In My Head escrita por hwon keith


Capítulo 10
Nono Capítulo. O fim.


Notas iniciais do capítulo

Explicações. Sei que quem ler este capítulo vai desejar. Bom, In My Head eu escrevi à algum tempo, e este não era seu final. Eu escrevi de primeira um clímax feliz, Natsu a salvando e sem muitas explicações para tudo o que acorrera. Porém, aquilo não me satisfez. Escrevi esta história para mim mesma. Eu a acho incrível de meu ponto de vista, deixando de lado, talvez, minha humildade. Queria compartilha-la por achá-la assim tão boa. Este final seria o alternativo, mas eu o escolhi por achar mais apropriado. Talvez, se quiserem, eu posto o original, mas em suma, acho que não o farei. Deixarei aquele final apenas em minha mente. E em meu pc. Obrigado pelos que leram, embora que não deixaram comentários. Obrigado para quem gostou, e desculpas para aqueles que não.
Aproveitem o fim de In My Head. E surpreendam-se.



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Nono Capítulo

O mensageiro. O final.

Na memória você me achará

Com os olhos queimando

A escuridão que me segura firmemente

Até que o sol apareça

Forgotten

E então, a ilusão acabou.

E ela não conseguiu se libertar.

Lucy abriu os olhos opacos e encarou o teto acolchoado de seu quarto. O manicômio estava estranhamente silencioso.

Mais um sonho para lhe atormentar. Desta vez, criou tal de Natsu, o qual amava e era retribuída. Lembrava-se dos cabelos lisos e macios do ser imaginário, o toque de sua pele quente e olhos verdes e escuros profundos.

E ela não sentiu nada.

Calmamente, olhou para suas mãos. Suas unhas estavam quebradas, ainda da vez onde seu irmão chegou a arrancar uma na afobação de ser soltar do aperto que o mantia na água. Lucy não sorriu, só se lembrou do desespero do garoto para voltar à superfície, berrando sem som e fazendo a água tremer.

E naquele momento, ela sorriu psicótica e finalmente atirou uma pedra em sua cabeça.

Lucy tinha os olhos em um ponto fixo, e do lado de fora de sua prisão, um homem alto a observava. O psiquiatra não muito famoso era o responsável por seu caso.

O da louca mulher que matara seu próprio irmão, num surto.

Natsu Dragneel sorriu tristemente.

– Lucy...

Porém, ele falara alto de mais. E a garota ouvira, e virando-se para o tal, fez o encontro de seus olhos.

Frios contra quentes. Brilhantes contra sem vida.

E nos dela, não ouve reconhecimento.

– Você... – o homem murmurou, um bolo na garganta – Não se lembra de mim, não é...?

Não obteve nada. Ela simplesmente voltou a encarar o ponto de antes, sem expressão em sua face branca , parecendo alheia.

E Natsu jamais esqueceria da mulher de antes. Da que ria lindamente, fazendo seus olhos castanhos encherem-se de lágrimas, a que iluminava qualquer ponto escuro apenas com sua presença. A mulher que instigara o sentimento feroz do amor em seu peito, fazendo-o querer protegê-la de absolutamente tudo.

Mas ele não a protegeu, afinal. Sua amada foi acometida subitamente a uma doença mental grave, após ter chocado sua cabeça no acidente de carro que matara seus pais. Apenas ela e seus irmãos permaneceram vivos, e estes, foram obrigados a viver o futuro cruel que o destino os empregara.

O irmão não tinha culpa, mas Lucy estava fora de si. No turbilhão de emoções, em vez de culpar-se a si mesma pelo trágico acontecimento, o que seria mais comum, ela colocara a razão de sua dor em seu irmão. O pequeno, alegre e lindo irmão.

Natsu tentou-lhe dar razão, mostrar o que acontecia de fato, mas era tarde demais. No dia que ele fora obrigado a não faltar em sua aula de medicina, aconteceu. Lucy acabou com a última pessoa que restava.

Foi duro demais interná-la, mas ele não tinha escolha. E a partir do momento que ela recebera medicações, sua memória começou a desmanchar-se. Aos poucos, esqueceu de sua infância. Logo após, do acidente de seus pais. E por fim, de Natsu.

Apenas o dia do homicídio que cometeu restou em sua mente.

E agora, Lucy não existia mais. Não a mesma de antes. Era um ser animado com a percepção alterada da realidade, e sua única válvula de escape para toda aquela loucura era seus sonhos. Imaginava tudo aquilo que perdera, tudo que destruíra, tudo que um dia podia ter sido.

Natsu ouvia seus devaneios, pois enquanto sonhava, ela falava. A cada dia estava mais triste, mais destruído, por que simplesmente nos sonhos foi único lugar onde ela não o esqueceu.

Mas seria o suficiente. Sempre seria. E enquanto ele pudesse lembrar-se dela, jamais desistiria.

Mesmo que não houvesse chances. Mesmo que fosse tudo em sua cabeça.



Pele ao osso.

Aço à ferrugem.

Skin to bone


E acabou.


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