My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 17
16-I'm sorry


Notas iniciais do capítulo

Acho que vocês vão gostar desse capítulo *-* Não vou contar o porquê, né, olha os spoilers. Mas eu acho que vocês vão gostar bastante *u*
Falando nisso, pelo que eu vi, tem algum(a) leitor(a) novo(a) aqui '----------' Apareça, não seja tímido(a) que nem eu sou *u*
Bom, enjoy!



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Acordei em um hospital, no dia seguinte.

A cama onde eu estava sentado era meio dura, mas não era de todo desconfortável. O quarto era amplo e todo branco. Havia uma pequena mesa ao meu lado com um jarro com flores e um cartão de melhoras, provavelmente da minha mãe e de Evelyn. No canto, havia uma TV de resolução boa. O quarto era iluminado pelo sol e, de noite, era fracamente iluminado pela lâmpada que pendia do teto. O chão era reluzente e limpo, bem diferente daqueles hospitais públicos. A sala era perfumada, com um cheiro enjoativo de rosas. Ao meu lado, haviam algumas máquinas e uma que fazia um bip-bip-bip irritante. Olhei para o meu braço e vi agulhas e, obviamente, alguns cortes já costurados. Passei a mão em um deles e gemi de dor.

-Doeu, meu bem? – disse uma voz ao meu lado. Era minha mãe.

-Mãe... – balbuciei, com a voz fraca.

-Não diga nada. – ela pôs o dedo levemente sobre os meus lábios e passou a mão nos meus cabelos – Ah, Frankie, mil desculpas. Eu não sei o que eu fiz para você, mas saiba que eu me arrependo muito muito mesmo.

-Não é culpa sua...

-É sim! Ah, se eu tivesse dado mais atenção para o seu pai, talvez ele não estivesse indo embora...

-Mãe...

-... E você não estaria aqui! Ah, meu deus, isso é tudo culpa minha, eu não dei atenção à você e nem ao seu pai suficiente...

-Mãe, escuta. Eu acho ótimo que você não tenha dado atenção a ele, a culpa não é sua. É só que... Tem muita coisa acontecendo na minha mente, entende? Eu... Eu só não queria ter que lidar com isso mais.

Minha mãe suspirou.

-Frankie... Por favor, nunca mais faça isso. – ela começava a chorar. Aquilo me destruiu por dentro, eu não queria ver aquilo. Ver minha mãe chorar era como um pesadelo.

-Desculpa. Eu não faço mais isso, mãe. Prometo. – tentei sorrir, mas não consegui. Ela assentiu, limpando o rosto.

-Sr. Iero, tem visita para você. – disse a recepcionista gordinha que entrou no meu quarto.

-Ah, pode deixar entrar.

-Vou dar licença a vocês. – disse minha mãe, saindo do quarto. Olhei para a porta que se abria e vi ele.

O que ele está fazendo aqui?

-X-

POV Gerard

Ao chegar em casa, desmaiei de cansaço e dormi profundamente até as seis e dez da manhã. Ao acordar, me vesti e desci para tomar o café da manhã.

-Bom dia, querido! – exclamou minha mãe, feliz.

-Bom dia, filho. – disse meu pai, sonolento, lendo o jornal.

-Bom dia... – murmurei, sentando-me ao lado de Mikey, que tinha dificuldade para abrir uma caixa de cereal.

-Bom... Dia... Gerard! – disse o baixinho, ainda tentando abrir a caixa.

-Deixa eu te ajudar.

Abri a caixa sem dificuldades.

-Obrigado, Gerard! – exclamou ele, felicíssimo.

-De nada. – respondi, sem humor algum.

-Filho, aconteceu alguma coisa? – perguntou minha mãe, pondo panquecas no meu prato – Você está com uma cara de sono que não lhe é comum.

-Dormi mal a noite passada.

-Aposto que foi porque chegou tarde em casa. – censurou-me meu pai.

-Donald, deixa ele em paz... – disse minha mãe, revirando os olhos.

-Ok, ok. De qualquer forma, vê se melhora essa cara de sono, filho. Você tem aula.

-Eu sei, vou tentar melhorar.

Terminei de comer, levei os pratos para a cozinha e chamei Mikey para irmos.

-Até mais tarde. – disseram minha mãe e meu pai.

-Até. – murmurei.

-Tchau mãe, tchau pai! – disse Mikey, abraçando os dois.

-Até mais tarde, meu bem. – minha mãe sorriu e nós saímos andando lentamente, sem conversar.

Estávamos na metade do caminho, quando passamos perto do hospital onde o Iero estava internado. Senti uma vontade intensa de ir lá, eu sentia que alguma coisa iria acontecer se eu fosse lá. Alguma coisa boa.

-Mikey...

-Sim?

-Se eu fizer uma coisa... Você não conta aos nossos pais?

-Depende, o que é? – perguntou ele, desconfiado.

-Bom, tem um... Idiota da minha sala que está internado no hospital e eu queria ir lá ver ele.

-O Iero, não é?

-Talvez.

-Ok, vai lá ver seu namoradinho.

-Cala essa boca. Conseguiu encontrar alguma coisa sobre ele?

-Ainda não, mas estou procurando no sistema da escola, lá na internet.

Não queria nem saber que tipo de trabalho hacker ele estava tramando.

-Ok, ok. E aí, você não conta isso pros nossos pais?

-Mas Gerard...

-Eu te dou cinco dólares.

-Vinte.

-Dez.

-Quinze.

-Feito.

-Ok então, vai lá cuidar do seu namoradinho.

-Vai pro inferno, Michael.

Vi Mikey sair andando e rindo da minha cara ao mesmo tempo, em direção à escola. Olhei para esta última e dei de ombros. Faltar um dia não faz mal a ninguém.

Passei pelas portas automáticas do hospital. Era realmente muito chique. A sala de espera era bem ampla, com luminárias chiques no teto. Em um canto havia várias cadeiras estofadas e uma TV de plasma. Do outro lado, havia uma bancada com uma mulher baixa, morena e desanimada sentada, mexendo em um computador. Ela tinha cabelos encaracolados, usava batom vermelho e vestia um vestido azul claro. Quando eu entrei, ela me encarou com seus olhos negros nada agradáveis.

-Erm... Olá... – murmurei timidamente.

-O que você quer?

-Eu queria visitar o... O Frank Iero.

Ela puxou uma pasta de dentro de uma gaveta qualquer e procurou alguma coisa.

-Ok, siga-me. – disse a recepcionista. Ela se levantou de sua cadeira e foi até o corredor da direita. Segui-a o caminho todo. Entramos por vários corredores de paredes de um branco impecável, até que paramos em uma porta onde havia um pequeno 102 pregado. A recepcionista bateu na porta e informou ao menino:

- Sr. Iero, tem visita para você.

-Ah, pode deixar entrar.

-Vou dar licença a vocês. – ouvi a mãe dele dizer. Ao sair, ela sorriu para mim e disse:

-Obrigada por me ajudar na noite passada.

-Não foi nada. – tentei sorrir. Observei a Sra. Iero virar o corredor junto com a recepcionista, respirei fundo e entrei no quarto do Iero.

POV Frank

-Way? O que faz aqui? – perguntei, rudemente.

-Por favor, Iero. Não comece.

-Não comece o que?

-A bancar o idiota.

-Ah, sou eu quem estou bancando o idiota, sei.

Ele arqueou as sobrancelhas.

-O que você quer? – perguntei.

-Vim ver se você está bem, afinal, fui eu quem vi você jogado no banheiro.

-Foi você que me salvou?! Ah, mas se eu mato...

-Como assim?!

-Eu estava tentando me matar, ora essa!

-E por que você estava fazendo uma idiotice dessas, exatamente?

-Não é da sua conta. – bufei.

Ele suspirou fundo, impacientemente.

-Deixa eu te contar uma história muito rápida. Era uma vez, um garoto que era o maior idiota da escola. Um dia, ele caiu na real e, foi tão bruscamente, que ele tentou se matar. Ele quase conseguiu isso, se não fosse uma certa pessoa. Ele ficou com raiva dessa certa pessoa e, durante anos, não conversava com ela direito, mal olhava ela nos olhos. Porém, um dia, ele se arrependeu e começou a tentar se aproximar dele novamente.

-E o que isso tem a ver comigo?

-Tem a ver que esse mesmo garoto percebeu que existem coisas boas na vida pelas quais vale a pena lutar.

Ficamos em um silêncio pesado por longos minutos. Comecei a refletir.

Por que eu ajo assim com ele?

Porque ele é um idiota.

E por que ele é um idiota?

Porque ele não me entende.

Só porque ele não me entende ele é um idiota? Ray e Bob também não me entendem e não são idiotas.

É, mas... O Way não tem os mesmos gostos que eu.

Eu não sei.Eu não dei a chance para ele mostrar.

Comecei uma longa batalha contra a minha consciência.

Repito a pergunta: Por que eu ajo assim com ele?

... Porque eu sou um idiota.

O único idiota nessa história sou eu. Fui eu que não dei a chance para ele mostrar quem ele é. Fui eu quem se afastou antes de conhecê-lo.

Uma lágrima caiu dos meus olhos e o outro ficou assustado.

-Tá chorando por que?!

-Nada não.

Ficamos em silêncio por mais alguns minutos. Eu comecei a escolher minhas palavras com cuidado, até que quebrei o silêncio:

-Me desculpa.


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Notas finais do capítulo

Aeee Fromks vai deixar de ser um retardado imbecil com o pobre do Ger *todos comemoram*
Como os professores estão pegando leve com a gente (mais ou menos né >_>) eu estou conseguindo ter algumas ideias no meio das aulas e, todos os dias, não vejo a hora de chegar em casa pra postar pra vocês *-----------------* Bom, por hoje é só. Até o próximo o/