Rescued escrita por Lolla


Capítulo 13
Chuva


Notas iniciais do capítulo

Ai, por favor, não me matem.
Por favor, eu lhes peço que tenham um poquinho de compreensão. Eu estou em colégio novo, preciso me adaptar e não posso relaxar esse ano.
Me desculpem mesmo e espero que gostem deste capítulo!
LEIAM AS NOTAS FINAAIS, LITTLE MONSTERSSS XD



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- Alô?

                - Filha, tenho uma ótima notícia para te dar! –Ele me fala alegremente. Meu pai alegre? Ele não tem tempo para ser alegre. Deve ser uma coisa tremendamente importante para ele. Risco meu nome da lista imaginária de coisas importantes para meu pai. – Eu conto no seu aniversário. Claro, se eu conseguir chegar a tempo. Desculpe por deixá-la tanto tempo sozinha. Você sabe que eu fico muito triste sem você ao meu lado, não sabe? Principalmente agora... –Sempre a mesma merda. Acho que ele até tem anotado esse pequeno discurso em sua agenda. Suspiro.

                - Pai, você sabe que não me importo. Eu gosto de ficar sozinha. –Já estou acostumada, completei em pensamento. Ele soltou mais algumas palavras melosas e sem qualquer valor e desligou. Meu aniversário seria daqui a quatro dias, mas eu não gostava daquela data. Na maioria das vezes eu o passava sozinha, então...

                Dois dias depois Ethan já me enchia o saco por causa do aniversário. O que você quer de presente e onde quer comemorá-lo foram as perguntas do dia. Eu nunca fui muito de comemorar meu aniversário, simplesmente pelo fato de não gostar de chamar atenção.

                - Você é tão irritante. Como assim você não comemora seu aniversário? Você é a pessoa mais chata que eu conheço. –Ethan jorrou suas palavras de descontentamento em meus pobres ouvidos. Dou de ombros.

                - É só que... Você sabe que eu não gosto de ser o centro das atenções. – Infelizmente, minhas palavras não coincidem com a nossa situação atual: Andamos lado a lado pelo pátio da escola, discutindo este assunto “tão importante” enquanto eu sinto vários olhares sobre nossas figuras. E não posso discordar desta repentina curiosidade alheia, porque tão repentino quanto isso foi a aproximação de nós dois e agora todos estão estranhando. Quer dizer, “eles são ou não um casal?” é a pergunta estampada na face de todos que olham em nossa direção. E esta é uma bela de uma pergunta. Uma pergunta que nem eu sei responder.

                - Todos estão olhando, Ethan. Vamos para um lugar mais... Privado. –Claro que ele entendeu esta simples e inocente frase com um duplo sentido malicioso. Seu sorriso foi um tanto... Arrebatador. Coro enquanto ele me puxa para nossa árvore (nossa porque agora ele fica comigo lá diariamente. Na verdade, até nossas iniciais estão entalhadas lá. Foi um episódio bem constrangedor.)

Flash Back

                -Ethan, pelo amor de Deus! Isso é a coisa mais ridiculamente clichê de todos os tempos! –Ele já estava terminando o “E” quando eu arranquei o estilete (que até hoje não sei para que ele guarda no bolso), jogando-o longe. Ele me olhou com cara de poucos amigos. –Ué, estava todo mundo olhando, não sei se percebeu. E eu não quero fazer parte desse seu filmezinho romântico que só adolescentes na puberdade assistem.

                - Você é no mínimo estranha. Você sabe quantas garotas se matariam para ter seu lugar? Principalmente por ser comigo? –Brincou ele. Dei uma risada e soquei seu braço.

                - Graças a Deus não sou elas, então. –Digo, convicta. Ele dá um sorriso e ma estende a mão para irmos para aula.

Mas como ele está sempre me surpreendendo, no dia seguinte, quando ele quase me arrasta para a árvore, a primeira coisa que vejo é “E+T” entalhado na árvore.

  Flash Back Off

Sentamos um na frente do outro e passamos o resto do recreio todo conversando. Depois de um tempo, passei a ignorar por completo os olhares em minhas costas.

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No dia seguinte faço Ethan prometer que não aconteceria nada no dia do meu aniversário. Nenhuma festa surpresa, nenhum presente, nenhuma ovada. Claro que quando mencionei a parte de nenhuma ovada ele logo soltou um som de protesto. Reviro os olhos enquanto deito em seu colo. Ethan logo se aproveitou do momento e começou a acariciar meu cabelo levemente. Solto um suspiro manhoso, o que faz com que ele solte uma risada.

- Parece um gatinho... –Ele comenta, pegando uma mecha de meu cabelo e enrolando nos dedos.

- Miau. –Digo brincalhona, o que faz com que ele ria. Ele para de rir e começa a acariciar minha face, meus ombros e clavícula. O toque não é mais do que o roçar da ponta de seus dedos, mas provoca um formigamento irritante por todo meu corpo.

- Você é bem diferente do que eu imaginei...

- Você também... –Sussurro. Ele arqueia as sobrancelhas.

- Como assim? Sou pior do que você pensava? –Por que ele sempre leva tudo para o lado negativo da coisa. Isso me irrita profundamente. Reviro os olhos e puxo suas mechas de cabelo levemente, o fazendo soltar um leve gemido de protesto.

- Não, seu bobinho. Na verdade, é o contrário. Eu sempre pensei em você como o cara fútil e ignorante, com músculos até no cérebro, além de garotas peladas e sexo...

- Me admira o tanto de coisas boas você pensava à meu respeito. –Ele diz meramente irritado. Dou um sorriso aberto.

- É a mais pura verdade... Mas agora que eu te conheço, eu penso em você como o cara irritante, perseguidor, cabeça dura e persistente... –Mordo o lábio, querendo mais que tudo completar a frase com um “que eu mais amo nesse mundo”, mas simplesmente não consigo. Acho que ele esperava a mesma coisa, mas logo deu uma risada envergonhada.

- Você é bem direta. Obrigado pela consideração. –Ele bagunça meu cabelo propositalmente e eu dou um tapa em sua mão.  Nossos olhos se encontram e começamos uma troca de olhares bem intenso. Vejo ele se aproximar vagarosamente de minha cara. Eu já sei o que vai acontecer se eu ceder passagem livre, por isso ponho dois dedos em sua boca em biquinho. Dou uma leve risada, fazendo ele se irritar e recuar, mas puxei ele pela camisa até encostar meus lábios em seu ouvido.

- Você só vai me beijar quando fizer chover na sala de aula. –Sussurrei em seu ouvido e depois soltei uma risada alta. Ele recuou e pude ver seu rosto avermelhado. Ri mais alto. –Está corado? –Apertei sua bochecha, mas acho que isso só o irritou mais, pois ele saiu de lá batendo o pé como um bebê. Fiquei rindo comigo mesma até dar o sinal anunciando a próxima aula.

  Ele não falou comigo ou olhou em minha cara pelo resto do dia, o que só fez eu me divertir mais. No final das aulas o vejo saindo pelo portão da escola sem me esperar e por isso atropelo algumas pessoas até chegar perto dele e pular em suas costas, fazendo nós dois irmos ao chão. Quando viro sua cara para me certificar de que ele está bem, ele está rindo como um abobado.

- Você é maluca, garota. Deve ter quebrado um dente meu. –Ele abre a boca e confere toda a arcaria dentária com o dedo indicador.

- Desculpa por ter te irritado, Ethan. Eu não quero correr o risco de ir pra casa sozinha de novo. – Ele assente e ajudo-o a levantar... Ou é ele que me ajuda? Enfim, quando chegamos em casa ele tenta novamente me beijar, mas sem sucesso, porque desvio a cara.

- Eu falei sério àquela hora na escola, bonitinho. Vai ter que me surpreender. –Dou um peteleco em seu nariz e entro no prédio.

No dia seguinte estou com um pé atrás. Digo, um pé atrás de ir para a escola. Eu sei lá o que o Ethan pode aprontar... O primeiro motivo da minha desconfiança foi que ele não estava me esperando para irmos juntos para a escola. Chegando lá, vou direto para a sala de aula, evitando uma possível cena onde Ethan carrega um bolo de vinte quilos cantando parabéns para mim, mas como sou a pessoa mais azarada que conheço não é bem assim que minha surpresa acontece.

Quando sento inocentemente em minha carteira, percebo que todos voltaram seus olhos para o fundo da sala e alguns até soltam sons exasperados. Sinceramente? Fico com medo de olhar para trás. Mas como sou curiosa ao extremo, viro lentamente a cabeça a tempo de ver alguém em cima de uma carteira. Porém antes que eu socialize quem é e o que está fazendo, começa a chover dentro da sala. Literalmente. Um sino, que eu presumo que seja de incêndio, começa a soar pela escola toda. Gritos e meninas correndo de um lado para o outro são o que há dentro da sala, mas eu não cosigo me mexer. Dou uma risada alta, quando vejo Ethan se aproximar com um isqueiro na mão e um meio sorriso nos lábios. Ele para em minha frente.

- Acho que você está me devendo alguma coisa. –E joga o isqueiro em minha direção. Como não sou rápida, o deixo cair no chão, mas eu simplesmente não me importo. Le vem chegando perto, de mansinho, deposita uma mão em minha nuca e a outra em minha cintura. Seus movimentos são demorados, para prolongar o momento e só o que eu faço é rir. Sim, rir. Da situação toda. A água caindo, “chovendo na sala” foi o que eu disse. E ele cumpriu a promessa. Mesmo com todas as possíveis detenções e broncas que ele vai levar. Beijar na chuva sempre foi um sonho de consumo meu. Ponho minha mão em seus cabelos ensopados e puxo sua boca para ir de encontro com a minha.

O beijo é suave no começo, mas intenso no decorrer do tempo e como estamos sem ele (provavelmente a diretora está vindo para cá neste exato momento) nosso beijo vira apressado e urgente. Tipo, bem urgente. Principalmente para Ethan, que esperou por isso por não sei quanto tempo. A água que caia por sobre nossas cabeças entrava por nossa boca meio aberta, mas isso não incomodou nem um pouco.

- Vamos sair daqui antes que sejamos expulsos. –Ele diz com a voz rouca, fazendo-me arrepiar do cabelo aos pés. Nego com a cabeça. Eu quero continuar beijando ele. Para sempre. Ele ri e me pega no colo, correndo o mais rápido que pode da sala. Levanto dos braços e grito um “Uhul!” mesmo ele me mandando ficar calada. A maioria dos alunos foi para casa, por ordem da diretora, por pensar haver mesmo um incêndio.

Pegamos esta oportunidade e saímos em disparada (comigo ainda sendo carregada) até minha casa. Subimos o elevador se beijando apaixonadamente e quando abro a porta de casa para irmos direto ao meu quarto rumo ao desconhecido (Pelo menos por minha parte. Sim, sou virgem. Problema?). Um som de surpresa sai da boca de Ethan. Viro-me para o sofá e me deparo com meu pai sentado nele com uma morena linda ao seu lado. Meu pai, do jeito que é superprotetor (quando tem tempo, é claro) está nos olhando com uma cara que vai de raiva suprema para descontentamento mortal e a moça ao seu lado (que poderia facilmente se passar por sua filha ou irmã bem mais nova) está um tanto quanto assustada.

Ethan me solta rapidamente e se endireita, como se isso fosse possível. Estamos os dois molhados e descabelados e minha blusa, antes branca, estava transparente deixando visível meu sutiã de bolinhas. Ethan pareceu perceber isso e não parava de secá-los. Digo, visualmente.

- O... Oi pai. –Digo embaraçada. Definitivamente esse não é o melhor jeito de apresentar o namorado ao pai. Dou um sorriso amarelo e vou até ele, que até agora está estático olhando Ethan (analisando seria mais apropriado), e dou-lhe um beijo costumeiro na bochecha.

- Quem é este? –Ele diz rudemente. Engulo em seco e vejo Ethan se aproximar com a mão estendida para meu pai.

- Sou Ethan Connan, senhor Strecker. Muito prazer. –Meu pai o analisa, analisa sua mão, me analisa, para depois estender sua própria.

- Prazer Ethan Connan. –Ele diz de um modo sinistro. Nunca o vi assim antes. – O que diabos aconteceu com você? –Ele se dirige a mim, com seu olhar repreensivo. Olho para Ethan de forma cúmplice e ele faz o mesmo.

- Longa história... –Digo com uma cara de “Para quê eu vou perder meu tempo com Ethan explicando se você não se importa?” e eu acho que ele entende me olhar, porque deixa o assunto de lado.

- Enfim, estou aqui para celebrar seu aniversário e te contar uma novidade. –Faço que estou ouvindo e ele continua depois de pigarrear. A mulher ao seu lado, que eu ainda não sei quem em, fica tensa quando ele diz “novidade”. –Esta –Ele aponta para ela, que dá um sorriso amigável- é Mary Kate, minha... noiva.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço reviews, recomendações? Me desculpem pedir recomendações, gente, não é meu estilo, mas eu já tenho 51 comentários e até agora nada de recomendações? :((
IMPORTANTE: Enfim serafim, esse capítulo continua sendo sobre o amor adolescente deles e ta ficando meio chatinho, né? Mas agora eu acrescentei uma personagem: a Mary Kate. E eu queria MUITO MESMO que vocês me dissessem qual estilo vocês querem que ela tenha: Uma "mãe" que a TayTay nunca teve ouu uma vagabunda que fica dando em cima do Ethan?? Me digam, me digam!
Amo vocês e eu juuro que vou postar bem rapidinho o próximo cap!
Obrigada pela compreensão, amores da minha vida!
Kissus amorosos e melecados
Ps: Não me matem nos reviews! Sejam bonzinhos com a titia Vic :(



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