Ps I Love You escrita por lucas esteves


Capítulo 5
Pre-Girld Tension


Notas iniciais do capítulo

- É, dizem que as brasileiras são as mais bonitas... – comentou Pat.
— Será que ela é gostosa? – perguntou Pierre, em um tom sonhador, mas com um sorriso malicioso nos lábios.
— Será que vocês não entendem a dimensão do problema? – perguntou Seb, irritado.



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Tensão Pré Garota

 

 

- David, a gente vai se atrasar! – exclamou um Seb mal-humorado, parado à porta da casa de David, com a mochila jogada por cima do ombro.

O moreno socou o estojo dentro da mochila, que já “abrigava” um monte de quinquilharias, e correu até o amigo.

- Ah, relaxa Seb, você deveria é querer chegar atrasado mesmo, afinal – ele disse em tom zombeteiro. – é você que vai ter que encarar a fúria Anniele Standfor.

- Eu to pensando seriamente em não ficar em casa no sábado.

- E desobedecer a sua mãe? Eu se fosse você não faria isso!

- Hum... Dependendo da reação da Annie, eu vou ter que desobedecer minha mãe, sim.

- Ai, ai... Seb, você, de uns tempos pra cá, anda muito estranho. – disse David, balançando a cabeça em tom de reprovação.

- Eu não to diferente! – o rapaz protestou.

Assim, a discussão se prolongou até os dois chegarem na escola e encontrarem os amigos.

Seb não conseguiu deixar de contar a “tragédia” que acontecera no dia anterior aos amigos, mas eles acabaram tento uma reação bem diferente.

- Que maneiro, uma brasileira! – exclamou Chuck.

- É, dizem que as brasileiras são as mais bonitas... – comentou Pat.

- Será que ela é gostosa? – perguntou Pierre, em um tom sonhador, mas com um sorriso malicioso nos lábios.

- Será que vocês não entendem a dimensão do problema? – perguntou Seb, irritado.

- Ué, você deveria ficar feliz, você vai ter a oportunidade de conhecer, de perto, a cultura brasileira. – ponderou Chuck.

- Ou talvez, ela realmente seja gostosa. – disse Jeff.

- Sendo gostosa ou cultural, essa garota pode me trazer problemas. – disse Seb. – Digo, vocês sabem como esse povo da escola é, vai todo mundo ignora-la e eu, definitivamente, não quero ter que socializa-la por aqui.

- Seb, você esta sendo muito precipitado. – reclamou Chuck. O sinal acabara de soar e agora ele rumavam para a sala. – Você sabe que nesses casos, os professores escolhem um aluno ou outro aluno de intercambio mais velho aqui, pra mostrar a escola e tal...

- Sim, ou outro de intercambio, ou um “familiar” dela aqui, que no caso, seria eu!

- Mesmo assim, você ta se precipitando. – disse Pat, tão repreensor quanto Chuck. – Afinal, já passou pela sua cabeça que o Pierre pode estar certo?

- Gente, eu não to preocupado se ela é gostosa ou não, até porque, eu namoro, caso vocês não se lembrem.

- Isso a gente...

- SEBBY! – gritou uma voz histérica.

- Não tem como esquecer. – completou David, vendo Annie se aproximar como um jato na direção de Seb.

Antes que contassem até cinco, a garota já havia pulado no pescoço do moreno, beijando de maneira tão avassaladora, que deixou todos enojados.

Chuck, que, no dia anterior, já havia relatado uma crise de náuseas (causada por uma provável virose), correu ao banheiro.

- Srta. Standfor, será que poderia... Fazer isso... Depois das aulas? – disse o professor de Matemática, à porta da sala de aula.

A ruiva se afastou do rapaz.

- Desculpe professor. – disse ela, assumindo um tom recatado, enquanto Seb tomava ar, parecendo ter perdido o fôlego.

- Sebby, fofuxusco, te vejo depois das aulas. – ela disse dando-lhe um rápido selinho e saindo em direção a sua sala de aula.

O rapaz, enquanto mandava os amigos para um “determinado lugar”, entrou na sala de aula, sem conseguir encarar o professor.

Diferente do que Seb imaginou, aquela sexta-feira passou rápida e tranqüila, bem como sua conversa com Annie.

A garota, no final das contas, o havia convencido a dar uma fugida de casa, e ele disse que, nesse caso, esperaria seus pais irem buscar a menina, para então sair de casa.

Pierre, que acabou passando o dia inteiro na casa de Seb, ainda havia tentado convencer o rapaz do contrário, mas não obteve sucesso algum.

Já era de noite quando o amigo foi embora, obrigando-o a passar o pouco que restava do dia com seus pais.

Não que ele não gostasse dos pais, muito pelo contrario, mas ficar sob o olhar severo da mãe, não era nada confortável.

Assim, totalmente entediado e ansioso pelo dia seguinte, Seb não percebeu o tempo passar, e quando acordou na sua cama, o relógio digital da cama piscava, não só a hora, como também, a palavra “sábado”.

Seb pulou da cama assustado, amaldiçoando aquele dia. Trocou-se rapidamente e desceu para tomar café.

- Filho, bom dia! – disse sua mãe, encostada ao fogão.

- Bom dia. – disse coçando os cabelos ainda bagunçados, enquanto ia até a mulher. – O que esta fazendo?

- Almoço, oras! Hoje vamos ter feijão, arroz, e uns espetinhos que seu pai esta fazendo na churrasqueira, lá no quintal.

- O QUE? – perguntou indignado.

- Isso de almoço e bolo de brigadeiro recheado, de sobremesa... – disse como se não tivesse ouvido o protesto do rapaz. – Sabe, eu estava conversando com a mãe do Chuck por telefone quando pensei, se vamos receber uma brasileira, porque não comemorar a chegada dela com comidas típicas do Brasil? E daí a mãe dele disse que era uma ótima idéia...

- Mas mãe, essa garota vai viver de intrusa nessa casa durante um ano, ela que precisa comer o que nós comemos! – ele protestou.

A mulher andava de lá pra cá na cozinha, pegando isso, mexendo aquilo, preparando tudo sem encarar o filho.

- Em primeiro lugar, ela não será intrusa, será de casa, em segundo, sei que ela terá que se adaptar, mas não custa fazer um agrado a menina.

- Mas...

- Sem mas, se você não aprender a tratar essa menina bem, eu lhe proíbo de usar o carro. Meu Deus, Seb, será que é tão difícil entender que essa menina não vai ser um desastre na sua vida? Você vai ter que se acostumar a vê-la por aqui, afinal, ela vai dormir no quarto ao lado do seu.

- Ah não, tudo, menos isso! – disse, passando as mãos pelos cabelos nervosamente.

- Ué, onde você esperava que eu a colocasse? No porão é que não seria!

- Sótão? – cogitou.

- Sebastien Lefebvre, se você não respeitar essa garota, garanto que não terá que respeitar mais nenhuma. – disse passando por ele, enquanto fazia um gesto rápido e violento com a mão, próximo à virilha do rapaz.

Seb sentou-se na mesa quieto, reconhecendo que havia ido longe demais.

Se o almoço é pra ela, eles devem ir pega-la no aeroporto logo”.

- Ah, Seb, preciso que vá buscar umas coisas na casa do Chuck. Eu não tinha tudo que se usa em um bolo de brigadeiro, até porque não costumo fazer, então a mãe dele disse que emprestaria o que falta. – disse a Sra. Lefebvre, voltando a cozinha. – Eu disse que você iria lá buscar.

O rapaz bufou, já se levantando.

 - Tá bom, eu já to indo, então. - disse subindo para o quarto.


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