio de flores, iluminado pelo sol, e com o canto dos pássaros e risos das pessoas como tema sonoro ao fundo; agora eu estava em uma floresta escura e fria, onde as árvores cresciam todas muito juntas, com seus galhos retorcidos, e não deixavam a luz do sol passar. Quando estava começando a me perguntar se seria melhor eu voltar e tentar seguir por outro caminho antes que eu me perdesse de vez, avistei uma casinha no meio da floresta, em uma área descampada onde as árvores estavam um pouco mais separadas. Resolvi parar ali para pedir informação, enquanto me perguntava quem em sã coinsciência construiria uma casa no meio dessa floresta sombria e sem vida. Ah é, me esqueci. Ninguém aqui tinha sã coinsciência. Suspirei e bati na porta. Ninguém respondeu, mas eu podia ouvir barulhos de todos os tipos vindo do interior casa, então sabia que devia ter alguém lá dentro. Bati na porta de novo, esperei, e nada. Experimentei girar a maçaneta. Estava destrancada, e a porta se abriu com um ruído que ninguém além de mim deve ter escutado, devido à confusão de sons que vinha do interior da casa. Uma mulher de cabelos ruivos presos em um alto rabo-decavalo, trajando um vestido longo todo rosa, com várias fitas e rendas corria de um lado pro outro, tirando objetos do lugar e bagunçando ainda mais o cômodo, enquanto gritava "Onde está, onde está? Por que não encontro?! Droga, onde foi que coloquei?!". Aparentemente estava procurando alguma coisa. Os gritos dela e o barulho das coisas sendo removidas de seu lugar misturavam-se à um choro de criaça, vindos de um outro cômodo que eu não conseguia ver.


Ela se virou de frente para mim, para procurar o que quer que fosse na estante próxima à porta, e fiquei estupefato quando vi a versão adulta da Asahina-san, trajando o que parecia ser uma versão mais longa e mais decente do vestido de garçonete que a Haruhi à forçou a usar durante as filmagens daquele filme insano que exibimos durante o último Festival Escolar. Mas como era possível ela estar ali?! Acabei de ver a versão adolescente dela não tem nem dez minutos, então por que raios a versão adulta da Asahina-san estava diante de mim nesse exato momento??? Gostaria muito que alguém me respondesse.


– Ei, você o viu? Sabe onde ele está?? - ela perguntou para mim de repente, sacudindo-me pelos ombros
– Hãn... d-do que você...
– Ora, se não o viu, então saia, por favor, está me atrapalhando! - ela tornou a me ignorar e retomou sua busca pelo que quer que fosse
– Err... o que você está procurando Asahina-san? - eu perguntei meio hesitante
– "Asahina-san"? O que é isso? É de comer? - ela me perguntou sem nem ao menos olhar para mim. Ahh bem que eu gostaria que fosse... n-não, não é hora de pensar nisso!
– Ah... você é a Asahina-san... não é? - perguntei
– Claro que não, sou a Duquesa! - ela respondeu impaciente. Impaciência que começava a se transformar em desespero, por sinal - Ahh céus e agora, eu preciso encontrar! Se não encontrar à tempo, não poderei comparecer à Corte da Rainha, e se eu não comparecer... ohh meu lindo pescocinho, ele já era! O que será de mim?!
– Como eu disse antes... se me disser o que está procurando, talvez possa te ajudar...
– Uma babá para o meu bebê, é claro! - ela exclamou nervosamente, parecia a ponto de chorar. Espere aí, ela disse bebê? Asahina-san tem filhos??? Tudo bem que essa é a versão adulta dela, mas... maldição, se eu pego o desgraçado que corrompeu minha doce e inocente Asahina-san desse jeito, eu...!
– Ahh mas é claro! - ela exclamou de repente, despertando-me de meus devaneios - Você poderia tomar conta do meu bebê por um minuto? É rapidinho, só farei uma breve visita à Rainha e já volto!
– Humm... adoraria te ajudar, mas... nesse momento eu estou meio ocup...
– Ahh por favor!! Só vai demorar um instante, me ajude, vai?! Eu não tenho mais ninguém à quem pedir... - ela me pediu com aqueles grandes e brilhantes olhos me encarando. É claro que ela não tinha a quem mais pedir, ela mora sozinha no meio de uma floresta escura e sombria! E ao que parece, procurava por uma babá de última hora nas prateleiras de casa ainda por cima, vai entender. Mas eu não resistia àqueles olhos, não importa em que dimensão estamos, eu não podia dizer "não" para ela
– Err... com uma condição: Eu tomo conta do bebê se você me falar onde se encontra o Gato de Cheshire, combinado?
– Claro! Ele vive nessa floresta mesmo, se você sair pelos fundos e seguir sempre pela direita, vai encontrá-lo dormindo em alguma árvore, é fácil! - ela exclamou sorrindente - Mas... por que quer vê-lo? Não que eu queira falar mal dos outros, mas... Cheshire não é uma criatura muito confiável
– Bom, querendo ou não, eu preciso falar com ele - respondi, ainda pensando sobre o que ela me disse
– Está bem então, você quem sabe - ela respondeu, dando de ombros - Bom, eu vou indo, não demoro, viu? Obrigada mesmo!


Ela saiu apressada da casa, enquanto eu me perguntava como ela conseguia deixar um bebê com um estranho que ela nem sabia o nome. Pensando nisso, já não escutava mais o choro do bebê... fui até o quarto onde supunha que ele estava e não encontrei nada além de uma boneca em cima da cama. Me aproximei da boneca, e quando estava à ponto de pegá-la no colo, ouvi uma voz dizendo:


– Você não acha mesmo que essa boneca é o bebê da Duquesa, acha?


Me virei assustado, mas não havia mais ninguém ali. Procureu nos outros cômodos, mas não tinha mais ninguém naquela casa, embora eu tivesse certeza absoluta de que ouvi alguém falando, e que voz que eu escutara era estranhamente familiar. Ainda meio apreensivo, resolvi retomar meu caminho, e saí pela porta dos fundos, de volta para a floresta.


Andei pelo que pareceu horas, e as árvores pareciam cada vez mais altas e mais juntas, dando a impressão de que já era noite. Eu sabia que estava completamente perdido e provavelmente estava andando em círculos já tinha algum tempo. Estava começando a me sentir apreensivo, quando ouvi:


– Está perdida, minha cara?


Reconheci imediatamente aquela maldita voz que tanto me irritava todo santo dia na sala do clube. Pensando bem, essa era a mesma voz que ouvi na casa da Asahina-san... ou melhor, na casa da Duquesa. Como não percebi antes?!
Parei de andar, me virei e confirmei minhas suspeitas fazendo um ruído enojado com a garganta quando vi Koizuki Itsuki olhando pra mim do alto de uma árvore. Ele vestia um conjunto de calça e colete roxos, com uma camisa de mangas compridas listrada em branco e lilás por baixo e um gizo dourado com um lacinho amarrado ao pescoço como uma coleira. Usava luvas em formato de patas de gato, e sapatos no mesmo estilo. Mas o mais peculiar em sua vestimenta era a cauda e as orelhas de gato roxas que ele usava. Mais estranho ainda era que aquilo parecia sair do corpo dele ao invés de estar simplesmente costurado na fantasia. Parecia o tipo de roupa que a Haruhi certamente nos obrigaria a vestir, e eu me senti agradecido por ser ele a estar trajando aquela roupa ridícula, e não eu.


– Como assim "minha cara"? Eu sou um homem, caso não tenha notado - eu resmunguei em resposta, ignorando por completo a fantasia de neko que ele usava
– Ah, sério? Desculpe minha indelicadeza, é que essas roupas cheias de fitas e babados que você está usando fez com que eu me confundisse - ele respondeu, fazendo uma reverência num falso pedido de desculpas em seguida. Eu é que pareço uma garota?! Você está usando uma fantasia de neko, sabia?? Isso é tipicamente feminino, seu imbecil!!
– Então, o que é que você quer de mim, Koizumi? - eu perguntei, tentando mudar de assunto
– "Koizumi"? Não, não, meu caro, eu não atendo por esse nome. Me chamo Gato de Cheshire, ao seu dispor - ele fez uma nova reverência sem tirar aquele sorriso que tanto me irritava do rosto. Parei pra pensar um instante e me lembrei que realmente havia um gato assim na história. Me lembrei também que eu detestava aquele gato, ele vivia enganando a Alice. O Koizumi era mesmo perfeito para aquele papel, mas isso também significava que eu precisava ter cuidado com ele
– Bom, então... "Cheshire"... eu estou meio perdido, será que você pode me indicar o caminho certo?
– Isso depende de pra onde você deseja ir - ele respondeu calmamente
– Acho que isso não faz lá muita diferença... - eu resmunguei mal-humorado. Não importava mesmo pra onde eu fosse, já que tudo naquele mundo era pura insanidade
– Então não faz diferença qual caminho tomar - ele me respondeu com simplicidade. E para minha surpresa, ele começou a desaparecer lentamente, primeiro os pés, depois as pernas, depois cintura acima e assim por diante.
– Espere, não vá!! - eu gritei desesperado. Mesmo o Koizumi era melhor do que nada, e eu não queria continuar sozinho e perdido naquela floresta sinistra
– Hein? Que foi, que foi?? - ele reapareceu, olhando pros lados meio surpreso - Pensei que não fizesse diferença pra você qual caminho tomar, então é só você escolher qualquer um e pronto
– Eu sei que disse isso, mas... no momento eu só quero ir pra minha casa... - eu murmurei mais para mim mesmo do que para ele, mas Koizuki, ou melhor, Cheshire ouviu
"Sua" casa? Ora, mas você não pode ir pra "sua" casa! Afinal, tudo aqui pertence à Rainha! - ele me disse como se fosse o óbvio
– Asahina-san... ou melhor, a Lebre também já me falou dela antes, mas... eu não encontrei Rainha nenhuma
–Não encontrou? Não encontrou??! Ora, mas você precisa encontrá-la, ela ficará maravilhada em conhecer você, absolutamente encantada!! - ele exclamou, parecendo bastante eufórico e ansioso. Nunca tinha visto o Koizumi assim antes, achei aquilo meio estranho
– Bom, então... se eu encontrar essa Rainha, vou poder voltar pra minha casa, certo?? - perguntei só pra confirmar. Eu é que não ia caçar uma Rainha nesse mundo de doidos se ela nem ao menos poderia me ajudar
– Claro que você vai poder voltar pra sua casa... se assim a Rainha desejar. Você só precisa convencer Vossa Majestade a te ajudar - ele respondeu com um sorriso enigmático
– Ok então... e onde eu encontro essa Rainha? - Eu perguntei ainda meio desconfiado
– Bom... alguns vão por aqui - ele apontou para a direita - Outros vão por ali - ele apontou para a esquerda - Mas eu, pessoalmente, prefiro usar esse atalho.


Ele puxou um galho fino e comprido da árvore onde estava como se este fosse uma alavanca, e para minha surpresa, uma porta secreta se abriu no tronco da árvore, revelando um tipo de jardim-labirinto dentro dela. Fiquei olhando para a entrada da passagem secreta recém-revelada, completamente boquiaberto por alguns segundos, e quando me recuperei do choque e ergui a cabeça para agradecer, vi que Koizumi havia desaparecido por completo, me deixando ali sozinho. Sem outra opção, entrei no tronco da árvore (frase que eu nunca pensei que diria na vida!) e segui mais uma vez, rumando para o desconhecido.


*** Próximo Capítulo: O Temido Encontro com a Rainha de Copas! ***



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Notas finais do capítulo

Sabem, eu não pretendia escrever essa parte da Duquesa, foi de última hora, já que não conseguia encotnrar um personagem para interpretá-la... daí me lembrei da versão adulta da Mikuru. Tá certo que a Mikuru não combina tão bem assim pra ser a Duquesa, e ela j´tinha aparecido antes como Lebre, mas... eu realmente queria colcoar a Duquesa na história, então espero que vcs tenham gostado *-*
E o que acharam do Gato de Cheshire?? Desde o começo, achei o Koizumi tããão perfeito pra esse papel... na verdade estava meio em dúvida se fazia ele ser o Gato ou o Chapeleiro, mas achei que ele combinaria muito mais com o Gato XDD
Leiam minhas outras fics também, onegai!
De Shugo Chara:
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