(Im)memorial escrita por Giovanna


Capítulo 17
Epilogue


Notas iniciais do capítulo

NÃAAAAAAAAAAAAAAO é uma miragem! Eu voltei. Desculpem demorar todo esse tempo. Sério. Não foi intencional. Obrigada a todas as leitoras que se preocuparam comigo, que me mandaram mensagens privadas. Vocês são pessoas maravilhosas! Por meio desta nota, também, digo-vos que meu bloqueio passou! Já estava passando desde julho, mas agora é oficial: passou completamente.
É... Esse foi o último capítulo de (Im)memorial. Eu vou sentir uma saudade danada dessa fic, até porque foi a que me ajudou a crescer. Eu agradeço todaaaaaaaaaas vocês que me acompanharam desde o começo e esperaram pacientemente tooooooodo esse tempo para ter essa postagem. Acreditem: se não fosse por vocês, não haveria (im)memorial, não haveria Gi_Vernice, não haveria nada. Nós somos fortes juntas.
Digo também que temos quase 9 meses de fic! Quase 9 meses que eu comecei a postar... Mudei em alguma coisa? hehe.
Mas sério... Obrigada. Isso daqui é de vocês. Nada é meu. A fic só chegou no que é hoje por causa de vocês. Por causa da paciência, da ajuda e do carinho de vocês.
Eu não vou postar o bônus que eu tinha dito. É. É melhor deixar a curiosidade no ar.
Enfim... Lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/188271/chapter/17

Era engraçado ver o vento soprando no seu rosto e ver os pássaros cantando depois de brincarem um com o outro no infinito céu. Ah, é verdade. Outra coisa que ela também adorava admirar: o céu. Aquilo era tão imenso, tão gigante, tão sutil, tão... Simples. Aquele brilho ofuscante do Sol como se seus raios fossem visíveis no céu.

Aquilo era tão diferente dela... Quem imaginava que uma garota tão complexa, tão... Decidida teria de mudar a força? Teria que amadurecer. Teria que deixar de ser uma criança para se tornar uma adulta. Teria que se formar no colégio, teria que escolher a profissão, teria que fazer a escolha certa e ser aceita no seu primeiro emprego. Quem diria que alguém que tinha pouco mais de 16 anos viraria uma mulher. Viraria gente grande. Viraria Thalia Grace, honrando o próprio sobrenome.

Thalia Grace nunca fora a garota mais comum do mundo. Sempre fora muito rebelde, amava quebrar regras, amava fazer tudo o que poderia fazer de errado. Nico di Ângelo nunca foi, também, aquilo que podemos chamar de garoto certinho e bonzinho, com as melhores notas no colégio e cumprindo todas as regras, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo. Percy Jackson sempre fora o lerdo. Nunca percebia nada e sempre era o último a descobrir as coisas que aconteciam entre os amigos. Annabeth Chase sempre fora a inteligente demais, a fofa demais, a calada demais, a inocente demais. Aprendera a ser diferente com Thalia, Nico e Percy, os quais a fizeram notar que o mundo não é a maior maravilha do mundo e que, pra você chegar até o topo, você precisará cair várias vezes e passar por cima de algumas coisas, não pessoas.

Entre humildade, diferenças e batalhas, acabaram formando uma amizade inabalável e inquebrável. Thalia não se via sem Annabeth e Percy não se via sem Nico. Amizade vai, amizade vem e acabaram por se apaixonar entre si. Percy por Annabeth, Nico por Thalia. Provavelmente, o último casal era o mais improvável. Brigavam o dia todo, não se suportavam. Não aguentavam mais separá-los de uma briga. Eram totalmente opostos e só havia uma coisa que realmente tinham em comum: o medo de admitir que se amavam.

– Cara, eu tô saindo daqui. – Nico di Ângelo disse, com a mão na nuca, olhando para Percy, que apenas sacodia a cabeça, como se não aceitasse aquilo que estava ouvindo.

– Você vai fazer o quê?

– Eu vou embora dessa casa. Escuta, não dá. Uma hora a gente precisa crescer, precisa sair pro mundo, precisa viver a vida. Não vamos viver aqui dentro dessa casa pra sempre, não vamos viver entre amigos para sempre. Daqui a pouco você vai se casar com Annabeth e não será nada bom.

– Você vai o quê? – Thalia estava escorada na porta e olhava para as costas de Nico, como se fosse fuzilá-lo. Ao ouvir a voz da namorada, o garoto fechou os olhos e virou-se lentamente até deparar-se com um par de olhos azul-elétrico o encarando profundamente. – E então, di Ângelo? Você vai fazer o quê?

– É, Thalia. Eu vou para longe. De novo.

– Sabe, eu acho muito engraçado isso. Sou sua namorada e sou a última a descobrir isso.

– Como sabe que é a última?

– Annabeth é sua melhor amiga. Ela sempre será a primeira a descobrir as suas decisões. Percy também. Sobrou quem? Ah é. A tolinha da sua namorada que não sabe por que ainda acredita que pode ser a primeira a descobrir tudo.

– Para, Thalia. Não fala assim. Você sabe que, se as condições permitissem, você seria a primeira a descobrir.

– E TEM CONDIÇÕES, NICO? ME CONTE-AS, PORQUE EU NÃO TENHO A MÍNIMA IDEIA DE QUAIS SÃO.

– Você surtar. Essa é a condição. Você está surtando. Era por isso que eu não ia te contar de imediato.

– Eu estou bolada porque você não confiou em mim! Você não quis me contar por medo que eu me revoltasse com você mesmo sabendo que eu abomino mentiras! Di Ângelo, obviamente eu não estou te reconhecendo. O que mais você esconde de mim? Tem alguma outra namorada em algum outro lugar por aí?

– É claro que não, Thalia! Eu amo você!

– Quem ama, Nico, não mente e nem omite nada. Não usa o amor pra alguma desculpa. – Thalia se deu conta que grossas lágrimas estavam caindo de seus olhos e sua visão já estava ficando embaçada. Sentia suas pernas começarem a bambear e não se sentia bem.

– Thalia, por favor... Para com isso. Entenda o meu lado, eu só...

– Eu não quero saber, Nico. Eu não quero saber de nada, na verdade. Da próxima vez, tenta aprender que relacionamentos não se constroem com base de omissões ou de mentiras. – Thalia virou as costas e subiu as escadas sem dizer e nem ouvir mais nenhuma palavra.

Abriu a porta do quarto e se jogou na cama, como se fosse um zumbi. Sentiu um peso extra nas suas pernas e se deu conta que era Annabeth e que esta estava fazendo cafuné em sua cabeça. Thalia relaxou e deixou as lágrimas descerem mais ainda, querendo apenas dormir até que tudo aquilo passasse, mas sabia que uma garota grande não faria isso.


Meses se passaram. Com eles, Nico se foi, Thalia foi para Londres, Annabeth e Percy romperam, Katie e Travis também, Percy se afastou de todos e começou a andar com outras pessoas, Silena e Charles romperam também, a menina se tornou fútil e o garoto sumiu. Cada um tomou novos rumos em sua vida, cada um descobriu uma nova vida. As únicas que continuavam a manter contato eram Katie Gardner e Annabeth Chase. Talvez por necessidade, talvez por tentarem manter a amizade que tinham antes e fazê-la crescer.


Não sabiam por onde andavam, não entendiam por que não se viam mais. Não saberiam explicar como se afastaram tão rapidamente, como cada um fez a escolha errada ou certa pra sua vida e por que sofriam tantas consequências como aquelas. Não se viram mais, não riram mais juntos, mesmo que as coisas continuem do mesmo jeito que eram antes. E era complexo tudo isso, talvez até fora do normal, já que não compreendiam as desculpas que a vida lhes colocava. Não entendiam porque, depois de tantos e tantos anos, tudo aquilo havia acontecido e mudado. Sentiam falta uns dos outros. Nenhum novo amigo ocuparia aquela solidão. Eram coisas que jamais seriam completadas de novo... A não ser que fossem pelas mesmas pessoas.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acabou. É oficial agora. E aqui nós fechamos quase nove meses de fic. E que venha mais uma temporada gigante recheada de novidades para vocês!
Beijos. Amo MUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO vocês. Sério msm.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "(Im)memorial" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.