Por Trás Do Mundo Da Névoa escrita por Luiza


Capítulo 13
Problemas com o coração


Notas iniciais do capítulo

Ahh mais um que eu passei a madrugada escrevendo uhauahsu' Espero que gostem amores e boa leitura (;



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- O plano é: Eu não tenho plano nenhum, ai meus Deuses me desculpem colocar vocês nessa furada. – Sim eu deveria ser forte e tals, mas eu não estava ali nem a uma semana.

- Tudo bem Helena, não precisa pedir desculpas, nós daremos um jeito. – Greg disse me abraçando. Senti ele meio que tendo um arrepio.

- Desculpa estragar o momento ai, mas que tal a gente ir treinar logo? –Charlie segurou nossos pulsos e foi arrastando a gente. Não sei se vocês já perceberam, mas ela tem uma coisa com arrastar as pessoas e eu, com dar encontrões nelas.  Chegamos na arena onde havia uma arquibancada enorme, mais vários bonecos de areia pra treinos e um monte de outros equipamentos. Apertei minha pulseira que virou Ofuscante e fui em direção a um boneco, quando olhei pra trás Charlie e Greg estavam parados olhando pra mim e pra minha espada com essa cara ~~>  G__G’

- Aai gente, qual foi a bizarrice que eu fiz agora? – Perguntei olhando para os dois.

- Nenhuma, só que metal estigio é realmente muito raro. – Charlie falou. – Nós, filhos de Hefesto não conseguimos forjar nada com ele e além disso é bem mais fatal. Tanto pra monstros quanto pra mortais.

- Foi presente do meu pai, vocês não devem conseguir forjar porque pertence ao submundo. – Eu disse dando de ombros. Agora que tal nós irmos treinar logo?

- Ok, vamos lá. – Disseram os dois.

Nós treinamos todo o resto da tarde até o pôr-do-sol, Greg me ensinou quase toda a técnica. Golpes pra cima, pra baixo, pra tudo quanto é canto. Mas eu sentia que mesmo que ele não me ensinasse, eu iria conseguir aprender só, parecia já fazer parte de mim. Natural como respirar. Já a Charlie me ensinou mais de luta corpo-a-corpo,  se você precisar chegar muito perto. Golpes que ela disse ser muito mais uteis do que com a espada, não valia de nada lutar com armas se você não sabia lutar sem elas ou além delas. Ela disse. Quando saímos da arena, estávamos suados, exaustos, famintos e fedendo. Fomos andando em direção aos chalés juntos.

- Sabe, foi legal treinar com vocês, eu me diverti. – Charlie disse sorrindo.

- Sim, nós fazemos um belo trio. – Greg falou com os olhinhos violetas brilhando.

- É aqui que eu fico. – Charlie disse na porta do chalé 9.

- Até daqui a pouco. – Eu e Greg falamos juntos já indo em frente. Como somos filhos de três deuses, nossos chalés ficam do mesmo lado.

- Sabe, eu imaginei filhos de Dionísio apenas como meninos festeiros e que gostam de beber, nunca pensei que eles fossem excelentes lutadores.

- E eu imaginei filhos de Hades como depressivos que ficavam em cemitérios,  escutando rock pelos cantos e anti-sociais. Nunca pensei que poderia conhecer uma que fosse quente e ao mesmo tempo gelada, que é divertida e engraçada e luta até decentemente.

- Ainda bem que nós conseguimos quebrar os estereótipos não é? – Falei já quase chegando a porta do chalé 12.

- Graças aos Deuses que sim. – Disse Greg rindo. –E é aqui que eu fico, até daqui a pouco Helena.  – Dei tchau pro Greg e fui andando até o chalé 13 onde tomei um banho, troquei de roupa, arrumei meu cabelo e minha cara decentemente e fui em direção ao pavilhão refeitório. Vi Greg e Charlie em suas respectivas mesas, peguei meu jantar, fiz a oferenda e comi. Sai de lá e fui dar uma volta na praia. Sentei no tronco que eu e Charlie tínhamos ficado quando nos conhecemos e fiquei devaneando. Uns minutos depois olhei pro lado, tinha uma garota perto da árvore com a mão no rosto como se estivesse chorando, fui em direção a ela.

- Oi, ér... tá tudo bem?

- Não. Tá tudo péssimo. – A garota respondeu e olhou pra mim, ela era linda. Branca com os cabelos castanhos  em cachos perfeitos e os olhos verdes claro, quase piscina.

- O que houve? – Perguntei tentando ser gentil, ela parecia muito mal. Ela me fitou uns instantes depois me abraçou e desabou a chorar no meu ombro.

- É que eu estou perdidamente apaixonada, mas o menino, ele não gosta de mim. Se fosse só por ele não gostar tudo bem sabe? – Ela disse entre soluços. – Mas agora ele está namorando a menina que se dizia ser a minha melhor amiga e que sabia que eu o amava, agora eu tenho que sair em uma missão enquanto os dois vão ficar aqui de amasso.

- Aah, caramba, vem aqui, senta. – Eu a trouxe e sentei no tronco que eu estava sentada antes de vê-la. 

- Olha, não chora, vai passar, tu sabe que vai passar. Pode ser não agora, mas daqui a uma semana ou quem sabe um mês. Você não vai ficar assim por muito mais que isso porque, dentro da gente existe algo que se  chama impulso vital e quando ele bater com força, você vai olhar pra trás e perceber que não passou de apenas um tropeção. Eu sei o que é amor não correspondido, os dois vão acabar se arrependendo. O menino por ter chutado uma menina tão perfeitamente linda e doce, e a que se dizia amiga por trocar a amizade por algo que é provavelmente passageiro. – Eu vi um pouco de mim mesma nessa menina tão frágil, mas querendo ser forte.

- Obrigado mesmo, eu precisava de alguém que me escutasse, não tenho muitos amigos aqui e meu pai mal liga pra mim. Desculpe por te desabado em cima de você sem nem te conhecer. Como é teu nome?

- Meu nome é Helena Alves, sou filha de Hades. Não precisa agradecer nem pedir desculpas, eu gosto de ser útil e lidou bem com sentimentos. E quem é você?

- Sou Raquel Melo, filha de Hebe. E é realmente estranho uma filha de Hades saber lidar com sentimentos. – Ela disse agora sorrindo pra mim.

- É que eu tenho a benção de Afrodite, acho que deve ser por isso, além disso só sei lidar com os outros. Comigo mesmo é muito difícil.

- Sei exatamente como é.

- Você disse que ia sair em uma missão? – Perguntei meio curiosa.

- Sim, vou ter que ir para o Canadá com um sátiro buscar dois meio sangues. – Raquel respondeu. Ela havia parado de chorar, ainda bem.

- E eu terei que ir a Paris ajudar alguma deusa que eu ainda não sei quem é. – Sério, minha vida é tão desastrada que até quando eu vou realizar um sonho, tem que ter prováveis tragédias no meio.

- Ah então é você que recebeu uma profecia hoje, estavam falando sobre isso no chalé mais cedo.

- Sim, sou eu. Infelizmente. Bom Raquel, eu tenho mesmo que ir dormir agora, amanhã será mais um longo dia. – Eu disse me levantando.

- Tudo bem, boa noite Helena e obrigada por tudo. – Ela também se levantou e me abraçou. Virei as costas e fui andando quando ela me chamou.

- Ei, só mais uma coisa, porque você é tão gelada? – Eu rir.

- Não faço idéia, deve ser uma coisa dos filhos do Deus dos mortos. – Dei um sorriso e fui pra o meu chalé. Afinal, só faltava um dia pra grande missão. 


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Notas finais do capítulo

E ai ficou muito grande ?? '--' Nos vemos nos reviews *-*



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