Ele aproximava-se a uma velocidade vertiginosa. Ele era um homem alto de cabelos castanhos, e nos seus olhos predominava uma cor avermelhada. Apesar de não reconhecer a sua face, conseguia ver, através da sua atitude, do seu olhar, que a sua vontade era tirar a minha vida naquele exacto momento. No movimento rápido, ele perfura no meu coração com uma das suas mãos. A minha visão começa a ficar turva e o meu corpo a desvanecer, porém em vez dos meus olhos se fecharem, eles começam a despertar.

- Era apenas um sonho – Contudo pressinto que já vi aquele homem em algum lugar, acabo em pensamentos.   

- Já acordares-te, Bela Adormecida – Diz Zero ao entrar no quarto. Ele trazia em suas mãos uma bela caneca vermelha, pelo seu cheiro podia afirmar que era café. Ele aproxima-se de mim entregando me a caneca.

- Obrigado – Digo eu educadamente.

- Hoje de manha foi as compras e trouxe-te algumas roupas, todavia não sei se te vão servir.

- Mais uma vez, obrigado.

- Tu já sabes onde é o banheiro, por isso fico a tua espera na sala. Não demores.

- Okidoki – Digo enquanto me dirigia para banheiro.

As roupas que o Zero me trouxe eram lindas, e serviam-me na perfeição. Aquela blusa vermelha, combinava na perfeição com os calções de ganga e as botas que ele me dera. Zero tinha bom gosto para escolher roupa, porém ele deixara a etiqueta na roupa e assim pode ver que estas eram bastante caras. Apesar de não me conhecer, estava a ser extremamente amável para comigo. Por momentos ponderei não aceitar aquele presente, mas era certo que ele ofereceu a roupa com a melhor das intenções.

Tomei um banho bem demorado, apesar de o Zero me pedir para ser rápida. Depois sequei o cabelo, e com ele fiz um rabo-de-cavalo. Vesti as roupas que Zero trouxera e de seguida dirigi-me para a sala, onde ele me esperava.

- Estou pronta – Digo ao chegar a sala.

- Já estava quase dormindo – Disse ele sarcasticamente.

- Então, onde vamos?  

  
- Não te lembras, ontem disse que te ia ensinar a lutar. E é isso o que vamos fazer.

- Sinceramente, já tinha esquecido isso.

Ele levantou-se do sofá onde se encontrava e encaminhou-me até a porta. Ao chagar a rua, pude constatar que ele morava uma rua bastante luxuosa. E a casa de Zero era a maior de todas. Ontem ao acordar, a casa parecia-me muito mais pequena, do que é na realidade. Ele era um guarda do castelo, por isso deveria ganhar bem. Estava eu perdida em pensamentos, quando Zero aparece ao volante do seu lamborghini preto, era um belo carro.  

Depois de algumas horas de caminho, finalmente chegamos ao nosso destino. Zero pára o carro no meio de uma floresta. Eu senti que não era a primeira vez que estava naquele lugar, e isso confirma-se quando ele diz que foi ali que me viu pela primeira vez. Depois de analisar muito bem o local onde me encontrava, uma voz começa a ecoar na minha cabeça……. Aguenta Yuuki, eu vou voltar o mais depressa que conseguir….

- Yuuki?!

- Disseste alguma coisa – Disse Zero enquanto tirava as armas do carro.

- O meu nome é Yuuki.

- Já lembras-te do teu nome, isso é bom. Eu sabia que seria uma boa ideia te trazer aqui.

Depois de dizer isso ele estraga-me nas mãos uma arma incrível, contudo tinha medo de dominar tal arma. Esta tinha duas espadas interligadas pelos seus cabos. Eu gostava bastante dela. A arma de Zero era uma pistola onde estava gravada as palavras Bloody Rose.
Zero começou a por mostrar-me alguns movimentos simples, ou pareciam simples quando executados por ele. Quando chegou a minha vez, eu estava tão nervosa que ao segurar a Two Silver Swords ela desliza pelas minhas mãos, deixando um corte pouco profundo, que rapidamente cicatrizou. Da segunda vez o Zero já segurou nas minhas mãos, impedindo que eu me magoasse novamente. Daquela forma ele me deixava envergonhada.

Eu estava a começar a gostar daquela actividade quando a voz de Zero se fez pronunciar.

- Agora que já sabes as bases da luta, que tal fazermos um combate. Eu e Tu.

- Está bem, mas quando perderes, não te esqueças que foste tu, que propuseste o combate.

- Ok.

O combate estava prestes a começar. Nós encostávamos separados apenas por alguns metros. Um nervoso miudinho fazia-se sentir na minha barriga e vários calafrios percorriam minha espinha. Aquela gota de suar atravessava a minha cara, não era uma gota de exaustam, mas sim uma gota de preocupação. Eu sabia que não estava pronta para enfrentar alguém do calibre de Zero.
- Estás pronta?
- Sim – Menti, eu estava a tremer por todos os lados.
- Três, dois, um, já….