(Im)memorial escrita por Giovanna


Capítulo 6
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde quase noite, vidas! Como vocês estão? As aulas de vocês já começou ai? Eu quase morri escrevendo o capítulo novo daqui. Cadê o tempo? Desculpa a demora. De verdade! Boa leitura. Ah, e leiam a minha fic com a Luisa. (vejam no meu perfil ç.ç).



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A morena não sabia o que responder. Falaria do caderno? Não. Não poderia. Se estava guardado naquele lugar é porque não queria que ninguém visse. Não poderia falar. Não por enquanto.

- Se eu fiquei surda? – Thalia perguntou, para ganhar tempo de arrumar uma desculpa.

 - Exatamente isso. Ficou surda?

- Claro que não! Eu estava dentro do guarda-roupa! Como acha que eu iria ouvir você? – A menina se sentiu aliviada por achar uma saída.

- Está certo. – Annabeth olhou para o caderno que estava no canto, o que fez Thalia ficar com medo que a amiga a questionasse sobre aquilo. - Ganhou. Vem. Depois você termina. Vamos me ajudar a fazer comida. – Ela suspirou, aliviada. Annabeth virou-se para a escada e a desceu, sendo seguida por Thalia.

Os dois meninos estavam sentados na sala jogando videogame. Nico perdia para Percy em uma das corridas. Aquele jogo parecia que era uma adaptação do filme “Velozes e Furiosos”.

- Vocês são muito violentos! Não tem um jogo melhor não?

- Lógico que tem, querida Thalia. Mas o fato é: Não queremos jogar. – Percy respondeu, fazendo a prima revirar os olhos e pegar uma almofada e bater na cabeça dele.

- Só por causa disso vai ficar sem comida.  – A Grace gritou da cozinha.

- Não tem problema. Eu não queria mesmo.

- E sem sobremesa.

- Também não queria.

- Certo. Nico, Thalia e eu vamos acabar com seu bolo azul. – Annabeth respondeu, aparecendo na porta da cozinha.

- Não, Annie. Por favor, isso não. Tudo menos isso.

- Nana-nina-não. Vai ficar sem bolo azul.

- Não é justo. – Percy fez bico, o que fez Annabeth rir e caminhar até ele e lhe dar um beijo na bochecha, se pendurando em seu pescoço.

- Sabe que eu nunca faria isso com você, não é?

- Imagino.

- MAS QUE BONITINHO! – A porta da casa foi aberta. Duas meninas e três meninos entraram pela mesma, sem bater.

- Achava que aqui tinha uma porta, Silena. – Annabeth comentou.

- E tinha. Mas agora essa casa é nossa também. – Travis Stoll disse, se jogando no sofá, fazendo os três que estavam na sala arregalarem os olhos.

- Como é que é, Stoll?

- Somos amigos! Moramos perto! Qual o problema de termos vindo visita-los? Oras, o que é de vocês é nosso!

- Quanta gente falando, parece que a ca... Uau. – Thalia disse, indo até a sala, dando de cara com todas aquelas pessoas lá e se assustando.

- Thalia, Thalia, Thalia! – Silena saiu correndo para abraçar a amiga, que retribuiu, sem saber o que fazer.

- Ér... Silena?

- O que foi, Annie? – A morena disse, se soltando da amiga.

- Ela não... Se lembra de você.

- Você não se lembra de mim? – O ressentimento era visível no olhar de Silena e Thalia se sentiu mais decepcionada ainda por não se lembrar da amiga.

- Não, eu... – Thalia abaixou a cabeça e sentiu uma lágrima querer descer de seu rosto. Sem levantar a cabeça, ela virou as costas e subiu as escadas correndo, ignorando os gritos de todos lá embaixo.

A menina entrou no quarto e bateu a porta, mas esqueceu de trancar. Jogou todas as roupas que estavam em cima da cama no chão e deitou-se com força na cama, batendo a cabeça de leve na madeira.

Ela levantou-se e pegou o caderno que estava no chão e começou a lê-lo novamente. A história era sobre uma menina que... Brigara com os pais e no dia seguinte descobrira que eles foram assassinados. Que se tornara órfã muito cedo e que sentia saudade do pai. Certo, da mãe também, mas nem tanto. Segundo a menina da história ela não se dava bem com a mãe. Elas viviam brigando e a mãe já tentara expulsar a filha de casa certa vez, mas elas se amavam.

Uma frase no fim da folha chamou a atenção da menina. Ela se aproximou e limpou as lágrimas que escorriam dos olhos para ver melhor. Estava escrito muito pequeno, em cima de algo riscado.

E a única coisa que restou foram as malditas lembranças e o frasco velho do vidrinho de mamãe. Ainda me lembro de quando sentia aquele cheiro adocicado que só mamãe tinha e saia correndo para a porta, para vê-la chegando acompanhada de meu pai.”

A menina sacodiu a cabeça. Aquela personagem era muito mais diferente do que ela imaginava ser. Pegou novamente a caixa para guardar o caderno, mas algo lhe chamou a atenção: Tinha realmente um frasco de perfume dentro dela.

Ela parou para pensar: A personagem da história descrevia aquilo muito bem. A autora descrevia aquilo muito bem, como se já estivesse vivido aquilo. Como se aquilo houvesse feito parte de sua vida. Então... Aquela garota da história era ela. Aquela história era a dela. Os pais dela haviam morrido de verdade. Ela só tinha o irmão.

E meio que as coisas meio que fizeram sentido. No álbum de fotos tinha uma foto de uma mulher e um homem com duas crianças, onde Thalia sentiu calafrios pelo corpo. Annabeth havia dito que aquilo ali tinha coisas que Thalia odiava lembrar.

Então... Precisava comprovar. Pegou o perfume e o abriu. De certa forma, se aquele fosse realmente o perfume de sua mãe, teria o cheiro adocicado que a história se referia. Ela espirrou-o em sua frente e colocou a cabeça para cheirar.

O cheiro entrou em suas vias respiratórias, deixando o gosto adocicado em sua boca. Realmente aquele era o perfume. Ela estava voltando o vidro de perfume para a caixa, quando sentiu que algo estava apertando seu pescoço, deixando-a com falta de ar.

Seu corpo ficou leve. Soltou o vidro de perfume, que foi em direção ao chão, fazendo barulho. Começou a tossir. Tossia muito. Estava com tosse e falta de ar, dois sintomas de asma.

Aos poucos, tudo se transformou em um borrão. Pontinhos pretos começaram a aparecer em sua visão e perdeu os sentidos, cedendo à escuridão. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? NÃO ESQUEÇAM DOS REVIEWS GALERO RADICAL!
e leiam a fic minha e da Lu, já disse ç.ç



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