Rescued escrita por Lolla


Capítulo 21
Summertime


Notas iniciais do capítulo

Oláá
Tudo bom com vocês galerinha??
Meuu, escola nova não é fácil, já conto. O colegial menos ainda. Principalmente se a sua média for 7. Ewwwwww.
Enfim, ta aí minha explicação da demora excessiva. Desculpa mesmo gente.
Desculpem qualquer erro de ortografia! Nem tive tempo de ler de novo!
Beijões e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/188320/chapter/21

Sou acordada pelo simples fato de estar morrendo sufocada. Ethan está com a cabeça enfiada no espaço entre meu pescoço e o colo e uma de suas mãos está em cima de meu peito, dificultando minha respiração. Além disso, suas pernas se enroscam nas minhas como trepadeiras assassinas. Olho para sua cara e ele ressona como um bebê gatinho. Me mecho sugestivamente. Ele prontamente levanta a cabeça.

- O que? O que foi? –Ele pergunta atordoado e eu rio. Ele me olha e novamente seu sorriso se suaviza. Coro com eu olhar e com as lembranças da noite passada. –Com vergonha, senhorita? –Ele dá um sorriso lascivo (o que faz com que eu core mais) e passa os dedos por minha bochecha vermelha. Reviro os olhos tentando passar indiferença.

- Por favor... Eu? Com vergonha? Por quê? Só porque estou deitada por baixo de você, nua, na luz do dia? –Pergunto com desdém fingido. Ele sorri.

- Hm, não tinha pensado por esse ponto de vista. –E descaradamente abaixa a cabeça para me contemplar. Reviro os olhos de novo, tentando esconder meu constrangimento e divertimento. Ele lambe os lábios. Dou uma risada sugestiva e o empurro. Ele rosna de brincadeira. –Gosto de agressividade. –Dou uma bela de uma gargalhada e tapo a boca no segundo seguinte. Ele me olha assustado.

- Preciso de um momento. –Minha voz sai abafada por conta de minha palma, e é quase uma missão impossível tirá-lo de cima de mim só com a ajuda de uma mão, mas consigo. Saio correndo direto para o banheiro. Pego minha nécessaire e escovo os dentes bem escovados. Não importa que ele tenha passado toda a noite comigo, o hálito é um dos quesitos mais importantes para dar uma boa impressão. Depois disso olho no espelho enorme que se encontra em minha frente e vejo uma menina corada, com um sorriso que não cabe em sua cara e com os cabelos desgrenhados. E tudo o que consigo pensar é que essa que vejo não sou eu. Não. Pode até ser confundida com uma atriz de comercial de absorvente, mas não comigo. O que Ethan faz comigo...

Subo novamente para nosso pequeno sótão, onde as velas estão já praticamente todas acabadas, e encontro um colchão vazio. Não posso deixar de me sentir um pouco decepcionada, pois realmente pensava que haveria uma segunda rodada... Bom, deixa pra lá. Vou me virar e dou de encontro com seu peito. Solto um gritinho de susto.

- Vai ficar mesmo andando pelada pela casa? –Ele questiona, com um sorriso arranhando seus lábios. Coro e dou de ombros.

- Não é como se eu fosse encontrar mais ninguém aqui. Ou será que você está escondendo uma amante? –Ele revira os olhos.

- Tanto faz, venha pelada ou não comer seu café da manhã. Afinal, você precisa de um pouco de energia depois de ontem... Eu posso ser bem cansativo. –Diz num tom brincalhão. Minha vez de revirar os olhos. Ele me olha de cima a baixo, mas o mais interessante é que não me importo mais. Ele, por sua vez, trocou de roupa pondo uma bermuda (finalmente) lisa e de uma só cor. Pena que essa cor é verde fluorescente. Tsc.

Contorno-o e me dirijo ao quarto principal onde minhas roupas se encontram. Nem sei se vamos realmente à praia, mas ponho um biquíni por baixo de uma blusa branca toda furada, deixando à mostra o próprio biquíni e minha barriga e um short branco manchado de várias tintas, dando um visual legal. Gosto de me gabar que fui eu mesma que o pintei. Minha única criação. Ponho minhas sandálias de couro e meus óculos e prendo meu cabelo em um coque frouxo no alto da cabeça.

Ao descer, vejo meu café da manhã na mesa e um Ethan de cara emburrada, com a boca cheia de torrada com geleia. Dou um sorriso inocente e me sento à mesa.

- Desculpa a demora. –Digo enchendo um copo de suco e enfiando uma torrada na boca. No meio da torrada, lembro de perguntar se vamos a praia e ele dá de ombros.

- Tudo bem, mas à tarde eu quero te levar num lugar que eu tenho certeza que você vai gostar bastante. –Diz com um sorriso cúmplice. Ele segura minha mão por baixo da mesa e ficamos assim até terminarmos todo nosso café. Mesmo sendo uma tarefa árdua comer um bolo com uma mão só, eu não me importo. Pois o contato com a sua pele é o suficiente para me deixar mais completa e satisfeita que qualquer bolo de chocolate que eu possa comer. Bela comparação, babaca. Minha mente ralha, mas dou de ombros.

Chegando à praia, estendo minha toalha, mas ao invés de deitar, puxo ele pela mão em direção à água. Bom, em resumo ficamos brincando como crianças a manhã inteira. Depois do castelo de areia, brincamos de pega-pega e tomamos sorvete. Ele me encheu de areia molhada, o que eu prontamente retribuí jogando em seu calção. Depois de muitas brincadeiras, muita areia e muito sorvete voltamos para casa exaustos.

Vou direto para o quarto, pretendendo tirar uma soneca, mas Ethan me agarra com seus braços de ferro e não me deixa dar mais um passo sequer.

- Nem pense nisso. Eu disse que ia te levar em um lugar hoje de tarde, por isso vai tomar um banho gelado pra espantar o sono e depois desce pra gente almoçar rápido. –Ele me solta, e depois de um gemido começo a me mexer para ir ao banheiro. Ele puxa minha mão antes que eu saia de perto dele. Viro-me rápido e me deparo com seus olhos enormes me olhando. –E pelo amor de Deus, ponha algo maior que esse shorts que você tá usando. Daqui a pouco vai me deixar louco. –Sua voz está rouca e baixa, fazendo meus pelos da nuca se eriçarem. Ele me puxa para mais perto, encostando seus lábios nos meus de repente. Seu beijo é lascivo e quente como o Sol. Ele me solta mais depressa ainda, me deixando tonta.

- T... Ta. –Gaguejo. Ele dá um sorriso de canto e vai embora. Bipolar. Entro no chuveiro e surpreendentemente meu sono foi embora. Junto com o meu fôlego, diga-se de passagem. Lavo-me arduamente, com a tarefa de tirar toda a merda de areia que ficou no meu cabelo. Odeio areia. Após o banho, procuro algo “maior que esse shorts que eu to usando” e o que mais me parece aceitável no momento é um shorts jeans de cintura alta e uma blusa com estampa de histórias em quadrinho. Ponho uma sandália de spikes que é transparente e deixo meu cabelo solto. Passo meu perfume e desço.

Depois de comer, Ethan me leva ao seu carro e percebo que ele tenta conter a emoção. Dou uma risadinha e sento no banco de passageiro. Depois de pouco tempo chegamos ao centro da pequena cidade, mas Ethan não para lá. Ele vira em uma ruazinha de terra e meu coração acelera mais e mais, até que ele para em uma espécie de feira. Feira! Várias barracas com todo tipo de objeto se encontram espalhados por um campo e, mais ao fundo, é possível ver um pequeno e simples parque de diversões. Dou um grito de euforia e quase pulo do carro ainda em movimento. Ethan ri e me segura pela perna.

- Espera sua doida! –Ele grita. Obedientemente espero ele estacionar o carro em lugar de vagas improvisadas e prontamente puxo sua mão em direção a uma barraca qualquer. É de bijuterias, e eu fico fascinada. Pego um anel com uma pedra azul que me atrai de um jeito impressionante. Só depois descubro que é por parecer tanto com os olhos dele. Depois do anel, compro um brinco earcuff e uma bolsa de franjas. De franjas!

-Tem mais uma coisa que eu queria fazer, e queria que você fosse comigo. –Ele diz. Levanto uma sobrancelha e deixo-o me guiar até um salão de tatuagens. Levanto as sobrancelhas com um sorriso bobo na cara. Olho para ele, esperando uma explicação. –Eu queria fazer uma tatuagem, e queria que você estivesse comigo. –Ele da de ombros.

Após entrarmos naquela pequena construção, Ethan fala com uma recepcionista. Ela nos leva a uma sala separada com uma cadeira confortável e alguns aparelhos como aquela agulha enorme em cima de uma mesa de metal. Engulo em seco. Olho para Ethan que está com mais cara de quem vai no banheiro do que quem vai fazer uma tatuagem. Até já sentou na cadeira confortável e apoiou a nuca nos braços.

- Você já fez isso antes? –Pergunto. Ele me dá um sorriso e mostra a parte interna de seu pulso, bem do lado direito um Om. Como nunca reparei nisso antes? –E o que pretende fazer agora? –Ele da de ombros, ainda com o sorriso na cara.

- Não sei... Alguma sugestão? – Mordo o lábio e penso. Sempre quis fazer uma tatuagem. E se... Olho para ele e um brilho de excitação aparece em meu olhar. Ele percebe. – O que?

- E se... Fizermos uma tatuagem igual? Como naqueles filmes. Pra você nunca se esquecer de mim e vice-versa. –Ele solta uma risada debochada, mas vejo o mesmo brilho de excitação em seu olhar.

- Tipo yin-yang?  -Faço uma careta.

- Muito clichê. Que tal aquela caveira mexicana? Eu vi uma vez que significa o humor, o sarcasmo diante de diferentes dificuldades... Quer dizer, é perfeito pra gente! –Grito de pura emoção. Ele parece tão contente quanto.

                                                                       .   .   .   .   .   .   .   .   .   .  .  .   .

                Olho pela milésima vez para a tatuagem vermelha coberta por um papel filme em meu tornozelo. Solto um suspiro e abraço Ethan pela cintura. Beijo suas costas e sussurro um “eu te amo” bem fraquinho.

                - Eu sei. –Ele sussurra mais baixo ainda e puxa minha mão até encostar-se a seus lábios. Aproveitando que ele está um pouco inclinado, subo em suas costas. Ele prontamente agarra minhas coxas (um pouco acima do recomendado, admito) e sai correndo. Paramos somente na casa mal assombrada do pequeno parque. Começo a literalmente ter uma convulsão em suas costas, tentando me soltar de qualquer jeito.

                - Ethan Connan, se você entrar nesse troço comigo você vai sofrer sérias consequências. Juro por Deus! Eu vou fazer você sofrer. –Aparentemente minhas ameaças não o afetaram de modo algum, pois ele continua me segurando e rindo como uma criança. Gemo de frustração.

                - Isso, geme pra mim gatinha. –Ele brinca e eu lhe dou um chute com meu calcanhar em sua coxa. –Ouch, cuidado aí gata. Eu pretendo ter filhos um dia. Agora, para de ser medrosa, vai... Essa não é a Taylor que eu conheci...

                - É sim! –Me irrito. –Essa é a Taylor medrosa que chorou da última vez que entrou em um brinquedo desses. Você lembra? –Pergunto indignada. Ele ri, dá de ombros, e como se não tivesse escutado nenhuma das minhas súplicas, entra no brinquedo. Comigo em suas costas.

                Saímos de lá comigo chorando novamente. Bela novidade. Fiquei dando tapas e puxões de cabelo nele o passeio todo, mas pelo visto nada estragava sua felicidade. Ele então me puxa para uma casa de espelhos malucos e antes que eu possa protestar, seus lábios estão sobre os meus. Ele me pressiona em um espelho qualquer, empurrando seu quadril em direção ao meu. Pega de surpresa, simplesmente deixo-me levar, gemendo no momento em que nossas partes se encontraram. Ele estava arfando. Ele pega em minha coxa e a puxa para cima, fazendo-me enroscar em sua cintura. Gememos ao mesmo tempo. O ar está ficando mais denso e quente, e os espelhos ao redor começam a ficar ligeiramente embaçados, mas nada o impede de aprofundar mais o beijo. Sua língua passeia quente e úmida por toda minha boca, explorando-a. Logo depois, ele puxa meu lábio inferior com os dentes e o suga.

                - Ah, você ta me deixando louca, pelo amor de Deus. –Arfo com a voz rouca e o peito subindo e descendo descompassado. Gotas de suor salpicam pela minha testa enquanto ele abre outro de seus sorrisos. Antes de dizer qualquer coisa, puxo-o para perto por sua nuca e ele corresponde, sedento. Com as mãos, ele percorre meu corpo. Desde minha nuca até minhas pernas. Passa seus lábios para meu pescoço e ali começa seu trabalho de chupar e deixar umas belas de umas marcas. Não que eu me importe no momento. Não que eu me importe com algo mais do que seus lábios de encontro com a minha pele e o choque que eu sinto toda vez que isso acontece.

                - A-Acho que não devíamos fazer isso aqui, Ethan. –Distancio-me dele com o coração palpitando e as bochechas pegando fogo. Ele me olha de um jeito muito injusto para alguém que está tentando manter distância dele. Os olhos brilham. –Sério, merda. Isso é um local público, onde qualquer um pode entrar a qualquer instante.

                E para comprovar o que eu acabei de dizer, uma mãe com uma criança aparecem rindo olhando seus reflexos. Levanto as sobrancelhas para ele, que me puxa para fora da atração.

                - Você é muito chata... E mandona! –Ele me empurra com o ombro e eu dou dois passos incertos pro lado. Dou de ombros e o olho com um pequeno sorriso nos lábios. Ele retribui o sorriso. –Amo esses seus sorrisos desprevenidos. São os melhores.

                - Eu sei. É o meu charme. –Dou outro sorriso, mais aberto, e pulo em seus braços. Ele me carrega até um pequeno restaurante que fica dentro do parque. Ele é temático, com vários bonecos e enfeites. Bem típico de parques de diversão. Nem percebo que já são 17h30. Ethan tem esse dom de fazer o tempo passar mais rápido. Várias mesas simples estavam postas ao redor do salão, e mais à esquerda uma banda tocava uma música calma.

                Sentamo-nos em uma mesa e esperamos o garçom. Muitas das pessoas ali são crianças com suas mães, mas foi ali naquele restaurante de um parque de diversões, com aquele ar pesado de verão e aqueles orbes azuis como o céu me fitando, que eu percebi que não tinha como a minha vida ficar melhor.  

                - Vem. –Ele me diz com a mão estendida depois de comermos. Olho-o com dúvida. Ele ri e fala: -Confie em mim. -Junto minha mão com a sua e ele me puxa para fora da mesa. Ao invés de irmos para a porta de saída como eu havia planejado, ele me guia para o meio do restaurante, bem perto da banda. Planto meus pés ao chão com os olhos arregalados.

                - Não. É sério. –Ele ri e entrelaça os dedos ao redor de minha cintura. Começa a mexer os pés. –Ethan, por favor. –Começo a dar pequenos passos contra minha vontade e ele ri.

                - Para de ser tão ranzinza, Tay! –E dizendo isso, ele me gira com um braço de forma bem repentina. Dou uma risada mesmo não querendo, mas volto a minha carranca quando choco-me ao seu corpo novamente. Ele me puxa para o mais perto possível, pousando uma mão no final de minhas costas. A outra mão ele fez questão de segurar a minha. Ainda estava meio dura, por isso ele acabou rindo. –Se solta. Faz assim. –Ele então impulsiona o quadril em minha direção, fazendo o meu próprio ir para trás e por fim me fazendo rebolar. Fico vermelha como um pimentão e dou um tapa em seu braço.

                - Meu Deus, Ethan. –Repreendo-o. Ele solta um sorriso e eu encosto a cabeça em seu ombro, já mais relaxada. Ele me faz sentir segura e confiante, e eu o amo. Começo a me lembrar de todos nossos momentos juntos. Do jeito como ele veio falar comigo pela primeira vez, de um jeito descontraído, como se nem soubesse de minha história trágica de vida. De como aquele bom-humor me contagiou e acabou por destruir minha barreira. Da primeira vez que senti ciúmes na vida. De quando ele me levou no cemitério de minha mãe e me fez superar outro obstáculo da minha vida. De como ele me faz esquecer o mundo e de todas as coisas ruins pelas quais eu passei. Do modo como meu coração bate quando estou perto dele e de como minhas pernas fraquejam. De como ele me faz sentir bonita e amada como eu nunca fui antes. Dou um sorriso quando ele me gira lentamente e me inclina para trás. Quando volto para cima ele me beija e eu retribuo com todo o amor que posso. –Obrigada por ser meu.

                                                 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

                - Ei, aquela não é a Taylor?

                - Sim. –Diz pausadamente com um sorriso maldoso nos lábios. –É ela mesmo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aiiii
Quem serão essas pessoas que conhecem a Taylor??
Comentem por favoooorrr, porque se não eu morro! Juro que morro, e vou culpar todos vocês que ficaram sem comentar! Humpf. Mostrem a história pros amigos, família, vizinhos, cachorro...
Até a próxima!!
beijãoo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rescued" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.