(Im)memorial escrita por Giovanna


Capítulo 16
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Hey (: Eu demorei dms, né? É, eu sei. Fazem quase um mês que eu não posto. Mas sério! Eu tava A T O L A D A de trabalhos, provas, lições de casa, fora os problemas pessoais, né? Nesse meio tempo, eu tentei escrever váaaarias vezes, mas não saia nada. Eu não conseguia, porque tinha outras preocupações em mente e algumas de vocês sabem: Eu gosto de escrever quando não estou preocupada com nada, para só me preocupar com isso.
Esse capítulo ficou fofo, até. Esclarece muita coisa.
Outra coisa também: Eu não queria terminar essa fanfic. Eu me apeguei tanto a ela que aproveitei tudo o que eu tinha pra fazer para não escrever esse último capítulo.
Pensei em falar para vocês que eu ainda não ia terminar e que ia expandir ainda mais, mas eu sei que não dá. Não posso continuar mais com ela. É como se fosse uma planta. Se ela ficar presa a um vaso pequeno, ela não cresce. Eu preciso crescer, escrever outras fanfics e tudo isso aí.
Mas IM não terminou, não é? Tem mais o epílogo, um bônus e ainda uma futura segunda temporada que, provavelmente, vou postar semana que vem ou na outra ainda, junto com meu outro projeto.
No outro capítulo eu prometo que escrevo os agradecimentos para fazer vocês felizes (:
Rs.
Enfim, vou parar de enrolar, porque eu tô quase chorando k.
Até lá embaixo e boa leitura.



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Thalia jogou o livro na mesa da professora e saiu correndo da sala de aula, batendo, sem querer, o ombro no ombro do garoto que estava parado na porta com uma mochila nas costas e um sorriso debochado que costumava ter.

Ela virou o corredor e acabou sendo jogada no chão, caindo sentada. Havia trombado em alguém muito mais alto que ela e mais forte também. Levantou-se rapidamente, e bateu na testa ao ver em quem havia trombado: No irmão.

- Thalia? Você tá bem?

- Tô, Jason. Tô. Agora dá licença? Eu preciso correr. Se alguém perguntar de mim, você não me viu e esse nome é estranho a você. Fui. - Não ouviu o que o irmão disse por que, quando ele se certificou que havia sido ela que estava ali, já estava muito longe.

Aquela era a primeira vez que havia percebido o seu talento para correr. Chegou ao pátio do colégio ofegante e encontrou Annabeth sentada embaixo de uma árvore, lendo e Travis ao seu lado, trocando mensagens no celular com alguém que Thalia suspeitava ser Katie. A menina estava pensativa e ria de alguma coisa que lera. Thalia olhou para os dois lados e correu até os dois, se jogando ao lado de Annabeth, o que fez a loira se assustar.

- Que susto, Thalia.

- Você sabia que Nico voltou, Annabeth?

- Essa era a sua surpresa e de Katie, Travis? – Annabeth se virou para ele, que deu um sorriso culpado.

- Vocês três, principalmente você e a Katie, me pagam. – Thalia disse, se levantando.

- Por que apenas nós sabíamos que Nico ia voltar? Não seja criança, Thalia. Fazia parte da surpresa.

- Vocês são idiotas ao ponto de tentar fazer uma surpresa não dar certo, não é? – Thalia retrucou ao mesmo tempo em que o sinal tocou, anunciando que o período havia terminado.

Annabeth acenou para um ponto atrás de Thalia, que nem precisou virar. Seu pescoço foi abraçado por um urso chamado Percy Jackson, fazendo-a rir e passar um pouco a tensão que estava. Esticou os braços para trás, deixando a mão esquerda no cabelo do amigo, o puxando.

- Você está agressiva hoje.

- Não estou não, Percy. – Respondeu, quando Percy já estava sentado do lado de Annabeth e selava seus lábios ao dela.

- Isso tão foi uma pergunta, Thalia.

- ESPERA! – Charles veio correndo, jogando a mochila na barriga de Travis que urrou de dor.

- Estamos esperando. Agora fala o que quer e não me mate. – Travis retrucou, fazendo uma careta.

- É verdade aquilo que eu vi? Nico di Ângelo está realmente de volta? Em carne, ossos e...

- Muita gostosura? É. Podemos dizer que é verdade. – Nico disse, atrás de Thalia, que fechara os olhos involuntariamente ao ouvir a voz do garoto. Todos viraram para trás, dando de cara com o garoto que sorria. Bom... Todos, menos Thalia.

Annabeth foi a primeira a esboçar alguma reação. Sentiu as lágrimas escorrendo por sua face ao ver o amigo ali, de volta. Correu até ele, mas não o abraçou. Deu-lhe uma série de tapas no braço e no ombro, fazendo-o reclamar.

- Para, Annabeth! ANNABETH! – Segurou os braços da amiga, que continuava chorando.

- Você é um verdadeiro idiota por ter saído de casa sem falar para ninguém. Um idiota. E eu odeio você!

- Odeia?

- Não. – A menina fez bico e o abraçou. Percy, Travis e Charles foram os próximos da lista. Rachel, Katie e Silena já haviam o abraçado e estavam em um poço de lágrimas, igual Annabeth. Não acreditavam que o garoto deles! O mais novo e o mais chato deles estava de volta. Depois de vários meses sem ele, depois de uma grande falta ele estava ali: Em carne e osso e, como ele mesmo disse, em muita gostosura.

Enquanto todos se abraçavam e comemoravam a volta de Nico, Thalia havia se afastado. Caminhara até o outro lado do pátio, onde ainda era possível ver toda aquela cena, e sentou-se virada para todos. Procurou o celular no bolso e o tirou de lá. Acabou apertando nas imagens.

Suspirou. Aquilo fazia tanto mal a ela quanto uma droga fazia a qualquer pessoa. Quer dizer, num álbum onde quase todas as fotos são de um garoto que ela não lembrava, mas que sentia que amava muito, não faria realmente bem a ninguém.

Nunca tivera coragem de apagar aquelas fotos. Já tentara várias vezes, mas sempre algo mais forte que ela tirava essa ideia de sua cabeça.

Levantou-se rapidamente ao sentir uma lágrima caindo e foi em direção ao banheiro. Tentou correr, mas seu braço foi segurado mais uma vez. Virou-se para trás e deu de cara com Luke. Bateu na testa. Quantas vezes ia ter que dizer para ele que não gostava dele?

- Luke, me solta, por favor?

- O namoradinho voltou, Thalia?

- Não é da sua conta. Me solta.

- E se eu não soltar? – Apertou mais o braço da menina, que a fez olhar assustada. Pela segunda vez naquele dia foi puxada pela mesma pessoa, mas, diferente da primeira vez, foram para uma sala vazia, que Thalia identificou como a sala de literatura.

- O que quer, Luke? Fala.

- Eu quero que você namore comigo ou o seu namoradinho vai sofrer.

- E você vai fazer o quê? – Thalia disse, o desafiando. Cruzou os braços, mas recuou ao ver o olhar maníaco de Luke.

- Quer mesmo saber, princesa? – Ele segurou os braços dela, olhando os lábios dela. Como se alguém ouvisse os gritos interiores de socorro que ela dava, a porta foi aberta e, no segundo seguinte, Luke estava do outro lado da sala, no chão.

- POR QUE VOCÊ NÃO TENTA SE METER COM ALGUÉM DO SEU TAMANHO E FORÇA? – Travis berrou, fazendo Thalia se assustar.

Luke se levantou e caminhou até Travis, ficando a pouquíssimos centímetros dele. Thalia engoliu em seco. Correu e puxou Travis, que a empurrou para trás sem muita força, mas o suficiente para ela cair em cima da perna e urrar de dor. Travis não tirou os olhos de Luke.  

- HEY! TRAVIS, PARA! – A porta foi aberta por uma segunda vez, ao mesmo tempo em que Thalia (que estava impotente porque estava sentindo dor) gritava, revelando Silena, Katie, Annabeth, Rachel, Percy, Nico e Charles.

- Por que estão brigando? – Nico disse ao segurar Travis e empurrar Luke, que bateu as costas.

- ELE IA MACHUCAR A THALIA. NICO, ME SOLTA. DEIXA-ME ACABAR COM A RAÇA DELE! NA VERDADE, VOCÊ DEVERIA FAZER ISSO! É A SUA GAROTA. – Disse, se debatendo.

- É a minha garota – (Thalia corou com isso) – Mas, se você ou alguém machuca-lo, vai ser pior. Desencana Travis. Não vai bater em um idiota feito ele. Kay leva teu namorado pra dar uma volta, porque tá difícil. – Nico empurrou Travis em direção a Katie, que o segurou pelo braço e o arrastou para fora da sala.

- Hm! O fantasma acabou de voltar e acha que pode ficar mandando em alguma coisa.

- Se liga, amigão. Não vou perder meu tempo com você. Toma teu rumo, vai fazer o teu caminho. Vai passear. – Nico apontou para a porta e Luke continuou ali, parado, olhando para ele e para Thalia, que havia levantado, escorada em Annabeth.

- Não vai bater? É exatamente isso que frouxos fazem. Pessoas do seu tipo têm medinho de apanhar.

- Pessoas do meu tipo não gostam sujar as mãos com pessoas do seu tipo. – Nico disse, secamente.

- Pessoas do tipo da Thalia fazem escolhas muito ruins relacionadas ao tipo de pessoas que escolhem. – Luke disse, antes de sair da sala e bater a porta.

Nico deu um soco na mesa, fazendo os que ainda se mantinham na sala, se assustarem.

- Você tentou manter a calma... Impressionante. – Annabeth observou.

- Têm coisas que valem muito mais do que sair estapeando todos por aí. – Thalia teve uma pequena impressão que aquilo que Nico havia acabado de dizer era uma indireta bem direta para ela.

- Tá tudo bem, Annie. Eu só caí em cima da perna. Tá tranquilo. Já estou bem de novo. – Thalia disse ao chegarem ao pátio, após anunciar que era o intervalo das turmas.

- Tem certeza?

- Absoluta. Agora vocês podem ir? Eu preciso ter uma séria conversa com alguém. – Thalia disse, apontando com a cabeça para a porta, olhando fundo para Annabeth, que assentiu e puxou Percy, sendo seguido por Silena e Charles.

Olhou para Nico, que estava olhando para o chão. Respirou fundo diversas vezes e se aproximou dele, sentando a duas mesas de distância dele.

- Por que você foi embora sem falar para ninguém?

- Estava cansado de tudo. De toda essa rotina, de toda essa pressão que tinha aqui.

- E por causa disso abandonou tudo o que você já tinha construído aqui, deixar para trás todas as pessoas que amavam e amam você por causa de que você cansou? Você cansou dos seus amigos, Nico di Ângelo?

- Você sabe que entendeu errado, não sabe?

- Eu entendi errado? Então me explica o certo, porque tá difícil.

- Fui por causa de você, coisa lenta! Você implicou demais. Você brigou demais. Tivemos tantos problemas que eu já estava explodindo.

- Então agora a culpa é minha...

- Escuta, Thalia. Você pode deixar de ser mimada? Não é nada disso. Só não aguentava mais você desse jeito aí desde que havíamos brigado.

- Sempre fomos assim, Nico. Sempre. Nunca mudamos. Nascemos para viver brigando um com o outro. Sempre fizemos isso, não foi?

- Como você... Espera. Você lembrou?

- Eu sempre soube, Nico. Desde o começo de tudo.

- Como?

- Nico, eu não perdi toda a memória. Quer dizer, foi parcial. Eu se lembrava de algumas coisas. Digamos que isso foi um teste.

- Um teste? Thalia, você estava me testando? E você queria o quê? Que eu rastejasse até você? Então você pensou errado. Você agiu da pior forma possível e foi mais criança do que já conseguiu. – Nico se levantou, caminhando até a janela, prova exata que estava com raiva. Thalia desarmou.

- Hey... Você vai ficar chateado? Magoado? Com raiva? Não faz isso, sabe? Eu... Amo você. Olha pra mim. – Thalia disse, tocando levemente o rosto de Nico. – Eu amo você. Isso não mudou nada. E... Escuta. – Ela se aproximou mais, ficando a centímetros do rosto de Nico. – Você passou no teste. – Depositou um beijo nos lábios do garoto e virou as costas, mas foi puxada, selando os lábios mais uma vez ao do garoto.

Não se sabia dizer quanto tempo ficaram ali e também não se importaram com isso. O que realmente era importante era que, agora, tudo havia se resolvido. Tudo havia dado certo e, finalmente, estava tudo normalmente, como sempre deveria ter sido.

Parando para pensar... Não. Tinha que haver alguma briga, algum problema que provasse que realmente se amavam. E se amavam mais do que qualquer pessoa poderia realmente provar. Nada poderia separá-los. Afinal eles eram Thalia Grace e Nico di Ângelo. Eram os mais difíceis, os mais complicados, os mais problemáticos e os mais incompletos que poderiam existir. Mas juntos? Eram completos. 


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Notas finais do capítulo

Vão encarar ler o textão que eu escrevi lá em cima? hehe.
Beijos.



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