My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 16
15-I gave you blood


Notas iniciais do capítulo

Bom, tédio é isso aí: Você pensa "Puxa, tenho que escrever minha fic", e acaba saindo um capítulo bem legal, é.
E mano, antes de mais nada, o Ger tá concorrendo como "Hottest man" no NME *u* E a MCRmy tá concorrendo como "Best fan comunnity" *-----------------* Votem lá: http://www.nme.com/awardsvote
Ok, vou parar de falar e deixar vocês lerem. Enjoy!



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POV Gerard

Saí da detenção muito revoltado. Eu detesto o jeito como o Iero consegue entrar na minha mente e me forçar a dizer coisas que eu não queria!

Andei, não, corri até a porta de casa e fechei-a com força. Mikey estava sentado no sofá, jogando seu videogame. Ele rápidamente virou a cabeça em minha direção ao ouvir o barulho da maçaneta.

Entrei sem dizer uma palavra. Mikey pausou seu jogo e fez um gesto em direção ao sofá. Sentei-me ao seu lado e joguei a minha mochila ao meu lado.

-Oi.

-Oi... – murmurei, sem vontade alguma.

De repente, ele se levantou, foi até a cozinha e ficou ali uns minutos. Esperei, curioso, até que o menor voltou com um prato e um sanduíche nele. Franzi a testa.

-Mamãe e papai saíram... E eu imagino que você esteja com fome, então... Eu fiz pra você... – disse ele, timidamente.

-Obrigado, Mikey, mas eu não estou com fome.

Meu estômago traiçoeiro fez um barulho de Mikey arqueou as sobrancelhas.

-Merda, me dá isso aqui. – respondi, desesperadamente. Peguei o prato das mãozinhas do meu irmão e engoli o sanduíche em dois minutos.

-Estava bom, obrigado, Mikey. – respondi, sinceramente. Mikey abriu um sorriso e continuou a jogar seu jogo.

Assisti o menor jogar. Pelo pouco que eu entendi, ele era um herói com orelhas pontudas e roupa verde que tinha que lutar com uns monstros que ele encontrava no caminho. Certa hora, fiquei entediado de assistir as lutinhas e anunciei:

-Vou lá para cima. Cansei de ver seu elfozinho lutando.

-Não é um elfo! É o Link! E o nome desse jogo é Zelda! – choramingou ele, indignado.

-Ok, tanto faz. – levantei me, levando a mochila comigo.

Subi para meu quarto e joguei meu material em um canto qualquer. Não estava com paciência para arrumar tudo.

Deitei-me na minha cama e parei para pensar um pouco. Fazia uma semana e alguns dias que eu e Gerard nos batíamos, brigávamos e discutíamos e, sinceramente, eu já estava meio cansado disso, afinal, ficar frio e distante todos os dias cansava. Além do mais, nós ainda tínhamos alguns dias de detenção; eu não sei se conseguiria ficar tanto tempo sem falar com ninguém.

Com esse pensamento na mente, adormeci.

POV Frank

Sinceramente, saí daquela sala bem relaxado. Descontar no Way me deixa mais leve. Eu sei que não é a coisa mais certa a fazer mas a culpa não é minha se ele vive enchendo o meu saco! A única coisa que eu faço é revidar!

De qualquer forma, fui até a minha casa e, ao entrar lá, vi uma cena nada bonita.

Entrei pela porta da cozinha, pois meus sapatos estavam sujos de lama e eu não queria sujar a sala, se não, minha mãe teria um chilique. Por isso, entrei na cozinha que, naquela hora, estava vazia, provavelmente porque Evelyn estava no supermercado ou coisa parecida. Tirei os sapatos, ficando só de meia. Ao sair da cozinha, vi minha mãe discutindo com meu pai. A única frase que ouvi ela dizer ae telefone foi:

-Escuta aqui, se você encostar um dedo no meu filho, você está morto, ouviu? Eu me recuso a deixar você mandar meu pobre Frankie para o internato!

Aquilo foi a gota d’água. Saí correndo para o meu quarto, sem me importar com a minha mãe gritando meu nome e perguntando o que tinha acontecido.Abri a porta da minha suíte e tranquei-a, sentei no chão frio do banheiro e comecei a chorar.

De repente, tive uma ideia sombria. Destranquei a porta, peguei um caderno e um lápis e escrevi um bilhete breve:

Mãe,

Nada disso foi culpa sua.

Amo você,

Frankie.

Pinguei o ponto final e deixei o bilhete em cima da cama, de um jeito bem visível. Feito isso, peguei a gilette que estava em cima da bancada desde um tempo e fiz um corte extenso no meu braço. Sorri ao ver o sangue sair. Porém, aquilo não era o suficiente, eu precisava de mais. Eu estava decidido a não morrer súbitamente, eu iria morrer aos poucos. Por isso, fiz vários pequenos e grandes cortes nos dois braços. Senti minha visão ficar embaçada e senti minha cabeça rodar, mas não me importei e continuei fazendo vários cortes.

Ao terminar o trabalho, deixei a lâmina manchada cair no chão que estava sujo com uma poça de sangue que ficava maior a cada gota que escorria do meu braço. De repente, escorreguei e caí no chão. Comecei a sorrir, finalmente minha vida inútil ia parar de ocupar espaço neste mundo.

Tudo ficou escuro.

POV Gerard

Acordei às sete horas da noite, assustado. Não sei por que acordei desse jeito, afinal, não tive nenhum pesadelo nem nada parecido. Simplesmente senti um mau pressentimento. De repente, tive uma imagem na minha cabeça: o Iero jogado no chão do banheiro, envolto em sangue, com uma lâmina ao seu lado. Sacudi a cabeça, em uma tentativa de afastar esse pensamento da minha cabeça, mas não funcionou. Por isso, pus minha jaqueta e desci as escadas, dando de cara com a minha mãe.

-Oh, querido, não vai jantar?

-Eu vou sim. Só vou ali perto e já volto, ok? Não pretendo demorar.

Passei por Mikey, que ainda jogava seu joguinho, e comecei a andar rápidamente até a casa dos Iero. Bati na porta e quem me atendeu foi uma mulher loira e não muito alta.

-Olá, quem é você? – ela franziu levemente a testa.

-Ah, meu nome é Gerard Way. Sou colega do seu filho. Será que eu podia entrar e pegar uma coisa com ele? É que eu faltei na aula e a professora mandou eu pegar o caderno dele para passar as anotações para o meu.

-Claro, mas acho que não vai conseguir muitas anotações, afinal, você sabe como o Frankie é. – ela deu uma risadinha e deu espaço para eu entrar – Fique à vontade. O quarto dele é lá em cima.

-Obrigado. – subi as escadas até me deparar com uma porta branca. Alguns adesivos de banda estavam colados nela, mas a parte mais chamativa era uma grande placa escrito Keep Out. Revirei os olhos, impacientemente, e abri a porta. Quando tentei abrir a do banheiro, não consegui. Tentei várias e várias vezes, até que visualizei uma chave em cima da mesa.

Ahá, ele deixou a chave do banheiro aqui.

Dito e feito. Encaixei a chave na fechadura da porta e, com um clique, ela se abriu.

Por um minuto, desejei não ter aberto a porta, pois eu vi a mesma imagem que vi na minha mente lá em casa.

-Ah não... – gemi – Sra. Iero! – comecei a gritar pela casa.

-O que foi, meu bem? – perguntou ela ao esbarrar em mim em um dos muitos corredores da casa gigantesca.

-Você tem que ver isso! É muito sério! – ela me olhava com os olhos arregalados, por isso, me seguiu.

-Mas o que foi que... Ah meu deus, Frankie! – ela deu um gritinho e correu para o telefone. Me ajoelhei ao lado dele, sem me importar em sujar meu jeans de sangue, e olhei para a lâmina ao lado dele. Levantei-me novamente e visualizei um caderno em cima da cama. Na folha, estavam escritas poucas palavras:

-Mãe, nada disso foi culpa sua. Amo você, Frankie. – li baixinho – Grande modo de amar a mãe. – resmunguei. Sabia que não era hora para reclamar do Iero, mas eu não pude evitar.

Algum tempo depois, a ambulância chegou. Durante esse tempo todo, vi a Sra. Iero chorando ao lado do filho, se perguntando o que ela podia ter feito. Já eu, não sabia o que fazer, afinal, eu não gostava do garoto, mas vê-lo assim me dava pena. Meu coração não era feito de pedra. Por isso, optei por consolar a Sra. Iero, que era o melhor que pude fazer. Quando a ambulância chegou, ela se virou em minha direção e disse:

-Pode ir para casa, querido, eu assumo a partir de agora. Obrigada por ficar comigo e tudo o mais. – ela abriu um sorriso fraco antes de ir para o hospital ao lado do filho.

Andei o caminho de volta lentamente. Vários pensamentos passavam pela minha cabeça.

Se ele fez isso... Quer dizer que ele tem problemas sérios na sua vida...

... Talvez seja hora de eu aprender que eu não sou o único menino com problemas em sua vida.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que esse capítulo ficou meio tenso, mas algumas de vocês vão ficar felizes em saber que, depois disso, a relação desses dois vai ficar melhor!
Bom, até o próximo o/