My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 50
49-Goin' down [Pt. 2]


Notas iniciais do capítulo

JÁ ESTAMOS NO CAPÍTULO 50, CONTANDO COM O PRÓLOGO *corre*
Que falta de vida social a minha. Quequeisso, minha gente.
Enfim, a boa notícia é que a minha cabeça está cheinha de novas ideias! O próximo capítulo já está até pronto! Pretendo postar ou amanhã ou no sábado.
Bom, como aquele final do capítulo passado foi doloroso (-q), vou deixar vocês lerem.
Enjoy!



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...

Nada aconteceu.

Ouvi um baque surdo e alguns gritos abafados. Abri lentamente os olhos e não havia mais arma nenhuma apontada em minha direção, nem mesmo Zacky e Kyle estavam em pé em na minha frente. Pelo contrário, os dois estavam jogados no chão, sendo segurados por Bob e Ray, respectivamente. Cutuquei Frank para que ele abrisse os olhos também e, como eu, ele se surpreendeu ao ver a cena estranha e diferente.

–Bob?! Ray?! Vocês estavam aqui?!

–Estávamos, agora FAÇAM O FAVOR DE CHAMAR A POLÍCIA, PORQUE NÓS ESTAMOS FAZENDO UM CERTO ESFORÇO PRA SEGURAR OS DOIS AQUI!

Frank correu para um lado e pegou o celular para fazer o que Bob tinha mandado. Eu permaneci estático ali, mas me movi rapidamente ao ver que Kyle estava quase alcançando a arma que havia deslizado de sua mão. Peguei-a e peguei a arma perto de Zacky também. Os dois me lançaram um olhar fulminante, que eu ignorei. Frank foi para o meu lado, com o celular na mão.

–Já avisei pra polícia. Eles vão vir para cá em pouco tempo.

–Acho que podemos segurar esses dois por mais um tempinho. – rosnou Bob, segurando Zacky ainda mais forte. Ele bufou e nada disse, apenas se retorceu, ainda tentando se livrar do aperto de Bob. Ray parecia não estar tendo problemas com Kyle, afinal, ele sempre foi fraquinho. De repente, a porta se abriu. Fiquei esperançoso, achando que era a polícia, mas era Lindsey.

–Lindsey?! O que está fazendo aqui?! – indaguei. Ela abriu a boca ao ver Kyle no chão.

–Eu... Eu... – ela desviou o olhar de Kyle e passou a olhar para mim – V-você me ligou... E mandou eu vir pra cá... – disse ela, franzindo a testa.

–Eu?! Eu nunca te liguei! – comecei a entender – Foi você, não foi, Kyle? – falei o nome dele com um toque de nojo na voz.

–Foi sim. – disse ele, admitindo na maior cara de pau. Lindsey boquiabriu-se, mas nada disse. Frank me abraçou de lado e eu pus meu braço em volta de seus ombros. Não sabia por que ele havia feito isso, mas não discuti. Lindsey se aproximou de nós.

–Então você é o famoso Frank? – ela sorriu – O Gee fala bastante de você.

–Bem, eu espero. – replicou ele, com um sorriso cínico nos lábios. Dei-lhe uma cotovelada, mas ele fingiu não notar.

–Ora, claro que era bem! Ele te ama muito, Frank. Você tem sorte de ter ele...

–Eu sei. – seu tom era gélido – Eu também amo ele. E muito.

Ela sorriu, genuinamente feliz. De repente, a porta se abriu novamente e entraram os policiais, tomando o controle sobre Kyle e Zacky. Um dos policiais veio até nós e perguntou o que houve. Contei-lhe a história resumida e Frank contou o que aconteceu antes de eu chegar:

–Eu estava andando na rua, até que ele me pegou e me levou para cá dentro de um carro. Ele me prendeu e me amordaçou ali... – ele apontou para a cadeira caída no chão – E eu fiquei preso até o Gerard, o Bob e o Ray virem me salvar.

–Você teve muita sorte, menino. – disse o policial, se virando para mim – Podia ter morrido. Você e seus amigos.

–Sabemos, sentimos muito. – disse Ray, que se aproximou juntamente de Bob.

–Não tem problema, o que importa é que vocês estão vivos. Com certeza, esses dois vão pegar um tempinho na cadeia, mas receio que terão que ir ao julgamento. Tem algum problema para vocês?

Fizemos que não, o que era verdade.

O policial se afastou para ajudar os outros a prendê-los. Ray e Bob se viraram em direção a Lindsey.

–Prazer. Eu sou o Ray. – disse a palmeira – E esse é o Bob.

–Foram vocês que salvaram o Gerard?

Antes que eu pudesse dizer algo, Ray assentiu.

–Aw, muito obrigada! – ela beijou a bochecha dos dois. Bob franziu a testa, mas nada disse. Já Ray ficou todo maravilhado.

Oferecido.

–Não, sério, obrigada por salvarem o Gee e o Frank! Eu agradeço imensamente! Eu... Ah!

–O que aconteceu? – indaguei.

–A... As... A-as contrações c-começaram... AI!

Ferrou.

Arregalei os olhos e abracei Lindsey de lado.

–Lyn-z, por favor, respire, ok?!

–E-e-ela tá em trabalho de p-parto? – gaguejou Frank, assustado.

–Não, não! Ela está fingindo! – retruquei, um pouco agressivamente.

–D-desculpa, Gee... Eu só queria ajudar.

–Cala a boca, ok, Frank? Você não tá ajudando!

Vi tristeza e vergonha passar por seu rosto, mas não me importei na hora.

–Vamos lá, Lindsey, respira fundo e fique calma, nós já vamos para o hospital.

Um dos policiais que havia notado a situação de Lindsey nos levou até a viatura dele e dirigiu rapidamente até o hospital. Ao chegarmos, agradeci com rapidez e entrei no hospital com Lindsey, sendo seguido por Bob, Frank e Ray. Ela foi levada para dentro enquanto nós quatro ficamos na sala de espera, aguardando ansiosamente.

Pelo menos eu estava ansioso.

Frank, que havia se sentado o mais longe possível de mim, olhava para a janela com os braços cruzados e uma expressão emburrada. Só aí notei novamente seu corte e seu olho roxo. Afastei Bob e Ray um pouco, que conversavam entre si, e chamei o nome de Frank. Ele me ignorou. Aproximei-me dele.

–Hey, não quer ir lá cuidar desses machucados?

–Não, obrigado. – rosnou ele, com a voz gélida. Surpreendi-me ao ouvir esse tom mais uma vez, me lembrava a época em que nós queríamos nos matar.

–O que foi que aconteceu? – indaguei.

–Nada. – sua voz continuava fria. Lembrei-me subitamente de meu tom quando falei com ele no galpão abandonado.

–Ah, desculpe por aquilo, eu estava meio tenso.

Ele assentiu e continuou a encarar a janela. Suspirei fundo.

–Sério, Frankie, desculpa. Eu me arrependo muito de ter feito aquilo com você, por favor, perdoe-me.

Ele suspirou fundo e me olhou.

–Aquilo machucou, sabia? – murmurou ele tristemente. Acariciei seu rosto.

–Eu sei, me desculpe. Vai me desculpar?

Ele pareceu pensar por um minuto, até que se aproximou e me beijou.

–Claro. Eu te devo a minha vida agora, Gee. A você, a Bob e a Ray. Muito obrigado. Todos vocês.

Abri um sorrisinho tímido.

–Eu não fiz nada...

Nada?! Gerard Way, você salvou minha vida! – replicou ele, com a voz indignada. Ri baixinho e dei de ombros.

–É, talvez.

–Não, com certeza. Vamos, eu vou cuidar do meu olho e do meu corte. – ele levantou da cadeira, sorrindo e me puxando junto. Acompanhei-o até a recepcionista, que nos encaminhou até uma médica que o atendeu prontamente. Ela costurou o corte em poucos minutos e, segundo Frank, não havia doído. Ela pôs um saco de gelo no olho direito e passou uma pomada, melhorando um pouquinho a aparência arroxeada. Enquanto ela pegava a receita para os remédios, ela nos mandou esperar um pouco. Sentei-me ao seu lado na maca e observei o corte fechado em sua testa.

–Desculpa... É tudo culpa minha... Se eu não tivesse namorado Lindsey, nós nem estaríamos aqui.

Ele riu amargamente.

–Provavelmente eu estaria aqui, mas só por causa do Zacky.

–Você é inacreditável. Arranja qualquer motivo para se meter em confusão. – ri baixinho.

–Arranjo mesmo. – admitiu ele, corando levemente. Gargalhei alto, sendo acompanhado por Frank.

Era bom rir depois de tudo o que passei naquele dia.

–Você me preocupou... – comentei, distraidamente.

–Sinto muito. Tentei tranquilizá-lo com a mensagem, mas acho que não funcionou... – ele fez uma careta – Eu estava um pouco desesperado.

–Com toda razão! Aqueles dois iam te matar, Frankie! Falando nisso, obrigada pela mensagem, ajudou bastante. – ri baixinho. Ele deu de ombros.

–Era o máximo que eu podia fazer, afinal, minhas condições não eram muito boas.

Olhei mais uma vez para o seu machucado, com certa dor no peito. Acariciei seu machucado levemente.

–Desculpe por isso.

Ele segurou meu pulso.

–Não é culpa sua, Gee.

–É sim, eu deveria ter chegado mais cedo, eu... Ah Frankie, me desculpa. – enchi seu rosto de pequenos beijos antes de beijar longamente seus lábios. Tive que beijá-los com todo o cuidado do mundo, pois eles também estavam levemente cortados. Fiquei com medo de machucá-lo mais ainda, e ele deve ter percebido isso, pois deixou de lado todo o cuidado e sugou meus lábios, só para me provocar. Separei-me dele e franzi a testa.

–Seu idiota, você está machucado! – dei um soco de leve no seu braço, rindo baixinho.

–Eu sei. – ele sorriu antes de tomar meus lábios da mesma forma do que antes. Porém, eu não consegui fazer nada para lutar contra isso... Pra falar a verdade, no fundo, eu nem queria lutar contra isso.

Poucos minutos depois, aconteceu o que eu temia: seus lábios começaram a sangrar de novo. Suspirei em desapontamento.

–Falei que isso ia acontecer. – apontei vagamente para os lábios de Frank. Ele fez uma leve careta de dor, mas nada disse. Ri baixinho e me aproximei dele novamente, passando minha língua levemente por seus lábios e sentindo o gosto metálico de seu sangue. Ele tremeu um pouco e se afastou após alguns minutos, sorrindo levemente. Era óbvio que ele não havia entendido nada, mas estava gostando. Senti seus dedos se entrelaçarem em meus cabelos enquanto ele me puxava para mais um beijo. Porém, fomos interrompidos, pois, de repente, a mesma médica que havia cuidado de Frank apareceu, parecendo um pouco afobada, mas feliz.

–O bebê daquela menina acabou de nascer.


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Notas finais do capítulo

Argh, estou me segurando pra não postar o próximo logo! Acho que vou ter que postar amanhã mesmo.
Que raiva -q Não sou forte o suficiente -q
Anyways, eu não revisei por pura preguiça (admito), portanto, desculpa qualquer erro.
E desculpa se ficou muito meloso. Eu gosto de coisas melosas.
Beijo -q